Em uma mensagem de vídeo divulgada pela Rede Mundial de Oração, Francisco pede aos fiéis que rezem pela Ucrânia e especialmente pela Terra Santa, para que “as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado”.
Toda guerra é uma derrota. Não se resolve nada com a guerra. Nada. Tudo é conquistado por meio da paz e do diálogo. Francisco repete isso incessantemente, para todos os conflitos no mundo. Nos últimos tempos o Pontífice tem voltado seu olhar particularmente para a Ucrânia e a Terra Santa, lugares para os quais os apelos são cotidianos, como o de hoje, através da mensagem de vídeo realizada pela Rede Mundial de Oração do Papa, à qual ele mesmo pediu para organizar uma campanha especial de oração pela paz no mundo e na Terra Santa.
Todos sentimos a dor das guerras. Sabeis que, desde que terminou a segunda guerra mundial até hoje, as guerras continuaram em diferentes regiões do mundo. Quando ficam longe, não as sentimos muito. Há duas muito perto de nós que nos levam a reagir: na Ucrânia e na Terra Santa.
Dois povos irmãos
O que está acontecendo na Terra Santa, segundo as palavras do Papa, “é muito duro”.
O povo Palestino e o povo de Israel têm direito à paz, têm direito a viver em paz dois povos irmãos.
Diálogo e negociações pela paz
O pedido é, mais uma vez, de rezar pela paz na Terra Santa:
Rezemos pela paz na Terra Santa. Rezemos para que as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado. Por favor, rezemos pela paz na Terra Santa.
Postagem de Francisco no X no Dia Mundial dos Direitos da Criança, instituído no dia da aprovação, em 1989, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Infância da Adolescência: “Quantas crianças privadas do direito fundamental à vida e à integridade física e mental, por causa dos conflitos?”, pergunta o Pontífice, “quantas crianças são forçadas a participar ou testemunhar combates?”
“Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”
As imagens divulgadas pela mídia em Gaza nestas horas mostram fotogramas no limite da suportação. Crianças, mesmo as muito pequenas, cujas lágrimas sulcam seus rostos acizentados pela fumaça ou sujos pela poeira dos prédios que desabaram sob as bombas. Crianças nos braços de pais e parentes com a boca aberta, gritando de dor por uma perda. De um familiar ou de um membro. Além dessas, fotografias de menores desesperados em frente aos caixões de seus pais na Ucrânia ou de meninos na África com menos de 10 anos de idade segurando um Kalashnikov, sentados em um tanque, já treinados para os conflitos. Crianças mortas (como os sete bebês prematuros que morreram em incubadoras no hospital de Gaza), crianças feridas, crianças migrantes, crianças-soldados, crianças exploradas: é tolerável tudo isso? Quanto tempo mais deve durar o sofrimento dos pequeninos? Aquele sofrimento diante do qual o Papa disse mais de uma vez que não há resposta, apenas lágrimas.
O apelo do Papa
E é justamente o Papa que mais uma vez chama a atenção para os menores nesta ocasião que relembra seus direitos inalienáveis, o Dia Mundial dos Direitos da Criança, instituído no dia em que se comemora o aniversário da aprovação, em 1989, pela Assembleia das Nações Unidas, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Infância e do Adolescente. Talvez o tratado sobre os direitos humanos mais ratificado do mundo.
Enquanto ocorrem as iniciativas da campanha Crianças em meio a guerras e emergências esquecidas, do Unicef, que quer lembrar as muitas crianças no mundo que vivem em contextos de emergência, com foco especial em seis países afetados pela violência, Francisco marca presença no X (antigo Twitter) e, por meio da conta em nove idiomas e com milhões de seguidores @Pontifex, divulga sua mensagem que tem o propósito de um alerta e a forma de uma pergunta – ou melhor, duas – como pontos para a reflexão.
“Quantas crianças são privadas do direito fundamental à vida e à integridade física e mental por causa de conflitos? Quantas crianças são forçadas a participar ou testemunhar combates e a ter que carregar suas cicatrizes? Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”.
A dor do Papa pelas mães
Uma frase que, idealmente, dá continuidade ao apelo lançado há exatamente dez dias, em 10 de novembro, pelo próprio Pontífice na mensagem enviada aos participantes do VI Fórum de Paris sobre a Paz. “Nenhuma guerra vale as lágrimas de uma mãe que vê seu filho mutilado ou morto”, denunciou Francisco. E acrescentou: “Nenhuma guerra vale a perda da vida de sequer uma pessoa humana, que é um ser sagrado, criado à imagem e semelhança do Criador; nenhuma guerra vale o envenenamento de nossa casa comum; nenhuma guerra vale o desespero daqueles que são forçados a deixar sua pátria e são privados, de um momento para o outro, de seus lares e de todos os laços familiares, de amizade, sociais e culturais que construíram, às vezes por gerações”.
Nenhuma guerra – “sempre, sempre uma derrota para a humanidade”, como o Papa reiterou no Angelus deste domingo – vale a pena ver essas imagens. Um soco no estômago; um pecado pelo qual, como já disse o Papa durante as celebrações na Casa Santa Marta nos primeiros anos de seu pontificado, “Deus nos pedirá contas”.
Na manhã desta segunda-feira (13), Francisco recebeu as Irmãs Educadoras de Notre Dame no Vaticano. O Papa destacou o exemplo de fidelidade deixado pela fundadora do instituto e encorajou as religiosas “a continuar a ser testemunhas corajosas da solidariedade evangélica, em um momento em que muitos experimentam fragmentação e desunião”.
As Irmãs Educadoras de Notre Dame (School Sisters of Notre Dame) estão reunidas em Roma por ocasião do 25º Capítulo Geral. Nesta segunda-feira, 13 de novembro, as religiosas foram recebidas no Vaticano pelo Papa Francisco.
Ao saudá-las, o Pontífice recordou o legado da fundadora da Congregação, a Bem-aventurada Teresa de Jesus Gerhardinger, cujo aniversário de beatificação será celebrado em 17 de novembro, o último dia do Capítulo.
Educação, serviço e espiritualidade
O Papa disse que a “vida da Bem-aventurada Teresa foi um testemunho de fé transformadora, de coragem para criar novos caminhos e dedicação à educação dos jovens. Sua pedagogia foi pensada para ser integral: junto com a instrução intelectual, ela também incluía o cuidado com o espírito e a formação de pessoas compassivas, responsáveis e centradas em Cristo, ou seja, a formação do coração, para ter compaixão”.
“Inspiradas na Beata Teresa de Jesus Gerhardinger”, sublinhou Francisco, “vocês continuaram por esses três caminhos de educação, serviço e espiritualidade”. Outro aspecto que, segundo o Pontífice, é muito importante na vida consagrada é o da pobreza:
“Sem a verdadeira pobreza, não há vida religiosa. A pobreza é a âncora da vida consagrada. E não é apenas uma virtude, não: é a guardiã. Não se esqueçam disso. Esse firme fundamento permitiu que as Irmãs Educadoras de Notre Dame saíssem pelo mundo e testemunhassem o Evangelho, tornando Cristo visível por meio da presença de vocês, cheias de fé, esperança e caridade.”
O importante testemunho das mulheres consagradas
O Santo Padre ressaltou que “como mulheres que professam os conselhos evangélicos, as irmãs são pioneiras em abraçar a dimensão profética da vida consagrada, que “constitui um memorial vivo do modo de Jesus existir e agir como o Verbo Encarnado diante do Pai e diante de seus irmãos e irmãs” (Exortação Apostólica Vita consecrata, 22). E vossa dedicação é um sinal não apenas do dom que fizeram de si mesmas ao Senhor, mas também de vossa prontidão para servir, e servir Nele, a todos os nossos irmãos e irmãs.
“Ao refletirem agora sobre novos caminhos para a sua Congregação” exortou o Papa, permaneçam sempre enraizadas no sólido alicerce estabelecido pela fundadora, eu vos encorajo a continuar a ser testemunhas corajosas da solidariedade evangélica, em um momento em que muitos experimentam fragmentação e desunião”.
Escuta: uma virtude que deve ser cultivada
Francisco fez questão de enfatizar outro ponto, segundo ele, muito importante, a escuta: “Gostamos de falar o tempo todo, com todo mundo. E não apenas as mulheres, mas todo mundo. Porém é muito difícil aprender a ouvir. O Senhor fala conosco através dos outros também. Ouvir os outros, e não enquanto o outro está falando, pensar: “O que vou responder?”. Não, não. Ouvir, chegar ao coração e depois, se sentir vontade de responder, respondo. Mas a escuta é precisamente uma virtude que devemos cultivar em nossas comunidades, na vida consagrada. Ouvir o Senhor, mas ouvir nossos irmãos e irmãs. Isso é muito importante”.
Ao concluir, o Papa expressou sua alegria por receber as religiosas, e desejou às irmãs um bom êxito na conclusão do Capítulo Geral:
“Que o Espírito Santo lhes conceda seus dons em abundância, de modo que as deliberações e decisões do Capítulo possam dar muitos frutos na vida de vossa comunidade. E darão frutos se vocês souberem ouvir. Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, vos proteja, vos ajude e vos conduza no caminho”.
Antes de rezar o Angelus neste 32º Domingo do Tempo Comum, o Papa Francisco refletiu sobre a parábola das dez virgens. Em sua alocução destacou a importância da vida interior que “não pode ser improvisada, não é uma questão de um momento; deve ser preparada dedicando um pouco de tempo todos os dias.”
“Viver é isso: uma grande preparação para o dia das núpcias, quando seremos chamados a sair para encontrar Aquele que nos ama acima de tudo, Jesus!”
O exemplo da sabedoria e da imprudência, presente na parábola das dez virgens, chamadas a sair ao encontro do noivo, foi o tema da reflexão do Papa, no Angelus deste 32º Domingo do Tempo Comum. Ao dirigir-se aos milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro, em um domingo frio de outono, Francisco iniciou dizendo que este “evangelho nos apresenta uma parábola que diz respeito ao significado da vida de cada um”.
O Papa sublinha que, no texto presente no livro de São Mateus, cinco virgens são sábias e cinco imprudentes, e convida os fiéis a refletirem sobre estas duas características:
“Todas aquelas damas de honra estão lá para receber o noivo, ou seja, elas querem encontrá-lo, assim como nós também desejamos a realização de uma vida feliz: a diferença entre sabedoria e imprudência não está, portanto, apenas na boa vontade, tampouco na pontualidade com que chegam ao encontro: todos estão lá com suas lâmpadas, esperando. A diferença entre as sábias e as imprudentes é outra: a preparação.”
Francisco destaca que as sábias juntamente com as suas lâmpadas, levaram também óleo, e as imprudentes, por outro lado, não o fizeram: “Aqui está a diferença: o óleo. E qual é a característica do óleo? O fato de não poder ser visto: está dentro das lâmpadas, não é visível, mas sem ele as lâmpadas não iluminam”.
O cuidado com a vida interior
“Se olharmos para nós mesmos, perceberemos que nossa vida corre o mesmo risco: hoje estamos muito atentos às aparências, o importante é cuidar bem da nossa imagem e causar uma boa impressão diante dos outros. Mas Jesus diz que a sabedoria da vida está em outro aspecto: no cuidado com o que não podemos ver, mas que é mais importante, porque está dentro de nós. É o cuidado com a vida interior.”
Segundo o Papa, essa atenção implica em “saber como parar e ouvir o próprio coração, vigiar os pensamentos e os sentimentos”. Significa saber abrir espaço para o silêncio, ser capaz de ouvir.”, e como um exemplo concreto cita um instrumento muito comum, o celular, e exorta principalmente os agentes pastorais:
“Significa saber abrir mão do tempo gasto em frente à tela do celular para olhar a luz nos olhos dos outros, no próprio coração, no olhar de Deus sobre nós. Significa, especialmente para aqueles que desempenham um papel na Igreja, não se deixar aprisionar pelo ativismo, mas dedicar tempo ao Senhor, à escuta de sua Palavra.”
É preciso dedicar tempo para a vida com Deus
“O Evangelho nos dá o conselho certo para não negligenciarmos o óleo da vida interior” continua Francisco, “o óleo da alma, que é importante prepará-lo.” E recordando o exemplo das virgens que haviam se preparado bem, destaca:
“Assim é para nós: a vida interior não pode ser improvisada, não é uma questão de um momento, de uma vez ou outra, de uma vez por todas; ela deve ser preparada dedicando um pouco de tempo todos os dias, com constância, como se faz para tudo o que é importante.”
O Pontífice, ao final de sua alocução convida os fiéis a uma reflexão:
“Podemos nos perguntar”, indaga Francisco, “o que estou preparando neste momento da vida? Talvez eu esteja tentando fazer algumas economias, esteja pensando em uma casa ou em um carro novo, em projetos concretos… Essas são coisas boas. Mas será que também estou pensando em dedicar tempo para cuidar do meu coração, da oração e do serviço aos outros, ao Senhor, que é a meta da vida? Enfim, como está o óleo da minha alma, estou nutrindo-o e mantendo-o bem?”
“Que Nossa Senhora nos ajude a conservar o óleo da vida interior”, concluiu o Papa.
Além de camiseta e flâmula do Fluminense, atual campeão da Libertadores, Francisco também recebeu uma carta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes. No texto, o entusiasmo “com a possibilidade do esporte ser tema da Campanha da Fraternidade em 2026” no Brasil: “a CBF está à disposição para colaborar no que for preciso”, escreveu ele. Ainda ao Papa, um relatório sobre a série de iniciativas realizadas pela CBF, inspirada na Declaração do Esporte para Todos, assinada em 2022 no Vaticano.
Os “Amigos dos Museus do Vaticano”, provenientes de 10 países da América, Europa e Ásia que atuam na captação de recursos para a preservação e aprimoramento do patrimônio pontifício de arte, encontraram o Papa Francisco nesta quinta-feira (9). Entre eles, dois brasileiros: o Padre Omar Raposo, reitor do Santuário do Cristo Redentor e pároco da Paróquia São José da Lagoa, e Pedro Trengrouse, assessor jurídico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que fazem parte da Benfeitoria de Arte dos Museus do Vaticano, os chamados Patrons of the Art in the Vatican Museums, uma iniciativa de doação e patrocínio que nasceu há 40 anos nos Estados Unidos, num esforço conjunto da Califórnia e Nova York na década de 80 para restaurar a Capela Sistina.
Em entrevista a Silvonei José, Pedro comentou sobre a presença da CBF neste movimento de apoio aos Museus do Papa, uma “união para promover a arte como manifestação divina”, e acrescentou:
“O Museu do Vaticano reúne obras importantes para humanidade. É um grande exemplo na manutenção, na restauração, no cuidado com a história da humanidade que é contada através da arte. É uma alegria poder ajudar o Museu do Vaticano na condição de um dos patronos.”
A torcida do Fluminense no Vaticano
Na audiência no Vaticano na manhã desta quinta (9), a dupla, representando a torcida do Fluminense, entregou uma flâmula e uma camiseta da equipe tricolor ao Papa Francisco. O time brasileiro de futebol, que tem como padroeiro João Paulo II, é o mais novo campeão da Copa Libertadores da América, ao conquistar o seu primeiro título na competição diante do Boca Juniors, da Argentina.
Presidente da CBF envia carta ao Papa
O Papa Francisco também recebeu uma carta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes. No texto, o entusiasmo “com a possibilidade do esporte ser tema da Campanha da Fraternidade em 2026”, segundo ideia apresentada pelo secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, em evento realizado em setembro pelo Comitê Olímpico do Brasil, em São Paulo.
Ainda na carta, o presidente afirma que “a Confederação Brasileira de Futebol está à disposição para colaborar no que for preciso” com a campanha. Um apoio que poderá ajudar a “mobilizar toda a sociedade brasileira como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, com objetivos de despertar o espírito comunitário, educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, e renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária”. E o assessor jurídico da CBF acrescentou:
“O presidente da CBF mandou uma carta para o Papa Francisco elogiando essa possibilidade que a CNBB aventou através da participação de dom Ricardo nesse evento do Comitê Olímpico, dizendo que a CBF está à disposição para colaborar como for preciso nessa campanha e também enviando o relatório de gestão do ano passado, onde o presidente Ednaldo mostra que, inspirado na Declaração Esporte para Todos, a CBF já vem tomando uma série de medidas.”
A Declaração do Esporte para Todos
De fato, Ednaldo Rodrigues Gomes encontrou o Papa Francisco no Vaticano no final de setembro de 2022, quando assinou a Declaração do Esporte para Todos ao final de uma cúpula internacional organizada pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e pelo Dicastério para a Cultura e a Educação. O documento foi um convite concreto às 200 pessoas do mundo do esporte presentes no Vaticano a se comprometerem com ações dentro dos três elementos que fazem parte da declaração: a coesão, a acessibilidade e o esporte ser adaptável a todos.
Segundo o assessor jurídico da CBF, Pedro Trengrouse, o documento tem inspirado e repercutido muito no Brasil e servido de base para a atuação nesse campo de diversas organizações esportivas. Como a própria Confederação Brasileira de Futebol que tem apoiado, por exemplo, a Seleção Brasileira de Nanismo, iniciativas de combate ao racismo e acordos de cooperação com o Cristo Redentor. De fato, junto à carta entregue ao Papa Francisco nesta quinta-feira (9), foi entregue um relatório de atividades explicando essas e outras iniciativas de inclusão através do futebol, a partir da Declaração do Esporte para Todos.
Após a catequese da Audiência Geral, Francisco renovou a exortação a rezar pelos povos que sofrem com os vários conflitos, lembrando em particular a martirizada Ucrânia e entre israelenses e palestinos. Diante da dor sofrida pelas crianças, pelos idosos, pelos doentes e pelos jovens, ele fez um novo apelo: “A guerra é sempre uma derrota: não nos esqueçamos”.
O Papa Francisco pediu, mais uma vez, na Audiência Geral desta quarta-feira (08/11), para rezar pelos povos que sofrem com a guerra.
Não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia e pensemos nos povos palestino e israelense. Que o Senhor nos conduza a uma paz justa. Há muito sofrimento.
A guerra é sempre uma derrota
Em sua saudação aos peregrinos de língua italiana presentes na Praça São Pedro para a Audiência Geral, o Pontífice invocou insistentemente a paz:
As crianças sofrem, os doentes sofrem, os idosos sofrem e muitos jovens morrem. Não nos esqueçamos de que a guerra é sempre uma derrota.
Olhando ao conflito no Oriente Médio, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários afirma que cerca de 15 mil pessoas fugiram da Cidade de Gaza na última terça-feira (07/11), em relação às 5 mil da última segunda-feira e 2 mil no domingo. Um número que é considerado um “aumento acentuado”. Enquanto isso, o Exército israelense matou, durante a noite, em um ataque aéreo direcionado, Mohsen Abu Zina, chefe da produção de armas do Hamas, especialista no desenvolvimento de armas estratégicas e foguetes. Na frente de guerra na Ucrânia, os ministros das Relações Exteriores do G7 se declararam “unidos” em sua determinação de continuar fornecendo “forte apoio” ao país invadido pela Rússia.
Livrar a terra do mal
Em sua bênção aos fiéis de língua árabe, o Papa também invocou proteção “contra todo o mal” e pediu ao Senhor Jesus, em particular, um dom:
A coragem de agir com todos aqueles que trabalham na terra para libertá-la do mal e restaurá-la à sua bondade original.
Secularização, não reclamar, mas testemunhar com fraternidade
Após a catequese, dedicada à figura de Madeleine Delbrêl, Francisco saudou outros grupos de peregrinos dentre os quais os peregrinos de língua francesa, em particular os membros da União Nacional das Associações Familiares Católicas. Em seguida, fez um convite:
Diante de nosso mundo secularizado, não nos queixemos, mas vejamos nele um chamado para provar nossa fé e um convite a comunicar a alegria do Evangelho a todos aqueles que têm sede de Deus. Peçamos ao Senhor a graça de testemunhar nossa fé diariamente por meio da fraternidade e da amizade vivida com cada um.
Convidando os fiéis a se tornarem “pedras vivas a serviço do Senhor”, o Papa recordou a celebração, na quinta-feira, 9 de novembro, da festa litúrgica da Dedicação da Basílica de São João de Latrão: um aniversário, especificou o Bispo de Roma, que deveria provocar este ardor.
Polônia, aniversário da independência: agradecer a Deus
Por fim, o Sucessor de Pedro mencionou, na sua saudação aos peregrinos poloneses, o iminente aniversário da reconquista da independência da Polônia, que se celebra em 11 de novembro. “Este aniversário os encoraja a ser gratos a Deus”, afirmou o Papa, que exortou: “Transmitam sua história às novas gerações”.
O post na rede social “X” do Papa Francisco, no dia seguinte ao seu apelo no Angelus contra os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio: “a guerra é sempre uma derrota, é uma destruição da fraternidade humana”. Amanhã, 24 de outubro, a publicação do livro “Non sei solo” (“Você não está sozinho”), a edição italiana do livro-entrevista com os jornalistas Ambrogetti e Rubín que já foi publicado na Argentina em fevereiro, no qual o Pontífice denuncia a guerra como “fruto de uma série de loucuras”.
Horrores, “gravíssimos horrores”, contra Deus e contra o homem. Assim são as guerras para o Papa, que volta a condenar os conflitos que estão ocorrendo no mundo e que ontem, depois do Angelus na Praça São Pedro, reiterou como já havia definido: “são uma derrota”. Hoje o Papa faz isso no X, por meio de sua conta @Pontifex em nove idiomas, onde lê-se:
“Não devemos habituar-nos à guerra, a nenhuma guerra. Não devemos permitir que nosso coração e nossa mente fiquem anestesiados face à repetição destes gravíssimos horrores contra Deus e o homem.”
Um novo apelo
Um novo enésimo apelo, portanto, este do Papa que se junta às denúncias expressas desde o início do pontificado e reiteradas com maior vigor nos meses da agressão russa na Ucrânia e, agora, com as tensões no Oriente Médio, junto ao agravamento de ataques e violência. Um incômodo que o Pontífice também compartilhou no telefonema que fez ontem ao presidente dos EUA, Joe Biden, recentemente em visita a Israel, no qual foi reiterada a “necessidade de individuar caminhos de paz”.
Guerra, “fruto de loucuras”
E, à luz da turbulência que o mundo está testemunhando, as palavras do Papa contra a guerra no também no livro “Non sei solo” (“Você não está sozinho”). Desafios, respostas, esperanças, o livro-entrevista é assinado pelos jornalistas Francesca Ambrogetti, ex-diretora da Ansa na Argentina, e Sergio Rubin, do jornal El Clarin. O livro já havia sido publicado em fevereiro na Argentina com o título El Pastor (O Pastor); amanhã a edição italiana estará nas livrarias com a editora Salani.
“No início do meu pontificado, afirmei que estávamos vivendo uma Terceira Guerra Mundial em pequenos pedaços, depois afirmei que esses pedaços tinham aumentado gradualmente e agora acho que é tudo um grande pedaço”, disse o Papa em um trecho da entrevista, divulgada pela Agência Ansa. “Eu ainda acredito que é uma enorme tragédia ter perdido a memória da Segunda Guerra Mundial. Certa vez, observando os governantes dos países que participaram do conflito durante uma comemoração dos desembarques na Normandia, achei que eles deveriam chorar. Só ali morreram quase 30.000 pessoas. A guerra é o resultado de uma série de loucuras”.
Na homilia desta Quarta-feira de Cinzas, Francisco convidou os fiéis a percorrerem as sendas da oração, do jejum e da esmola não como ritos exteriores, mas como comportamentos que renovam o coração.
“Queridos irmãos e irmãs, inclinemos a cabeça, recebamos as cinzas, tornemos leve o coração”: palavras do Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Basílica de Santa Sabina, nesta Quarta-feira de Cinzas.
Como é tradição, a cerimônia teve início com a procissão penitencial que partiu da Igreja de Santo Anselmo, com a participação de cardeais, bispos, monges beneditinos, padres dominicanos e fiéis.
Ao final da procissão, teve lugar a Celebração Eucarística com o rito da bênção e imposição das cinzas.
Regressar à verdade de nós mesmos
Em sua homilia, o Pontífice recordou que a Quaresma é o tempo favorável para regressar ao essencial e neste caminho de regresso, fez um convite aos fiéis: regressar à verdade de nós mesmos e regressar a Deus e aos irmãos.
Antes de mais nada, as cinzas nos recordam quem somos e de onde viemos: só o Senhor é Deus e nós somos obra das suas mãos. Mas muitas vezes nos esquecemos que viemos da terra e precisamos do Céu e que sem Ele, somos só pó:
“Por isso a Quaresma é o tempo para nos lembrarmos quem é o Criador e quem é a criatura, para proclamar que só Deus é o Senhor, para nos despojarmos da pretensão de nos bastarmos a nós mesmos e da mania de nos colocar no centro, ser o primeiro da turma, pensar que podemos, meramente com as nossas capacidades, ser protagonistas da vida e transformar o mundo que nos rodeia.”
Quantas desatenções e superficialidades nos distraem daquilo que conta, acrescentou Francisco, lembrando que a Quaresma é “um tempo de verdade”, para fazer cair as máscaras que pomos todos os dias a fim de aparecer perfeitos aos olhos do mundo; para lutar – como nos disse Jesus no Evangelho – contra as falsidades e a hipocrisia: não as dos outros, mas as nossas.
Regressar a Deus e aos irmãos
Voltando à verdade de nós mesmos, podemos dar o segundo passo, que é regressar a Deus e aos irmãos.
“Existimos apenas graças às relações: a relação primordial com o Senhor e as relações da vida com os outros. Assim, a cinza que recebemos sobre a cabeça, nesta tarde, diz-nos que toda a presunção de autossuficiência é falsa e que idolatrar o eu é opção destrutiva, fecha-nos na jaula da solidão.”
Para Francisco, a Quaresma é o tempo propício para reavivar as nossas relações com Deus e com os outros e isso pode ser feito através da esmola, da oração e do jejum. Todavia, Jesus adverte que não se trata de ritos exteriores, mas de comportamentos que devem expressar uma renovação do coração.
“A esmola não é um gesto, cumprido rapidamente, para deixar a consciência limpa, mas tocar, com as próprias mãos e as próprias lágrimas, os sofrimentos dos pobres; a oração não é mero ritual, mas diálogo de verdade e amor com o Pai; o jejum não é um simples sacrifício, mas uma atitude forte para lembrar ao nosso coração aquilo que conta e, ao contrário, o que passa.”
Aos gestos exteriores, disse ainda o Papa, deve corresponder sempre a sinceridade da alma e a coerência das obras. Na vida pessoal, como aliás na vida da Igreja, não contam a exterioridade, os juízos humanos e a aprovação do mundo; conta apenas o olhar de Deus. Assim, a esmola, a oração e o jejum nos permitem expressar quem realmente somos: filhos de Deus e irmãos entre nós.
Jesus, o único que nos faz ressurgir das cinzas
“Queridos irmãos e irmãs, inclinemos a cabeça, recebamos as cinzas, tornemos leve o coração”, concluiu o Pontífice.
“Não desperdicemos a graça deste tempo sagrado: fixemos o olhar em Jesus crucificado e caminhemos respondendo generosamente aos fortes apelos da Quaresma. No final do percurso, encontraremos com maior alegria o Senhor da vida, o único que nos fará ressurgir das nossas cinzas.”
A curiosidade de uma devoção perpetuada no seio do nordeste brasileiro.
A fé do povo nordestino demonstra sua exemplar coragem diante das adversidades cotidianas, caracterizando tal ato como um invólucro que sustenta sua coragem, confiança e esperança no divino. A Paraíba, berço do heroísmo pátrio, carrega consigo uma simbologia que merece ser observada e notada: todas as quatro Dioceses, e a Arquidiocese de João Pessoa, exibe como porto seguro da sua população a Mãe de Deus, Nossa Senhora.
Fato notável, Nossa Senhora das Neves se tornou padroeira da Arquidiocese de João Pessoa; Nossa Senhora da Conceição robustece a fé da Diocese de Campina Grande; Nossa Senhora da Piedade, sendo sua imagem primitiva, fortalece a esperança da Diocese de Cajazeiras; Nossa Senhora da Guia, com suas dignas sete foranias, enaltece a Diocese de Patos; e, sendo a “Soberana da Grande Esplendor” da Diocese de Guarabira, Nossa Senhora da Luz coroa a “caçula da Paraíba”.
A “Casa da Mãe de Deus”, exibe a simbologia de que Nossa Senhora mora no coração do povo Paraibano, sendo estes seus filhos mais devotos, ricos na fé, carentes do manto sagrado que reveste a Mãe da Igreja, fruto do trabalho valoroso dos jesuítas enquanto desbravava por estas terras, sendo João Pessoa primordialmente designada de “Nossa Senhora das Neves” e, mais tarde, “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”, caracterizando o ponto cataclísmico desta história vitoriosa.
O Papa Francisco ensina: “um cristão sem a Virgem é órfão. Também um cristão sem a Igreja é um órfão. Um cristão necessita dessas duas mulheres, duas mães, duas mulheres virgens: A Igreja e a Mãe de Deus“.
No ciclo de catequese sobre a paixão evangelizadora e o zelo apostólico, iniciado na semana passada, Francisco reflete sobre Jesus e o seu coração que não deixa que ninguém “se vire”. O cristão imita os sentimentos do Pai para testemunhar o seu amor não que esquece ninguém.
Mariangela Jaguraba – Vatican News
Na Audiência Geral, desta quarta-feira (18/01), realizada na Sala Paulo VI, o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico que deve animar a Igreja e cada cristão, convidando a olhar para “o modelo insuperável do anúncio: Jesus“.
O fato de Jesus “ser o Verbo, ou seja, a Palavra”, nos indica que Ele “está sempre em relação, em saída, nunca isolado. Com efeito, a palavra existe para ser transmitida, comunicada. Assim é Jesus, Palavra eterna do Pai comunicada a nós. Cristo não só tem palavras de vida, mas faz da sua vida uma Palavra, uma mensagem: ou seja, vive sempre voltado para o Pai e para nós. Sempre olhando para o Pai que o enviou e olhando para nós aos quais Ele foi enviado”.
Jesus tem “intimidade com o Pai, oração” e “todas as decisões e escolhas importantes são feitas depois de ter rezado. Nesta relação, na oração que o une ao Pai no Espírito, Jesus descobre o sentido do seu ser homem, da sua existência no mundo porque Ele está em missão para nós, enviado pelo Pai a nós”. Jesus “nos oferece a chave do seu agir no mundo: despender-se pelos pecadores, tornando-se solidário para conosco sem distâncias, na partilha total da vida”. “Falando da sua missão”, Jesus “dirá que não veio «para ser servido, mas para servir e dar a sua vida». Todos os dias, depois da oração, Jesus dedica toda a sua jornada ao anúncio do Reino de Deus e a dedica às pessoas, sobretudo aos mais pobres e frágeis, aos pecadores e doentes. Ou seja, Jesus está em contato com o Pai na oração e depois está em contato com as pessoas para a missão, para a catequese, para ensinar o caminho do Reino de Deus”.
Ser pastor, um verdadeiro estilo de vida
Jesus nos oferece a sua imagem, “o seu estilo de vida”, falando de si como do bom Pastor, aquele que «dá a sua vida pelas ovelhas».
Com efeito, ser pastor não era apenas um trabalho, que exigia tempo e muito esforço; era um verdadeiro estilo de vida: vinte e quatro horas por dia, vivendo com o rebanho, acompanhando-o ao pasto, dormindo entre as ovelhas, cuidando das mais frágeis.
“Em síntese, Jesus não faz algo por nós, mas dá a vida por nós. O seu é um coração pastoral. Ele é um pastor com todos nós.”
“Para resumir numa palavra a ação da Igreja, usa-se muitas vezes o termo “pastoral”. E para avaliar a nossa pastoral, devemos nos confrontar com o modelo, Jesus bom Pastor.” “Quem está com Jesus, descobre que o seu coração pastoral bate sempre por quantos estão perdidos, transviados, distantes. E o nosso?”, perguntou o Papa, ressaltando que muitas vezes temos uma atitude estranha “com quem é um pouco difícil ou é um pouco difícil para nós”, e dizemos: “É problema dele, que se vire”. Jesus nunca disse isso, nunca. Ele vai ao encontro de todos, de todos os marginalizados, dos pecadores. Ele era acusado disso: de estar com os pecadores, porque levava aos pecadores a salvação de Deus”.
O coração pastoral reage de outra maneira
A seguir, Francisco disse que “se quisermos treinar o nosso zelo apostólico”, devemos recordar sempre a parábola da ovelha perdida, contida no capítulo 15 de Lucas. “Ali podemos entender o que é o zelo apostólico”. Nessa parábola “descobrimos que Deus não contempla o redil das suas ovelhas, nem as ameaça para que não vão embora. Pelo contrário, se uma sai e se perde, não a abandona, mas vai à sua procura. Não diz: “Foi-se, a culpa é dela, o problema é seu”.
O coração pastoral reage de outra maneira: sofre e arrisca. Sofre: sim, Deus sofre por quem parte, e na medida em que o chora, ama-o ainda mais. O Senhor sofre quando nos distanciamos do seu coração. Sofre por quem não conhece a beleza do seu amor, nem o calor do seu abraço. Mas, em resposta a este sofrimento, não se fecha, mas arrisca: deixa as noventa e nove ovelhas que estão a salvo e aventura-se em busca da única que se perdeu, fazendo assim algo arriscado e até irracional, mas em sintonia com o seu coração pastoral, que tem saudade de quantos se foram. Quando ouvimos falar que alguém deixou a Igreja o que dizer? Que se vire? Não.
“Jesus nos ensina a saudade daqueles que se foram. Jesus não tem raiva nem ressentimento, mas uma irredutível saudade de nós. Jesus tem saudade de nós. Este é o zelo de Deus!”
Segundo o Papa, “talvez sigamos e amemos Jesus há muito tempo, sem nunca nos perguntarmos se compartilhamos os seus sentimentos, se sofremos e arriscamos, em sintonia com o seu coração pastoral! Não se trata de fazer proselitismo, para que outros sejam “dos nossos”, mas de amar a fim de que sejam filhos felizes de Deus”. “Evangelizar não é fazer proselitismo. Fazer proselitismo é uma coisa pagã, não é religioso nem evangélico”, sublinhou Francisco, convidando a pedir “na oração a graça de um coração pastoral, aberto, próximo a todos, para levar a mensagem do Senhor e ouvir os que têm saudade de Cristo. Sem este amor que sofre e arrisca, correremos o risco de nos apascentarmos unicamente a nós mesmos”.
Delegação portuguesa reuniu com o Dicastério para os Leigos, Família e Vida e com a Secretaria de Estado da Santa Sé. D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, esteve em audiência privada com o Papa Francisco.
Rui Saraiva – Portugal
O Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 esteve em Roma na passada semana, numa altura em que teve início a contagem decrescente dos últimos 200 dias até ao início do evento em Lisboa, que decorrerá de 1 a 6 de agosto.
Numa delegação encabeçada por D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, estiveram no Vaticano o Secretário Executivo, Duarte Ricciardi, e representações das Direções de Logística, Pastoral, Finanças, Diálogo e Proximidade, Caminho 23, Comunicação, Acolhimento e Voluntários, refere o site oficial do evento.
As reuniões decorreram com o Dicastério para os Leigos, Família e Vida e com a Secretaria de Estado da Santa Sé, dando “continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com o Vaticano, nas diferentes dimensões, para os eventos da Jornada”.
Nesse sentido a delegação portuguesa esteve com “os responsáveis pela organização das viagens do Papa, pela segurança e pela liturgia”.
Durante estes dias também foram recebidos pelo embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Domingos Fezas Vital.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, foi recebido em audiência pelo Papa Francisco, “para enquadrar o Santo Padre naquilo que têm sido os trabalhos de preparação da JMJ, nomeadamente no que concerne as inscrições de peregrinos e a angariação de famílias de acolhimento e de voluntários”, refere o site da JMJ Lisboa 2023.
Na ocasião, “o Santo Padre deu graças pelos jovens peregrinos de todo o mundo que já se inscreveram, renovando o convite de participação a todos”.
O Dicastério para a Evangelização emitiu um Comunicado à Imprensa sobre o próximo Domingo da Palavra de Deus que será celebrado em 22 de janeiro
O próximo dia 22 de janeiro de 2023, será 4° Domingo da Palavra de Deus, e foi instituído pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019. O lema desta edição é do Evangelho de João: “Nós vos anunciamos o que vimos” (1 Jo 1,3).
Às 9h30, horário de Roma, o Papa presidirá a celebração da Santa Eucaristia na Basílica de São Pedro e, em seguida, com o objetivo de reavivar a responsabilidade dos crentes em ter conhecimento da Sagrada Escritura, ele dará aos presentes o Evangelho de Mateus. Durante a celebração, serão conferidos a homens e mulheres leigos os ministérios do Leitorado e de Catequista. Em particular três pessoas receberão o ministério do Leitorado e sete o de Catequista. São fiéis leigos e leigas que pretendem representar o Povo de Deus, e são provenientes da Itália, Congo, Filipinas, México e País de Gales.
O evento será transmitido ao vivo pela Mídia do Vaticano (Vatican News) também em língua portuguesa. A Seção para Questões Fundamentais da Evangelização no Mundo do Dicastério para a Evangelização, encarregada pelo Santo Padre de promover o evento, disponibilizou um subsídio litúrgico-pastoral útil para viver a Palavra de Deus na comunidade, na família e pessoalmente. O subsídio online poderá ser baixado em inglês, espanhol, português e francês no site www.evangelizatio.va. Trata-se de um instrumento que oferece iniciativas para favorecer um encontro profundo com a Palavra de Deus na comunidade, na família, na vida diária, e também inclui artigos, meditações, textos para adoração, atividades para crianças e sugestões pastorais.
O Domingo da Palavra de Deus tem o objetivo de destacar a presença do Senhor na vida das pessoas. Ele realmente caminha conosco e está presente através da sua Palavra, como é expresso no logotipo do Domingo, inspirado na história bíblica dos Discípulos de Emaús, a caminho, para repercorrer com o Senhor a Escritura, deixando-se ser ensinados e iluminados.
Em particular, para se preparar ao Jubileu de 2025, o Papa Francisco pediu aos fiéis que relessem as quatro constituições do Concílio Ecumênico Vaticano II. O Dicastério planejou produzir um série de pequenos livros em uma única coletânea intitulada “Quaderni del Concilio” (Cadernos do Concílio), lançada nas livrarias e plataformas on-line em 8 de dezembro de 2022. Por ocasião do Domingo da Palavra de Deus, se propõe uma releitura da Dei Verbum também através dos primeiros cinco volumes da série dedicada precisamente a este documento conciliar.