A origem do Santo Rosário

A origem do Rosário, segundo a tradição, está no costume dos antigos monges, de fazer suas preces, contando-as com o uso dos dedos das mãos ou mediante pedrinhas ou grãos. Na Idade Média (séculos X-XII), os fiéis costumavam rezar vários “Pais-Nossos” ou várias “Ave-Marias” consecutivos, quando não conseguiam recitar os 150 Salmos. Essa prática foi-se codificando e regulamentando aos poucos, chegando a sua forma atual no século XVI sob o Papa São Pio V (1566-1572), dominicano. Foi esse Pontífice quem determinou tanto o número de “Pai-Nosso” e “Ave-Maria” como o teor dos mistérios que os devem acompanhar.

O nosso Catecismo diz: “A piedade medieval do Ocidente desenvolveu a oração do Rosário como alternativa popular à oração das horas”. (n.2678)

São Pio V atribuiu a eficácia dessa prece à vitória naval de Lepanto, que, aos 7 de outubro de 1571, salvou de grande perigo a Cristandade ocidental contra a invasão dos turcos otomanos, muçulmanos, que pretendiam dominar a Europa e acabar com o cristianismo. Por isso, o Papa São Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro. A devoção foi mais e mais favorecida pelos Papas seguintes, destacando-se Leão XIII, que determinou fosse o mês de outubro dedicado, em todas as paróquias, à reza do Rosário.

A origem do Santo Rosário

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Rosário como arma para a conversão

Uma forte tradição na Igreja diz que São Domingos de Gusmão, enviado pelo Papa Gregório IX (1227-1241), para converter os hereges cátaros na França, recebeu a visita de Nossa Senhora, que lhe apresentou o Rosário como a arma para a conversão dos hereges. São Domingos caminhava rezando o Rosário e pregando a sã doutrina da fé.

Há muito tempo, os papas valorizam e recomendam, vivamente, a oração do Rosário, especialmente os últimos papas, sobretudo a partir das aparições de Lourdes (1858) e Fátima (1917). Em Fátima, Nossa Senhora disse aos pastorinhos que “não há problema de ordem pessoal, familiar e nacional que a oração do Terço não possa ajudar a resolver”.

Leão XIII (1878-1903), em tempos difíceis, dedicou ao Rosário 16 documentos, sendo 11 encíclicas e uma constituição apostólica; Paulo VI dedicou três documentos ao Rosário; uma encíclica: Mense (29 de Abril de 1965), a qual recorda que “Maria é caminho para Cristo, e isso significa que o recurso contínuo a ela exige que se procure nela, para ela e com ela, Cristo Salvador, ao qual nos devemos dirigir sempre”.

Na carta apostólica de João Paulo II Rosarium Virginis Mariae, ele declara: “Percorrer com ela [Maria] as cenas do Rosário é como frequentar ‘escola’ de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem”. É a minha oração predileta, disse João Paulo II.

“É a oração mais querida pela Mãe de Deus”

Em 10 outubro 2010, o Papa Bento XVI disse que o Rosário é “a oração mais querida pela Mãe de Deus, e que conduz, diretamente, a Cristo”. “O Rosário é uma oração bíblica, totalmente tecida pela Sagrada Escritura. É uma oração do coração, em que a repetição da ‘Ave-Maria’ orienta o pensamento e o afeto para Cristo. É oração que ajuda a meditar a Palavra de Deus e a assimilar a Comunhão Eucarística sob o modelo de Maria, que guardava, em seu coração, tudo aquilo que Jesus fazia e dizia, e sua própria presença. A “Virgem do Rosário” recomendou, com insistência, a oração do Rosário todos os dias, para alcançar o fim da guerra.

Catecismo diz: “A oração cristã procura, de preferência, meditar os mistérios de Cristo, como na lectio divina ou no Rosário”. (n.2708)

São João Paulo II

São João Paulo II disse, na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, em 16 de outubro de 2002, no Ano do Rosário: “Em momentos em que estivera ameaçada a própria cristandade, foi à força dessa oração que se atribuiu a libertação do perigo, tendo a Virgem do Rosário sido saudada como propiciadora da salvação. O Rosário da Virgem Maria (Rosarium Virginis Mariae), que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando, gradualmente, no segundo Milênio, é oração amada por numerosos santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no Terceiro Milênio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor”.

“Desde a minha juventude, essa oração teve um lugar importante na minha vida espiritual. A ele confiei tantas preocupações; nele, encontrei sempre conforto. Vinte e quatro anos atrás, no dia 29 de outubro de 1978, apenas duas semanas depois da minha eleição para a Sé de Pedro, quase numa confidência, assim me exprimia: «O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade. […] Hoje, no início do vigésimo quinto ano de serviço como Sucessor de Pedro, desejo fazer o mesmo. Quantas graças recebi, nesses anos da Virgem Santa, por meio do Rosário. Com efeito, recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo”.

Por Felipe Aquino

MÊS MARIANO: flores, cânticos, louvores e fé à “Regina Coeli”

“É a mãe que cuida dos seus filhos, assim eles crescem mais e mais, crescem fortes, capazes de assumir responsabilidades, de assumir compromissos na vida, de tender para grandes ideais.” Papa Francisco


Os cristãos veneram a Virgem Maria e, por ela, clamam, rezam, oferecem, na esperança de ocorrer o mesmo que na cidade de Fátima, em Portugal, aconteceu: um milagre. Inúmeros são os hinos que foram compostos em sua honra, assim como a quantidade de capelas, paróquias, catedrais, basílicas e santuários dedicados com um dos títulos que a ela são atribuídos.

Com isto, Nossa Senhora é lembrada o ano todo, mas, contudo, recebe um carinho ainda maior no mês de maio, ocasião em que é celebrada uma das maiores cerimonias da humanidade: a Peregrinação das Velas em honra a Nossa Senhora de Fátima, reunindo, todos os anos, milhares de fiéis; o dia das mães, que tornou-se um momento de agradecer pelo dom da vida daquelas que permanecem conosco e de recordar a memória daquelas que, ao lado da Virgem, protegem-nos.

Peregrinação das velas no Santuário de Fátima – Foto: Rui Miguel Pedrosa / Observador

 

O mês de maio prova que a fé do povo católico pela Mãe de Deus é real, concretizada através da oração da “Ave Maria” e da “Salve Rainha”, repetida diversas vezes por meio do terço, do santo rosário, e que esse mesmo povo católico, com os pés descalços que adentram seus templos, consubstanciado com a devoção, com as mãos juntas, reza pelos seus, para que a Virgem rogue e interceda a Deus na hora da morte.

Assim ensina o Papa Francisco: “Maria é a boa mãe, uma boa mãe não apenas acompanha os filhos em seu crescimento, sem evitar os problemas, os desafios da vida, uma boa mãe também ajuda a tomar decisões finais com liberdade.” E completa: ”A existência toda de Maria é um hino para vida, um hino de amor para vida: ela gerou Jesus na carne e acompanhou o nascimento da Igreja no Calvário e no Cenáculo.”

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz

MÊS DE MAIO NA CATEDRAL DA LUZ: VEJA NOSSA PROGRAMAÇÃO

A paróquia Nossa Senhora da Luz realiza mais um mês de maio dedicado inteiramente à Nossa Senhora, como habitualmente ocorreu nos anos anteriores, durante todos os 31 dias, acontecerão as Celebrações Marianas, com a recitação do Santo Terço e a oferta das flores, confira a nossa programação especial:

  • De Segunda a Sexta os horários das missas serão às 18:00 horas;
  • As celebrações Marianas acontecerão às 19:00 horas;
  • Aos finais de semana o horário da missa permanecerá às 19:00 horas, com a recitação do terço às 18:00 horas.

Participe conosco das celebrações em honra à Mãe de Deus, nos acompanhe também pelo nosso canal no Youtube Catedral da Luz. Mês de Maio é na Catedral da Luz.

TEMPO PASCAL: da “Vigília das Vigílias” à Solenidade de Pentecostes

Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande Domingo” (Normas Universais do Ano Litúrgico, nº 22).


O Tempo Pascal festeja a passagem da morte à vida, – “Páscoa”, significa exatamente “passagem”, conforme o sentido literal do termo na tradição judaica – de Jesus, ovelha oferecida ao expurgo dos pecados da humanidade, concretizando seu amor pelos homens, sacrificando-se pelos mesmos. Tendo a duração de exatamente cinquenta dias, ou sete semanas, a igreja pede que tal tempo seja festejado pelos cristãos, com forte júbilo e alegria.

A primeira semana deste tempo litúrgico é conhecida como “Oitava da Páscoa”, encerrando-se no Domingo da Oitava da Páscoa, ou, Domingo “in Álbis”, como explica o site “Aleteia”:

“O “Domingo da Oitava da Páscoa” também costumava ser chamado de Domingo “in Álbis” (ou seja, domingo “vestido de branco”), já que, nesse dia, os neófitos (novos batizados) depunham a túnica branca do batismo. Popularmente, também já foi chamado de “Pascoela”, ou “pequena Páscoa”, e, ainda, de “Domingo do Quasimodo”, devido às duas primeiras palavras em latim (“quasi modo”) cantadas no introito.”

Vale-se salientar que, no ano de 2000, após a canonização de Santa Faustina Kowalska, São João Paulo II, então Papa na época, este segundo domingo do Tempo Pascal recebe mais um nome: o de “Domingo da Divina Misericórdia”, encerrando-se a Novena da Divina Misericórdia, iniciada na Sexta-Feira Santa.

São João Paulo II, no lado esquerdo, Santa Faustina Kowalska, no lado direito, e, ao centro, a Divina Misericórdia
São João Paulo II, no lado esquerdo, Santa Faustina Kowalska, no lado direito, e, ao centro, a Divina Misericórdia

 

Todos estes cinquenta dias une-se ao uso do Círio Pascal, que permanece iluminando nossos corações até a Solenidade de Pentecostes. Cumpre-nos salientar que no sétimo domingo da Páscoa, a igreja celebra a “Festa da Ascenção do Senhor”. Por fim, une-se aos momentos importantes deste período litúrgico, as leituras da palavra de Deus, como acentua o site “Aleteia”:

“É com esta mesma intenção que se organizam as leituras da Palavra de Deus nos oito domingos do Tempo Pascal: a primeira leitura é sempre dos Atos dos Apóstolos, o livro que conta a história da Igreja primitiva e da sua difusão da Páscoa do Senhor. A segunda leitura muda conforme os ciclos, podendo ser da primeira Carta de São Pedro, da primeira Carta de São João e do livro do Apocalipse.”

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz

ILUMINANDO: o farol que robustece a fé do povo de Deus

186 anos da instituição mais antiga da cidade de Guarabira.


Imaginemos quantas pessoas caminharam em direção à Catedral, com passos firmes, mãos entrelaçadas a um terço, com o corpo aquecido ao saber que encontrará o alento da Virgem ao coração. Ladeiras, ruas e vielas que conduziram esses mesmos passos às missas celebradas pelos saudosos Monsenhor Emiliano de Cristo e Dom Marcelo, que com seus exemplares sermões concretizaram o amor de Deus através do conselho, da pregação e da fé.

Quantas mãos limparam os bancos que hoje sentamos; que abriram as portas para acolher o povo de Deus; que, ao puxar as cordas, invocaram os fiéis sob o rimbombar dos sinos, que do alto da torre mais simbólica da cidade, ecoam até hoje. Ao recordarmos fatos marcantes, como não lembrar a visita de Frei Damião, que do alto das escadas, abençoou e convocou a população à missão; a importante ereção canônica da Diocese de Guarabira, celebrada por figuras ilustres do catolicismo nordestino: Dom José Maria Pires, Dom Hélder Câmara e Dom Marcelo; das inúmeras missas solenes em honra a Soberana da Luz, reunindo milhares de fiéis, e que no dia 02 de fevereiro, materializam a maior procissão em honra a Nossa Senhora da região.

Suas paredes são testemunhas de milhares de orações, visitas e acontecimentos e, por isso, o povo de Deus tem a obrigação de zelar por esta importante organização, cultivando em seus sucessores este mesmo zelo, devoção, fé e amor que tais paredes merecem e que venha mais 186 anos.

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz

186 anos iluminando

 

186 anos iluminando, neste dia (27/04), celebramos jubilosos a data de ereção canônica da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Igreja Mãe de nossa Diocese,  rendemos graças e louvores a Deus pelos seus 186 anos. A história da Catedral se confunde com o crescimento de Guarabira, tornando nossa cidade solo sagrado, consagrado à Virgem da Luz.

Na certeza da presença de Nossa Senhora da Luz, nos iluminando e sustentando a cada ano, elevemos nossas preces ao Senhor por todos os padres, fiéis, grupos, comunidades e pastorais que compõem nossa paróquia, para que sob o manto da Mãe da Luz, nos tornemos fecundos, sendo presença de Cristo no mundo e encontremos o caminho para a nossa salvação no serviço e na entrega diária.

 

 

A Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora

Se na Quaresma recordamos as sete dores de Maria, contemplando as espadas que lhe atravessaram a alma, no tempo da Páscoa meditamos as suas alegrias. Conheça esta bela e antiga devoção, propagada pelos franciscanos e bastante enraizada no Brasil.

Se na Quaresma nós recordamos as sete dores de Nossa Senhora, contemplando as espadas que lhe atravessaram a alma neste vale de lágrimas, o tempo pascal serve para meditarmos as suas alegrias.

Pode soar estranho, mas é isso mesmo: como há a devoção às sete dores de Maria, há também a devoção às suas sete alegrias; assim como celebramos Nossa Senhora das Dores, também a honramos com o título de Nossa Senhora das Alegrias (ou dos Prazeres).

E não é uma devoção recente esta que a Igreja nos põe diante dos olhos na Páscoa. Basta lembrar que a imagem mais antiga que há no Brasil, retratando a Virgem das Alegrias, chegou-nos no longínquo ano de 1558, pelas mãos do Frei Pedro Palácios. Foi ele o fundador do Convento da Penha, em Vila Velha (ES). Lá e em todo o estado capixaba, é na segunda-feira após a Oitava de Páscoa que se celebra esse título mariano.

Por que nessa data? Porque, segundo uma antiga e piedosa tradição, Nossa Senhora teria sido a primeira a receber a visita de seu Filho Ressuscitado — muito antes de todas as aparições relatadas nos Evangelhos. Não se trata de um artigo de fé católica, deve-se dizer, e o próprio Pe. Paulo Ricardo já teve a oportunidade de explicar por que a Santíssima Virgem não precisava desse consolo por parte de seu Filho, dado não ter perdido em nenhum momento a fé na ressurreição dele. Mas, ao mesmo tempo, inúmeros autores piedosos defendem a tese, como Santa Brígida da Suécia, São Vicente Ferrer, Santo Inácio de Loyola e São João Paulo II. A questão está longe de ser “caso encerrado”, portanto.

Quanto à Coroa das Sete Alegrias propriamente dita, parece ter se originado no seio da própria Ordem franciscana:

Em 1442, no tempo de São Bernardino de Siena, se difundiu a notícia de uma aparição da Virgem a um noviço franciscano. Este, desde pequeno, tinha o costume de oferecer à bem-aventurada Virgem uma coroa de rosas. Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica. A Virgem apareceu para consolá-lo e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a coroa franciscana, Rosário das sete alegrias.

Para os que quiserem se unir à Mãe de Deus em suas sete alegrias, eis o modo tradicional de meditá-las.


1. No primeiro mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora ao ouvir, de São Gabriel Arcanjo, que Deus a escolhera para Mãe do Salvador.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

2. No segundo mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora na casa de sua prima, Santa Isabel, quando esta a saudou pela primeira vez como Mãe de Deus.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

3. No terceiro mistério, consideramos o gozo inefável de Nossa Senhora, no estábulo de Belém, quando seu divino Filho nasceu milagrosamente.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

4. No quarto mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora quando os três magos vieram de longe adorar o Menino Jesus e oferecer-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

5. No quinto mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora ao reencontrar o seu divino Filho no Templo, entre os doutores da Lei.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

6. No sexto mistério, consideramos a alegria e o júbilo da Santa Mãe de Deus, quando, na manhã de Páscoa, foi a primeira a ver seu Filho ressuscitado e glorioso.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

7. No sétimo mistério, consideramos a maior de todas as alegrias de Nossa Senhora, quando morreu santamente e foi elevada aos céus, em corpo e alma, acima dos coros angélicos e à direita de seu divino Filho, que a coroou Rainha de todos os anjos e santos.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

Oração final. — Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, de que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a vós, Virgem das virgens, como a Mãe recorro; de vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

Por que rezamos o Regina Coeli e não o Ângelus no tempo Pascal?

Durante o tempo pascal, a Igreja Universal se une em alegria por meio da oração do Regina Coeli ou Rainha do Céu, junto à Mãe de Deus, pela ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, acontecimento que marca o maior mistério da fé católica.

A oração da antífona do Regina Coeli foi estabelecida pelo Papa Bento XIV em 1742 e substitui durante o tempo pascal, da celebração da ressurreição até o dia de Pentecostes, a oração do Ângelus cuja meditação central é o mistério da Encarnação.

Assim como o Ângelus, o Regina Coeli é rezado três vezes ao dia: ao amanhecer, ao meio dia e ao entardecer como uma forma de consagrar o dia a Deus e à Virgem Maria.

Não se conhece o autor desta composição litúrgica que remonta ao século XII e era repetido pelos Frades Menores Franciscanos depois das completas na primeira metade do século seguinte popularizando-a e difundindo-a por todo mundo cristão.

A oração:

V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!

R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!

V. Ressuscitou como disse, Aleluia!

R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!

V. Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, Aleluia!

R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos:

Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre. Amém. (Três vezes).

 

Fonte: ACI Digital

O milagre em que Jesus se faz nosso alimento, literalmente

“Quero me unir a ti inseparavelmente e que me descubras em teu ser de modo que nada e ninguém nos possa mais desunir”

Via rede social, o pe. José Eduardo Oliveira compartilhou uma breve meditação sobre o dom da Eucaristia, em forma de palavras do próprio Jesus:

Já pensaste que a minha entrega por ti chegou ao ponto de eu me fazer realmente teu alimento? Haveria união mais profunda do que a que há entre o manjar e o comensal? Quando digerido, o pasto e o deglutidor se unem de tal modo que não há quem possa separá-los.

Este é o meu desejo de amor a teu respeito. Quero me unir a ti inseparavelmente e que me descubras em teu ser de modo que nada e ninguém nos possa mais desunir. Arranca todo pecado de tu’alma e avança rumo ao amor consumado.

O milagre da Eucaristia é o documento permanente de que eu, o teu Deus, amo-te de tal modo que me entreguei em tuas mãos, pus-me aos teus cuidados, a fim de que entendas, de uma vez para sempre, que o meu anseio por ti é real e tem a duração da eternidade.

Fonte: Aleteia

 

O que a Ressurreição nos ensina

A importância de nossa vida corpórea e seus sofrimentos não deveria ser exagerada nem subestimada. Temos um corpo por natureza, não por acidente. Sem o corpo, a alma não está completa. Os sofrimentos desta vida não serão esquecidos, mas redimidos.

A Ressurreição nos ensina que a importância de nossa vida corpórea e seus sofrimentos não deveria ser exagerada nem subestimada. Isso significa enxergar o meio-termo entre materialismo e platonismo. Em nossa época decadente e sensualista, a mensagem antimaterialista talvez seja a mais óbvia. O secularista não concebe destino pior do que ambições mundanas insatisfeitas, casamentos infelizes, contas não pagas, saúde precária e o próprio leito de morte. E não há para ele bem maior do que fugir dessas coisas. Woody Allen expressa bem essa mentalidade: “A vida é feita de penúria, solidão e sofrimento — e tudo acaba muito rápido”.

Isso é patético. Quer seu herói seja Sócrates, São Policarpo ou aquela gloriosa síntese dos dois, São Justino Mártir, você sabe que ninguém é tão cego quanto aquele que não consegue enxergar a eternidade que está além de algumas décadas de vida. A morte só interrompe o tempo que passamos na sala de espera. Algumas são terrivelmente aborrecidas e desconfortáveis. Outras têm tantas formas de divertimento, que nos deixam desapontados quando chega a hora de ir. Em ambos os casos, são apenas salas de espera, e assim é esta vida.

Mas isso ocorre não porque tenhamos uma alma imortal, nem porque as coisas terrenas sejam irrelevantes. Nós de fato temos uma alma imortal, e as coisas terrenas realmente não têm valor em si. Mas uma alma imortal não é uma pessoa. Ponto final. É o resquício de uma pessoa, e a perda de seu corpo é um terrível sofrimento, não uma libertação. A perpétua condição póstuma da alma é determinada pelo que fizemos e sofremos nesta vida.

Aqui entra a mensagem antiplatônica. Temos um corpo por natureza, não por acidente. Sem o corpo, a alma não está completa. Ela também não está destinada a ser purificada de todos os traços do indivíduo que viveu, respirou, sofreu e morreu, como o atma impessoal do hinduísmo. A Ressurreição não ensina que a morte não é o fim de sua alma, mas que a morte não é o seu fim como indivíduo dotado de corpo. Ela nos diz não que os sofrimentos desta vida serão esquecidos, mas que serão redimidos. Um bem eterno será tirado de um mal finito, como o vinho que foi tirado da água.

Santo Tomás nos diz que o Cristo ressuscitado carrega suas chagas perpetuamente como se fossem troféus. São como a cicatriz que um atleta não ousaria corrigir por meio de uma plástica, para não perder uma lembrança do que conquistou. Do mesmo modo, a Ressurreição nos ensina que o seu coração partido, a destruição de suas esperanças terrenas, a dor pela morte de um ente querido ou por seu corpo débil — a lembrança de todas essas coisas será como uma das chagas de Cristo após a morte. Ela assumirá uma característica totalmente diferente, e de fato será vista como aquilo que sempre foi: parte da purificação e do aperfeiçoamento de um atleta espiritual.

Para aqueles que amam a Deus, afinal. Pois existe um terrível lado negativo da Ressurreição, na medida em que os corpos dos perversos — assim como os dos justos — também lhes serão restituídos, e sua condição também será definida eternamente pelo que alimentaram em seus corações nesta vida. A memória de seus prazeres ilícitos, de sua fixação por Mamon, de seu desejo irrefreado por fama e poder, doerá como uma ressaca perpétua, uma lembrança sem fim de sua estupidez e miopia. “Com certeza terão sua recompensa”.

Essa recompensa deve ser mais temida do que a morte. Mas esta é, de fato, assustadora. Como todo filósofo deveria fazer, eu amo e venero Sócrates. Mas sua morte, por nobre que tenha sido, não foi a morte de um homem que sabia realmente o que era a morte. Não há dúvida de que sua verdade parcial está muito mais próxima da verdade integral que a verdade parcial do materialista. É muito melhor ser um pagão de tipo platonista do que aquela coisa triste e desprezível que Nietzsche chamou o Último Homem, o individualista da modernidade secular liberal que só pensa em buscar o próprio conforto.

Mesmo assim, a julgar pelo Fédon [um dos principais diálogos de Platão], você poderia pensar que em sua essência a morte significa adormecer durante uma conversa filosófica com amigos. Mas a realidade dela é refletida de modo mais adequado em outras imagens — a de Santo Inácio de Antioquia nos dentes de leões, ou a de São Policarpo no meio das chamas.

Contudo, surpreendentemente, eles enfrentaram esses fins sinistros com o mesmo otimismo de Sócrates. O Último Homem nos diz: “A morte é horrível, então tenha medo dela!” Sócrates nos diz: “A morte não é horrível, então não tenha medo dela!” O cristianismo nos diz: “A morte é horrível, mas não tenha medo dela!

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

O que é a Oitava de Páscoa na Liturgia?

Após o domingo de Páscoa, a Igreja vive o Tempo Pascal. São sete semanas em que a Liturgia celebra a presença de Jesus Cristo Ressuscitado entre os Apóstolos, dando-lhes as suas últimas instruções (At 1,2). Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus teve a Sua ascensão ao Céu e, ao final dos 49 dias, enviou o Espírito Santo sobre a Igreja reunida no Cenáculo com a Virgem Maria. É o coroamento da Páscoa. O Espírito Santo dado à Igreja é o grande dom do Cristo glorioso.
O Tempo Pascal compreende esses cinquenta dias (em grego = “pentecostes”) vividos e celebrados “como um só dia”. Dizem as “Normas Universais do Ano Litúrgico” que “os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, “como se fosse um único dia festivo”, como um grande domingo” (n. 22).

Vivamos a ressurreição de Jesus intensamente na Oitava de Páscoa

É importante não perder o caráter unitário dessas sete semanas. A primeira semana é a  “Oitava da Páscoa”. Ela termina com o domingo da oitava, chamado “in albis”, porque, neste dia, os recém-batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do batismo. Esse é o Tempo Litúrgico mais forte de todo o ano. É a Páscoa (passagem) de Cristo da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a Páscoa também da Igreja, seu Corpo. No dia de Pentecostes, a Igreja é introduzida na “vida nova” do Reino de Deus. Daí para frente, o Espírito Santo guiará e assistirá a Igreja em sua missão de salvar o mundo, até que o Senhor volte no Último Dia, a Parusia.

Nestes cinquenta dias de Tempo Pascal, e de modo especial na Oitava da Páscoa, o Círio Pascal é aceso em todas as celebrações, até o domingo de Pentecostes. Ele simboliza o Cristo ressuscitado no meio da Igreja. Ele deve nos lembrar que todo medo deve ser banido, porque o Senhor ressuscitado caminha conosco, mesmo no vale da morte (Sl 22). É tempo de renovar a confiança no Senhor, colocar em Suas mãos a nossa vida e o nosso destino, como diz o salmista: “Confia os teus cuidados ao Senhor e Ele certamente agirá” (Salmo 35,6).

A alegria e as bênçãos do Tempo Pascal

Este é, portanto, um tempo de grande alegria espiritual, onde devemos viver intensamente na presença do Cristo ressuscitado, que transborda sobre nós os méritos da Redenção. É um tempo especial de graças, onde a alma mais facilmente bebe nas fontes divinas. É o tempo de vencer os pecados, superar os vícios,  renovar a fé e assumir com Cristo a missão de todo batizado: levar o mundo para Deus através de Cristo. É tempo de anunciar o Cristo ressuscitado e dizer ao mundo que somente nele há salvação.

Então, a Igreja deseja que nos “oito dias de Páscoa” (Oitava de Páscoa) vivamos o mesmo espírito do Domingo da Ressurreição, colhendo as mesmas graças. Assim, a Igreja prolonga a Páscoa, com a intenção de que “o tempo especial de graças”, que significa a Páscoa, estenda-se por oito dias, e o povo de Deus possa beber mais copiosamente, e por mais tempo, as graças de Deus neste tempo favorável, onde o céu beija a terra e derrama sobre ela suas bênçãos copiosas.

Só pode beneficiar-se dessas graças abundantes e especiais aqueles que têm sede, que conhecem, acreditam e pedem. É uma lei de Deus, e quem não pede não recebe. E só recebe quem pede com , esperança, confiança e humildade.

Viva este tempo de graça

As mesmas graças e bênçãos da Páscoa se estendem até o final da Oitava. Não deixe passar esse tempo de graças em vão! Viva oito dias de Páscoa e colha todas as suas bênçãos. Não tenha pressa! Reclamamos tanto de nossas misérias, mas desprezamos tanto os salutares remédios que Deus coloca à nossa disposição tão frequentemente.

Muitas vezes, somos miseráveis sentados em cima de grandes tesouros, pois perdemos a chave que podia abri-los. É a chave da fé que, tão maternalmente, a Igreja coloca em nossas mãos todos os anos. Aproveitemos esse tempo de graça, para renovarmos nossa vida espiritual e crescer em santidade.

O significado do Círio Pascal

O Círio Pascal estará aceso por 40 dias, lembrando-nos que a grande vela acesa simboliza o Senhor Ressuscitado. É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra “círio” vem do latim  “cereus“, de cera. O produto das abelhas. O círio mais importante é o que é aceso na vigília Pascal, como símbolo de Cristo – Luz, e fica sobre uma elegante coluna ou candelabro enfeitado.

O Círio Pascal é já, desde os primeiros séculos, um dos símbolos mais expressivos da vigília, por isso, ele traz uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a  Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz.

O Círio Pascal ficará aceso na Oitava da Páscoa e em todas as celebrações durante as sete semanas do Tempo Pascal, ao lado do ambão da Palavra, até a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o Círio seja dignamente conservado no batistério. O Círio Pascal também é usado durante os batismos e as exéquias, ou seja, no princípio e o término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.

Viver intensamente a Oitava da Páscoa é uma grande graça que Deus nos dá através da Igreja. Cultive esse tempo, com oração, meditação e vida sacramental, agradecendo ao Senhor tantas bênçãos.

 

Fonte: Canção Nova

 

Inscrições abertas para novas turmas da Catequese Luz 2023

A Paróquia Nossa Senhora da Luz abre, nesta segunda-feira (10), as inscrições para novas turmas da Catequese Luz do ano de 2023 – formação para Primeira Eucaristia, Crisma de Jovens e de Adultos.

A catequese tem como finalidade de estudar o primeiro anúncio do Evangelho. Busca levar o catequizando a conhecer, acolher e vivenciar o mistério de Deus, manifestado em Jesus Cristo, que nos revela o Pai e nos envia o Espírito Santo, trilhando à comunhão com a igreja.

O prazo de inscrição vai até o dia 21 de abril, e acontece no Salão Paroquial (ao lado da Matriz), das 19h às 20h, de acordo com a idade abaixo:

  • Primeira Eucaristia: 8 anos completos ou completar até junho de 2023.
  • Crisma de Jovens: 13 anos completos.
  • Crisma de Adultos: a partir dos 15 anos.

“A Eucaristia está no coração da iniciação cristã, junto ao batismo e à crisma. É possível experimentar, já na terra, a comunhão com o Pai.” (Papa Francisco)

Para mais informações, entre em contato: (83) 3271-4828