Papa: a Quaresma lembra quem é o Criador e quem é a criatura

Na homilia desta Quarta-feira de Cinzas, Francisco convidou os fiéis a percorrerem as sendas da oração, do jejum e da esmola não como ritos exteriores, mas como comportamentos que renovam o coração.

Papa Francisco na Basílica de Santa Sabina na Celebração Eucarística com o rito da imposição das cinzas


Bianca Fraccalvieri – Vatican News

“Queridos irmãos e irmãs, inclinemos a cabeça, recebamos as cinzas, tornemos leve o coração”: palavras do Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Basílica de Santa Sabina, nesta Quarta-feira de Cinzas.

Como é tradição, a cerimônia teve início com a procissão penitencial que partiu da Igreja de Santo Anselmo, com a participação de cardeais, bispos, monges beneditinos, padres dominicanos e fiéis.

Ao final da procissão, teve lugar a Celebração Eucarística com o rito da bênção e imposição das cinzas.

Regressar à verdade de nós mesmos

Em sua homilia, o Pontífice recordou que a Quaresma é o tempo favorável para regressar ao essencial e neste caminho de regresso, fez um convite aos fiéis: regressar à verdade de nós mesmos e regressar a Deus e aos irmãos.

Antes de mais nada, as cinzas nos recordam quem somos e de onde viemos: só o Senhor é Deus e nós somos obra das suas mãos. Mas muitas vezes nos esquecemos que viemos da terra e precisamos do Céu e que sem Ele, somos só pó:

“Por isso a Quaresma é o tempo para nos lembrarmos quem é o Criador e quem é a criatura, para proclamar que só Deus é o Senhor, para nos despojarmos da pretensão de nos bastarmos a nós mesmos e da mania de nos colocar no centro, ser o primeiro da turma, pensar que podemos, meramente com as nossas capacidades, ser protagonistas da vida e transformar o mundo que nos rodeia.”

Quantas desatenções e superficialidades nos distraem daquilo que conta, acrescentou Francisco, lembrando que a Quaresma é “um tempo de verdade”, para fazer cair as máscaras que pomos todos os dias a fim de aparecer perfeitos aos olhos do mundo; para lutar – como nos disse Jesus no Evangelho – contra as falsidades e a hipocrisia: não as dos outros, mas as nossas.

Regressar a Deus e aos irmãos

Voltando à verdade de nós mesmos, podemos dar o segundo passo, que é regressar a Deus e aos irmãos.

“Existimos apenas graças às relações: a relação primordial com o Senhor e as relações da vida com os outros. Assim, a cinza que recebemos sobre a cabeça, nesta tarde, diz-nos que toda a presunção de autossuficiência é falsa e que idolatrar o eu é opção destrutiva, fecha-nos na jaula da solidão.”

Para Francisco, a Quaresma é o tempo propício para reavivar as nossas relações com Deus e com os outros e isso pode ser feito através da esmola, da oração e do jejum. Todavia, Jesus adverte que não se trata de ritos exteriores, mas de comportamentos que devem expressar uma renovação do coração.

“A esmola não é um gesto, cumprido rapidamente, para deixar a consciência limpa, mas tocar, com as próprias mãos e as próprias lágrimas, os sofrimentos dos pobres; a oração não é mero ritual, mas diálogo de verdade e amor com o Pai; o jejum não é um simples sacrifício, mas uma atitude forte para lembrar ao nosso coração aquilo que conta e, ao contrário, o que passa.”

Aos gestos exteriores, disse ainda o Papa, deve corresponder sempre a sinceridade da alma e a coerência das obras. Na vida pessoal, como aliás na vida da Igreja, não contam a exterioridade, os juízos humanos e a aprovação do mundo; conta apenas o olhar de Deus. Assim, a esmola, a oração e o jejum nos permitem expressar quem realmente somos: filhos de Deus e irmãos entre nós.

Jesus, o único que nos faz ressurgir das cinzas

“Queridos irmãos e irmãs, inclinemos a cabeça, recebamos as cinzas, tornemos leve o coração”, concluiu o Pontífice.

“Não desperdicemos a graça deste tempo sagrado: fixemos o olhar em Jesus crucificado e caminhemos respondendo generosamente aos fortes apelos da Quaresma. No final do percurso, encontraremos com maior alegria o Senhor da vida, o único que nos fará ressurgir das nossas cinzas.”

TOTUS TUUS MARIAE: berço de ilustres histórias, Paraíba se destaca como casa da Mãe de Deus

A curiosidade de uma devoção perpetuada no seio do nordeste brasileiro.


A fé do povo nordestino demonstra sua exemplar coragem diante das adversidades cotidianas, caracterizando tal ato como um invólucro que sustenta sua coragem, confiança e esperança no divino. A Paraíba, berço do heroísmo pátrio, carrega consigo uma simbologia que merece ser observada e notada: todas as quatro Dioceses, e a Arquidiocese de João Pessoa, exibe como porto seguro da sua população a Mãe de Deus, Nossa Senhora.

Fato notável, Nossa Senhora das Neves se tornou padroeira da Arquidiocese de João Pessoa; Nossa Senhora da Conceição robustece a fé da Diocese de Campina Grande; Nossa Senhora da Piedade, sendo sua imagem primitiva, fortalece a esperança da Diocese de Cajazeiras; Nossa Senhora da Guia, com suas dignas sete foranias, enaltece a Diocese de Patos; e, sendo a “Soberana da Grande Esplendor” da Diocese de Guarabira, Nossa Senhora da Luz coroa a “caçula da Paraíba”.

A “Casa da Mãe de Deus”, exibe a simbologia de que Nossa Senhora mora no coração do povo Paraibano, sendo estes seus filhos mais devotos, ricos na fé, carentes do manto sagrado que reveste a Mãe da Igreja, fruto do trabalho valoroso dos jesuítas enquanto desbravava por estas terras, sendo João Pessoa primordialmente designada de “Nossa Senhora das Neves” e, mais tarde, “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”, caracterizando o ponto cataclísmico desta história vitoriosa.

O Papa Francisco ensina: “um cristão sem a Virgem é órfão. Também um cristão sem a Igreja é um órfão. Um cristão necessita dessas duas mulheres, duas mães, duas mulheres virgens: A Igreja e a Mãe de Deus“.

Por Gabriel Di Corleone, Pascom Luz

O Papa: Jesus tem saudade de nós. Este é o zelo de Deus

 

No ciclo de catequese sobre a paixão evangelizadora e o zelo apostólico, iniciado na semana passada, Francisco reflete sobre Jesus e o seu coração que não deixa que ninguém “se vire”. O cristão imita os sentimentos do Pai para testemunhar o seu amor não que esquece ninguém.


Mariangela Jaguraba – Vatican News

Na Audiência Geral, desta quarta-feira (18/01), realizada na Sala Paulo VI, o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico que deve animar a Igreja e cada cristão, convidando a olhar para “o modelo insuperável do anúncio: Jesus“.

O fato de Jesus “ser o Verbo, ou seja, a Palavra”, nos indica que Ele “está sempre em relação, em saída, nunca isolado. Com efeito, a palavra existe para ser transmitida, comunicada. Assim é Jesus, Palavra eterna do Pai comunicada a nós. Cristo não só tem palavras de vida, mas faz da sua vida uma Palavra, uma mensagem: ou seja, vive sempre voltado para o Pai e para nós. Sempre olhando para o Pai que o enviou e olhando para nós aos quais Ele foi enviado”.

Jesus tem “intimidade com o Pai, oração” e “todas as decisões e escolhas importantes são feitas depois de ter rezado. Nesta relação, na oração que o une ao Pai no Espírito, Jesus descobre o sentido do seu ser homem, da sua existência no mundo porque Ele está em missão para nós, enviado pelo Pai a nós”. Jesus “nos oferece a chave do seu agir no mundo: despender-se pelos pecadores, tornando-se solidário para conosco sem distâncias, na partilha total da vida”. “Falando da sua missão”, Jesus “dirá que não veio «para ser servido, mas para servir e dar a sua vida». Todos os dias, depois da oração, Jesus dedica toda a sua jornada ao anúncio do Reino de Deus e a dedica às pessoas, sobretudo aos mais pobres e frágeis, aos pecadores e doentes. Ou seja, Jesus está em contato com o Pai na oração e depois está em contato com as pessoas para a missão, para a catequese, para ensinar o caminho do Reino de Deus”.

Ser pastor, um verdadeiro estilo de vida

Jesus nos oferece a sua imagem, “o seu estilo de vida”, falando de si como do bom Pastor, aquele que «dá a sua vida pelas ovelhas».

Com efeito, ser pastor não era apenas um trabalho, que exigia tempo e muito esforço; era um verdadeiro estilo de vida: vinte e quatro horas por dia, vivendo com o rebanho, acompanhando-o ao pasto, dormindo entre as ovelhas, cuidando das mais frágeis.

“Em síntese, Jesus não faz algo por nós, mas dá a vida por nós. O seu é um coração pastoral. Ele é um pastor com todos nós.”

“Para resumir numa palavra a ação da Igreja, usa-se muitas vezes o termo “pastoral”. E para avaliar a nossa pastoral, devemos nos confrontar com o modelo, Jesus bom Pastor.” “Quem está com Jesus, descobre que o seu coração pastoral bate sempre por quantos estão perdidos, transviados, distantes. E o nosso?”, perguntou o Papa, ressaltando que muitas vezes temos uma atitude estranha “com quem é um pouco difícil ou é um pouco difícil para nós”, e dizemos: “É problema dele, que se vire”. Jesus nunca disse isso, nunca. Ele vai ao encontro de todos, de todos os marginalizados, dos pecadores. Ele era acusado disso: de estar com os pecadores, porque levava aos pecadores a salvação de Deus”.

O coração pastoral reage de outra maneira

A seguir, Francisco disse que “se quisermos treinar o nosso zelo apostólico”, devemos recordar sempre a parábola da ovelha perdida, contida no capítulo 15 de Lucas. “Ali podemos entender o que é o zelo apostólico”. Nessa parábola “descobrimos que Deus não contempla o redil das suas ovelhas, nem as ameaça para que não vão embora. Pelo contrário, se uma sai e se perde, não a abandona, mas vai à sua procura. Não diz: “Foi-se, a culpa é dela, o problema é seu”.

O coração pastoral reage de outra maneira: sofre e arrisca. Sofre: sim, Deus sofre por quem parte, e na medida em que o chora, ama-o ainda mais. O Senhor sofre quando nos distanciamos do seu coração. Sofre por quem não conhece a beleza do seu amor, nem o calor do seu abraço. Mas, em resposta a este sofrimento, não se fecha, mas arrisca: deixa as noventa e nove ovelhas que estão a salvo e aventura-se em busca da única que se perdeu, fazendo assim algo arriscado e até irracional, mas em sintonia com o seu coração pastoral, que tem saudade de quantos se foram. Quando ouvimos falar que alguém deixou a Igreja o que dizer? Que se vire? Não.

“Jesus nos ensina a saudade daqueles que se foram. Jesus não tem raiva nem ressentimento, mas uma irredutível saudade de nós. Jesus tem saudade de nós. Este é o zelo de Deus!”

Segundo o Papa, “talvez sigamos e amemos Jesus há muito tempo, sem nunca nos perguntarmos se compartilhamos os seus sentimentos, se sofremos arriscamos, em sintonia com o seu coração pastoral! Não se trata de fazer proselitismo, para que outros sejam “dos nossos”, mas de amar a fim de que sejam filhos felizes de Deus”. “Evangelizar não é fazer proselitismo. Fazer proselitismo é uma coisa pagã, não é religioso nem evangélico”, sublinhou Francisco, convidando a pedir “na oração a graça de um coração pastoral, aberto, próximo a todos, para levar a mensagem do Senhor e ouvir os que têm saudade de Cristo. Sem este amor que sofre e arrisca, correremos o risco de nos apascentarmos unicamente a nós mesmos”.

Fonte: Vatican News

JMJ 2023: organização do evento de Lisboa esteve no Vaticano

Delegação portuguesa reuniu com o Dicastério para os Leigos, Família e Vida e com a Secretaria de Estado da Santa Sé. D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, esteve em audiência privada com o Papa Francisco.


Rui Saraiva – Portugal

O Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 esteve em Roma na passada semana, numa altura em que teve início a contagem decrescente dos últimos 200 dias até ao início do evento em Lisboa, que decorrerá de 1 a 6 de agosto.

Numa delegação encabeçada por D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, estiveram no Vaticano o Secretário Executivo, Duarte Ricciardi, e representações das Direções de Logística, Pastoral, Finanças, Diálogo e Proximidade, Caminho 23, Comunicação, Acolhimento e Voluntários, refere o site oficial do evento.

As reuniões decorreram com o Dicastério para os Leigos, Família e Vida e com a Secretaria de Estado da Santa Sé, dando “continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com o Vaticano, nas diferentes dimensões, para os eventos da Jornada”.

Nesse sentido a delegação portuguesa esteve com “os responsáveis pela organização das viagens do Papa, pela segurança e pela liturgia”.

Durante estes dias também foram recebidos pelo embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Domingos Fezas Vital.

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, foi recebido em audiência pelo Papa Francisco, “para enquadrar o Santo Padre naquilo que têm sido os trabalhos de preparação da JMJ, nomeadamente no que concerne as inscrições de peregrinos e a angariação de famílias de acolhimento e de voluntários”, refere o site da JMJ Lisboa 2023.

Na ocasião, “o Santo Padre deu graças pelos jovens peregrinos de todo o mundo que já se inscreveram, renovando o convite de participação a todos”.

Fonte: Vatican News

Domingo da Palavra de Deus: conhecer as Escrituras

Bíblia

 

O Dicastério para a Evangelização emitiu um Comunicado à Imprensa sobre o próximo Domingo da Palavra de Deus que será celebrado em 22 de janeiro


O próximo dia 22 de janeiro de 2023, será 4° Domingo da Palavra de Deus, e foi instituído pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019. O lema desta edição é do Evangelho de João: “Nós vos anunciamos o que vimos” (1 Jo 1,3).

Às 9h30, horário de Roma, o Papa presidirá a celebração da Santa Eucaristia na Basílica de São Pedro e, em seguida, com o objetivo de reavivar a responsabilidade dos crentes em ter conhecimento da Sagrada Escritura, ele dará aos presentes o Evangelho de Mateus. Durante a celebração, serão conferidos a homens e mulheres leigos os ministérios do Leitorado e de Catequista. Em particular três pessoas receberão o ministério do Leitorado e sete o de Catequista. São fiéis leigos e leigas que pretendem representar o Povo de Deus, e são provenientes da Itália, Congo, Filipinas, México e País de Gales.

O evento será transmitido ao vivo pela Mídia do Vaticano (Vatican News) também em língua portuguesa. A Seção para Questões Fundamentais da Evangelização no Mundo do Dicastério para a Evangelização, encarregada pelo Santo Padre de promover o evento, disponibilizou um subsídio litúrgico-pastoral útil para viver a Palavra de Deus na comunidade, na família e pessoalmente. O subsídio online poderá ser baixado em inglês, espanhol, português e francês no site www.evangelizatio.va. Trata-se de um instrumento que oferece iniciativas para favorecer um encontro profundo com a Palavra de Deus na comunidade, na família, na vida diária, e também inclui artigos, meditações, textos para adoração, atividades para crianças e sugestões pastorais.

O Domingo da Palavra de Deus tem o objetivo de destacar a presença do Senhor na vida das pessoas. Ele realmente caminha conosco e está presente através da sua Palavra, como é expresso no logotipo do Domingo, inspirado na história bíblica dos Discípulos de Emaús, a caminho, para repercorrer com o Senhor a Escritura, deixando-se ser ensinados e iluminados.

Em particular, para se preparar ao Jubileu de 2025, o Papa Francisco pediu aos fiéis que relessem as quatro constituições do Concílio Ecumênico Vaticano II. O Dicastério planejou produzir um série de pequenos livros em uma única coletânea intitulada “Quaderni del Concilio” (Cadernos do Concílio), lançada nas livrarias e plataformas on-line em 8 de dezembro de 2022. Por ocasião do Domingo da Palavra de Deus, se propõe uma releitura da Dei Verbum também através dos primeiros cinco volumes da série dedicada precisamente a este documento conciliar.

Fonte: VATICAN NEWS

O Papa: a família é o lugar que acolhe e cuida de todos, o ponto de partida

O Papa cumprimenta uma menina da Comunidade Papa João XXIII (VATICAN MEDIA Divisione Foto)


“Deus escuta as suas orações pela paz”, disse Francisco na manhã deste sábado, na Sala Paulo VI, às cerca de setecentas crianças e jovens da Comunidade Papa João XXIII, fundada por dom Oreste Benzi. Em suas “casas de família”, quem não tem encontra um pai e uma mãe.


Antes de tudo, o Papa agradeceu as crianças e adolescentes que, antes da audiência, haviam lhe enviado suas biografias, com seus respectivos nomes. Francisco apreciou muito este gesto, que também agrada ao Senhor, porque ele conhece cada um pelo próprio nome. De fato, não somos anônimos, tampouco fotocópias. Somos todos originais e assim devemos ser, como dizia o Beato Carlo Acutis, coetâneo de vocês. Deus conhece cada um de nós, porque somos únicos. Claro, quem não tem defeitos? Alguns, infelizmente, carregam pesadas limitações, mas isso não diminui o valor da pessoa: todos somos únicos, filhos e filhas de Deus, irmãos e irmãs de Jesus. E o Papa perguntou: como Deus nos vê? E respondeu:

Com olhar de amor. Deus vê também nossas limitações, mas nos ajuda a suportá-las. Deus olha, sobretudo, nosso coração e a plenitude de cada pessoa. Deus nos vê à imagem de Jesus, seu Filho unigênito, e, com seu amor, nos ajuda a sermos sempre mais semelhantes a Ele. Jesus é o homem perfeito, a plenitude da humanidade e o amor que nos faz crescer para ganharmos o Paraíso”.

Sabemos, acrescentou Francisco, que há sinais que demonstram quando uma pessoa é acolhida com amor e vista com o olhar divino. Por exemplo o sorriso, que citam também em suas biografias. Alguns de vocês disseram que, às vezes, “alguém tem problemas, mas, apesar disso, sorri sempre…”. Por quê? Porque esta pessoa se sente amada, acolhida. O sorriso é uma flor que desabrocha no calor do amor. Mas, o Papa recordou outro sinal, que as crianças citam em suas histórias: a experiência das “Casas família”, fundadas pelo pe. Oreste Benzi:

Ele era um sacerdote que olhava as crianças e os jovens com os olhos e o coração de Jesus. Vendo que eram abandonados e se comportavam mal, percebia que lhes faltava o amor paterno e materno, o carinho dos irmãos. Assim, com a força do Espírito Santo e a colaboração de algumas pessoas, chamadas por Deus, Padre Oreste Benzi iniciou esta experiência de hospitalidade que chamou “Casa família”.

Hoje, explicou Francisco, esta experiência se alastrou pela Itália e em outros países, caracterizada pelo acolhimento em casas de pessoas, que abrem suas portas para dar uma família a quem não tem, uma família de verdade, que acolhe todos: menores, deficientes, idosos, italianos ou estrangeiros.

Por fim, o Santo Padre recordou algumas crianças, que não puderam estar presentes, mas se dirigiu, de modo especial, a uma menina, Sara, de 13 anos, que fugiu do Iraque. Aqui, referiu-se àquelas crianças, cuja infância foi roubada, às inocentes que morrem no seio materno.

O Papa Francisco concluiu seu discurso à Comunidade “Papa João XXIII”, agradecendo às crianças e jovens, que, todos os domingos à noite, rezam o Terço on-line pela paz no mundo. Deus ouve as orações, sobretudo, dos pequeninos.

Fonte: Vatican News

 

Francisco convida a educar com fraternidade: a educação é um ato de amor


O Papa escolheu lançar uma mensagem aos educadores, neste mês de janeiro, fazendo-lhes a proposta de “acrescentar um novo conteúdo ao seu ensino: a fraternidade”.


Foi divulgada, nesta terça-feira (10/01), a intenção de oração do Papa Francisco para o mês de janeiro. Para inaugurar 2023, o Santo Padre escolheu lançar uma mensagem aos educadores, fazendo-lhes a proposta de “acrescentar um novo conteúdo ao seu ensino: a fraternidade”.

Na mensagem de vídeo, Francisco deseja ampliar o âmbito da atividade educacional, para que a educação não se concentre apenas no conteúdo.

O vídeo do Papa deste mês, que começa com a palavra fraternidade, escrita numa lousa como se fosse um tema didático, acompanha a reflexão de Francisco com a narração de uma história ambientada em uma escola. Um menino, deixado de lado por seus colegas durante as partidas de futebol, permanece sozinho num canto até que um professor, percebendo seu desconforto, decide cuidar dele. Ele o faz não com palavras, mas com o testemunho de sua vida: ele fica com ele, dia após dia, e com carinho e perseverança ele o ensina a brincar. Até que, numa manhã, ele o encontra com aqueles mesmos colegas que antes o haviam marginalizado: ele está brincando com eles e, quando marca seu primeiro gol, ele o dedica ao professor, a testemunha confiável que o ajudou.

A educação é um ato de amor que ilumina o caminho para que recuperemos o entendimento da fraternidade, para que não ignoremos os mais vulneráveis.

Para o Papa, “o educador é uma testemunha que não oferece os seus conhecimentos mentais, mas as suas convicções, o seu compromisso com a vida”.

É alguém que sabe manusear bem três linguagens: a da cabeça, a do coração e a das mãos, em harmonia. E daí a alegria de comunicar. E eles serão ouvidos com muito mais atenção e serão criadores de comunidade. Por quê? Porque estão semeando este testemunho.

Segundo o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, pe. Frédéric Fornos, “novamente, diante dos desafios do mundo, o Papa Francisco insiste mais uma vez na fraternidade. É a bússola de sua Encíclica Fratelli tutti. É o único caminho para a humanidade, e é por isso que a educação é essencial”.

Rezemos para que os educadores sejam testemunhas críveis, ensinando a fraternidade em vez da competição e ajudando especialmente os jovens mais vulneráveis.

Fonte: Vatican News

7 frases do Papa Francisco sobre o Natal do Senhor

Papa Francisco

No último sábado (24), noite de Natal, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa Solene na Basílica de São Pedro. Em sua homilia, o Pontífice destacou que o Natal sem os pobres não é o Natal de Jesus. “[…] a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas nas pessoas, sobretudo nos pobres: desculpai, Senhor, se não Vos reconhecemos e servimos neles”, disse Francisco. A seguir, confira sete frases do discurso do Santo Padre. 


Frases de Natal do Papa Francisco

1 – “[…] corremos um risco: o de sabermos muitas coisas sobre o Natal, mas esquecermos o seu significado”

2 – “O Evangelho do nascimento de Jesus parece […] tomar-nos pela mão e levar-nos lá onde Deus quer”

3 – “Para voltar a encontrar o sentido do Natal, é preciso fixar nela [na manjedoura] o olhar”

4 – “Irmão, irmã, nesta noite [de Natal] Deus aproxima-Se de ti, porque Se importa contigo”

5 – “Não há mal, não há pecado de que Jesus não queira e não possa salvar-te”

6 – “Ele [Jesus] que nasceu na manjedoura, procura uma fé concreta, feita de adoração e caridade, não de palavreado e exterioridade”

7 – “Não deixemos passar este Natal, irmãos e irmãs, sem fazer algo de bom”

Fonte: comshalom.org

Papa pede que os trabalhadores sejam semeadores de esperança

(IMAGEM VATICAN MEDIA)

 

Na manhã a sexta-feira (09) o Papa Francisco recebeu os membros do Movimento Cristão de Trabalhadores. Francisco iniciou o discurso recordando o aniversário de 50 anos do Movimento que nasceu sob as bênçãos do Papa São Paulo VI.

“A purificação é sempre necessária” afirmou o Papa, “em todas as experiências humanas. Somos pecadores e precisamos de misericórdia como o ar que respiramos”.

“Com efeito, este não é apenas o tempo de colher frutos: é o tempo de semear novamente. Isso nos é exigido pela difícil estação que estamos vivendo… A disponibilidade à conversão, a se deixar purificar, é um sinal de coragem, de força, não de fraqueza”

Fonte: comshalom.org