Hoje é celebrada santa Teresinha do Menino Jesus, doutora da Igreja

“Quero passar meu céu fazendo o bem na terra”, dizia Santa Teresa de Lisieux, conhecida como santa Teresinha do Menino Jesus, cuja festa é celebrada hoje (1º). A santa carmelita, mesmo com sua vida contemplativa, tornou-se a padroeira das missões e doutora da Igreja.

Santa Teresa viveu somente 24 anos. Mas, deixou um grande legado de amor para a Igreja, o qual se tornou muito conhecido com o passar do tempo.

Marie Françoise Thérèse Martin nasceu em Alençon (França), em 2 de janeiro de 1873, filha do casal Louis Martin e Zélia Guérin, que foram canonizados em 2015 pelo papa Francisco.

Uma família modesta e temente a Deus, que teve como frutos oito filhos antes da caçula Teresa. Quatro deles, porém, morreram ainda novos, restando em vida Maria, Paulina, Leônia e Celina.

Teresinha entrou para o mosteiro das carmelitas em Lisieux aos 15 anos de idade, com a autorização do papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Entregou-se com inteira decisão e consciência à tarefa de ser santa. Sem perder o ânimo, diante da aparente impossibilidade de alcançar os pontos mais elevados da renúncia de si mesma, costumava repetir: “Deus não inspira desejos impossíveis. Não tenho que me fazer mais do que sou, mas sim me aceitar tal como sou, com todas minhas imperfeições”.

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre como um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.

Teresinha tinha um profundo desejo em seu coração de ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Queria ser tudo, até que descobriu sua vocação: “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor”.

Santa Teresa morreu de tuberculose, em 30 de setembro de 1897, dizendo suas últimas palavras: “Oh!… amo-O. Deus meu,… amo-Vos!”.

Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.

Foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925, pelo papa Pio XI, que a declarou “Patrona Universal das Missões Católicas”, em 1927.

Em 19 de outubro de 1997, são João Paulo II a proclamou doutora da Igreja. Na ocasião, disse: “Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘Doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”.

“O desejo que Teresa expressou de ‘passar seu céu fazendo o bem na terra’ segue cumprindo-se de modo admirável. Obrigado, Pai, porque hoje nos faz próxima de uma maneira nova, para louvor e glória de seu nome pelos séculos!”, concluiu são João Paulo II.

Fonte: ACI Digital

A Palavra de Deus na vida do cristão

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Neste último domingo do mês de setembro, a Igreja Católica no Brasil celebra o Dia Nacional da Bíblia. Creio que é importante lembrar aos irmãos e irmãs, na camihada de fé, a importância da Palavra de Deus no processo de evangelização, na missão da Igreja e na nossa vida. Através da sua palavra, Deus criou e governa o mundo, e, ao mesmo tempo, escolheu e educou um povo. Jesus é a própria palavra de Deus – o “Verbo” –, mandada ao mundo para revelar a vontade do Pai e doar aos homens a adoção de filhos. 

É bonito poder celebrar a presença e a força da Palavra de Deus, que orienta a nossa vida de fé e a vida da comunidade, que sabe colocar-se à escuta do Senhor, através da sua Palavra. Mas ouvir por ouvir a Palavra de Deus, muda pouca coisa na nossa vida de cristãos. Precisamos da coragem de perguntar: O que ela diz para a minha vida? O que o Senhor Jesus quer de mim? Abrir o coração para colocar-se na escuta de Deus é um grande passo e uma grande oportunidade que ele nos oferece, para começarmos a percorrer um caminho de discípulos, que querem estar próximo do Senhor, através da sua Palavra, encarnada e testemunhada na nossa vida de fé, comprometida com os valores do Reino anunciado por Jesus. Através da Palavra, Deus fala ao nosso coração de filhos e filhas. Através da oração na Palavra, podemos percorrer o caminho do encontro pessoal com Jesus Cristo. Ele quer tocar o nosso coração e nos falar do amor e da misericórdia do Pai. 

A Palavra de Deus também age no mundo através do anúncio, para a salvação de quem a acolhe com fé, a ela se confia e a pratica. Por isso, são bem-aventurados aqueles que a escutam, a guardam no coração e por ela conduzem a vida de fé, na comunhão com o Senhor e com os irmãos, na vida da comunidade. 

Na exortação apostólica “A Alegria do Evangelho”, o Papa Francisco recorda que “toda a evangelização está fundada sobre esta Palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte de evangelização. Por isso, é preciso formar-se continuamente na escuta da Palavra… A Palavra de Deus ouvida e celebrada, sobretudo na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e os torna capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida diária… A Palavra proclamada, viva e eficaz, prepara a recepção do Sacramento e, no Sacramento, essa Palavra alcança a sua máxima eficácia” (EG 174). 

No caminho da história, foi Deus quem sempre deu o primeiro passo, com a sua Palavra e a sua obra para julgar e salvar, para revelar-se e conduzir a humanidade à liberdade e à vida plena e perfeita. Ele sempre esteve presente na história, para manifestar o seu amor e a sua verdade, e para inaugurar o seu Reino e a sua obra de salvação. Para escutar a sua palavra criou o homem, convidando-o também para colaborar no projeto divino de salvação, com a sua liberdade e com o seu compromisso de fé e vida. 

Fonte: CNBB

O Papa na Bélgica: paz e repúdio da guerra. O abuso na Igreja “é uma vergonha”

Francisco manifestou satisfação por visitar a Bélgica, e disse que quando “se pensa neste País, evoca-se ao mesmo tempo algo pequeno e grande, um país ocidental e simultaneamente central, como se fosse o coração pulsante de um organismo imenso”. O Pontífice falou sobre os “dramáticos acontecimentos do abuso de menores, um flagelo que a Igreja está enfrentando com decisão e firmeza”.


O Papa Francisco encontrou-se com as autoridades, a sociedade civil e o Corpo diplomático, nesta sexta-feira (27/09), no Castelo Real de Laeken, na Bélgica, segunda etapa de sua 46ª Viagem Apostólica Internacional.

Francisco manifestou satisfação por visitar a Bélgica, e disse que quando “se pensa neste País, evoca-se ao mesmo tempo algo pequeno e grande, um país ocidental e simultaneamente central, como se fosse o coração pulsante de um organismo imenso”.

“A Bélgica não é um Estado muito extenso, mas a sua história peculiar fez com que, imediatamente depois da Segunda Guerra Mundial, os povos europeus, cansados e exaustos, iniciando um sério caminho de pacificação, colaboração e integração, olhassem para ela como a sede natural das principais instituições europeias. Por se situar nos limites entre o mundo germânico e o mundo latino, fazendo fronteira com a França e a Alemanha, que mais encarnaram as antíteses nacionalistas da origem do conflito, surgiu como lugar ideal, quase uma síntese da Europa, de onde partir para a sua reconstrução, física, moral e espiritual”, frisou o Papa.

A Bélgica é uma ponte

Poderia-se dizer que a Bélgica é uma ponte: entre o continente e as ilhas britânicas, entre as regiões germânicas e francófonas, entre o sul e o norte da Europa. Uma ponte para permitir a expansão da concórdia, fazendo retroceder os conflitos. Uma ponte onde cada um, com a sua língua, a sua mentalidade e as suas convicções, se encontra com o outro e escolhe a palavra, o diálogo e a partilha como meios de relação. Uma ponte, portanto, indispensável à construção da paz e ao repúdio da guerra.

Segundo o Papa, a Europa precisa da Bélgica “para se lembrar da sua história, feita de povos e culturas, de catedrais e universidades, de conquistas do engenho humano, mas também de muitas guerras e de uma vontade de domínio que, por vezes, se converteu em colonialismo e exploração. A Europa precisa da Bélgica para prosseguir na via da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”.

“Na verdade, a concórdia e a paz não são uma conquista alcançada de uma vez por todas, mas antes uma tarefa e uma missão incessante a cultivar, a cuidar com tenacidade e paciência.”

Porque quando os seres humanos deixam de recordar o passado e ser educados por ele, esquecendo o sofrimento e os custos assustadores pagos pelas gerações anteriores, ficam com a desconcertante capacidade de voltar a cair mesmo depois de se terem finalmente reerguido.

“A história, magistra vitae tantas vezes não escutada, da Bélgica convoca a Europa a retomar o seu caminho, a redescobrir o seu verdadeiro rosto, a investir de novo no futuro, abrindo-se à vida, à esperança, para vencer o inverno demográfico e o inferno da guerra”, disse ainda Francisco.

O abuso na Igreja é uma vergonha

A seguir, o Papa disse que “a Igreja Católica quer ser uma presença que, testemunhando a sua fé em Cristo Ressuscitado, oferece aos indivíduos, às famílias, às sociedades e às Nações uma esperança antiga e sempre nova”. A Igreja “anuncia uma Notícia que pode encher os corações de alegria e, com obras de caridade e inúmeros testemunhos de amor ao próximo, procura oferecer sinais concretos e provas do amor que a move. Entretanto, vive na realidade das culturas e das mentalidades de um determinado tempo, ajudando a plasmá-las ou, por vezes e de algum modo, ressentindo-se delas; porém, nem sempre compreende e vive a mensagem evangélica na sua pureza e plenitude”, acrescentando:

De acordo com Francisco, “a Igreja vive nesta perene coexistência de luz e sombra, muitas vezes com frutos de grande generosidade e esplêndida dedicação, e outras vezes, infelizmente, com o aparecimento de dolorosos contra-testemunhos. Estou a pensar nos dramáticos acontecimentos do abuso de menores, um flagelo que a Igreja está enfrentando com decisão e firmeza, escutando e acompanhando as pessoas feridas e implementando em todo o mundo um programa capilar de prevenção“.

“Irmãos e irmãs, esta é uma vergonha! Uma vergonha que hoje todos nós devemos enfrentar, pedir perdão e resolver o problema: a vergonha do abuso, do abuso de menores. Pensamos na época dos santos inocentes e dizemos: ‘Oh! Que tragédia, o que fez o rei Herodes’, mas hoje na Igreja existe este crime e a Igreja deve se envergonhar e pedir perdão, e tentar resolver essa situação com humildade cristã, fazendo todos os esforços para que isso não aconteça mais.”

O Pontífice sublinhou a esse propósito, que alguém lhe diz que, “segundo as estatísticas, a grande maioria dos abusos ocorre na família ou no bairro ou no mundo do esporte, na escola”.  “Apenas um abuso é suficiente para se envergonhar. Na Igreja, devemos pedir perdão por isso e que os outros peçam perdão por sua parte. Essa é a nossa vergonha e nossa humilhação“, observou Francisco.

As “adoçoes forçadas” na Bélgica

Ainda sobre os abusos, o Papa recordou o problema das “adoções forçadas” que ocorreram “na Bélgica nos anos 50 e 70 do século passado”. “Nessas histórias espinhosas, o fruto amargo de um delito e de um crime misturava-se com o que, infelizmente, era o resultado de uma mentalidade prevalecente em todos os estratos da sociedade, de tal modo que aqueles que agiam de acordo com ela, em consciência, acreditavam fazer o bem, tanto à criança como à mãe”, disse ainda Francisco.

“Muitas vezes, a família e os outros agentes sociais, incluindo a Igreja, consideravam que, para eliminar o estigma negativo que, infelizmente, recaía sobre a mãe solteira naquela época, era preferível, para o bem de ambos, mãe e filho, que este último fosse adotado. Houve até casos em que não foi dada a possibilidade a algumas mulheres de escolher entre ficar com a criança ou dá-la para adoção.”

“Como sucessor do Apóstolo Pedro, peço ao Senhor que a Igreja encontre sempre dentro de si a força para esclarecer e não se conformar com a cultura dominante, mesmo quando esta – manipulando-os – usa valores derivados do Evangelho, para deles tirar conclusões indevidas, com consequências pesadas de sofrimento e exclusão”, sublinhou Francisco.

O Papa disse ainda que reza “para que os dirigentes das Nações, ao olharem para a Bélgica e para a sua história, saibam aprender com ela e poupem assim os seus povos de desgraças e lutos sem fim”. “Rezo para que os governantes saibam assumir a responsabilidade, o risco e a honra da paz e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra. Rezo para que temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam os seus olhos e corações, colocando sempre em primeiro lugar o bem comum”, conclui o Papa.

Fonte: Vatican News

6 devotos famosos de Santa Teresinha

Uma das santas mais amadas do mundo, Teresa de Lisieux atraiu amigos espirituais até mesmo entre santos. Conheça alguns.

Santa Teresinha atraiu muitos devotos ao longo da história. “É uma das santas mais amadas em todo o mundo até mesmo por não-cristãos e não-crentes”, como escreveu o Papa Francisco na Exortação Apostólica C’est la confiance. Veja a seguir alguns santos e personalidades que nutriram uma amizade espiritual com a santa das rosas.

Papa Francisco

A primeira personalidade da nossa lista é o próprio Papa Francisco. O Pontífice já reconheceu algumas vezes sua devoção a santinha. “Quando tenho um problema, peço à santa que não o resolva, mas que tome nas mãos dela e me ajude a aceitá-lo.”

Papa João Paulo II

São João Paulo II também nutriu uma devoção particular a Santa Teresinha. Foi ele inclusive que a declarou Doutora da Igreja, única santa a ter esse reconhecimento nos seus 26 anos de pontificado. “Teresa é Mestra para o nosso tempo, sedento de palavras vivas e essenciais, de testemunhos heroicos e críveis”.

João Paulo I

O Papa do sorriso conta que conheceu Santa Teresinha ainda na sua juventude. “Querida pequena Teresa, eu tinha dezessete anos quando li sua autobiografia. Isso me impressionou à força … Depois de escolher o caminho da completa dedicação a Deus, nada poderia impedi-lo: nem doenças, nem oposição de fora., nem a névoa ou a escuridão interior”.

Madre Teresa de Calcutá

Batizada como Agnes, Madre Teresa conta que escolheu o nome religioso por sua devoção a santinha das rosas. “Escolhi Teresa como meu homônimo, porque ela fazia coisas comuns com um amor extraordinário”. Muitas vezes mencionava seu amor pela “Pequena Flor” em suas reflexões sobre o amor e a caridade.

Charles de Foucauld

Santa Teresinha também inspirou o monge missionário, que cultivou uma vida cheia de simplicidade e entrega a Deus como fez a santinha.

Maximiliano Kolbe

Como recém sacerdote, São Maximiliano ofereceu sua primeira Missa com a intenção de beatificação e canonização da então irmã Teresa. Ele também dedicou suas missões asiáticas a querida santinha.

 

Fonte: Comunidade Shalom

O Espírito Santo é o nosso aliado na luta contra o espírito do mal

O papa Francisco se encontrou ontem (25) com jovens que participam do encontro anual da Economia de Francisco no qual o movimento pela mudança econômica, inspirado pelo papa, lançou uma fundação permanente.

“Não são os grandes e os poderosos que mudam o mundo para melhor: é o amor que é o primeiro e maior fator de mudança”, disse ontem (25) o papa aos membros fundadores da fundação e outras pessoas de mais de 30 países reunidas no Vaticano.

Segundo um anúncio na rede social Instagram, a nova fundação, instituída formalmente na segunda-feira (23), vai trabalhar em três áreas: pesquisa e estudo; negócios e inovação; e educação e cultura.

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Imediatamente após o seu batismo no Jordão, Jesus “foi conduzido pelo Espírito para o deserto, a fim de ser tentado pelo diabo” (Mt 4, 1) – assim reza o Evangelho de Mateus. A iniciativa não é de satanás, mas de Deus. Indo para o deserto, Jesus obedece a uma inspiração do Espírito Santo, não cai numa armadilha do inimigo, não! Uma vez superada a provação, Ele – está escrito – voltou para a Galileia “com o poder do Espírito Santo” (Lc 4, 14).

No deserto, Jesus livrou-se de satanás e agora pode libertar de satanás. É isto que os Evangelistas realçam com as numerosas histórias de libertação de endemoninhados. Jesus diz aos seus opositores: “Se é em virtude do Espírito de Deus que expulso demônios, então o Reino de Deus chegou entre vós” (Mt 12, 27).

Hoje assistimos a um estranho fenômeno relativo ao diabo. A um certo nível cultural, considera-se que ele simplesmente não existe. Seria um símbolo do inconsciente coletivo, ou da alienação, em síntese, uma metáfora. Mas “a maior astúcia do demônio é levar a crer que ele não existe”, como alguém escreveu (Charles Baudelaire). É astuto: faz-nos crer que não existe e assim domina tudo. É ardiloso! E, no entanto, o nosso mundo tecnológico e secularizado está repleto de magos, ocultismo, espiritismo, astrólogos, vendedores de feitiços e amuletos e, infelizmente, de verdadeiras seitas satânicas. Expulso pela porta, o diabo voltou a entrar, dir-se-ia, pela janela. Expulso pela fé, volta a entrar com a superstição. E se fores supersticioso, inconscientemente dialogas com o diabo. Com o diabo não se conversa!

A provação mais forte da existência de satanás não está nos pecadores, nem nos endemoninhados, mas nos santos! “E porquê, Padre?”. Sim, é verdade que o diabo está presente e age mediante certas formas extremas e “desumanas” de maldade e perversidade que vemos à nossa volta. Mas por este caminho, nos casos individuais, é praticamente impossível chegar à certeza de que se trata precisamente dele, dado que não podemos saber exatamente onde termina a sua ação e onde começa a nossa própria maldade. Por isso, a Igreja é muito prudente e rigorosa no exercício do exorcismo, ao contrário do que se verifica, infelizmente, em certos filmes!

É na vida dos santos, precisamente ali, que o diabo é obrigado a manifestar-se, a pôr-se “contra a luz”. Uns mais, outros menos, todos os santos, todos os grandes crentes, dão testemunho da sua luta contra esta realidade obscura, e não se pode honestamente supor que todos eram iludidos ou simples vítimas dos preconceitos do seu tempo.

A batalha contra o espírito maligno vence-se como Jesus a venceu no deserto: com a força da palavra de Deus. Vede que Jesus não conversa com o diabo, nunca dialoga com o demônio. Ou o expulsa, ou o condena, mas nunca dialoga. E, no deserto, não responde com a sua palavra, mas com a palavra de Deus. Irmãos e irmãs, nunca dialogueis com o diabo! Quando ele vem com tentações: “mas isto seria bom, aquilo seria bom”, detém-te! Eleva o teu coração ao Senhor, reza a Nossa Senhora e expulsa-o, como Jesus nos ensinou a expulsá-lo. São Pedro sugere também outro meio, de que Jesus não necessitava, mas nós sim, a vigilância: “Sede sóbrios, vigiai. O vosso inimigo, o diabo, anda às voltas como leão que ruge, procurando a quem devorar” (1 Pd 5, 8). E São Paulo diz-nos: “Não deis ocasião ao diabo” (Ef 4, 27).

Depois que Cristo, na cruz, derrotou para sempre o poder do “príncipe deste mundo” ( Jo 12, 31), o diabo – dizia um Padre da Igreja – “está preso, como um cão acorrentado; não pode morder ninguém, a não ser aqueles que, desafiando o perigo, se aproximam dele… Pode ladrar, pode insistir, mas não pode morder, exceto quem o quiser”. [1] Se fores tolo e disseres ao diabo: “Ah, como estás?”, ele arruinar-te-á. O diabo? À distância! Com o diabo não se dialoga. Devemos afugentá-lo. Distância. E todos nós, todos, temos a experiência de como o diabo se aproxima com alguma tentação, sobre os dez mandamentos. Quando sentirmos isto, paremos, distância! Não nos aproximemos do cão acorrentado!

A tecnologia moderna, por exemplo, além de muitos recursos positivos que devem ser apreciados, oferece também inúmeros meios para “dar ocasião ao diabo”, e muitos caem nela. Pensemos na pornografia na internet, por detrás da qual existe um mercado deveras florescente, todos o sabemos. É o diabo que trabalha ali. Trata-se de um fenômeno muito difundido, que, no entanto, os cristãos devem ter em conta e rejeitar vigorosamente. Pois qualquer telemóvel tem acesso a esta brutalidade, a esta linguagem do diabo: a pornografia na internet.

A consciência da ação do diabo na história não deve desencorajar-nos. O pensamento final deve ser, até neste caso, de confiança e segurança: “Estou com o Senhor, vai-te embora!”. Cristo venceu o demônio e concedeu-nos o Espírito Santo para fazer nossa a sua vitória. A própria ação do inimigo pode tornar-se vantajosa para nós se, com a ajuda de Deus, a pusermos ao serviço da nossa purificação. Peçamos, pois, ao Espírito Santo, com as palavras do hino Veni Creator:

“Afasta de nós o inimigo
e concede-nos depressa a paz.
Contigo que nos guias
evitaremos todo o mal!”.

Prestai atenção, pois o diabo é astuto. Mas nós, cristãos, com a graça de Deus, somos mais espertos do que ele. Obrigado!

Fonte: Opus Dei

A abertura das Portas Santas no Jubileu

Dada a aproximação do início do Jubileu de 2025, levantou-se recentemente a questão de poder prever a configuração e abertura da Porta Santa nas Igrejas Catedrais, nos Santuários Internacionais e Nacionais, bem como noutros locais de culto particularmente significativos.

A este respeito, mesmo na mais sensível consideração das motivações de caráter pastoral e devocional que podem ter sugerido tal louvável aspiração, considera-se, no entanto, necessário recordar as precisas indicações estabelecidas pelo Santo Padre na Bula Spes non confundit, de Proclamação do Jubileu 2025, que indica como Porta Santa a da Basílica de São Pedro e das outras três Basílicas Papais, nomeadamente São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo fora-dos-muros (ver n° 6), exceção feita ao desejo expresso pelo Santo Padre de querer pessoalmente abrir uma Porta Santa em uma prisão “para oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade” (ver n° 10).

É também sabido que um sinal peculiar e identificador do Ano Jubilar, tal como foi passado desde o primeiro Jubileu do ano de 1300, é a indulgência que «pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites» (cf. n. 23), por meio do Sacramento da Penitência e dos sinais de caridade e de esperança (ver números 7-15).

Portanto, para viver em plenitude este momento de graça, exorta-se a fazer referência aos particulares lugares particulares e às diversas modalidades indicadas pelo Decreto da Penitenciária Apostólica de 13 de maio de 2024.

O que diz o n.6 da Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025

 

O Ano Santo de 2025 está em continuidade com os anteriores eventos de graça. No último Jubileu ordinário, atravessou-se o limiar dos dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo. Em seguida, no dia 13 de março de 2015, proclamei um Jubileu extraordinário com o objetivo de manifestar e permitir encontrar o «Rosto da misericórdia» de Deus, anúncio central do Evangelho para toda a pessoa e em cada época. Agora chegou o momento dum novo Jubileu, em que se abre novamente de par em par a Porta Santa para oferecer a experiência viva do amor de Deus, que desperta no coração a esperança segura da salvação em Cristo. Ao mesmo tempo, este Ano Santo orientará o caminho rumo a outra data fundamental para todos os cristãos: de facto, em 2033, celebrar-se-ão os dois mil anos da Redenção, realizada por meio da paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus. Abre-se, assim, diante de nós um percurso marcado por grandes etapas, nas quais a graça de Deus precede e acompanha o povo que caminha zeloso na fé, diligente na caridade e perseverante na esperança (cf. 1 Ts 1, 3).

Sustentado por tão longa tradição e certo de que este Ano Jubilar poderá ser, para toda a Igreja, uma intensa experiência de graça e de esperança, estabeleço que a Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, seja aberta a 24 de dezembro do corrente ano de 2024, iniciando-se assim o Jubileu Ordinário. No domingo seguinte, 29 de dezembro de 2024, abrirei a Porta Santa da minha catedral de São João de Latrão, que celebrará, no dia 9 de novembro deste ano, 1700 anos da sua dedicação. Posteriormente, no dia 1 de janeiro de 2025, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, será aberta a Porta Santa da Basílica Papal de Santa Maria Maior. Por fim, no domingo 5 de janeiro de 2025, será aberta a Porta Santa da Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros. Estas últimas três Portas Santas serão fechadas no domingo 28 de dezembro do mesmo ano.

Estabeleço ainda que, no domingo 29 de dezembro de 2024, em todas as catedrais e concatedrais, os Bispos diocesanos celebrem a Santa Missa como abertura solene do Ano Jubilar, segundo o Ritual que será preparado para a ocasião. Quanto à celebração na igreja concatedral, o Bispo poderá ser substituído por um Delegado, propositadamente designado. A peregrinação, desde a igreja escolhida para a concentração até à catedral, seja o sinal do caminho de esperança que, iluminado pela Palavra de Deus, une os crentes. Durante o percurso, leiam-se algumas passagens deste Documento e anuncie-se ao povo a Indulgência Jubilar, que poderá ser obtida segundo as prescrições contidas no mesmo Ritual para a celebração do Jubileu nas Igrejas particulares. Durante o Ano Santo, que terminará nas Igrejas particulares no domingo 28 de dezembro de 2025, zele-se para que o Povo de Deus possa acolher, com plena participação, tanto o anúncio de esperança da graça de Deus, como os sinais que atestam a sua eficácia.

O Jubileu Ordinário terminará com o encerramento da Porta Santa da Basílica Papal de São Pedro, no Vaticano, na solenidade da Epifania do Senhor, dia 6 de janeiro de 2026. Que a luz da esperança cristã chegue a cada pessoa, como mensagem do amor de Deus dirigida a todos. E que a Igreja seja testemunha fiel deste anúncio em todas as partes do mundo.

Fonte: Vatican News

Confira a programação do Jubileu 2025

São 26 grandes eventos que serão promovidos a partir de janeiro do próximo ano.

A Santa Sé divulgou parte da programação dos 26 grandes eventos jubilares. No site do Jubileu 2025 é possível conferir as principais atividades relativas a cada evento e fazer a inscrição para participar delas. Ainda será disponibilizado um manual para download com indicações para os peregrinos.

De acordo com o Vatican News, o site do jubileu vai detalhar as atividades relativas a cada evento nos próximos meses.

Confira a programação do Jubileu 2025

Janeiro

24 a 26 – Jubileu do Mundo das Comunicações

Fevereiro

8 a 9 – Jubileu das Forças Armadas, Polícia e Segurança

15 a 18 – Jubileu dos Artistas

2 a 23 – Jubileu dos Diáconos

Março

8 a 9 – Jubileu do Mundo do Voluntariado

28 – 24 horas para o Senhor

28 a 30 – Jubileu dos Missionários da Misericórdia

Abril

5 a 6 – Jubileu dos Enfermos e do Mundo da Saúde

25 a 27 – Jubileu dos Adolescentes

28 a 29 – Jubileu das Pessoas com Deficiência

Maio

1 a 4 – Jubileu dos Trabalhadores

4 a 5 – Jubileu dos Empresários

10 a 11 – Jubileu das Bandas Musicais

12 a 14 – Jubileu das Igrejas Orientais

16 a 18 – Jubileu das Irmandades

30 a 1 de junho – Jubileu das Famílias, Crianças, Avós e Idosos

Junho

7 a 8 – Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades

9 – Jubileu Santa Sé

14 a 15 – Jubileu do Desporto

20 a 22 – Jubileu dos Governantes

23 a 24 – Jubileu dos Seminaristas

25 – Jubileu dos Bispos

25 a 27 – Jubileu dos Sacerdotes

Julho

28 a 3 de agosto – Jubileu dos Jovens

Setembro

15 – Jubileu da Consolação

20 – Jubileu dos Operadores de Justiça

26 a 28 – Jubileu dos Catequistas

Outubro

4 a 5 – Jubileu do Mundo Missionário

4 a 5 – Jubileu dos Migrantes

8 a 9 – Jubileu da Vida Consagrada

11 a 12 – Jubileu da Espiritualidade Mariana

31 a 2 de novembro – Jubileu do Mundo Educativo

Novembro

18 – Jubileu dos Pobre

22 a 23 – Jubileu dos Coros

Dezembro

14 – Jubileu dos Reclusos

Fonte: Comunidade Shalom

Humildade e serviço: valores centrais da vida cristã!

Neste 25º Domingo do Tempo Comum, as leituras nos convidam a uma profunda reflexão sobre a humildade e o serviço, valores centrais da vida cristã e que nos conectam ao coração da missão de Jesus. 

Na primeira leitura, do Livro da Sabedoria (Sb 2,12.17-20), vemos a oposição entre os justos e os ímpios. O texto nos revela a inveja dos ímpios em relação ao justo que confia em Deus. Este tema da perseguição não é algo distante; ele ecoa nas realidades de nossas vidas. Muitas vezes, ao decidirmos viver de acordo com a vontade de Deus, enfrentamos incompreensões, críticas e até mesmo hostilidade. O versículo “Vamos pôr à prova o justo” (Sb 2,12) ressoa como um alerta sobre como a sociedade pode rechaçar aqueles que escolhem o caminho da fé e da justiça. O justo, mesmo enfrentando sofrimentos e provações, mantém sua fidelidade, com a certeza de que Deus recompensa aqueles que O seguem.  

Seguindo para o Evangelho de Marcos (Mc 9,30-37), encontramos Jesus que, após anunciar a sua Paixão e Morte, começa a ensinar seus discípulos sobre a verdadeira natureza da grandeza. “Se alguém quer ser o primeiro, que seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35). Aqui, Jesus nos oferece uma lição poderosa: a verdadeira liderança no Reino de Deus é caracterizada pelo serviço, não pela busca de poder ou status. Essa inversão de valores é radical e contrária ao que muitas vezes aprendemos no mundo. Jesus nos chama a uma nova forma de olhar para as relações humanas, onde a verdadeira grandeza é medida pela disposição de servir. 

Jesus utiliza a figura de uma criança para ilustrar seu ponto. Ele coloca uma criança no meio deles e diz: “Quem receber uma destas crianças em meu nome, é a Mim que recebe” (Mc 9,37). No contexto da sociedade da época, as crianças eram vistas como seres sem valor, marginalizados e vulneráveis. Ao identificar-se com elas, Jesus nos ensina que a verdadeira grandeza está em acolher os que são considerados os menores e os mais desprezados. Essa atitude deve ser um desafio constante em nossas comunidades. Como estamos tratando os que estão à margem, os necessitados, os vulneráveis? Nossa fé se manifesta nas ações de amor e cuidado com os que mais precisam. 

A carta de Tiago (Tg 3,16-4,3) complementa essa reflexão, destacando as consequências da sabedoria do mundo, que gera ciúmes e disputas. “Onde há inveja e ambição egoísta, aí há desordem e toda espécie de males” (Tg 3,16). Tiago nos adverte sobre o perigo de deixar que essas paixões dominem nossas vidas. Ele nos convida a buscar a “sabedoria de Deus”, que é caracterizada pela pureza, paz, compreensão e misericórdia (Tg 3,17). Aqui, ele nos propõe um caminho de transformação pessoal e comunitária. 

Neste contexto, é crucial perguntarmos: como estamos vivendo a nossa vocação cristã? Estamos servindo aos outros ou buscando nosso próprio benefício? O chamado de Jesus à humildade e ao serviço não é apenas um convite individual, mas um desafio para toda a comunidade. Como Igreja, devemos ser um lugar onde o amor e o serviço prevalecem, onde todos são acolhidos, especialmente os mais vulneráveis. 

Quando olhamos para a Cruz de Cristo, somos lembrados de que a verdadeira grandeza vem do sacrifício e do amor. Jesus não veio para ser servido, mas para servir (Mc 10,45). Este é o padrão que devemos seguir. Servir aos outros nos aproxima de Deus e nos ajuda a viver a essência do cristianismo. 

Neste domingo, somos convidados a refletir sobre a importância da humildade em nossas vidas. Ser humilde não é se menosprezar ou se diminuir, mas reconhecer que somos todos filhos e filhas de Deus, chamados a servir uns aos outros. A humildade nos permite abrir mão de nossos egos e buscar o bem-estar do próximo. 

Ao nos reunirmos na mesa do Senhor, vamos pedir a graça de viver com humildade e generosidade, transformando nossos corações e nossas comunidades. Que possamos nos inspirar no exemplo de Jesus, que se fez servo, e buscar sempre o bem dos outros. Ao acolhermos os mais humildes e servirmos com amor, nos tornamos verdadeiros discípulos de Cristo. 

Assim, ao celebrarmos a Santa Missa, bem como dela participamos piedosamente, que nossa vida seja uma ação de graças, um testemunho da alegria de servir, e que possamos levar essa mensagem de amor e humildade a todos ao nosso redor. 

Fonte: CNBB

O que Santa Teresinha nos ensina sobre o amor

Confira abaixo 20 frases de Santa Teresinha do Menino Jesus para você crescer no amor

Como uma jovem freira que faleceu aos 24 anos e viveu reclusa em um convento desde os 15 tem muito a nos ensinar? Simples: Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face era mestra no amor.

A seguir, confira em 20 frases o que Santa Teresinha tem a nos ensinar sobre a missão de todo cristão: ser o amor!

1 – “Compreendi que o amor de Nosso Senhor se revela tão bem na mais simples alma, que não resiste em nada à Sua graça, quanto na mais sublime.”

2 – “Ele quer que eu O ame, porque me perdoou não muito, mas tudo.”

3 – “Compreendi que, se era amada na Terra, o era também lá no Céu.”

4 – “Porque eu era pequena e fraca, Ele se abaixava para mim e me instruía em segredo sobre as coisas de Seu amor.”

5 – “Com o amor não somente avanço, mas voo.”

6 – “Compreendi que, sem o amor, todas as obras são nada, mesmo as mais brilhantes, como ressuscitar os mortos ou converter os povos.”

7 – “O Bom Deus dá o cêntuplo já nesta vida às almas que, por Seu amor, deixaram tudo.”

8 – “Para Vos amar como Vós me amais, preciso tomar emprestado Vosso próprio, então somente encontro repouso.”

9 – “Àqueles que mais amam, mais cruz Ele dá; àqueles que menos amam, menos Ele dá.”

10 – “Seu barco está em pleno mar, talvez já perto do porto. O vento da dor que o impele é o vento de amor, e esse vento é mais rápido do que o relâmpago.”

11 – “No Seu amor, Ele escolheu para Suas esposas o mesmo caminho que escolheu para Si.”

12 – “Saibamos reter prisioneiro esse Deus, que se tornou mendigo do nosso amor.”

13 – “No Céu, desejarei a mesma coisa que na Terra: amar Jesus e fazê-lo amado!”

14 – “Que o divino Menino Jesus encontre em sua alma uma morada toda perfumada de rosas de amor.”

15 – “Viver de amor é banir todo temor,
Toda lembrança das faltas do passado.”

16 – “Viver de amor é te guardar,
Sem reclamar do salário aqui na Terra.”

17 – “Ligeiramente corro… não tenho mais nada,
Senão minha única riqueza: viver de amor!”

18 – “E eu não me arrependo de ter me entregado ao amor.”

19 – “Ele nos mostra que as menores ações feitas por amor são as que encantam Seu coração.”

20 – “Amanhã, com a ajuda de Vossa graça, recomeçarei uma nova vida, da qual cada instante será um ato de amor e de renúncia.”

Fonte: Comunidade Shalom

CNBB lança letra e música do hino da Campanha da Fraternidade 2025; conheça os autores

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta nesta terça-feira, 17 de setembro, a letra e a música do hino da Campanha da Fraternidade 2025, que tem como tema: “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

O processo de escolha da música e da letra da CF 2025 foi feito a partir de um concurso nacional, lançado em abril desse ano. Todos os inscritos participaram de uma formação on-line promovida pelo Setor de Música Litúrgica da CNBB em três etapas. A primeira etapa foi sobre o sentido da Campanha da Fraternidade em geral e especificamente sobre a próxima Campanha de 2025, com o padre Jean Poul, assessor do Setor de Campanhas da CNBB.

A segunda etapa foi sobre composição de letra, com Eurivaldo Ferreira, e a terceira etapa sobre composição de música, com Adenor Terra e frei Wanderson de Freitas, ambos pertencentes à Equipe de Reflexão de Música da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB.

Formação em música

Padre Jair Costa, assessor do Setor Música Litúrgica, salientou que “a formação foi uma experiência ímpar: na mesma sala de formação on-line estavam presentes compositores experientes, autores de hinos de outras CFs, intérpretes consagrados da música católica e compositores iniciantes, tendo acesso às mesmas ferramentas de composição. Foi uma riqueza encontrar tantas pessoas e partilhar das experiências e expectativas”. disse.

O assessor do Setor Música Litúrgica explicou as etapas do concurso. “Aqueles que compõem em conjunto letra e música, enviaram na primeira etapa suas letras. Depois, puderam enviar suas melodias para a letra escolhida “, disse.

Padre Jair revelou que, entre os 246 inscritos, foram apresentadas 68 propostas de letra e 42 propostas de melodia. O processo de seleção da letra considerou a quantidade de sílabas em cada verso, a construção regular dos versos, e a possibilidade de se colocar uma música fácil para o povo cantar. Do ponto de vista teológico e pastoral, foi avaliada a sintonia com o tema da CF 2025, a capacidade de levantar esperança e provocar a conversão comunitária. E o processo de seleção da música buscou uma melodia que possa ser cantada por todos os grupos que vão refletir a CF: crianças, jovens e adultos; considerou também uma harmonia que possa ser executada com facilidade pelos instrumentistas das comunidades.

O autor da letra

A letra escolhida é de composição de Ismael Oliveira do Nascimento, natural de Iguatú (CE), pertencente à arquidiocese de Belo Horizonte (MG).

Por meio de um vídeo, Ismael relata que recebeu com muito entusiasmo e alegria a notícia de que sua letra foi escolhida para animar o hino da Campanha da Fraternidade de 2025. “Podemos dizer que o pano de fundo em toda a letra proposta é o magistério do Papa Francisco, que tem insistido bastante nesse diálogo com as mudanças climáticas”, disse.

Ismael Oliveira do Nascimento, autor da letra da CF 2025

“Nós que estamos percebendo hoje essas mudanças na pele, no ar, na respiração. O Brasil está praticamente tomado por incêndios florestais, muitas vezes incêndios propositais, porque como o Papa mesmo diz, há uma inclinação do ser humano, parece ser até uma sina de destruir, de impedir que a criação floresça, que a criação desabroche, mas aí vem Deus com a sua misericórdia e não cansa de criar, a gente diz que Deus não cansa de perdoar, mas também não cansa de criar, talvez isso esteja em todas as entrelinhas do hino, que está muito baseado no magistério da Igreja, naquilo que propõe o Papa Francisco, as discussões atuais sobre a Casa Comum, com a nossa morada, então fica a animação para que na Quaresma do ano que vem a gente celebre com alegria, com entusiasmo e penitência esse tempo tão importante para nós”.

Saiba mais:

Fonte: CNBB

Corpo de santa Teresa de Jesus permanece incorrupto depois de cinco séculos

O corpo de santa Teresa de Jesus, também conhecida como santa Teresa D’Ávila permanece incorrupto quase cinco séculos depois de sua morte, em 4 de outubro de 1582, segundo informou ontem (28) a diocese de Ávila, Espanha.

“Hoje foi aberto o túmulo de santa Teresa e verificamos que se encontra nas mesmas condições da última abertura em 1914”, disse o postulador geral da ordem dos Carmelitas Descalços, o padre Marco Chiesa, do mosteiro carmelita de Alba de Tormes, onde repousam os restos mortais da santa espanhola.

O padre Miguel Ángel González, prior carmelita de Alba de Tormes e Salamanca, deu detalhes de como procederam: “A comunidade das Madres Carmelitas Descalças junto com o Postulador Geral da Ordem, os membros do tribunal eclesiástico e um pequeno grupo de religiosos transferimos os relicários com austeridade e solenidade para o local designado para estudo. Fizemos isso cantando o Te Deum com o coração cheio de emoção”.

A diocese diz que esse processo ocorre no âmbito do reconhecimento canônico dos restos mortais de santa Teresa D’Ávila, solicitado em 1º de julho à Santa Sé pelo bispo de Salamanca, Espanha, dom Luis Retana, autorização concedida pelo papa Francisco através do Dicastério para as Causas dos Santos.

O processo de estudo do corpo, do coração, de um braço e de uma mão, essa última preservada na localidade espanhola de Ronda e que foi levada para Alba de Tormes para investigação, acontece entre hoje (29) e sábado (31).

A diocese especifica que, para chegar ao corpo de santa Teresa, primeiro foi retirada a laje de mármore do túmulo. Depois – na sala destinada aos estudos e apenas com a presença da equipe médico-científica e dos membros da corte eclesiástica – foi aberto o túmulo de prata.

O tribunal é composto pelo provincial carmelita da Província Ibérica de Santa Teresa de Jesus, na Espanha, padre Francisco Sánchez Oreja; pelo prior carmelita de Alba de Tormes e Salamanca, padre Miguel Ángel González; e pela superiora das Filhas da Caridade de Alba de Tormes, irmã Remigia Blázquez Martín.

Os ourives Ignacio Manzano Martín e Constantino Martín Jaén ajudaram a abrir o túmulo de prata e também estarão presentes no último dia dos trabalhos.

Dez chaves para abrir o túmulo de Santa Teresa de Jesus

A diocese de Ávila também especifica que foram utilizadas dez chaves para abrir o túmulo:

“As três que estão guardadas em Alba de Tormes, as três que o Duque de Alba lhes emprestou e as três que o padre geral [carmelita descalço] guarda em Roma, além da chave do rei. Três dessas chaves servem para abrir a grade externa, três servem para abrir a tumba de mármore e as outras quatro servem para abrir a urna de prata”.

Primeiros resultados do processo de reconhecimento

O padre Chiesa diz que em seus últimos anos, santa Teresa de Jesus teve problemas para andar, devido às “dores que ela mesma descreve”. “Às vezes, olhando para um corpo, você descobre mais do que a pessoa tinha”.

O padre diz ter visto “a presença de espinhos calcários que tornam quase impossível caminhar”. “Mas ela caminhou. Chegou a Alba de Tormes e, depois, a morte, mas o seu desejo era continuar e seguir em frente, apesar dos seus defeitos físicos”, acrescenta o postulador geral da Ordem dos Carmelitas Descalços.

O padre carmelita destaca ainda que as imagens preservadas do reconhecimento de 1914 são em preto e branco, por isso “é difícil fazer uma comparação”, embora “as partes descobertas, que são o rosto e o pé, sejam iguais as que foram em 1914”.
“Não tem cor, não tem cor de pele, porque a pele fica mumificada, mas dá para ver, principalmente no meio do rosto. Você pode ver isso bem. Os médicos especialistas veem quase claramente o rosto de Teresa”, diz o padre.
Três etapas do processo com os restos mortais de santa Teresa

A primeira etapa, abertura e reconhecimento, acontece até sábado (31). Nesta fase, uma equipe liderada pelo Dr. José Antonio Ruiz de Alegría, de Madri, fará fotos e radiografias, e vai limpar adequadamente os relicários.

A segunda etapa será em laboratórios na Itália por alguns meses, para depois escrever as conclusões científicas. Por fim, e numa terceira fase, serão propostas algumas intervenções para melhor preservar os vestígios.

Antes do encerramento definitivo, será concedido tempo adequado para que as relíquias de santa Teresa possam ser veneradas.

A abertura de 1914

A última abertura do túmulo de santa Teresa de Jesus ocorreu de 16 a 23 de agosto de 1914. Naquela época foi indicado que, segundo a diocese de Ávila, o corpo se mantinha “com completa incorrupção”, como ocorreu na abertura de 1750.

Segundo o padre carmelita Daniel de Pablo Maroto, o túmulo foi aberto porque o padre Clemente de los Santos, superior geral dos Carmelitas Descalços, quis aproveitar a sua visita à Espanha para ver o corpo dos santos fundadores: são João da Cruz, em Segóvia, e santa Teresa, em Alba de Tormes.

O estudo agora iniciado com os restos mortais de santa Teresa D’Ávila será semelhante ao feito em 1991 com os de são João da Cruz, em Segóvia, por ocasião dos 400 anos de sua morte.

Quem foi santa Teresa de Jesus?

site da cúria geral dos Carmelitas Descalços diz que reconhecem como mãe e fundadora santa Teresa de Jesus, ou D’Ávila, primeira mulher a se tornar doutora da Igreja, que quis “preservar a continuidade do Carmelo”, com o desejo de que “nasça um novo estilo de vida religiosa”, sempre “na fidelidade à Igreja”.

Santa Teresa de Jesus, nascida na Espanha em 1515, também foi mística e escritora de ascendência judaica, reconhecida tanto por sua contribuição à espiritualidade católica quanto às letras espanholas.

A ela pertencem as falas: “Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda, a paciência tudo alcança; quem a Deus tem, nada lhe falta: só Deus basta”.

Fonte: ACI Digital

Na caminhada do ano litúrgico

“O ano litúrgico se apresenta como um verdadeiro “sacramento”, como um instrumento no qual e pelo qual Deus se faz presente, como na humanidade de Cristo, a sua vida divina mediante o Espírito Santo. O ano litúrgico não celebra o mistério de Cristo de forma genérica, mas celebra-o nos seus diversos momentos e episódios a que chamamos “mistérios”; por meio deles Cristo realizou nossa salvação, em sua morte e Ressurreição”.


“Na liturgia, brilha o mistério pascal, pelo qual o próprio Cristo nos atrai a Si e chama à comunhão. (Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis, de Bento XVI)”

O Ano Litúrgico é a articulação do calendário anual da liturgia da Igreja Católica. No Rito Romano inicia no primeiro domingo do Advento, no final de novembro/início de dezembro e termina na última semana do Tempo Comum. Consiste em um calendário de celebrações estruturado em torno do mistério pascal de Cristo, com o ciclo maior da Páscoa e o ciclo menor do Natal; um ciclo de leituras bíblicas para a celebração da Eucaristia todos os dias do ano e um ciclo de leituras bíblicas e patrísticas, bem como de outros textos, para a Liturgia das Horas.

No programa passado, Pe. Gerson Schmidt* nos trouxe a reflexão “Deus se manifesta no tempo da história do homem”. No programa de hoje, o tema é “Na caminhada do ano litúrgico”:

“Diz assim o subsídio para o Ano Jubilar: “O Tempo litúrgico da Páscoa, impregnado da presença do Ressuscitado, envolve o tempo do homem, o nosso tempo, com impulso protetor, a fim de que a confiança não esmoreça, a esperança não se abale e a caridade não se renda. “Homo viator spe erectus”, diz um provérbio antigo medieval: o homem pode caminhar pelas estradas da vida graças a esperança que lhe permite manter uma postura ereta, de ressuscitado, e olhar para o futuro com confiança. Para caminhar como viajantes rumo a um destino, é importante sentir-se amparado pela esperança. E a esperança para nós, cristãos, tem um nome: chama-se Jesus. O tempo Pascal é o tempo que a Igreja nos leva a confiar no Ressuscitado e nos entregar a Ele, para experimentar como indivíduos e como comunidade cristã a sua presença viva e ativa que sussurra no coração de cada um a sua saudação pascal: “A Paz esteja convosco!”[1].

É precisamente no espaço de um ano, isto é, no espaço de uma volta completa da terra em torno do sol, que hoje a liturgia, enquanto o lugar privilegiado do encontro com Deus, nos torna participantes de todo o mistério de Cristo, fazendo-nos percorrer sacramentalmente, e não apenas como simples lembrança, as etapas de sua existência terrena, tornando-nos assim já hoje, de algum modo, partícipes de sua vida divina. O ano litúrgico se apresenta como um verdadeiro “sacramento”, como um instrumento no qual e pelo qual Deus se faz presente, como na humanidade de Cristo, a sua vida divina mediante o Espírito Santo. O ano litúrgico não celebra o mistério de Cristo de forma genérica, mas celebra-o nos seus diversos momentos e episódios a que chamamos “mistérios”; por meio deles Cristo realizou nossa salvação, em sua morte e Ressurreição[2].

E o Catecismo da Igreja Católica, no número 1168, sobre o compasso do ano litúrgico na Igreja, aponta assim: “Partindo do Tríduo Pascal, como da sua fonte de luz, o tempo novo da ressurreição enche todo o ano litúrgico da sua claridade. Progressivamente, dum lado e doutro desta fonte, o ano é transfigurado pela liturgia. Ele é realmente “o ano da graça do Senhor” (Lc 4,19). A economia da salvação realiza-se no quadro do tempo, mas a partir do seu cumprimento na Páscoa de Jesus e da efusão do Espírito Santo, o fim da história é antecipado, pregustado, e o Reino de Deus entra no nosso tempo”. Entenda-se a palavra “economia de salvação” não no sentido usual de ajuste financeiro, mas como o modo de proceder pedagógico de Deus, que se manifesta gradativamente ao ser humano, culminando com a revelação em Cristo Jesus.

E no número 1171 do Catecismo descreve assim: “O ano litúrgico é o desenrolar dos diferentes aspectos do único mistério pascal. Isto vale particularmente para o ciclo das festas em torno do mistério da Encarnação (Anunciação, Natal, Epifania), que comemoram o princípio da nossa salvação e nos comunicam as primícias do mistério da Páscoa”. A Páscoa, portanto, sempre estará por detrás de qualquer celebração, qualquer ato litúrgico, qualquer ação da Igreja, mesmo no Tempo Comum das ações cotidianas vivenciadas por Cristo, que sempre estarão em vista de sua entrega total.

A homilia Pascal do bispo São Basílio de Selêucia recupera a tônica pascal que perpassa todo o ano litúrgico: “Realmente na cruz obteve o triunfo sobre os nossos pecados, mergulhou na mística água do Batismo as vestes de nossa injustiça, e atirou para o fundo do mar todas as nossas faltas. Pensa na fonte do santo Batismo e apregoa a graça. Pois o Batismo é a síntese de todos os bens, a purificação do mundo, a restauração da natureza, o perdão total, o remédio que nada custa, a esponja que limpa a consciência, a veste que não envelhece com o tempo, o útero que concebe virginalmente, o sepulcro que dá vida aos que foram enterrados, o abismo em que somem os pecados, o túmulo de Satanás, o sinete e baluarte dos que foram assinalados, a fonte que extingue a geena, o anfitrião da ceia do Senhor, a graça dos antigos e novos mistérios, já prenunciada em Moisés, e a glória pelos séculos dos séculos. Amém”[3].

Tal importância do sacramento primordial, que nos faz pertencer à comunidade de fé e à filiação divina. O ciclo litúrgico não se repete em nós e na comunidade, mas se atualiza com um vigor ainda maior e mais intenso, a cada etapa do ano que celebramos. O nosso batismo se renova pela caminhada de fé celebrada em cada mistério, inseridos na Igreja particular e universal.”

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[1] BARBA, Maurizio. Cadernos do Concilio de número 13 – Os tempos Fortes do Ano litúrgico, Edições CNBB, p.33.
[2] Idem, p. 52.
[3] São Basílio de Selêucia. Hom. in Sanctum Pascha: SCh 187,275-277, Vincentium Riccardo interprete.

Fonte: Vatican News