TEMPO PASCAL: da “Vigília das Vigílias” à Solenidade de Pentecostes

Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande Domingo” (Normas Universais do Ano Litúrgico, nº 22).


O Tempo Pascal festeja a passagem da morte à vida, – “Páscoa”, significa exatamente “passagem”, conforme o sentido literal do termo na tradição judaica – de Jesus, ovelha oferecida ao expurgo dos pecados da humanidade, concretizando seu amor pelos homens, sacrificando-se pelos mesmos. Tendo a duração de exatamente cinquenta dias, ou sete semanas, a igreja pede que tal tempo seja festejado pelos cristãos, com forte júbilo e alegria.

A primeira semana deste tempo litúrgico é conhecida como “Oitava da Páscoa”, encerrando-se no Domingo da Oitava da Páscoa, ou, Domingo “in Álbis”, como explica o site “Aleteia”:

“O “Domingo da Oitava da Páscoa” também costumava ser chamado de Domingo “in Álbis” (ou seja, domingo “vestido de branco”), já que, nesse dia, os neófitos (novos batizados) depunham a túnica branca do batismo. Popularmente, também já foi chamado de “Pascoela”, ou “pequena Páscoa”, e, ainda, de “Domingo do Quasimodo”, devido às duas primeiras palavras em latim (“quasi modo”) cantadas no introito.”

Vale-se salientar que, no ano de 2000, após a canonização de Santa Faustina Kowalska, São João Paulo II, então Papa na época, este segundo domingo do Tempo Pascal recebe mais um nome: o de “Domingo da Divina Misericórdia”, encerrando-se a Novena da Divina Misericórdia, iniciada na Sexta-Feira Santa.

São João Paulo II, no lado esquerdo, Santa Faustina Kowalska, no lado direito, e, ao centro, a Divina Misericórdia
São João Paulo II, no lado esquerdo, Santa Faustina Kowalska, no lado direito, e, ao centro, a Divina Misericórdia

 

Todos estes cinquenta dias une-se ao uso do Círio Pascal, que permanece iluminando nossos corações até a Solenidade de Pentecostes. Cumpre-nos salientar que no sétimo domingo da Páscoa, a igreja celebra a “Festa da Ascenção do Senhor”. Por fim, une-se aos momentos importantes deste período litúrgico, as leituras da palavra de Deus, como acentua o site “Aleteia”:

“É com esta mesma intenção que se organizam as leituras da Palavra de Deus nos oito domingos do Tempo Pascal: a primeira leitura é sempre dos Atos dos Apóstolos, o livro que conta a história da Igreja primitiva e da sua difusão da Páscoa do Senhor. A segunda leitura muda conforme os ciclos, podendo ser da primeira Carta de São Pedro, da primeira Carta de São João e do livro do Apocalipse.”

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz

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