Francisco: palestinos e israelenses têm direito à paz, rezemos pela Terra Santa

Em uma mensagem de vídeo divulgada pela Rede Mundial de Oração, Francisco pede aos fiéis que rezem pela Ucrânia e especialmente pela Terra Santa, para que “as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado”.


Toda guerra é uma derrota. Não se resolve nada com a guerra. Nada. Tudo é conquistado por meio da paz e do diálogo. Francisco repete isso incessantemente, para todos os conflitos no mundo. Nos últimos tempos o Pontífice tem voltado seu olhar particularmente para a Ucrânia e a Terra Santa, lugares para os quais os apelos são cotidianos, como o de hoje, através da mensagem de vídeo realizada pela Rede Mundial de Oração do Papa, à qual ele mesmo pediu para organizar uma campanha especial de oração pela paz no mundo e na Terra Santa.

Todos sentimos a dor das guerras. Sabeis que, desde que terminou a segunda guerra mundial até hoje, as guerras continuaram em diferentes regiões do mundo. Quando ficam longe, não as sentimos muito. Há duas muito perto de nós que nos levam a reagir: na Ucrânia e na Terra Santa.

Dois povos irmãos

O que está acontecendo na Terra Santa, segundo as palavras do Papa, “é muito duro”.

O povo Palestino e o povo de Israel têm direito à paz, têm direito a viver em paz dois povos irmãos.

Diálogo e negociações pela paz

O pedido é, mais uma vez, de rezar pela paz na Terra Santa:

Rezemos pela paz na Terra Santa. Rezemos para que as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado. Por favor, rezemos pela paz na Terra Santa.

Fonte: Vatican News

O Papa: “Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”

Postagem de Francisco no X no Dia Mundial dos Direitos da Criança, instituído no dia da aprovação, em 1989, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Infância da Adolescência: “Quantas crianças privadas do direito fundamental à vida e à integridade física e mental, por causa dos conflitos?”, pergunta o Pontífice, “quantas crianças são forçadas a participar ou testemunhar combates?”


“Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”

As imagens divulgadas pela mídia em Gaza nestas horas mostram fotogramas no limite da suportação. Crianças, mesmo as muito pequenas, cujas lágrimas sulcam seus rostos acizentados pela fumaça ou sujos pela poeira dos prédios que desabaram sob as bombas. Crianças nos braços de pais e parentes com a boca aberta, gritando de dor por uma perda. De um familiar ou de um membro. Além dessas, fotografias de menores desesperados em frente aos caixões de seus pais na Ucrânia ou de meninos na África com menos de 10 anos de idade segurando um Kalashnikov, sentados em um tanque, já treinados para os conflitos. Crianças mortas (como os sete bebês prematuros que morreram em incubadoras no hospital de Gaza), crianças feridas, crianças migrantes, crianças-soldados, crianças exploradas: é tolerável tudo isso? Quanto tempo mais deve durar o sofrimento dos pequeninos? Aquele sofrimento diante do qual o Papa disse mais de uma vez que não há resposta, apenas lágrimas.

O apelo do Papa

E é justamente o Papa que mais uma vez chama a atenção para os menores nesta ocasião que relembra seus direitos inalienáveis, o Dia Mundial dos Direitos da Criança, instituído no dia em que se comemora o aniversário da aprovação, em 1989, pela Assembleia das Nações Unidas, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Infância e do Adolescente. Talvez o tratado sobre os direitos humanos mais ratificado do mundo.

Enquanto ocorrem as iniciativas da campanha Crianças em meio a guerras e emergências esquecidas, do Unicef, que quer lembrar as muitas crianças no mundo que vivem em contextos de emergência, com foco especial em seis países afetados pela violência, Francisco marca presença no X (antigo Twitter) e, por meio da conta em nove idiomas e com milhões de seguidores @Pontifex, divulga sua mensagem que tem o propósito de um alerta e a forma de uma pergunta – ou melhor, duas – como pontos para a reflexão.

“Quantas crianças são privadas do direito fundamental à vida e à integridade física e mental por causa de conflitos? Quantas crianças são forçadas a participar ou testemunhar combates e a ter que carregar suas cicatrizes? Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”.

A dor do Papa pelas mães

Uma frase que, idealmente, dá continuidade ao apelo lançado há exatamente dez dias, em 10 de novembro, pelo próprio Pontífice na mensagem enviada aos participantes do VI Fórum de Paris sobre a Paz. “Nenhuma guerra vale as lágrimas de uma mãe que vê seu filho mutilado ou morto”, denunciou Francisco. E acrescentou: “Nenhuma guerra vale a perda da vida de sequer uma pessoa humana, que é um ser sagrado, criado à imagem e semelhança do Criador; nenhuma guerra vale o envenenamento de nossa casa comum; nenhuma guerra vale o desespero daqueles que são forçados a deixar sua pátria e são privados, de um momento para o outro, de seus lares e de todos os laços familiares, de amizade, sociais e culturais que construíram, às vezes por gerações”.

Nenhuma guerra – “sempre, sempre uma derrota para a humanidade”, como o Papa reiterou no Angelus deste domingo – vale a pena ver essas imagens. Um soco no estômago; um pecado pelo qual, como já disse o Papa durante as celebrações na Casa Santa Marta nos primeiros anos de seu pontificado, “Deus nos pedirá contas”.

Fonte: Vatican News

O Papa: muitas guerras e sofrimentos, que Deus traga a paz justa

Após a catequese da Audiência Geral, Francisco renovou a exortação a rezar pelos povos que sofrem com os vários conflitos, lembrando em particular a martirizada Ucrânia e entre israelenses e palestinos. Diante da dor sofrida pelas crianças, pelos idosos, pelos doentes e pelos jovens, ele fez um novo apelo: “A guerra é sempre uma derrota: não nos esqueçamos”.


O Papa Francisco pediu, mais uma vez, na Audiência Geral desta quarta-feira (08/11), para rezar pelos povos que sofrem com a guerra.

Não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia e pensemos nos povos palestino e israelense. Que o Senhor nos conduza a uma paz justa. Há muito sofrimento.

A guerra é sempre uma derrota

Em sua saudação aos peregrinos de língua italiana presentes na Praça São Pedro para a Audiência Geral, o Pontífice invocou insistentemente a paz:

As crianças sofrem, os doentes sofrem, os idosos sofrem e muitos jovens morrem. Não nos esqueçamos de que a guerra é sempre uma derrota.

Olhando ao conflito no Oriente Médio, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários afirma que cerca de 15 mil pessoas fugiram da Cidade de Gaza na última terça-feira (07/11), em relação às 5 mil da última segunda-feira e 2 mil no domingo. Um número que é considerado um “aumento acentuado”. Enquanto isso, o Exército israelense matou, durante a noite, em um ataque aéreo direcionado, Mohsen Abu Zina, chefe da produção de armas do Hamas, especialista no desenvolvimento de armas estratégicas e foguetes.  Na frente de guerra na Ucrânia, os ministros das Relações Exteriores do G7 se declararam “unidos” em sua determinação de continuar fornecendo “forte apoio” ao país invadido pela Rússia.

Livrar a terra do mal

Em sua bênção aos fiéis de língua árabe, o Papa também invocou proteção “contra todo o mal” e pediu ao Senhor Jesus, em particular, um dom:

A coragem de agir com todos aqueles que trabalham na terra para libertá-la do mal e restaurá-la à sua bondade original.

Secularização, não reclamar, mas testemunhar com fraternidade

Após a catequese, dedicada à figura de Madeleine Delbrêl, Francisco saudou outros grupos de peregrinos dentre os quais os peregrinos de língua francesa, em particular os membros da União Nacional das Associações Familiares Católicas. Em seguida, fez um convite:

Diante de nosso mundo secularizado, não nos queixemos, mas vejamos nele um chamado para provar nossa fé e um convite a comunicar a alegria do Evangelho a todos aqueles que têm sede de Deus. Peçamos ao Senhor a graça de testemunhar nossa fé diariamente por meio da fraternidade e da amizade vivida com cada um.

Convidando os fiéis a se tornarem “pedras vivas a serviço do Senhor”, o Papa recordou a celebração, na quinta-feira, 9 de novembro, da festa litúrgica da Dedicação da Basílica de São João de Latrão: um aniversário, especificou o Bispo de Roma, que deveria provocar este ardor.

Polônia, aniversário da independência: agradecer a Deus

Por fim, o Sucessor de Pedro mencionou, na sua saudação aos peregrinos poloneses, o iminente aniversário da reconquista da independência da Polônia, que se celebra em 11 de novembro. “Este aniversário os encoraja a ser gratos a Deus”, afirmou o Papa, que exortou: “Transmitam sua história às novas gerações”.

Fonte: Vatican News

Papa: não se acostumem com as guerras, são gravíssimos horrores contra Deus e o homem

O post na rede social “X” do Papa Francisco, no dia seguinte ao seu apelo no Angelus contra os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio: “a guerra é sempre uma derrota, é uma destruição da fraternidade humana”. Amanhã, 24 de outubro, a publicação do livro “Non sei solo” (“Você não está sozinho”), a edição italiana do livro-entrevista com os jornalistas Ambrogetti e Rubín que já foi publicado na Argentina em fevereiro, no qual o Pontífice denuncia a guerra como “fruto de uma série de loucuras”.


Horrores, “gravíssimos horrores”, contra Deus e contra o homem. Assim são as guerras para o Papa, que volta a condenar os conflitos que estão ocorrendo no mundo e que ontem, depois do Angelus na Praça São Pedro, reiterou como já havia definido: “são uma derrota”. Hoje o Papa faz isso no X, por meio de sua conta @Pontifex em nove idiomas, onde lê-se:

“Não devemos habituar-nos à guerra, a nenhuma guerra. Não devemos permitir que nosso coração e nossa mente fiquem anestesiados face à repetição destes gravíssimos horrores contra Deus e o homem.”

Um novo apelo

Um novo enésimo apelo, portanto, este do Papa que se junta às denúncias expressas desde o início do pontificado e reiteradas com maior vigor nos meses da agressão russa na Ucrânia e, agora, com as tensões no Oriente Médio, junto ao agravamento de ataques e violência. Um incômodo que o Pontífice também compartilhou no telefonema que fez ontem ao presidente dos EUA, Joe Biden, recentemente em visita a Israel, no qual foi reiterada a “necessidade de individuar caminhos de paz”.

Guerra, “fruto de loucuras”

E, à luz da turbulência que o mundo está testemunhando, as palavras do Papa contra a guerra no também no livro “Non sei solo” (“Você não está sozinho”). Desafios, respostas, esperanças, o livro-entrevista é assinado pelos jornalistas Francesca Ambrogetti, ex-diretora da Ansa na Argentina, e Sergio Rubin, do jornal El Clarin. O livro já havia sido publicado em fevereiro na Argentina com o título El Pastor (O Pastor); amanhã a edição italiana estará nas livrarias com a editora Salani.

“No início do meu pontificado, afirmei que estávamos vivendo uma Terceira Guerra Mundial em pequenos pedaços, depois afirmei que esses pedaços tinham aumentado gradualmente e agora acho que é tudo um grande pedaço”, disse o Papa em um trecho da entrevista, divulgada pela Agência Ansa. “Eu ainda acredito que é uma enorme tragédia ter perdido a memória da Segunda Guerra Mundial. Certa vez, observando os governantes dos países que participaram do conflito durante uma comemoração dos desembarques na Normandia, achei que eles deveriam chorar. Só ali morreram quase 30.000 pessoas. A guerra é o resultado de uma série de loucuras”.

Fonte: Vatican News