UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA E DE AMOR PARA AS PESSOAS IDOSAS, AVÓS E AVÔS

O Papa Francisco enviou para toda a Igreja e para o mundo uma mensagem muito bonita para as pessoas idosas, avós e avôs, comemorado em todo o universo no dia vinte e oito de Julho, tendo como lema: “Na velhice, não me abandones” (cf. Sl 71,9)1. Ele realçou a importância de vida das pessoas idosas, a benção que elas são para as gerações e a graça de Deus para as famílias, a comunidade e ao Reino de Deus.  

O Senhor é o amparo das pessoas. 

O Papa colocou a proteção divina diante das pessoas mesmo quando a idade está avançada, os cabelos ficam brancos, a função social diminui, quando a vida se torna menos produtiva, correndo o risco de tudo se tornar inútil. Na escolha dos filhos de Jessé, no caso de Davi para ser rei de Israel, o Senhor disse que não olha as aparências (cf. 1 Sm 16,7) nem descarta nenhuma pedra porque as mais “velhas” são a base segura sobre a qual se podem apoiar as pedras “novas” para, todas, juntas, serem construídas o edifício espiritual (cf. 1 Pd 2,5) 

A misericórdia divina. 

O Papa Francisco afirmou a partir da Sagrada Escritura que Deus continua sempre a mostrar-nos a sua infinita misericórdia. Os Salmos dizem que Deus cuida de nós, apesar de nossa insignificância (cf. Sl 144,3-4); Deus nos teceu desde seio materno (cf. Sl 139,13) e Ele jamais abandonará a nossa vida mesmo na morada dos mortos (cf. Sl 16,10). Uma certeza está presente em nossas vidas de que Deus estará ao nosso lado também na idade avançada, na velhice que como o Bíblia fala, é sinal de benção, poder envelhecer (cf. Sl 92,15; Sl 91,16) 

A proximidade de Deus. 

A Bíblia também dá a certeza da proximidade de Deus não somente em um momento, mas em todas fases, estações da vida e ao mesmo tempo Ele dá a força no temor do abandono na velhice e nos períodos de dor e de sofrimento4. Tudo isso não é sinal de contradição, mas da evidência de uma realidade bem certa, a idade avançada, idosa. A modesta companheira da vida dos idosos, dos avós e das avôs, é com freqüência, a solidão 

Causas da solidão.  

O Papa Francisco enumera algumas causas da solidão na velhice porque sobretudo, nos países mais pobres, os filhos foram obrigados a emigrar. Os idosos ficam em suas terras sozinhos, porque os homens, jovens e adultos, tiveram que ir no combate e as mulheres, sobretudo as mães com crianças pequenas, deixaram o país em vista da segurança aos seus filhos e filhas6. Nas cidades e aldeias devastadas pela guerra, permanecem sozinhos muitas pessoas idosas e anciãs, únicos sinais de vida em meio a um abandono da morte. Outra causa que persiste muitas vezes entre as pessoas, a acusação lançada contra os idosos de “eles roubarem o futuro aos jovens”, aparecendo nas sociedades mais avançadas e modernas. Esta idéia deve ser combatida. Ou ainda disse o Papa Francisco está espalhada a convicção de que os idosos fazem pesar sobre os jovens os custos da assistência de que eles, os jovens necessitariam7. Tudo deve ser combatido pela palavra do evangelho do Senhor que quer dar a vida sobre a morte.  

O significado do lema: “Na velhice, não me abandones” (cf. Sl 71,9). 

Ele menciona uma conjuntura, uma idéia que cresce contra a vida dos idosos. O Papa afirmou que a solidão e o descarte dos idosos não são casuais, nem inevitáveis, mas são fruto de opções políticas, econômicas, sociais e pessoais que não reconhecem a dignidade infinita de cada pessoa para além de toda a circunstância, estado ou situação que se encontre8. A pessoa idosa é vista mais como uma despesa, demasiada elevada para se pagar. O pior disso, segundo o Papa é o fato de que os próprios idosos, avós e avôs consideram-se um fardo, sendo os primeiros a buscarem o desaparecimento9. As coisas que ocorram é o gosto da fraternidade em relação às pessoas idosas.

Os sentimentos de resignação.  

O Papa cita também os sentimentos de resignação, de aceitação da própria idade, no caso a velhice e de vivê-la bem. Ele teve presente Rute, a mulher que ficou junto da idosa Noemi, sendo uma antepassada do Messias, de Jesus, o Emanuel cujo significado é “Deus conosco” (cf. Mt 1,5), Aquele que aconchega e aproxima o Senhor Deus para todos os seres humanos, de todas as condições e de todas as idades 

A solidariedade e o cuidado. 

É muito importante o exemplo de Rute que cuidou da idosa Noemi, de modo que a solidariedade e o cuidado dos familiares ou parentes ou conhecidos em relação às pessoas idosas, tornaram-se um imperativo, uma ajuda necessária para a vida das pessoas idosas. Assim como Rute teve um casamento feliz, uma descendência, uma terra, isto é válido para todos, segundo o Papa Francisco mantendo-se junto aos idosos, reconhecendo o papel fundamental  que eles tem na família, na sociedade e na Igreja, de modo a receber deles e delas, dos idosos e das idosas, muitos dons, graças e inúmeras bênçãos 

No IV Dia Mundial dos avós e das pessoas idosas, o Papa convida as pessoas a mostrar ternura para com eles e elas, uma visita para as pessoas desanimadas e mostrar-lhes a coragem de dizer “não te abandonarei” e de seguir um caminho diferente, de paz e amor para com as pessoas idosas. O Papa concede a benção a todas as pessoas idosas e avós, as suas orações e pede que as pessoas rezem por ele 

Fonte: CNBB

Memória de Santa Ana e São Joaquim, Dia dos Avós: o olhar terno do Papa Francisco

Nesta sexta-feira, 26 de julho, a Igreja celebra os santos Joaquim e Ana, avós de Jesus. Ao longo de seus 11 anos de pontificado, Francisco tem sublinhado a importância dos idosos na sociedade e a necessidade de valorizar sua sabedoria e experiência, além de combater a cultura do descarte.

A memória dos santos Joaquim e Ana, pais da Virgem Maria e avós de Jesus, que a Igreja celebra neste dia 26 de julho, representa um forte testemunho e um chamado a refletir sobre a importância dos avós nos dias de hoje. Este tema tem sido frequentemente abordado pelo Papa Francisco, especialmente no que se refere ao diálogo entre as gerações, ao combate à cultura do descarte e à valorização e escuta dos idosos.

papa

Logo no início de seu pontificado, em julho de 2013, Francisco, da varanda do Arcebispado do Rio de Janeiro, durante a oração do Angelus, dirigida aos milhares de jovens de todo o mundo que haviam ido ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, aproveitou a oportunidade para refletir sobre um assunto que, desde então, se tornaria um dos mais recorrentes em seus discursos como Papa. Retomando o Documento de Aparecida, no qual ele havia trabalhado como cardeal, destacou: “As crianças e os idosos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas.”

Cultura da vida

Através de gestos, discursos, audiências e encontros inesperados, especialmente em viagens, o Santo Padre sempre faz questão de oferecer sua atenção aos anciãos, com respeito e afeto para os que vivem esta fase da vida. No discurso aos idosos durante o encontro de 15 de outubro de 2016, assim os definia:

“São como as árvores que continuam a dar fruto: mesmo carregados com o peso dos anos, podem dar a sua contribuição original para uma sociedade rica de valores e para a afirmação da cultura da vida.”

A sabedoria dos idosos

Durante uma meditação matutina na Capela da Casa Santa Marta, o Papa recordou uma experiência vivenciada por ele quando era bispo auxiliar de Buenos Aires:

“Era o ano de 1992 e o então bispo auxiliar de Buenos Aires, Bergoglio, estava para celebrar uma crisma quando se aproximou uma senhora idosa, de oitenta anos, com os olhos que viam além, com olhos cheios de esperança. E eu disse-lhe: ‘Avó, a senhora vem para se confessar? Mas não tem pecados!’. À resposta da senhora — ‘Padre, todos temos!’ — Bergoglio retorquiu: ‘Mas talvez o Senhor não os perdoe?’. E a senhora, forte na sua esperança disse: ‘Deus perdoa tudo, porque se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria!’”.

A presença da avó Rosa

Durante a Audiência Geral de 11 de março de 2015, ao meditar sobre os avós, considerando o valor e a importância do seu papel na família, o Papa enfatizou que “as palavras dos avós têm algo de especial, para os jovens”, e completou: “as palavras que a minha avó me entregou por escrito no dia da minha ordenação sacerdotal as levo ainda comigo, sempre, no breviário e as leio e me faz bem”:

“Que estes meus netos, a quem dei o melhor de meu coração, tenham uma vida longa e feliz, mas se em algum dia de dor, a doença ou a perda de uma pessoa amada os encha de desconsolo, que recordem que um suspiro no Tabernáculo, onde está o maior e mais augusto mártir, e um olhar a Maria ao pé da Cruz, podem fazer cair uma gota do bálsamo sobre as feridas mais profundas e dolorosas.”

Para o Papa Francisco, a avó Rosa, italiana que emigrou para a Argentina com sua família, tem grande importância em sua vocação. Quando era Arcebispo de Buenos Aires, o então cardeal Jorge Bergoglio disse em uma entrevista: “uma vez, quando estava no seminário, minha avó me disse: ‘Não esqueças nunca que estás por converter-te em sacerdote e a coisa mais importante para um sacerdote é celebrar a Missa. Celebra a Missa, cada Missa, como se fosse a primeira e a última’”. O Santo Padre também assinalou em outra ocasião: “quem me ensinou a rezar foi a minha avó. Ela me ensinou muito na fé e me contava as histórias dos santos”.

Guardar e construir a história

Em 2022, também no dia dedicado a São Joaquim e Santa Ana, o Pontífice em sua homilia no estádio Edmonton falou dos avós, destacando dois aspectos: “somos filhos de uma história que devemos guardar” e “somos artesãos de uma história a construir”, enfatizou:

“Os nossos avós e os nossos idosos desejaram ver um mundo mais justo, mais fraterno e mais solidário, e lutaram para nos dar um futuro. Agora, a nós, cabe não os decepcionar. Sustentados por eles, que são as nossas raízes, toca-nos a nós dar fruto. Somos nós os ramos que devem florescer e introduzir sementes novas na história”.

Catequeses sobre a velhice

Em 2022, o Santo Padre propôs aos fiéis um itinerário de catequese sobre o significado e o valor da velhice, marcado pelo exemplo de figuras bíblicas, incluindo Moisés, Eleazar e Judite, que traçam um perfil da pessoa idosa diferente daquele muitas vezes proposto pela cultura atual. Ele destacou que a velhice não apenas torna a pessoa frágil, mas também um testemunho insubstituível capaz de transmitir sabedoria, valores e fé para as novas gerações, como ensina uma das figuras idosas mais relevantes dos Evangelhos, Nicodemos:

“A velhice é a condição, concedida a muitos de nós, na qual o milagre deste nascimento do alto pode ser intimamente assimilado e tornado credível para a comunidade humana: não comunica nostalgia do nascimento no tempo, mas amor pelo destino final. Observai como um avô ou avó olha para os netos, como acaricia os netos: aquela ternura, livre de todas as provas humanas, que superou as provações humanas e capaz de oferecer gratuitamente o amor, a proximidade amorosa de uns aos outros. Esta ternura abre a porta para compreender a ternura de Deus.”

IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos 2024

Neste ano, em sua mensagem para o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, celebrado no quarto domingo de julho (28/07), e próximo à memória litúrgica dos Santos Joaquim e Ana, avós de Jesus, o Pontífice ofereceu uma reflexão proposta do Salmo 71, “Na velhice, não me abandones” (Sal 71, 9), voltando a tratar da rejeição na melhor idade, quando as pessoas enfrentam contextos de solidão e sentimentos de descarte:

“Neste IV Dia Mundial a eles dedicado, não deixemos de mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias, visitemos aqueles que estão desanimados e já não esperam que seja possível um futuro diferente. À atitude egoísta que leva ao descarte e à solidão, contraponhamos o coração aberto e o rosto radioso de quem tem a coragem de dizer ‘não te abandonarei!’ e de seguir um caminho diferente.”

Indulgência plenária

Também por ocasião do IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a Penitenciaria Apostólica concederá indulgência plenária aos avós, idosos e fiéis que participarem das celebrações, conforme as condições habituais: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Papa. Esta indulgência também pode ser aplicada como sufrágio pelas almas do purgatório e os idosos doentes e todos os que, “impossibilitados de sair de casa por grave motivo, unirem-se espiritualmente às funções sagradas do Dia Mundial, oferecendo a Deus Misericordioso as suas orações, dores e sofrimentos da própria vida, principalmente quando as várias celebrações forem transmitidas pelos meios de comunicação social”.

Fonte: Vatican News

Quarto Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, indulgência plenária para quem o celebrar

No dia da celebração, 28 de julho, a Penitenciaria Apostólica concede o benefício aos representantes da terceira idade e aos fiéis “que, motivados por um autêntico espírito de penitência e caridade”, participarão dos vários serviços, em todo o mundo, e também aos doentes, aos que cuidam deles e àqueles que, impossibilitados de deixar suas casas, “unirem-se espiritualmente às funções sagradas”, desapegados de pecados e com a intenção de cumprir as consuetas condições assim que possível.

Indulgência Plenária para o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a ser celebrado em 28 de julho (Vatican Media)

Por ocasião do Quarto Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa Francisco no quarto domingo de julho, e que terá como tema “Na velhice não me abandones”, a Penitenciaria Apostólica concede “indulgência plenária nas consuetas condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice) aos avós, aos idosos e a todos os fiéis que, motivados por um autêntico espírito de penitência e caridade, participarem no dia 28 de julho de 2024”, “nos vários serviços que se realizam em todo o mundo”. É o que estabelece um decreto assinado pelo penitencieiro-mor, cardeal Angelo De Donatis.

A indulgência plenária, concedida, atendendo ao pedido do cardeal Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, a fim de “aumentar a devoção entre os fiéis e para a salvação das almas”, pode também “ser aplicada como sufrágio pelas almas do Purgatório” e é também concedida aos fiéis que no dia 28 de julho “dedicarem tempo adequado para visitar irmãos idosos necessitados ou em dificuldade (como os doentes, as pessoas solitárias, as pessoas com deficiência…)”. O decreto também especifica que poderão igualmente lucrar a Indulgência Plenária, “pressupostos o desapego a qualquer pecado e a intenção de cumprir assim que possível as três consuetas condições, os idosos doentes e todos os que, impossibilitados de sair de casa por grave motivo, unirem-se espiritualmente às funções sagradas do Dia Mundial, oferecendo a Deus Misericordioso as sua orações, dores e sofrimentos da própria vida, principalmente quando as várias celebrações forem transmitidas pelos meios de comunicação social”.

Para que “a oportunidade de alcançar a graça divina” possa ser mais facilmente concretizada “através da caridade pastoral”, a Penitenciaria Apostólica pede firmemente “aos sacerdotes, munidos das oportunas faculdades para ouvir as confissões, que se mostrem disponíveis, com espírito pronto e generoso, para a celebração da Penitência”.

Fonte: Vatican News

Hoje é celebrada santa Brígida, padroeira da Europa

Hoje (23) recorda-se santa Brígida, padroeira da Suécia, fundadora da Ordem do Santíssimo Salvador, mãe de santa Catarina da Suécia e proclamada por são João Paulo II como padroeira da Europa.

A esta santa mística, o Senhor revelou algumas orações com grandes promessas para a conversão e salvação das almas.

O papa emérito Bento XVI assinalou em 2010, ao falar desta santa, que sua vida mostra o papel e a dignidade da mulher na Igreja e que se caracterizava sempre por sua “atitude de respeito e de fidelidade integral ao magistério da Igreja, de modo particular ao sucessor do apóstolo Pedro”.

Santa Brígida nasceu na Suécia em 1302 e faleceu em Roma (Itália), aos 70 anos, em 23 de julho de 1373, sendo canonizada 18 anos após sua morte.

Esposa e mãe de oito filhos, ao ficar viúva decidiu renunciar a um segundo matrimônio e dedicar-se à oração, à penitência e às obras de caridade. Vendeu o que tinha e ingressou sem a consagração religiosa no mosteiro cisterciense de Alvastra, em seu país natal.

Em suas experiências místicas, recebeu da Santíssima Virgem Maria a devoção diária às Sete Dores, que consiste em rezar sete Ave Marias diariamente meditando as lágrimas e as dores da Mãe de Deus, com a promessa de que quem as fizer, a Virgem concederá paz, dará o que pedem, sempre e quando não for contrário à vontade de Deus, defenderá as almas no combate espiritual, entre outras promessas.

Por sua parte, o Senhor lhe revelou quinze orações que se rezam por um ano acompanhadas também de grandes promessas, assim como as orações por doze anos. Na igreja de São Paulo, em Roma, encontra-se acima do sacrário, na Capela do Santíssimo Sacramento, o Crucifixo Milagroso esculpido por Pierre Cavallini, diante do qual a santa recebeu as orações ajoelhada.

Fonte: ACI Digital

ACOLHA O SENHOR QUE TE PROCURA

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Na vida todos nós temos compromissos, projetos, amigos e sonhos que gostaríamos de ver realizados. Mas a vida também é feita de um dia após o outro, e é nessa pequena fração do dia, que se renova a cada manhã, que a vida vai acontecendo com todas as conquistas, dissabores e glórias. Mas nenhuma vida será completa sem a presença dos outros, porque é no encontro com os outros, que nós aprendemos a valorizar o que temos de bom e a corrigir aquilo que nos prejudica no relacionamento com Deus e com os irmãos. 

Como cristãos, devemos renovar a nossa adesão ao Evangelho, no seguimento do Mestre, a cada manhã, a cada momento, como os primeiros discípulos às margens do mar da Galileia. Precisamos compreender, a cada dia, que seguir o Mestre é descobrir ou encontrar nos outros a imagem do amor de Deus, tendo presente que, se na vida não buscarmos o Deus de Jesus Cristo, será impossível anunciarmos um Deus misericordioso e fiel a todas as pessoas que encontrarmos.  

Viver o discipulado é ser um peregrino que está sempre em busca da estrada que leva ao encontro do Mestre. E quando o encontra, não deixa de caminhar com ele, porque sabe que Ele é o caminho, a verdade e a vida que conduz ao Pai. Por isso, é importante esse começar a cada dia, contando com a graça de Deus. Quando fecho o meu coração, numa vida de autossuficiência, como cristão perfeito, que não precisa mais ouvir a palavra de Deus nem participar dos sacramentos ou da vida da comunidade, é um sinal de que não sou mais discípulo, e preciso colocar-me novamente a caminho, para encontrar e acolher Jesus como Senhor da minha vida. 

No tempo e na história, o Senhor Jesus continua visitando a humanidade, passando pelos nossos caminhos, visitando cada pessoa, pedindo hospitalidade no seu coração, na sua vida, na sua família. Talvez você ande tão ocupado, com tantos afazeres, que não tenha tempo para acolher o Senhor, para escutar o que Ele tem a dizer, no silêncio do seu coração, ou não tenha tempo para falar com Ele.  

O Senhor Jesus se faz presente na vida de cada um de nós, mas é preciso que tenhamos a capacidade de discernir esse momento e de reconhecer a sua presença. Ele passa pela nossa vida e bate com insistência à porta do nosso coração pedindo hospitalidade, mas, talvez com o passar do tempo, as tantas ocupações do mundo acabaram apagando do nosso coração a sensibilidade de discernir a voz do Senhor, que pede para ser acolhido. Quando é acolhido, o Senhor enche de vida nova o nosso ser, e a sua luz ilumina o nosso caminho no silêncio, assim como a terra silenciosa acolhe a semente, dá força, nutre e dá estabilidade interior às plantas. 

 Fonte: CNBB

E se eu misturar água benta e não benta?

Eis uma dúvida bastante comum: pode-se adicionar à água benta uma porção de água não benta a fim de aumentar a quantidade daquela? Provavelmente sim, segundo Santo Tomás e o costume da Igreja. Entenda melhor a questão neste texto.

pia batismal

Dúvida sobre o rito: pode-se adicionar à água benta uma porção de água não benta de modo a aumentar a quantidade daquela?

Resposta: em resumo, provavelmente sim.

Embora a lei litúrgica atual não fale exatamente sobre essa questão, a ideia geral das bênçãos é que as coisas abençoadas retêm sua bênção desde que permaneçam inteiras, intactas, íntegras e sejam reconhecíveis como o que eram quando foram abençoadas. Por exemplo, segundo o entendimento tradicional, um altar perde sua bênção quando sua mensa [“mesa”] está rachada.

O rito batismal em vigor imediatamente antes das reformas litúrgicas da década de 1970 indica que, “se a água benta no batistério for tão pouca a ponto de verificar-se que não será suficiente, misture-se outra não benta, repetidas vezes inclusive, mas em quantidade menor [minore tamen copia]” [i].

Assim, seja qual for a porção de água que se adicione à água benta, a maior parte da água que permanece deve ser a que recebeu a bênção. Santo Tomás enuncia o princípio geral: aqua quæ admiscetur aquæ benedictæ, efficitur etiam benedicta — “a água que se mistura à água benta, torna-se benta ela também” (STh III 77, 8, obj. 3; cf. também STh III 66, 4c.).

Em seu livro de 1909, Holy Water and Its Significance for Catholics [“A Água Benta e o seu significado para os católicos”, Cultor de Livros, 2018, 64p.], o Padre Henry Theiler segue essa linha de raciocínio. Em resposta à pergunta: “Se a água benta disponível não for suficiente para a ocasião, pode-se adicionar água não abençoada?”, ele responde que sim, observando isto: “Deve-se tomar cuidado para não adicionar uma quantidade tão grande quanto a de água benta”.

Segue-se aqui a mesma lógica que Santo Tomás articula quanto à adição de um líquido ao Preciosíssimo Sangue: “Se acontece uma infusão muito grande de líquido a ponto de afetar todo o vinho consagrado que ficará inteiramente misturado, então já não se tem o mesmíssimo vinho e por isso cessa aí a presença do sangue de Cristo”. Ao contrário, “se se faz um acréscimo de líquido em pequena quantidade de tal modo que não afete a totalidade do vinho”, o Sangue permanece (STh III, 77 8c.). Dá-se o mesmo com a água benta: se uma pequena quantidade de água benta for acrescentada a um grande recipiente de água não benta, o conteúdo do recipiente não se tornará água benta.

Na prática, a adição de água não benta a outra porção abençoada parece ter sido uma prática relacionada especialmente à água batismal. Pelos termos em que está escrita a lei, parece aplicar-se a uma situação específica — que é conceder o dom da salvação através do santo Batismo — e não, talvez, para todo e qualquer caso.

Além disso, vale observar que a bênção da água batismal (fora da Páscoa e de Pentecostes) era um processo mais extenso se comparado à prática atual: incluía os sete Salmos penitenciais, a ladainha dos santos, o Pai-Nosso, o Credo dos Apóstolos, um exorcismo sobre a água, o ato de soprar sobre ela e o derramamento do óleo dos catecúmenos e do santo crisma na água em forma de cruz, tanto individual quanto simultaneamente. A água batismal abençoada dessa forma era a única matéria lícita para o batismo solene. Assim, com todos esses requisitos para [se fazer] a água batismal, de acordo com a rubrica citada acima, “se a água benta no batistério for tão pouca a ponto de verificar-se que não será suficiente, misture-se outra não benta, repetidas vezes inclusive, mas em quantidade menor”.

O processo de adicionar água à fonte pode ser repetido continuamente se a água não tiver evaporado por inteiro (cf. Código de 1917, Cân. 757, § 3)?

Em teoria, sim, mas este parecia ser um cenário improvável na lei antiga, devido aos aspectos práticos de manter limpa a pia batismal. (Há inúmeras histórias sobre o acúmulo de uma película na parte superior da água.) Com a nova bênção da água batismal em vigor, observou um canonista, a omissão da “prática de misturar o óleo batismal com a água” resolveu o “problema perene de preservar a limpeza das fontes batismais” [iii].

Embora a maioria de nós não sinta falta de água em nossa vida diária, sua escassez tem sido um problema em algumas partes do mundo. Para a nossa realidade norte-americana, ter um sacerdote ou diácono disponível para benzer a água é provavelmente um problema maior que a escassez de água. Seja qual for a circunstância, embora seja possível prever que uma porção de água não benta pode, sim, ser adicionada à benta para manter a bênção desta, o mais adequado parece ser simplesmente voltar à igreja paroquial e adquirir mais água recém-abençoada.

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

REZAR O PAI-NOSSO, COMO JESUS NOS ENSINOU

“Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome Ele vos dará” (Jo 15, 16-17). A oração e a vida cristã são inseparáveis, por isso somos chamados a ‘orar sem cessar, sempre e em tudo dando graças a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo’ conforme 1Ts 5, 17. A oração exige um esforço e uma luta constante entre nós mesmos e as artimanhas do inimigo, que quer a todo custo nos afastar do amor do Pai, provocando em nós a falta de vontade de orarmos, colocando obstáculos vários para que posterguemos o momento da nossa oração e acabemos por não fazê-la. É preciso rezar, mesmo sem ter vontade de fazê-lo, isso se chama perseverança. Criar o hábito saudável de nos colocarmos diante de Jesus e com Ele, através Dele, nos dirigirmos ao Pai, que Ele mesmo nos apresentou! Um coração vazio de oração se afasta de Deus e, onde Deus não está, o Espírito Santo não age. Sem a ação do Espírito Santo, nada podemos fazer.

Em preparação ao Ano Jubilar 2025, fomos convidados pelo Papa Francisco a rezarmos intensa e incessantemente a oração que Jesus mesmo nos ensinou: o Pai-Nosso. Assim, chegaremos ao Ano Jubilar mais conscientes da nossa origem divina: fomos criados por Deus, desejados por Ele, pertencemos a Ele, nosso Pai. Os discípulos de Jesus pediram a Ele que os ensinassem a orar e Ele os ensinou (Mt 6, 9-13). Também somos seus discípulos, portanto a oração ensinada por Cristo chega a nós, não como uma fórmula mágica ou como palavras que apenas se repetem, mas como uma perfeita orientação de como devemos nos dirigir ao Pai, que é Deus. Jesus nos ensina, carinhosamente, a chamar Deus de “Pai”. Podendo ter usado qualquer outro título, como ‘senhor’, ou ‘rei’, Jesus usou “Pai”, o que significa que não há pai sem filhos, podendo um senhor ou um rei não ter filhos, não é mesmo? Sendo Deus, o Pai Criador de todas as coisas e eternamente Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, é Pai de todos os seres criados. Fomos acolhidos por Ele como filhos. Amados como filhos. O desejo de Deus é ter um íntimo relacionamento conosco! Dizemos: “Pai Nosso”, não Pai meu, ou seja, Deus é Pai de todos nós, assim nos ensinou Jesus, significando que somos uma grande família, uma comunidade de irmãos. E, como irmãos de fé, devemos rezar uns pelos outros em unidade com Cristo e sua Igreja.

Em nossas orações mais solitárias, súplicas individuais podemos sim usar ‘meu Pai’, ‘Paizinho’, numa intimidade mais afetiva ainda; porém não podemos nos esquecer que Deus não é um Pai exclusivo ou particular. Toda humanidade goza dessa filiação divina, pois formamos uma só família, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo. Rezemos o Pai-Nosso em unidade com a Virgem Senhora de Lourdes, para que Ela nos ajude a vivermos o Jubileu de 2025 mais próximos do Pai de todos nós!

Fonte: CNBB

9 verdades sobre o escapulário do Carmo

escapulario

Seria difícil, quase impossível, discorrer sobre Nossa Senhora do Carmo sem falar do Escapulário do Carmo. O Papa Pio XII disse: “A devoção do Escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”.

Para aqueles que usam o Escapulário do Carmo, recordemos aqui 9 pontos sobre este que foi oferecido aos homens pela própria Mãe de Deus.

1. Ele não é um amuleto

Não é um amuleto nem nenhuma garantia automática de salvação ou uma dispensa para não viver as exigências da vida cristã. São Cláudio de la Colombière dizia: “Perguntas: e se eu quiser morrer com meus pecados? Eu te respondo, então morrerá em pecado, mas não morrerá com teu escapulário”.

2. Ele é um presente da Virgem Maria

Segundo a tradição, o escapulário, tal como se conhece atualmente, foi dado pela própria Virgem Maria a São Simão Stock em 16 de julho de 1251, quando a Mãe de Deus lhe disse: “Deve ser um sinal e privilégio para ti e para todos os Carmelitas: Aquele que morrer usando o escapulário não sofrerá o fogo eterno”.

Mais tarde a Igreja concedeu que o escapulário pudesse ser usado também por leigos.

3. É um mini hábito

É como um hábito carmelita em miniatura que todos os devotos podem portar como mostra de sua consagração à Virgem. Consiste em um cordão que se coloca no pescoço com duas peças pequenas de tecido de cor marrom. Uma das peças fica sobre o peito e a outra sobre as costas e se costuma usar sob a roupa.

4. É sinal de serviço

Santo Afonso Maria de Ligório, doutor da Igreja, dizia: “Assim como os homens ficam orgulhosos quando outros usam a sua insígnia, assim a Santíssima Virgem se alegra quando os seus filhos usam o escapulário como sinal de que se dedicam ao seu serviço e são membros da família da Mãe de Deus”.

5. É um sacramental

É reconhecido pela Igreja como um sacramental, ou seja, um sinal que ajuda a viver santamente e a aumentar nossa devoção.

O escapulário não comunica graças como fazem os Sacramentos, mas dispõe ao amor do Senhor e ao arrependimento se recebido e usado com devoção.

6. Pode ser dado a um não católico

Certo dia, levaram a São Stock um ancião moribundo, que ao recuperar a consciência disse ao santo que não era católico, que usava o escapulário como promessa a seus amigos e que rezava uma Ave Maria diariamente. Antes de morrer, recebeu o batismo e a unção dos enfermos.

7. Foi visto em uma aparição de Fátima

Lúcia, a vidente de Nossa Senhora de Fátima, contou que na última aparição (outubro de 1917), Nossa Senhora Maria apareceu com o hábito carmelita e o escapulário na mão e voltou a pedir que seus verdadeiros filhos o levassem com reverência.

Deste modo, pediu que aqueles que se consagrem a Ela o usem como sinal visível desta consagração.

8. Não pode ser imposto por qualquer

A imposição do escapulário deve ser feita preferivelmente em comunidade e que na celebração fique bem expresso o sentido espiritual e de compromisso com a Virgem.

O primeiro escapulário deve ser abençoado por um sacerdote e posto sobre o devoto rezando a seguinte oração: “Recebe este santo Escapulário como sinal da Santíssima Virgem Maria, Rainha do Carmelo, para que, com seus méritos, o uses sempre com dignidade, seja tua defesa em todas as adversidades e te conduza à vida eterna”.

9. Só se abençoa o primeiro Escapulário que se recebe

Quando se abençoa o primeiro escapulário, o devoto não precisa pedir a bênção para escapulários posteriores. Os já gastos, se foram abençoados, não devem ser jogados no lixo, mas podem ser queimados ou enterrados como sinal de respeito.

Fonte: Arautos do Evangelho

SENHORA DO CARMO

Neste mês de julho, dia 16,  a Igreja recorda a Mãe de Jesus, por um de seus títulos mais conhecidos: Nossa Senhora do Carmo ou do monte Carmelo. O monte Carmelo era local de vegetação exuberante, por isso o nome Carmelo que quer dizer jardim ou pomar. Muitas mulheres trazem este nome e são homenageadas neste dia. 

Este título é herança e recordação do Profeta Elias, como defensor do único Deus. No monte Carmelo o profeta derrotou a idolatria, repropondo o culto ao Deus único. Foi neste monte que o profete viu uma nuvem surgir do mar em época de seca prolongada, nuvem que cresceu e fez chover (1Rs 18,20-46). Segundo a tradição, neste monte, o profeta  instituiu um grupo de discípulos penitentes e solitários, dedicados à oração.  

Posteriormente neste local de forma mais organizada, surgiu no século XII um grupo de monges dedicados a orar initerruptamente, louvando a Deus. Ali construiram uma capelinha na qual invocavam a proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Quando foram expulsos pelos sarracenos, os monges foram para Europa, onde a devoção se espalhou. Neste período difícil, o superior da Ordem Carmelita, S. Simão Stok, invoca Nossa Senhora e ela lhe aparece, como a vemos na imagem de Nossa Senhora do Carmo, e lhe entrega o escapulário, com a promessa de que, os que o usarem obteriam de Cristo a salvação eterna.  

Esta devoção veio para a América Latina quando os frades carmelitas chegaram ao Brasil junto com os portugueses. Nas figuras de Elias, chamado Profeta do Carmelo e Maria, chamada a Flor do Carmelo,  encontramos uma ligação entre a Antiga e Nova Aliança.  

A espiritualidade carmelita propõe a profecia de amar a Deus acima de tudo e, trabalhar para que seja glorificado como o fez Elias. É a profecia. Também propõe Maria como modelo de vida de fé e oração, simples e escondida, na qual todos os gestos são meios de acolher a vida divina que está em nosso meio. É a contemplação.  

No centro de Santo André, situa-se o templo religioso, a igreja de Nossa Senhora do Carmo, chamada popularmente igreja do Carmo, na praça do mesmo nome: Praça do Carmo. É um ponto referencial da cidade, por ser hoje a Catedral da Diocese de Santo André, criada em 1954 e que este ano comemora setenta anos de sua criação. Porém, a Catedral do Carmo, além da referência religiosa e histórica, tem um valor devocional e religioso imenso.  

Construída por iniciativa do Padre Capra, foi feita com doações dos fiéis, como a de Antonio Queiroz dos Santos que deu o terreno e uma doação generosa, por entidades de classe, entre outros. A pedra fundamental foi lançada em 1917 e sua construção, dirigida pelo engenheiro Pounchon e outros,  se deu por etapas, até que foi inaugurada em 1958.  

A escolha do artista para a decoração da igreja foi realizada por meio de concurso ganho pelos irmãos Bastiglia, que trabalharam nela de 1952 até 1957. Ela foi recentemente restaurada e é amparada pela Lei nº 846, de 30.11.1953, que declara o bem como “monumento arquitetônico”.  

Peçamos a intercessão de Nossa Senhora do Carmo, que ela não permita afogarmos nas nossas pequenas preocupações, também nas grandes. Que ela nos ajude a aceitar o mistério de Jesus Cristo de forma mais radical em nossa vida. Sobretudo nos ajude a manter acesa a chama da gratidão a Deus: “Minha alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus meu salvador!”. 

Fonte: CNBB

REZAR O PAI-NOSSO, COMO JESUS NOS ENSINOU

“Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome Ele vos dará” (Jo 15, 16-17). A oração e a vida cristã são inseparáveis, por isso somos chamados a ‘orar sem cessar, sempre e em tudo dando graças a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo’ conforme 1Ts 5, 17. A oração exige um esforço e uma luta constante entre nós mesmos e as artimanhas do inimigo, que quer a todo custo nos afastar do amor do Pai, provocando em nós a falta de vontade de orarmos, colocando obstáculos vários para que posterguemos o momento da nossa oração e acabemos por não fazê-la. É preciso rezar, mesmo sem ter vontade de fazê-lo, isso se chama perseverança. Criar o hábito saudável de nos colocarmos diante de Jesus e com Ele, através Dele, nos dirigirmos ao Pai, que Ele mesmo nos apresentou! Um coração vazio de oração se afasta de Deus e, onde Deus não está, o Espírito Santo não age. Sem a ação do Espírito Santo, nada podemos fazer.

Em preparação ao Ano Jubilar 2025, fomos convidados pelo Papa Francisco a rezarmos intensa e incessantemente a oração que Jesus mesmo nos ensinou: o Pai-Nosso. Assim, chegaremos ao Ano Jubilar mais conscientes da nossa origem divina: fomos criados por Deus, desejados por Ele, pertencemos a Ele, nosso Pai. Os discípulos de Jesus pediram a Ele que os ensinassem a orar e Ele os ensinou (Mt 6, 9-13). Também somos seus discípulos, portanto a oração ensinada por Cristo chega a nós, não como uma fórmula mágica ou como palavras que apenas se repetem, mas como uma perfeita orientação de como devemos nos dirigir ao Pai, que é Deus. Jesus nos ensina, carinhosamente, a chamar Deus de “Pai”. Podendo ter usado qualquer outro título, como ‘senhor’, ou ‘rei’, Jesus usou “Pai”, o que significa que não há pai sem filhos, podendo um senhor ou um rei não ter filhos, não é mesmo? Sendo Deus, o Pai Criador de todas as coisas e eternamente Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, é Pai de todos os seres criados. Fomos acolhidos por Ele como filhos. Amados como filhos. O desejo de Deus é ter um íntimo relacionamento conosco! Dizemos: “Pai Nosso”, não Pai meu, ou seja, Deus é Pai de todos nós, assim nos ensinou Jesus, significando que somos uma grande família, uma comunidade de irmãos. E, como irmãos de fé, devemos rezar uns pelos outros em unidade com Cristo e sua Igreja.

Em nossas orações mais solitárias, súplicas individuais podemos sim usar ‘meu Pai’, ‘Paizinho’, numa intimidade mais afetiva ainda; porém não podemos nos esquecer que Deus não é um Pai exclusivo ou particular. Toda humanidade goza dessa filiação divina, pois formamos uma só família, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo. Rezemos o Pai-Nosso em unidade com a Virgem Senhora de Lourdes, para que Ela nos ajude a vivermos o Jubileu de 2025 mais próximos do Pai de todos nós!

Fonte: CNBB

Hoje é festa de são Bento, padroeiro da Europa e patriarca dos monges do Ocidente

sao bento

“Ora et labora” (orar e trabalhar) é o famoso lema do grande são Bento abade, padroeiro da Europa e patriarca dos monges do Ocidente. Por seu legado e influência, segue sendo um dos santos mais venerados de toda a cristandade e sua festa litúrgica é celebrada hoje, 11 de julho.

São Bento nasceu em Núrsia (Norcia – Itália), em 480. Sua irmã gêmea foi santa Escolástica. Depois de estudar retórica e filosofia em Roma, são Bento se retirou da cidade para Enfide (atualmente, Affile) para aprofundar o estudo e dedicar-se à disciplina ascética.

Aos 20 anos, foi para o Monte Subiaco e viveu em uma caverna com a orientação de um eremita. Anos mais tarde, foi com os monges de Vicovaro, que depois o elegeram prior.

Não durou tanto tempo, já que tentaram envenená-lo devido à disciplina que exigia. Como era seu costume, são Bento fez o sinal da cruz sobre o vidro que lhe tinham dado e o objeto se quebrou em pedaços. Após fazê-los cair em si sobre o que fizeram, afastou-se deles.

Com um grupo de jovens, impressionados por seu exemplo de cristão, fundou mosteiros, um deles em Monte Cassino, e escreveu sua famosa Regra que se tornou inspiração para inúmeros regulamentos de comunidades religiosas monásticas até hoje. Do mesmo modo, iniciou centros de formação e cultura.

São Bento era muito conhecido pelo seu trato amável e por seus sacrifícios. Levantava-se de madrugada para rezar os salmos, rezava e meditava por várias horas, jejuava diariamente e ajudava os povoados ao pregar. O santo via o trabalho como algo honroso que levava à santidade.

Da mesma forma, consolava os doentes, dava esmolas e alimento aos necessitados e conta-se que em algumas ocasiões “ressuscitou” os mortos com a ajuda de Deus.

Encontrou seu amor e força no Cristo crucificado e, como exorcista, submetia os espíritos malignos com a famosa “cruz de são Bento”.

O santo previu a data de sua morte, que ocorreu em 21 de março 547, poucos dias depois que faleceu sua irmã santa Escolástica. Morreu de pé na capela com as mãos levantadas para o céu. “Deve-se ter um imenso desejo de ir para o céu”, foram suas últimas palavras.

No final do século VIII, em muitos lugares, começou-se a celebrar a sua festa no dia 11 de julho.

Fonte: ACI Digital

E O AMANHÃ?

A tragédia que se abateu recentemente sobre o Rio Grande do Sul, produzindo destruição e mortes requer reflexão e coragem para possíveis decisões a fim de promover o necessário respeito e cuidado para com o meio ambiente. Eventos meteorológicos com chuvas intensas, prolongadas e em grande volume, ou períodos de seca prolongados e calor intenso sempre aconteceram; são fenômenos naturais! No entanto, a frequência maior de tais eventos suscita particular atenção, pois são expressão de uma doença silenciosa que afeta a todos! O aquecimento global não é uma ideologia! São visíveis os sinais de um desequilíbrio ambiental!

O desenvolvimento tecnológico e as alterações climáticas, com suas consequências para todos, são certamente um dos principais desafios que a sociedade e a comunidade global terão de enfrentar com objetividade, coragem e determinação. O impacto das mudanças climáticas prejudicará cada vez mais a vida de muitos. As consequências atingirão os âmbitos da saúde, emprego, acesso a recursos, habitação, migrações forçadas, entre outros.

Os recursos naturais necessários para os avanços da tecnologia não são ilimitados. Provavelmente pela primeira vez na história do gênero humano, os seres humanos estão, na prática, sendo postos diante da tarefa de assumir a responsabilidade solidária pelos efeitos de suas ações em um parâmetro que envolve todo o planeta. Trata-se de uma crise. E “a ideia (pode-se dizer o modo de proceder!) que criou a crise não será a mesma que nos tirará dela; temos que mudar” (A. Einstein).

A cultura atual, marcada por enormes avanços tecnológicos, exalta a democracia e a liberdade, sem, no entanto, considerar a necessidade de discernimento e responsabilidade. Ora, Cultura é liberdade que respeita e cultiva paridade e fraternidade. “Democracia é resolver ‘juntos’ os problemas de todos” (Papa Francisco). Liberdade é filha do conhecimento, proporcionado pela razão; é colocar-se a serviço uns dos outros!

A razão moderna que tudo determina, deve reconhecer seus limites, caso contrário não pode se considerar inteligente. A implementação de programas de adaptação para reduzir os efeitos da alteração climática em curso, exigirá estadistas, nobreza política, espírito autenticamente democrático, humildade, coragem, liberdade, discernimento e responsabilidade.

Fonte: CNBB