3 mães católicas que foram santas e tiveram filhos santos

Afinal, a maternidade é uma das mais sublimes vocações da vida – e a santidade também!

A maternidade é uma das mais sublimes vocações da vida – e a santidade também. Que tal, então, quando as mães exercem a sua vocação materna para incentivar a vocação dos filhos a serem santos?

Ser santo, no fim das contas, é o chamado de Deus para todos nós. E não se trata de nada cinematográfico ou espetacular: ser santo é simplesmente viver em estado de graça, alimentando uma sincera relação filial e amorosa com Deus no dia-a-dia.

Entre as muitas mães católicas que se esforçam para criar os seus filhos em genuína amizade com Deus, aqui vão três exemplos em que elas próprias também acabaram canonizadas pela Igreja:

Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho

Ela é praticamente sinônimo da mãe cristã que reza fervorosamente pela conversão do filho. E olha que o filho precisava! Santo Agostinho, na juventude, se afastou radicalmente da fé e viveu uma vida de pecado. Mas a oração constante e a paciência inabalável de Santa Mônica foram recompensadas quando ele se converteu e se tornou um dos maiores teólogos e santos de toda a história da Igreja!

Santa Zélia Martin, mãe de Santa Teresinha do Menino Jesus

Aqui temos o caso nada menos que extraordinário de uma família inteira de santos! Santa Zélia Martin, esposa de São Luís Martin, não apenas criou Teresinha e suas demais filhas com grande amor e devoção, mas também as incentivou a se dedicarem a Deus completamente – tanto que as cinco que chegaram à vida adulta se tornaram freiras. A caçula, Teresinha, se tornou religiosa carmelita e é uma das mais queridas, inspiradoras e amadas santas de todos os tempos. Zélia faleceu quando Teresinha tinha apenas 4 anos de idade, mas deixou para toda a família um legado duradouro de amor e devoção.

Santa Emília de Cesareia, mãe de cinco santos (ou seis!)

Muito conhecida e venerada na Igreja Oriental, Emília teve nove filhos, dos quais nada menos que cinco foram canonizados: São Basílio Magno, Santa Macrina, São Naucrácio, São Pedro de Sebaste e São Gregório de Nissa. Além deles, algumas fontes ainda sustentam que Emília era mãe também de Santa Teosébia, mas outras fontes dizem que Teosébia era esposa de Gregório de Nissa – ou seja, nora de Emília, e considerada como se fosse sua filha. O fato é que Santa Emília deu a todos os filhos uma educação completa e uma criação profundamente cristã. Quando se tornaram adultos, a mãe distribuiu entre eles os seus bens e foi viver uma vida monástica. Mais tarde, fundou um convento junto com seus filhos Pedro e Macrina.

 

Fonte: Aleteia

Fátima: da evocação à invocação; da presença ao pedido pelo auxílio

Milhares de fiéis reúnem-se em Fátima, em Portugal, para chamar à presença a Virgem, que aos três pastorinhos pediu pelo Santo Rosário.


A devoção, do latim devotione, refere-se a dedicar-se a algo, estando ligado a veneração especial; apresenta-se como uma palavra que, em sentido figurado, significa afeto e dedicação. Logicamente, para crer necessita-se da devoção, e a devoção inspira fé, inspira fervor, piedade. Diante disto, imaginemos quantos fiéis, espalhados pelos países, invocam, suplicam, a proteção da Virgem de Fátima, para curar suas feridas, sanar suas dores e proteger os seus.

A devoção levou a humanidade a crer que, por meio de suas aparições, Nossa Senhora de Fátima roga pelos seus filhos, sendo a égide, o amparo; a devoção leva estes filhos ao Santuário, localizado na Cova da Iria, excelência por si só, para pedir auxílio. Francisco, Jacinta e Lúcia tornaram-se difusores do Santo Rosário, alastrando seus pedidos aos que iam ao socorro destes, pois foi a Virgem quem apelou.

Assim ensina São João Paulo II:

“A mensagem de Fátima é um apelo à conversão, alertando a humanidade para não fazer o jogo do ‘dragão’ que, com a ‘cauda, arrastou um terço das estrelas do Céu e lançou-as sobre a terra’. A meta última do homem é o Céu, sua verdadeira casa onde o Pai celeste, no seu amor misericordioso, por todos espera”.

E sobre o amor à Nossa Senhora, elenca:

“Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem veio aqui, a Fátima, pedir aos homens para ‘não ofenderem mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido’. É a dor de mãe que A faz falar; está em jogo a sorte de seus filhos. Por isso, dizia aos pastorinhos: ‘Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

João Paulo II em Fátima no Ano 2000

E, por fim, escreve Jane Nogara, do Vatican News, em 13 de Maio de 2021:

”O Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima dá expressão ao pedido de Nossa Senhora do Rosário, aludido já em 13 de agosto de 1917 e expressamente indicado na aparição de 13 de outubro do mesmo ano a Lúcia de Jesus, Francisco Marto e Jacinta Marto: ‘Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário’ (Primeira Memória da Irmã Lúcia). A capelinha foi erguida em 1919 no local das aparições de 1917 na Cova da Iria e, desde então, o espaço do Santuário foi sendo edificado, em resposta ao significativo afluxo de peregrinos.”.

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz.

Veja como Santa Zélia ornava sua casa para o Mês de Maria

Muito devota da Virgem, a mãe de Santa Terezinha tinha um cuidado especial com a casa no mês de maio

Santa Zélia Guérin, mãe de Santa Teresinha, tinha uma grande devoção à Virgem Maria. Católica zelosa,  buscava traduzir em gestos concretos a vivência da espiritualidade dentro de casa. Fazia isso devido ao grande amor com que tinha, mas também com a finalidade de evangelizar suas filhas.

No livro “Zélia Guérin – a mãe de santa Teresa do Menino Jesus”, Ir Genoveva da Santa Face (Celina, umas das filhas mais novas de Zélia) conta um pouco sobre essa piedade.

“Nossa mãe tinha uma devoção intensa por Nossa Senhora. Reconhecia ter obtido muitas vezes diversas graças importantes por sua intercessão”, escreve Celina.

Veja o zelo de Zélia no mês de Maria

“Assistíamos ao mês de Maria na igreja, entretanto minha mãe queria também um mês de Maria em casa e o queria tão belo que minha irmã brincava gentilmente dizendo-lhe ‘que ele fazia concorrência com o de Notre-Dame (catedral de Paris – FR)’. Era na verdade suntuoso. Além das cortinas de renda sobre fundo azul, mamãe pagava uma pobre mulher para que trouxesse do campo um verdadeiro feixe de flores, galhos de pilriteiro branco que nunca eram grandes demais.

Colocados em vasos esses galhos floridos subiam até o teto, o que fazia a alegria de Teresinha que batia palmas!”

 

Fonte: Comunidade Shalom

 

 

Nas saudações do Papa: o mês mariano e os mais necessitados

Durante as saudações aos peregrinos dos diversos grupos e diferentes línguas presentes na Praça São Pedro, ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 10 de maio, o Papa relembrou mais de uma vez, num clima de busca de unidade entre os cristãos, o mês mariano, e em especial, o olhar para os mais necessitados


Uma Audiência Geral um pouco diferente, sem a habitual catequese do Papa, mas com um forte apelo à unidade dos cristãos foi acompanhada nesta quarta-feira por peregrinos de diversas partes do mundo que estavam reunidos na Praça São Pedro, numa manhã chuvosa que, porém, não os espantou.

E como de costume, Francisco saudou, ao final da Audiência, os diversos grupos que puderam ouvir a tradução de suas palavras nas línguas tradicionais de quarta-feira. Neste momento, o Pontífice sempre rememora momentos fortes da Igreja, com uma saudação particular.

Detalhe de uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, levada por fiéis à Praça São Pedro na Audiência Geral desta quarta-feira, 10 de maio
Detalhe de uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, levada por fiéis à Praça São Pedro na Audiência Geral desta quarta-feira, 10 de maio (Vatican Media)

Um clima de unidade

Aos peregrinos de língua árabe, o Papa continuou o clima de unidade, tantas vezes reiterado durante o discurso da Audiência, por ocasião da presença do patriarca Tawadros II em Roma, para a celebração dos 50 anos do histórico encontro entre o Papa São Paulo VI e o Papa Shenouda III em 1973.

A eles, de fato, reiterou:

“Cristo, o Senhor, nos chamou e ainda nos chama a sermos uma só igreja. Nossa unidade, como cristãos, é uma resposta à sua vontade e oração. Quando Jesus orou, ele disse: “Pai Santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, como nós somos um” (Jo 17,11). Que o Senhor abençoe todos vocês e os proteja sempre de todo o mal!”

Também aos peregrinos de língua espanhola recordou a memória de São João de Ávila, celebrada neste 10 de maio; enquanto aos de língua alemã, recordou a festa de Nossa Senhora de Fátima, que acontecerá no próximo sábado, 13 de maio.

Maio, um mês mariano

O mês de maio, de fato, com a vivência particular das orações marianas, foi lembrado de forma especial pelo Papa aos peregrinos de língua italiana, polonesa, alemã e portuguesa.

“A minha cordial saudação para vós e vossos familiares, enquanto vos animo a tomar por modelo e estímulo da vossa vida a Virgem Maria. A sua paz e coragem estavam apoiado nesta certeza: «Nada é impossível a Deus». Como Ela, possam os vossos corações encontrar conforto na graça de Deus, que invoco sobre todos com a bênção do Senhor.”

Maria, invocada como ”Consoladora dos aflitos e Rainha da paz”, foi lembrada no pedido de intercessão pela martirizada Ucrânia e por todos os que vão ao encontro “dos irmãos e irmãs descartados e abandonados, para mostrar-lhes a ternura do Senhor.”

Por Ir. Grazielle Rigotti, ascj – Vatican News

Maria, a mulher eucarística

A Virgem Maria, desde a encarnação do Verbo, está unida ao mistério da Eucaristia.

A Virgem Maria é chamada de “mulher eucarística” pela sua proximidade com Jesus Eucarístico. Esta reflexão será feita a partir do pensamento do Papa João Paulo II, expresso no documento “A Eucaristia: fonte e ápice da vida e da missão da Igreja”, Instrumentum laboris, de 7 de julho, do Sínodo dos Bispos no Ano da Eucaristia em 2005.

Saiba a ligação entre a Virgem Maria e a Eucaristia e o que esta tem a ver com nossas vidas.

João Paulo II, cujo pensamento em relação a Maria está intimamente ligado com a consagração total a Santíssima Virgem, foi quem deu início ao “Ano da Eucaristia”, que foi um tempo de muito rico para a  Igreja. O Documento do qual tratamos, certamente inspirado nas palavras e no pensamento de João Paulo, que havia falecido a pouco mais de três meses, nos recorda as palavras de Santo Ireneu, que dizia: “A Eucaristia é o resumo e a suma da nossa fé”. Na Eucaristia vemos a realização da aliança com Deus, a aliança da fé, da qual o homem precisa para viver. “Se não acreditardes, não vos mantereis firmes” (Is 7,9b). A Eucaristia é a nova e eterna aliança, que Jesus Cristo nos deixou no Sacramento do seu Corpo e do seu Sangue. Na Eucaristia, pela fé reconhecemos e acolhemos Jesus Cristo como num encontro, no qual nos envolvemos totalmente, como “Maria, modelo de fé plenamente realizada”.

A Eucaristia é o centro da liturgia, na qual está “presente a Trindade, adorada eternamente por Maria e pelos anjos que servem a Deus, oferecendo-nos um modelo do serviço”. Deus também é adorado pelos santos e justos, que estão na sua presença, intercedendo por nós e pelas almas do purgatório. Dessa forma, a Igreja se manifesta como família de Deus, que está diante do Senhor em adoração, mas, ao mesmo tempo, está voltada para aqueles que ainda não alcançaram a salvação. Dentre aqueles que estão diante de Deus, a Virgem Maria ocupa um lugar privilegiado pois cremos, com o Papa Leão XIII, que ela é a mediadora de todas as graças.

Em conformidade com o pensamento do Papa João Paulo II, afirma-se que: “Entre todos os santos, a Santíssima Virgem Maria resplandece como modelo de santidade e de espiritualidade eucarística”. A Tradição da Igreja atesta que o nome de Maria é recordado com veneração nas orações da Santa Missa, principalmente nas Igrejas Orientais católicas. Maria está tão ligada ao mistério eucarístico que, na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II a chamou de “Mulher eucarística”. Em Maria se realiza a relação entre a Mãe e o Filho de Deus, que recebeu seu Corpo e Sangue da Virgem. Nela se realiza também a íntima relação que une a Igreja e a Eucaristia, pois Maria é modelo e figura da Igreja, cuja vida e missão tem a fonte e o ápice no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Maria viveu em espírito eucarístico antes da instituição do Sacramento, pois ofereceu o seu seio virginal para a encarnação do Verbo. “Durante nove meses, foi o tabernáculo vivo de Deus”. Ela realizou um gesto eucarístico e eclesial, ao apresentar o Menino Jesus aos pastores, aos magos e ao Sumo Sacerdote no Templo. Ofereceu o Fruto bendito do seu ventre ao Povo de Deus e aos gentios, para que O adorassem e O reconhecessem como Messias. A Virgem Mãe, aos pés da cruz, participou dos sofrimentos do seu Filho. Depois, acolheu o Senhor morto nos braços e colocou-O na sepultura, como “semente secreta de ressurreição e de vida nova para a salvação do mundo”. A presença de Maria no Pentecostes, na efusão do Espírito Santo, primeiro dom do Senhor ressuscitado à Igreja nascente, foi também uma oferta de natureza eucarística e eclesial.

A Virgem Maria, Mãe de Deus que, deu a sua carne imaculada ao Filho de Deus, estabeleceu para sempre uma relação exclusiva com o Mistério eucarístico. “Em Maria, a mulher eucarística por excelência, a Igreja contempla, não só o seu modelo mais perfeito, mas também a realização antecipada do ‘novo céu’ e da ‘nova terra’, que a criação inteira espera com fervoroso anseio”.

Maria é a mulher eucarística, que gerou o Corpo e o Sangue de Cristo. Por isso, como membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja, somos também formados no ventre virginal de Maria. Nesse processo de formação, a consagração a Nossa Senhora tem particular importância, pois nos conforma a Jesus Cristo de forma mais plena. Nos faz participar melhor dos sacramentos, principalmente o da Eucaristia, que é a fonte e o ápice da vida e da missão da Igreja. A Maria, a mulher eucarística, somos chamados a nos consagrar inteiramente e a invocar sua intercessão, para que sejamos fiéis a missão que nos foi confiada por Cristo, para a maior glória de Deus e para a salvação dos homens e do mundo.

 

Fonte: Canção Nova

A origem do Santo Rosário

A origem do Rosário, segundo a tradição, está no costume dos antigos monges, de fazer suas preces, contando-as com o uso dos dedos das mãos ou mediante pedrinhas ou grãos. Na Idade Média (séculos X-XII), os fiéis costumavam rezar vários “Pais-Nossos” ou várias “Ave-Marias” consecutivos, quando não conseguiam recitar os 150 Salmos. Essa prática foi-se codificando e regulamentando aos poucos, chegando a sua forma atual no século XVI sob o Papa São Pio V (1566-1572), dominicano. Foi esse Pontífice quem determinou tanto o número de “Pai-Nosso” e “Ave-Maria” como o teor dos mistérios que os devem acompanhar.

O nosso Catecismo diz: “A piedade medieval do Ocidente desenvolveu a oração do Rosário como alternativa popular à oração das horas”. (n.2678)

São Pio V atribuiu a eficácia dessa prece à vitória naval de Lepanto, que, aos 7 de outubro de 1571, salvou de grande perigo a Cristandade ocidental contra a invasão dos turcos otomanos, muçulmanos, que pretendiam dominar a Europa e acabar com o cristianismo. Por isso, o Papa São Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro. A devoção foi mais e mais favorecida pelos Papas seguintes, destacando-se Leão XIII, que determinou fosse o mês de outubro dedicado, em todas as paróquias, à reza do Rosário.

A origem do Santo Rosário

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Rosário como arma para a conversão

Uma forte tradição na Igreja diz que São Domingos de Gusmão, enviado pelo Papa Gregório IX (1227-1241), para converter os hereges cátaros na França, recebeu a visita de Nossa Senhora, que lhe apresentou o Rosário como a arma para a conversão dos hereges. São Domingos caminhava rezando o Rosário e pregando a sã doutrina da fé.

Há muito tempo, os papas valorizam e recomendam, vivamente, a oração do Rosário, especialmente os últimos papas, sobretudo a partir das aparições de Lourdes (1858) e Fátima (1917). Em Fátima, Nossa Senhora disse aos pastorinhos que “não há problema de ordem pessoal, familiar e nacional que a oração do Terço não possa ajudar a resolver”.

Leão XIII (1878-1903), em tempos difíceis, dedicou ao Rosário 16 documentos, sendo 11 encíclicas e uma constituição apostólica; Paulo VI dedicou três documentos ao Rosário; uma encíclica: Mense (29 de Abril de 1965), a qual recorda que “Maria é caminho para Cristo, e isso significa que o recurso contínuo a ela exige que se procure nela, para ela e com ela, Cristo Salvador, ao qual nos devemos dirigir sempre”.

Na carta apostólica de João Paulo II Rosarium Virginis Mariae, ele declara: “Percorrer com ela [Maria] as cenas do Rosário é como frequentar ‘escola’ de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem”. É a minha oração predileta, disse João Paulo II.

“É a oração mais querida pela Mãe de Deus”

Em 10 outubro 2010, o Papa Bento XVI disse que o Rosário é “a oração mais querida pela Mãe de Deus, e que conduz, diretamente, a Cristo”. “O Rosário é uma oração bíblica, totalmente tecida pela Sagrada Escritura. É uma oração do coração, em que a repetição da ‘Ave-Maria’ orienta o pensamento e o afeto para Cristo. É oração que ajuda a meditar a Palavra de Deus e a assimilar a Comunhão Eucarística sob o modelo de Maria, que guardava, em seu coração, tudo aquilo que Jesus fazia e dizia, e sua própria presença. A “Virgem do Rosário” recomendou, com insistência, a oração do Rosário todos os dias, para alcançar o fim da guerra.

Catecismo diz: “A oração cristã procura, de preferência, meditar os mistérios de Cristo, como na lectio divina ou no Rosário”. (n.2708)

São João Paulo II

São João Paulo II disse, na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, em 16 de outubro de 2002, no Ano do Rosário: “Em momentos em que estivera ameaçada a própria cristandade, foi à força dessa oração que se atribuiu a libertação do perigo, tendo a Virgem do Rosário sido saudada como propiciadora da salvação. O Rosário da Virgem Maria (Rosarium Virginis Mariae), que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando, gradualmente, no segundo Milênio, é oração amada por numerosos santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no Terceiro Milênio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor”.

“Desde a minha juventude, essa oração teve um lugar importante na minha vida espiritual. A ele confiei tantas preocupações; nele, encontrei sempre conforto. Vinte e quatro anos atrás, no dia 29 de outubro de 1978, apenas duas semanas depois da minha eleição para a Sé de Pedro, quase numa confidência, assim me exprimia: «O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade. […] Hoje, no início do vigésimo quinto ano de serviço como Sucessor de Pedro, desejo fazer o mesmo. Quantas graças recebi, nesses anos da Virgem Santa, por meio do Rosário. Com efeito, recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo”.

Por Felipe Aquino

MÊS MARIANO: flores, cânticos, louvores e fé à “Regina Coeli”

“É a mãe que cuida dos seus filhos, assim eles crescem mais e mais, crescem fortes, capazes de assumir responsabilidades, de assumir compromissos na vida, de tender para grandes ideais.” Papa Francisco


Os cristãos veneram a Virgem Maria e, por ela, clamam, rezam, oferecem, na esperança de ocorrer o mesmo que na cidade de Fátima, em Portugal, aconteceu: um milagre. Inúmeros são os hinos que foram compostos em sua honra, assim como a quantidade de capelas, paróquias, catedrais, basílicas e santuários dedicados com um dos títulos que a ela são atribuídos.

Com isto, Nossa Senhora é lembrada o ano todo, mas, contudo, recebe um carinho ainda maior no mês de maio, ocasião em que é celebrada uma das maiores cerimonias da humanidade: a Peregrinação das Velas em honra a Nossa Senhora de Fátima, reunindo, todos os anos, milhares de fiéis; o dia das mães, que tornou-se um momento de agradecer pelo dom da vida daquelas que permanecem conosco e de recordar a memória daquelas que, ao lado da Virgem, protegem-nos.

Peregrinação das velas no Santuário de Fátima – Foto: Rui Miguel Pedrosa / Observador

 

O mês de maio prova que a fé do povo católico pela Mãe de Deus é real, concretizada através da oração da “Ave Maria” e da “Salve Rainha”, repetida diversas vezes por meio do terço, do santo rosário, e que esse mesmo povo católico, com os pés descalços que adentram seus templos, consubstanciado com a devoção, com as mãos juntas, reza pelos seus, para que a Virgem rogue e interceda a Deus na hora da morte.

Assim ensina o Papa Francisco: “Maria é a boa mãe, uma boa mãe não apenas acompanha os filhos em seu crescimento, sem evitar os problemas, os desafios da vida, uma boa mãe também ajuda a tomar decisões finais com liberdade.” E completa: ”A existência toda de Maria é um hino para vida, um hino de amor para vida: ela gerou Jesus na carne e acompanhou o nascimento da Igreja no Calvário e no Cenáculo.”

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz

MÊS DE MAIO NA CATEDRAL DA LUZ: VEJA NOSSA PROGRAMAÇÃO

A paróquia Nossa Senhora da Luz realiza mais um mês de maio dedicado inteiramente à Nossa Senhora, como habitualmente ocorreu nos anos anteriores, durante todos os 31 dias, acontecerão as Celebrações Marianas, com a recitação do Santo Terço e a oferta das flores, confira a nossa programação especial:

  • De Segunda a Sexta os horários das missas serão às 18:00 horas;
  • As celebrações Marianas acontecerão às 19:00 horas;
  • Aos finais de semana o horário da missa permanecerá às 19:00 horas, com a recitação do terço às 18:00 horas.

Participe conosco das celebrações em honra à Mãe de Deus, nos acompanhe também pelo nosso canal no Youtube Catedral da Luz. Mês de Maio é na Catedral da Luz.

TEMPO PASCAL: da “Vigília das Vigílias” à Solenidade de Pentecostes

Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande Domingo” (Normas Universais do Ano Litúrgico, nº 22).


O Tempo Pascal festeja a passagem da morte à vida, – “Páscoa”, significa exatamente “passagem”, conforme o sentido literal do termo na tradição judaica – de Jesus, ovelha oferecida ao expurgo dos pecados da humanidade, concretizando seu amor pelos homens, sacrificando-se pelos mesmos. Tendo a duração de exatamente cinquenta dias, ou sete semanas, a igreja pede que tal tempo seja festejado pelos cristãos, com forte júbilo e alegria.

A primeira semana deste tempo litúrgico é conhecida como “Oitava da Páscoa”, encerrando-se no Domingo da Oitava da Páscoa, ou, Domingo “in Álbis”, como explica o site “Aleteia”:

“O “Domingo da Oitava da Páscoa” também costumava ser chamado de Domingo “in Álbis” (ou seja, domingo “vestido de branco”), já que, nesse dia, os neófitos (novos batizados) depunham a túnica branca do batismo. Popularmente, também já foi chamado de “Pascoela”, ou “pequena Páscoa”, e, ainda, de “Domingo do Quasimodo”, devido às duas primeiras palavras em latim (“quasi modo”) cantadas no introito.”

Vale-se salientar que, no ano de 2000, após a canonização de Santa Faustina Kowalska, São João Paulo II, então Papa na época, este segundo domingo do Tempo Pascal recebe mais um nome: o de “Domingo da Divina Misericórdia”, encerrando-se a Novena da Divina Misericórdia, iniciada na Sexta-Feira Santa.

São João Paulo II, no lado esquerdo, Santa Faustina Kowalska, no lado direito, e, ao centro, a Divina Misericórdia
São João Paulo II, no lado esquerdo, Santa Faustina Kowalska, no lado direito, e, ao centro, a Divina Misericórdia

 

Todos estes cinquenta dias une-se ao uso do Círio Pascal, que permanece iluminando nossos corações até a Solenidade de Pentecostes. Cumpre-nos salientar que no sétimo domingo da Páscoa, a igreja celebra a “Festa da Ascenção do Senhor”. Por fim, une-se aos momentos importantes deste período litúrgico, as leituras da palavra de Deus, como acentua o site “Aleteia”:

“É com esta mesma intenção que se organizam as leituras da Palavra de Deus nos oito domingos do Tempo Pascal: a primeira leitura é sempre dos Atos dos Apóstolos, o livro que conta a história da Igreja primitiva e da sua difusão da Páscoa do Senhor. A segunda leitura muda conforme os ciclos, podendo ser da primeira Carta de São Pedro, da primeira Carta de São João e do livro do Apocalipse.”

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz

ILUMINANDO: o farol que robustece a fé do povo de Deus

186 anos da instituição mais antiga da cidade de Guarabira.


Imaginemos quantas pessoas caminharam em direção à Catedral, com passos firmes, mãos entrelaçadas a um terço, com o corpo aquecido ao saber que encontrará o alento da Virgem ao coração. Ladeiras, ruas e vielas que conduziram esses mesmos passos às missas celebradas pelos saudosos Monsenhor Emiliano de Cristo e Dom Marcelo, que com seus exemplares sermões concretizaram o amor de Deus através do conselho, da pregação e da fé.

Quantas mãos limparam os bancos que hoje sentamos; que abriram as portas para acolher o povo de Deus; que, ao puxar as cordas, invocaram os fiéis sob o rimbombar dos sinos, que do alto da torre mais simbólica da cidade, ecoam até hoje. Ao recordarmos fatos marcantes, como não lembrar a visita de Frei Damião, que do alto das escadas, abençoou e convocou a população à missão; a importante ereção canônica da Diocese de Guarabira, celebrada por figuras ilustres do catolicismo nordestino: Dom José Maria Pires, Dom Hélder Câmara e Dom Marcelo; das inúmeras missas solenes em honra a Soberana da Luz, reunindo milhares de fiéis, e que no dia 02 de fevereiro, materializam a maior procissão em honra a Nossa Senhora da região.

Suas paredes são testemunhas de milhares de orações, visitas e acontecimentos e, por isso, o povo de Deus tem a obrigação de zelar por esta importante organização, cultivando em seus sucessores este mesmo zelo, devoção, fé e amor que tais paredes merecem e que venha mais 186 anos.

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz

186 anos iluminando

 

186 anos iluminando, neste dia (27/04), celebramos jubilosos a data de ereção canônica da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Igreja Mãe de nossa Diocese,  rendemos graças e louvores a Deus pelos seus 186 anos. A história da Catedral se confunde com o crescimento de Guarabira, tornando nossa cidade solo sagrado, consagrado à Virgem da Luz.

Na certeza da presença de Nossa Senhora da Luz, nos iluminando e sustentando a cada ano, elevemos nossas preces ao Senhor por todos os padres, fiéis, grupos, comunidades e pastorais que compõem nossa paróquia, para que sob o manto da Mãe da Luz, nos tornemos fecundos, sendo presença de Cristo no mundo e encontremos o caminho para a nossa salvação no serviço e na entrega diária.

 

 

A Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora

Se na Quaresma recordamos as sete dores de Maria, contemplando as espadas que lhe atravessaram a alma, no tempo da Páscoa meditamos as suas alegrias. Conheça esta bela e antiga devoção, propagada pelos franciscanos e bastante enraizada no Brasil.

Se na Quaresma nós recordamos as sete dores de Nossa Senhora, contemplando as espadas que lhe atravessaram a alma neste vale de lágrimas, o tempo pascal serve para meditarmos as suas alegrias.

Pode soar estranho, mas é isso mesmo: como há a devoção às sete dores de Maria, há também a devoção às suas sete alegrias; assim como celebramos Nossa Senhora das Dores, também a honramos com o título de Nossa Senhora das Alegrias (ou dos Prazeres).

E não é uma devoção recente esta que a Igreja nos põe diante dos olhos na Páscoa. Basta lembrar que a imagem mais antiga que há no Brasil, retratando a Virgem das Alegrias, chegou-nos no longínquo ano de 1558, pelas mãos do Frei Pedro Palácios. Foi ele o fundador do Convento da Penha, em Vila Velha (ES). Lá e em todo o estado capixaba, é na segunda-feira após a Oitava de Páscoa que se celebra esse título mariano.

Por que nessa data? Porque, segundo uma antiga e piedosa tradição, Nossa Senhora teria sido a primeira a receber a visita de seu Filho Ressuscitado — muito antes de todas as aparições relatadas nos Evangelhos. Não se trata de um artigo de fé católica, deve-se dizer, e o próprio Pe. Paulo Ricardo já teve a oportunidade de explicar por que a Santíssima Virgem não precisava desse consolo por parte de seu Filho, dado não ter perdido em nenhum momento a fé na ressurreição dele. Mas, ao mesmo tempo, inúmeros autores piedosos defendem a tese, como Santa Brígida da Suécia, São Vicente Ferrer, Santo Inácio de Loyola e São João Paulo II. A questão está longe de ser “caso encerrado”, portanto.

Quanto à Coroa das Sete Alegrias propriamente dita, parece ter se originado no seio da própria Ordem franciscana:

Em 1442, no tempo de São Bernardino de Siena, se difundiu a notícia de uma aparição da Virgem a um noviço franciscano. Este, desde pequeno, tinha o costume de oferecer à bem-aventurada Virgem uma coroa de rosas. Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica. A Virgem apareceu para consolá-lo e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a coroa franciscana, Rosário das sete alegrias.

Para os que quiserem se unir à Mãe de Deus em suas sete alegrias, eis o modo tradicional de meditá-las.


1. No primeiro mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora ao ouvir, de São Gabriel Arcanjo, que Deus a escolhera para Mãe do Salvador.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

2. No segundo mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora na casa de sua prima, Santa Isabel, quando esta a saudou pela primeira vez como Mãe de Deus.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

3. No terceiro mistério, consideramos o gozo inefável de Nossa Senhora, no estábulo de Belém, quando seu divino Filho nasceu milagrosamente.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

4. No quarto mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora quando os três magos vieram de longe adorar o Menino Jesus e oferecer-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

5. No quinto mistério, consideramos a alegria de Nossa Senhora ao reencontrar o seu divino Filho no Templo, entre os doutores da Lei.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

6. No sexto mistério, consideramos a alegria e o júbilo da Santa Mãe de Deus, quando, na manhã de Páscoa, foi a primeira a ver seu Filho ressuscitado e glorioso.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

7. No sétimo mistério, consideramos a maior de todas as alegrias de Nossa Senhora, quando morreu santamente e foi elevada aos céus, em corpo e alma, acima dos coros angélicos e à direita de seu divino Filho, que a coroou Rainha de todos os anjos e santos.
— Rezam-se um Pai-nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai.

Oração final. — Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, de que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a vós, Virgem das virgens, como a Mãe recorro; de vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo