26 de junho: São Josemaria, um homem que amava Jesus Cristo

No dia 26 de junho a Igreja celebra a festa de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. A sua vida é um modelo para muitos cristãos que procuram o encontro com Cristo nas suas ocupações diárias. João Paulo II chamava-o “o santo do ordinário”.

São Josemaria Escrivá faleceu em 26 de junho de 1975 (leia o relato daquele dia). Por ocasião de sua festividade, muitas Missas serão celebradas em diversas cidades do mundo.

A sua vida é um modelo para os cristãos, especialmente para os que procuram encontrar e amar Cristo nas ocupações cotidianas.

Na vida do Fundador do Opus Dei se pode destacar o amor à vontade de Deus. Existe um critério seguro para se verificar a santidade de alguém: a sua fidelidade ao cumprimento da vontade divina até as últimas consequências. O Senhor tem um projeto para cada um de nós, confia a cada um de nós uma missão sobre a terra. E o santo não pode ser concebido fora do projeto de Deus: vive, sobretudo, para realizá-lo.

São Josemaria foi escolhido pelo Senhor para anunciar a chamada universal à santidade e mostrar que a vida de todos os dias e a atividade corriqueira são caminho de santificação. Pode-se dizer que foi o santo do cotidiano. De fato, estava convencido de que, para quem vive sob a ótica da fé, todas as coisas são ocasião de um encontro com Deus, todas se tornam um estímulo para a oração. Vista dessa forma, a vida cotidiana revela uma grandeza insuspeitada. A santidade apresenta-se verdadeiramente ao alcance de todos.

Escrivá foi um santo de grande humanidade. Todos os que se relacionaram com ele, de qualquer cultura ou condição social, tinham-no como um pai, totalmente entregue ao serviço dos outros, porque estava convencido de que cada alma é um tesouro maravilhoso; com efeito, cada homem vale todo o Sangue de Cristo. Esta atitude de serviço é patente na sua entrega ao ministério sacerdotal e na magnanimidade com que impulsionou tantas obras de evangelização e de promoção humana em benefício dos mais pobres.

O Senhor fez com que entendesse profundamente o dom da nossa filiação divina. E ele ensinou a contemplar o rosto terno de um Pai, no Deus que fala a nós através das mais diversas vicissitudes da vida. Um Pai que nos ama, que nos acompanha passo a passo, e nos protege, nos compreende e espera de cada um de nós uma resposta de amor. A consideração desta presença paterna, que acompanha o cristão em todas as partes, lhe proporciona uma confiança inquebrantável; em todos os momentos pode confiar no Pai celestial. Nunca se sente só, nem tem medo. Quando se depara com a Cruz, não vê nela um castigo, mas uma missão que lhe foi confiada pelo próprio Senhor. Portanto, o cristão é necessariamente um otimista, porque sabe que é filho de Deus em Cristo.

São Josemaria estava profundamente convencido de que a vida cristã supõe uma missão e um apostolado: estamos no mundo para redimi-lo com Cristo. Amou o mundo apaixonadamente, com um “amor redentor” (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 604). Precisamente por essa razão, os seus ensinamentos ajudam tantos fiéis comuns a descobrir o poder redentor da fé, a sua capacidade de transformar a terra.

 

Fonte: Opus Dei

Papa no Angelus: não tenha medo de permanecer fiel ao que conta

“Permanecer fiel ao que conta, custa”, afirmou Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo (25), como também custa “se libertar do condicionamento do pensamento comum, custa ser deixado de lado por quem ‘segue a onda'”. O que importa realmente, segundo Jesus e alertado pelo Papa, “é não jogar fora o bem maior, ou seja, a vida. Não jogar fora a vida. Só isso deve nos assustar”.


No primeiro domingo (25) de verão deste ano na Praça São Pedro, um grande número de peregrinos se reuniu para rezar com o Papa a oração mariana do Angelus. Francisco fez uma reflexão a partir do Evangelho do dia, quando Jesus repete aos discípulos por três vezes: “Não tenhais medo” (Mt 10:26, 28, 31). Uma referência às perseguições que teriam de enfrentar por causa do Evangelho, “uma realidade que é atual ainda hoje”, acrescentou Francisco, e que “parece paradoxal: a proclamação do Reino de Deus é uma mensagem de paz e justiça, fundada na caridade fraterna e no perdão, e ainda assim encontra oposição, violência e perseguição”. Mesmo assim, a orientação de Cristo é não deixar que o medo paralise, mas temer por outra coisa, que o Papa explica a partir da imagem do vale da “Geena” (cf. v. 28), o grande depósito de lixo de Jerusalém:

“Jesus fala dele para dizer que o verdadeiro medo que se deve ter é aquele de jogar fora a própria vida. E sobre isso Jesus diz: ‘sim, tenham medo disso’.”

“Como se dissesse: não se deve ter tanto medo de sofrer mal-entendidos e críticas, de perder prestígio e vantagens econômicas para permanecer fiel ao Evangelho, mas de desperdiçar a existência correndo atrás de coisas triviais, que não enchem a vida de significado. E isso é importante para nós. Também hoje, de fato, alguém pode ser ridicularizado ou discriminado se não seguir certos modelos da moda que, no entanto, muitas vezes colocam realidades de segunda categoria no centro: por exemplo, seguir as coisas em vez das pessoas, o desempenho em vez das relações.”

Permanecer fiel ao que conta, custa

O Papa, então, deu exemplos: dos pais que precisam se dividir em trabalhar para o sustendo da família e o tempo para ficar com os filhos; dos sacerdotes e religiosas que devem estar comprometidos com o serviço, mas dedicando tempo a Jesus; e dos jovens, com “mil compromissos e paixões: a escola, o esporte, interesses diversos, os celulares e as redes sociais, mas precisam encontrar as pessoas e organizar grandes sonhos”. Tudo isso implica “alguma renúncia diante dos ídolos da eficiência e do consumismo”, disse Francisco, mas de suma importância para não se perder nas coisas que depois acabam sendo “jogadas fora, como se fazia naquela época em Geena”:

“E na Geena de hoje, ao contrário, muitas vezes são as pessoas que acabam ali: pensemos nos últimos, muitas vezes tratados como material de descarte e objetos indesejados. Permanecer fiel ao que conta, custa; custa ir contra a maré, custa se libertar do condicionamento do pensamento comum, custa ser deixado de lado por quem “segue a onda”. Mas não importa. Jesus diz: o que importa é não jogar fora o bem maior, ou seja, a vida. Não jogar fora a vida. Só isso deve nos assustar.”

Do que eu tenho medo?

Ao finalizar a alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo (25), o Papa convidou os peregrinos presentes na Praça São Pedro a se questionarem onde realmente vive o medo de cada um:

“Perguntemo-nos então: eu, do que tenho medo? De não ter o que eu gosto? De não atingir as metas que a sociedade impõe? Do julgamento dos outros? Ou de não agradar ao Senhor e de não colocar em primeiro lugar o seu Evangelho? Maria, sempre Virgem, Mãe Sábia, ajude-nos a sermos sábios e corajosos nas escolhas que fizermos.”

Fonte: Vatican News

A Natividade de São João Batista

“Preparai o caminho do Senhor” (Mt 3, 3)

Jesus disse: “Entre os nascidos de mulher, nenhum foi maior do que João Batista” (Mt 11,11). Todos os anos, no dia 24 de junho, a Igreja Católica homenageia o nascimento de João refletindo sobre seu papel único como precursor de Jesus. A solenidade celebrada nesta data enaltece João como um digno exemplo do que significa ser seguidor de Cristo.

“A solenidade da Natividade de João Batista é uma das celebrações mais antigas da Igreja” | Foto: CNBB

Uma solenidade é a festa mais significativa que a Igreja pode estabelecer. Enquanto outros santos são lembrados com dias de festa para lembrar suas mortes, São João Batista, como Nossa Senhora, é homenageado com uma solenidade para lembrar tanto seu nascimento quanto sua morte.

Por que João e Maria recebem tais honras? A Igreja comemora o nascimento de Nossa Senhora, em parte, como um reconhecimento de que Ela nasceu sem pecado. E por qual motivo também João recebe essa honra? 

No relato do Evangelho de Lucas, Maria, grávida, foi visitar a sua parente Isabel, que estava com seis meses de gravidez de João. Na saudação de Maria, Isabel ficou “cheia do Espírito Santo” (1, 41) e seu filho ainda não nascido “pulou de alegria” (v. 44) em seu ventre. Tanto Isabel quanto seu filho estavam respondendo à incrível realidade de estar na presença de Deus encarnado. Como resultado, tem sido comumente mantida, desde os tempos antigos, a crença de que naquele momento João foi santificado, isto é, ele foi purificado do pecado original, como se tivesse sido “batizado” no ventre de sua mãe.

Note que isso significaria que João foi liberto do pecado original no útero e, mais tarde, nasceu sem pecado, mas não que ele foi concebido sem pecado. A Imaculada Conceição é um privilégio único de Nossa Senhora entre os santos; Ela foi preservada do pecado original desde o primeiro momento de sua existência. Claro, a outra grande diferença entre João e Nossa Senhora é que Ela também foi preservada de todos os pecados reais ao longo de sua vida, enquanto João não foi.

Na data de seu nascimento, então, homenageamos São João Batista, que ficou cheio do Espírito Santo no ventre de sua mãe, foi escolhido por Deus para anunciar Seu Filho, viveu uma vida modelo de santidade e foi martirizado por sua fé.

Embora nunca ofusque o Pai ou o Filho, os mistérios do nascimento de João e seu papel proeminente na vida de Cristo recebem um significado especial na Igreja.

Normalmente, quando a festa ou solenidade de um santo cai em um domingo, ela é substituída pela liturgia dominical. Mas a solenidade em homenagem ao nascimento de São João Batista é uma das exceções. Se ocorrer no Domingo, as orações, leituras e Salmos associados à solenidade de João não são substituídos por uma liturgia dominical diferente.

João morreu como um mártir que testemunhou a verdade da intenção de Deus de que o casamento deveria ser um compromisso vitalício entre um homem e uma mulher. Esse martírio é celebrado pela Igreja com um memorial em 29 de agosto. No entanto, mesmo que João não tivesse sido um mártir, a Igreja, sem dúvida, ainda teria celebrado sua vida e ministério como o precursor de Jesus.

A solenidade da Natividade de João Batista é uma das celebrações mais antigas da Igreja introduzidas tanto nas liturgias orientais (gregas) quanto ocidentais (latinas) para homenagear um santo. Há relatos de que já era celebrada publicamente no século IV.

O dia 24 de junho acabou sendo escolhido como a data da solenidade porque a a Palavra nos diz que João foi concebido seis meses antes de Jesus (Lc 1, 36). Presumivelmente, então, João nasceu cerca de seis meses antes de Cristo, e o nascimento de Cristo era celebrado na véspera de Natal, 24 de dezembro.

Mas houve ainda outro fator importante para fixar a data de nascimento de São João Batista. Séculos antes de Cristo, algumas culturas pagãs celebravam anualmente o solstício de verão, que ocorre no final de junho. Eles reconheciam que, após o solstício, os dias começavam a ficar mais curtos. Por várias razões, eles tradicionalmente reconheciam a mudança das estações acendendo fogueiras que ficavam acesas durante a noite toda.

Esse acender de fogueiras era um ritual difundido entre diferentes grupos de não-cristãos que migraram para a Europa nos primeiros séculos da Igreja. A Igreja reconhecia a importância de aceitar, de alguma forma, essa tradição antiga e muito popular entre as pessoas convertidas, mas não queria que fosse associada a um ritual pagão.

Os eventos da vida de Cristo não ofereciam uma conexão óbvia com esse festival de verão, então, os primeiros líderes da Igreja se voltaram para a vida de João Batista. Assim como o nascimento de Cristo era celebrado no solstício de inverno, no final de dezembro, o nascimento de João Batista seria celebrado no solstício de verão. Foi e é um ajuste perfeito: a natividade de João Batista pressagia natividade de Jesus.

A solenidade do nascimento de João foi oficialmente estabelecida no Concílio da Igreja de Agde, em 506. A partir de então, os católicos celebraram o nascimento de João Batista em 24 de junho.

Para ter uma noção de quão bem essa celebração já foi considerada, pense nas circunstâncias em torno da Batalha de Fontenay, no que é hoje a França, no ano de 841: dois exércitos francos rivais, encontrando-se face a face em 23 de junho, não queriam arriscar lutar no dia da festa de São João. Então, eles concordaram em adiar a batalha até o dia seguinte!

Hoje, o antigo costume de acender fogueiras na véspera do dia de São João pode ser visto em lugares de todo o mundo, especialmente na Europa. Dessa forma, reconhecem João e seu anúncio de Jesus, que é “a luz do mundo” (Jo 8, 12). Que essas fogueiras tenham as suas raízes em um ritual pagão não tira em nada a honra que a maioria dos participantes, hoje, presta a São João Batista.

João foi o arauto de Cristo, “uma voz que clama no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor’” (Mt 3, 3). Mas ele também era muito mais. O Batista forneceu um modelo de santidade heroica. Ele condenou publicamente a hipocrisia e a imoralidade, chamando a todos ao arrependimento. Ele desafiou a ganância e o materialismo de sua época, seguindo uma vida de pobreza, simplicidade e abnegação que inspirou não apenas os seus contemporâneos, mas também os pioneiros posteriores do monaquismo cristão.

Onde quer que João fosse, ele estava cercado por grandes multidões e seguidores, alguns pensavam até que ele era o Messias. No entanto, ele não se aproveitou dessas pessoas. Em vez disso, ele lhes disse claramente que não era quem pensavam que ele era, e que eles deveriam experimentar uma conversão de coração em preparação para o Messias (Jo 1, 19-27).

 

Fonte: Canção Nova

Sínodo, o Instrumentum Laboris: uma Igreja que acolhe a todos e não anula as diferenças

Foi publicado o documento orientador para os trabalhos da Assembleia Geral de outubro de 2023 e 2024 sobre o tema da sinodalidade. Dividido em duas macro-seções, ele é fruto de contribuições das etapas diocesanas e continentais e relata a experiência das Igrejas em todo o mundo que sofrem com guerras, desigualdades, pobreza, feridas de abusos.


Cerca de sessenta páginas com a experiência das Igrejas em todas as regiões do mundo que estão passando por guerras, mudanças climáticas, sistemas econômicos que produzem “exploração, desigualdade e ‘descarte'”. Igrejas cujos fiéis sofrem o martírio, em países onde são minorias ou onde se deparam “com uma secularização cada vez mais intensa e, às vezes, agressiva”. Igrejas feridas por abusos “sexuais, de poder e de consciência, econômicos e institucionais”, feridas que precisam de respostas e de uma “conversão”. Igrejas que abraçam os desafios, sem medo e sem tentar “resolvê-los a todo custo”, engajando-se no discernimento sinodal: “Somente dessa forma as tensões podem se tornar fontes de energia e não cair em polarizações destrutivas”.

Hoje, 20 de junho, foi publicado o  Instrumentum laboris, o documento que será a base para o trabalho dos participantes do Sínodo sobre a Sinodalidade, programado para ocorrer em outubro de 2023 no Vaticano e continuar até 2024. Um ponto de partida e certamente não um ponto de chegada, o documento reúne a experiência das dioceses de todo o mundo nos últimos dois anos, a partir de 10 de outubro de 2021, quando Francisco deu início a um caminho para entender quais passos tomar “para crescer como uma Igreja sinodal”.

Portanto, um documento para o discernimento “durante” a Assembleia Geral, mas ao mesmo tempo de preparação “em vista” do encontro para os participantes e grupos sinodais: “o objetivo do processo sinodal”, especifica, “não é produzir documentos, mas abrir horizontes de esperança”.

Instrumentum Laboris – apresentado nesta terça-feira (20/06) na Sala de Imprensa do Vaticano – é composto por um texto e quinze fichas de trabalho que trazem uma visão dinâmica do próprio conceito de “sinodalidade”. Mais detalhadamente, há duas “macro-seções”: a Seção A, na qual se destaca a experiência desses dois anos e o caminho a seguir para se tornar uma Igreja cada vez mais sinodal; a Seção B – intitulada Comunhão, Missão, Participação – que destaca as “três questões prioritárias”, no centro do trabalho em outubro de 2023, ligadas aos três temas principais: crescer em comunhão, acolhendo a todos, sem excluir ninguém; reconhecer e valorizar a contribuição de cada pessoa batizada em vista da missão; identificar estruturas e dinâmicas de governança por meio das quais articular ao longo do tempo participação e autoridade em uma Igreja sinodal missionária.

Sala do Sínodo - Papa Francisco com os bispos
Sala do Sínodo – Papa Francisco com os bispos

Enraizado nesse contexto está “o desejo de uma Igreja cada vez mais sinodal também em suas instituições, estruturas e procedimentos”. Uma Igreja sinodal que é, acima de tudo, uma “Igreja da escuta” e que, portanto, “deseja ser humilde e sabe que deve pedir perdão e que tem muito a aprender”. “O rosto da Igreja hoje traz os sinais de graves crises de confiança e credibilidade”, lê-se de fato no Instrumentum laboris. “Em muitos contextos, as crises ligadas a abusos sexuais, econômicos, de poder e de consciência levaram a Igreja a um exigente exame de consciência para que, sob a ação do Espírito Santo, não deixe de se renovar, em um caminho de arrependimento e conversão que abre vias de reconciliação, cura e justiça.”

Uma Igreja sinodal também é “uma Igreja de encontro e diálogo” com os crentes de outras religiões e outras culturas e sociedades. É uma Igreja que “não tem medo da variedade”, mas “a valoriza sem forçá-la à uniformidade”. Sinodal é, então, a Igreja que se nutre incessantemente do mistério que celebra na liturgia, durante a qual “faz  experiência todos os dias de radical unidade na mesma oração”, mas na “diversidade” de línguas e ritos.

Outras passagens significativas dizem respeito à questão da autoridade (“Ela se situa na linha dos parâmetros de derivação mundana ou na de serviço?”, é uma das perguntas); a necessidade de uma “formação integral, inicial e permanente” para o Povo de Deus; o “esforço” para a renovação da linguagem usada na liturgia, na pregação, na catequese, na arte sacra, bem como em todas as formas de comunicação com os fiéis e com a opinião pública, também por meio de novas e antigas mídias. “A renovação da linguagem”, afirma o texto, “deve ter como objetivo torná-la acessível e atraente para os homens e mulheres de nosso tempo, sem representar um obstáculo que os mantenham distantes”.

Fonte: Vatican News

Santa Teresinha te ajuda a lutar contra o desânimo

vida de missão não é apenas sair mundo afora e participar de grandes movimentos e ações sociais. A vida missionária é, principalmente, compreender a necessidade de colocar-se à disposição, a qualquer momento e de onde estiver.

Santa Teresinha, Padroeira das Missões, ensina sem seus escritos que, para viver a missão e a evangelização, existem diversas maneiras. E ela descobriu que isso era possível por meio da oração e também no oferecimento de sacrifícios.

No livro “História de uma alma”, sua autobiografia, Teresinha deixa evidente sua busca ardente por viver a sua vocação na Igreja e também a sua vontade de conhecer e fazer sempre a vontade de Deus.

Sempre que a Santa se sentia tentada pelo desânimo, sua reação era pensar “não consigo”, mas no mesmo instante, ela dirigia seu coração ao otimismo, pois tinha consigo que Deus não lhe pediria algo que fosse impossível.

No livro, Teresa de Lisieux relata que, aos 11 anos, por ocasião de sua primeira Eucaristia, ela fez propósitos para viver sua missão e sua vida de forma leve, otimista e sem desânimo.

.:: 4 ações de Santa Teresinha para lutar contra o desânimo:

I) “Sinto em mim a vocação de sacerdote, tenho a vocação de ser apóstola. Quisera percorrer a terra a pregar seu nome, o nome de Deus”

Foi o anseio de Teresinha, de amar a Deus sobre todas as coisas e a cada ser humano como se fosse Cristo, que a tornou hoje Doutora da Igreja e Patrona das Missões. No desânimo, a Santa confiava em sua vocação. E isso serve de exemplo para nós, quando desanimados, pensarmos em nossas fortalezas para reagir, confiar em Deus e viver uma vida com otimismo.

II) “Confiarei a mim mesma à Virgem Maria rezando um Memorare”

A oração Memorare, também conhecida como ‘Lembrai-vos’, é atribuída a São Bernardo de Claraval:

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob os pesos dos meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas. Ó Mãe do Filho de Deus humanado, dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos peço. Amém.

III) “Não desanimarei”

Santa Teresinha mostrou que, em alguns momentos, a resposta para nossos problemas está na nossa frente. A Padroeira das Missões se livrava do sentimento de desânimo não desanimando. Um coração que está cheio de confiança em Deus sabe que Ele guarda o melhor para nós, independente da nossa situação atual.

IV) “Lutarei contra o meu orgulho”

Para a Santa, o desânimo era uma forma de orgulho. Com a frase, ela relembra a importância da humildade como caminho para fugir do desânimo.

Fonte: A12

O que é o Pecado Original segundo a Igreja Católica?

Encontramos na Gaudium et spes, nº 10, o seguinte:

“Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo atual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem, muitos elementos se com batem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer”.

A raiz dos males no mundo e no interior do homem está no pecado. Porém, é fácil ir cedendo à inconsciência, ao esquecimento de nosso pecado, a essa insensibilidade que vamos construindo dia a dia.

O pecado explica minha situação de ruptura, e sem a consciência do pecado não posso compreender minha realidade plenamente.

O relato do Pecado Original (Gn 3, 1-15) nos ajuda a aprofundar mais na pergunta “por que estou assim?”, pois mostra a situação do Homem antes do pecado, a ação do demônio e a dinâmica de autoengano que se oculta no mau emprego da liberdade, instigado pelo maligno.

Vemos, nesta dinâmica, a maneira como opera permanentemente o pecado em todos os homens. Nela podemos ver como começa o diálogo (Gn 3,1b), como uma cilada e, posteriormente, a resposta do Homem (Gn 3, 2-3); a proposta de desobediência (Gn 3, 4-5); a mentira: “Não, Não morrereis”, “é bom para comer”, “de agradável aspecto” e “mui apropriado para abrir a inteligência”; a desobediência em si (Gn 3,6a).

A razão foi vencida pela fantasia, por uma falsa ilusão. O mal com aparência de bem. Finalmente o mal se difunde gerando no ser humano quatro rupturas: com Deus, consigo mesmo, com os irmãos e com a natureza.

núcleo do pecado está, contudo, em pretender alcançar essa grandeza separados de Deus e fora de seu Plano, rompendo com nossa dependência que brota da participação com Ele e n’Ele.

Finalmente, encontramos no Catecismo da Igreja Católica, nº. 389:

“A doutrina do pecado original é, por assim dizer, o reverso da Boa Notícia de que Jesus é o Salvador de todos os homens, de que todos têm necessidade da salvação e de que a salvação é oferecida a todos graças a Cristo”.

Padre Reinaldo Beijamim e Irmão Afonso Murad falam sobre Nossa Senhora livre do pecado original:

Fonte: A12

Sagrado Coração de Jesus, a devoção antídoto para o mundo ferido

A devoção ao coração chagado de Jesus se origina no século XI, quando cristãos piedosos meditavam sobre as cinco feridas de Jesus na cruz.

CORAÇÃO DO HOMEM NA OBRA FONTE INESGOTÁVEL

Deus, ao nos criar, colocou em nosso coração um certo desejo natural de autopreservação que nos permite, em suma, agir prudentemente para conservar a nossa vida diante de um perigo iminente, não arriscando-a levianamente, afinal, a vida é o primeiro dom que recebemos do Criador, e deve ser respeitada e conservada de modo justo e equilibrado.

Apenas tomando consciência do valor intrínseco que cada um de nós possuímos, por nossa dignidade de imagem e semelhança divinas, é que podemos viver o ensinamento máximo do Evangelho, que nos diz para amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Entretanto, este desejo de autopreservação muitas vezes encontra-se maculado pelo pecado e, por isso, apresenta-se em forma de um desequilíbrio doentio, que tende a transformar-se em pusilanimidade e fechamento ao outro. Assim, o próprio bem-estar e conforto tornam-se valores intocáveis, que não poderão ser perdidos nunca, seja qual for a necessidade que venha a surgir. Em resumo, a autopreservação desordenada transforma-se em egoísmo e perversão, palavra que, em sua raiz, per versus, quer dizer “voltado para si mesmo”.

Como antídoto para a cura deste mal que deseja corromper a nossa alma e afastá-la de sua plena realização, que é a santidade, não há outra via mais eficaz, a não ser mergulharmos em outro coração, este, com “c” maiúsculo: “O Sagrado Coração de Jesus, transpassado pelos nossos pecados e para nossa salvação, (…) considerado sinal e símbolo por excelência (…) daquele amor com que o divino Redentor ama sem cessar o eterno Pai e todos os homens” (CIC, §478).

A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, é uma das três solenidades do Tempo Comum, festejada na segunda sexta-feira após Corpus Christi, cuja devoção foi fomentada através das revelações de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII, embora os primeiros escritos mencionando esta veneração ao lado aberto de Jesus tenham origem por volta dos séculos XI e XII, nos mosteiros beneditinos e cistercienses, por meio da devoção às Santas Chagas de Cristo, como nos apontou São Bernardo de Claraval: “O mistério do coração abre-se através das feridas do corpo; abre-se o grande mistério da piedade, abrem-se as entranhas de misericórdia do nosso Deus”. Esta devoção, por fim, propagou-se com mais rapidez a partir de meados do século XIX, quando o Papa Pio X estendeu esta festa para toda a liturgia da Igreja, mas sua primeira celebração litúrgica foi realizada na França, em 20 de outubro de 1672.

Dentre as inúmeras graças colhidas desta magnífica devoção, ao contemplarmos o Sagrado Coração de Jesus, fonte inesgotável de amor, temos a nossa vida transformada e podemos ser curados de nossos egoísmos e perversões. Como nos ensina o Papa emérito Bento XVI no livro Guardare al Crocifisso“A autopreservação, a manutenção de si é o papel do coração. O coração transpassado de Jesus realmente transformou tal definição. Este coração não é auto conservação, mas é autodoação. Este salva o mundo abrindo-se. Tal transformação operada pelo coração aberto é o conteúdo do mistério pascal. O coração salva, sim, mas salva entregando-se. Neste coração de Jesus é, assim, colocado diante de nós o centro do Cristianismo. Nele é dita toda a novidade realmente revolucionária que acontece no novo pacto. Este coração invoca o nosso coração, nos convida a sair da inútil tentativa da auto conservação e encontrar no amar juntos, no dom de nós mesmos a Ele, a plenitude do amor que é eternidade e que somente assim conserva o mundo”. 

Como vimos, o Sagrado Coração de Jesus nos ensina a nova dinâmica evangélica, trazida ao mundo por Jesus, que é a doação e a abertura ao outro como verdadeira fonte de preservação da vida: “Todo o que procurar salvar a sua vida irá perdê-la; mas todo o que a perder irá encontrá-la” (Lc 17,33). Tal enunciado supera o conceito natural de autopreservação para elevá-lo ao patamar celeste: o valor verdadeiro da vida é encontrado ao fazê-la um dom a Deus e aos outros.

A vida cristã é repleta de oportunidades para encarnar este ensinamento de autodoação, à semelhança da oferta total de Jesus Cristo, e a Solenidade que celebramos hoje é o dia propício para pedirmos esta renovada graça ao Senhor. Sejamos, portanto, imitadores deste Coração misericordioso e sempre aberto aos outros, e ajudemos a difundir esta belíssima devoção.

Jesus manso e humilde de coração, fazei do nosso coração semelhante ao vosso!   

Fonte: Comunidade Shalom

CNBB SE SOMA A UM GRUPO DE INSTITUIÇÕES CATÓLICAS NA PROMOÇÃO DE CURSO SOBRE PROTEÇÃO DA INFÂNCIA E PESSOAS VULNERÁVEIS

“A proteção das infâncias e das pessoas vulneráveis na Igreja Católica”. Este é o título e o propósito do novo curso online disponibilizado gratuitamente pelo portal Farol 1817, da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS). A formação é resultado de uma parceria entre o Farol 1817, a PUCPR, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio do Núcleo Lux Mundi, o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

Este é um exemplo de diálogo e de ação da Igreja em resposta a uma realidade que clama por atenção. Afinal, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou uma média de 130 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes por dia, em 2021.

A irmã Anacleto Peruzzo, diretora de Vida Consagrada e do Centro Marista de Defesa da Infância da PMBCS, destaca a importância do curso para a sociedade: “Enquanto Cristãos, temos que estar atentos às necessidades de nossos semelhantes. Este curso nos prepara para entender as diversas situações de risco, identificar quando podem acontecer e, principalmente, saber como atuar na prevenção e na proteção de crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade”.

O que o curso oferece?

Em síntese, o curso apresenta os principais conceitos e documentos internacionais e nacionais da Igreja Católica e da sociedade civil sobre a proteção de crianças, adolescentes e jovens e pessoas vulneráveis para o enfrentamento à violência sexual. A grade curricular é composta por quatro módulos, com o intuito de proporcionar um panorama mais amplo sobre a temática.

  • A dignidade humana de crianças, adolescentes e jovens
  • Os aspectos da violência sexual e o impacto na vida de meninas e meninos, mulheres e homens
  • Dinâmicas e perfis da violência e do abuso
  • O papel da instituição católica e da sociedade civil para romper ciclos de violência e garantir ambientes mais seguros

A saber, são 10h de conteúdo, na modalidade assíncrona. Ou seja, os interessados podem assistir aos vídeos no seu tempo, conforme suas disponibilidades de agenda. Além disso, recebem um certificado após a conclusão da formação com a chancela da PUCPR.

Time de especialistas a um clique

O time de professores do curso reflete a união de esforços entre instituições de diferentes países e de múltiplas áreas do conhecimento. Confira, abaixo, a lista dos ministrantes:

Danielle Espezim – doutora em Direito. Professora da Universidade do Sul de Santa Catarina e integrante do Núcleo de Estudos Jurídicos e Sociais da Criança e do Adolescente (NEJUSCA/UFSC).
Mario Antônio Sanches – pós-doutor em Bioética, doutor em Teologia, mestre em Antropologia Social e professor titular da PUCPR.
Eliane Freire Rodrigues de Souza De Carli – graduada em Medicina e Direito. Coordenadora do Núcleo Lux Mundi na Conferência dos Religiosos do Brasil e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Ana Maria Aguilar Rebollo – psicóloga e mestre em terapia Gestalt. Diretora geral do Centro de Acompañamiento y Desarrollo Humano (CENADH).
Patricia Espinosa Hernandez – membro do Conselho para a Proteção de Menores da Conferência Episcopal Mexicana, da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores e Pessoas Vulneráveis e professora da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Padre Daniel Portillo – doutor em Psicanálise e em Teologia. Diretor do Conselho Latino-Americano do CEPROME. Professor da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Membro do Conselho Nacional para a Proteção de Menores da Conferência Episcopal Mexicana.
Doutor Stefano Mattei – administrador. Mestre em Leis do Nível II. Responsável pela Comissão de Políticas e Avaliação e por projetos com os dicasteries da Cúria Romana e das Diretrizes.
Bárbara Pimpão Ferreira – mestre em Educação. Especialista em Proteção Integral de Crianças e Adolescentes e Violência Doméstica contra Criança e Adolescente. Diplomada em Prevenção ao Abuso na Igreja Latinoamericana. Gerente do Centro Marista de Defesa da Infância.
Hugo José Sarubbi Cysneiros de Oliveira – assessor jurídico da Nunciatura Apostólica do Brasil, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), de dezenas de Dioceses, institutos religiosos e entidades.
Irmã Maria Rosaura González Casas – doutora em Psicologia. Graduada em Química, Teologia e Psicologia. No Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Gregoriana, atua na pastoral juvenil, vocacional, docente, formativa e governamental. Membro da Comissão para a Proteção de Menores da União Geral de Superiores e Superiores Maiores (UISG-USG), em Roma.
Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos – especialista em reabilitação de jovens com histórico de dependência e de abuso de drogas. Bem como de violência física e sexual. Nomeado pelo Papa Francisco como membro da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores.
Cecília Heleno – Experiência de trabalho na área de educação, em equipamentos, serviços e projetos socioassistenciais, direitos de crianças e adolescentes e violências contra crianças e adolescentes.

Como acessar?

O curso foi desenvolvido, sobretudo, para religiosos, sacerdotes, leigos e leigas católicos, mas está aberto a todas as pessoas que queiram saber mais sobre como proteger quem mais precisa. Trata-se de um conteúdo rico, elaborado a partir de anos de teoria e prática de indivíduos e entidades da Igreja Católica.

Acesse o curso e saiba como participar (aqui)

O Farol 1817

Farol 1817 é um portal educacional da Província Marista Brasil Centro-Sul de cursos gratuitos, livres e de temas diversos, com foco na promoção do bem comum. É um espaço de formação e bem-estar, que busca proporcionar momentos de reflexão e conhecimento.

Os cursos têm o objetivo de desenvolver a espiritualidade, promover o autoconhecimento e aprimorar as habilidades profissionais que podem ajudar todos a alcançarem seus objetivos. Os cursos são pautados por valores como humanização, fraternidade, interculturalidade, simplicidade, solidariedade e sustentabilidade. Com formações variadas, eles são oferecidos em 4 eixos temáticos: Teologia e espiritualidade, Identidade e Missão, Gestão e Direito das crianças, adolescentes e jovens.

Fonte: CNBB

10 curiosidades sobre Santo Antônio de Pádua

Neste dia 13 de junho, a Igreja celebra o dia de Santo Antônio, um dos santos mais populares em Portugal e que conquistou o coração de muitos brasileiros.


A12 selecionou algumas curiosidades sobre esse santo, conhecido como protetor das famílias, advogado das almas do purgatório e casamenteiro:

– Nasceu em 1191, na cidade de Lisboa. Seu nome de batismo era Fernando Martins Bulhões.

– Mudou o nome para Antônio devido à vida religiosa. Essa mudança ocorreu quando estava no Eremitério de Santo Antão dos Olivais de Coimbra.

– A igreja de Santo Antônio, localizada em frente à Catedral da Sé de Lisboa, possui uma cripta (ambiente subterrâneo). O cômodo, chamado de “Quarto de Santo António”, fazia parte da casa dos pais do Santo.

– Na Igreja de Santo Antônio, em Lisboa, foi preservada uma imagem que resistiu ao Terremoto na região, no ano de 1755.

– É conhecido como Santo Antônio de Pádua, pois viveu a maior parte de sua vida por lá. Além disso, faleceu e foi sepultado, em Arcella, perto de Pádua, em 13 de junho de 1231. O seu corpo está na igreja de Santa Maria Mater Domini (também chamada de Basílica de Santo Antônio).

Basílica de Santo Antônio em Pádua

 

– Foi canonizado pelo Papa Gregório IX em tempo recorde, um ano após sua morte, no ano de 1232, e declarado doutor da Igreja em 1946.

– A língua de Santo Antônio permanece em ótimo estado de conservação e em exposição dentro de um relicário até a atualidade, em Pádua. A tradição afirma que isso ocorreu devido à sua fama de excelente pregador do Evangelho.

– No dia 15 de fevereiro é celebrada em Pádua a “festa da língua”, que recorda a data em que a língua de Santo Antônio foi colocada no relicário.

– Há diversas histórias sobre por que Santo Antônio se tornou o santo casamenteiro, mas uma delas conta que uma moça que não tinha dinheiro para pagar o dote ajoelhou diante da imagem dele e recebeu o seu auxílio.

– Outra tradição muito difundida é a dos “pães de Santo Antônio”, que nasceu a partir do costume do Santo de dar aos pobres e doentes pães do convento onde morava. Conta-se que os doentes eram curados depois de comer o pão.

Assista o episódio de Cartas Santas sobre a vida de Santo Antônio:

A Beleza na Liturgia


A beleza é a perfeição completa que agrada os sentidos. Na liturgia, encontramos uma beleza que vai além, que toca a alma e nos eleva para mais perto de Deus.

Beleza Visual: A beleza visual da liturgia se encontra nas cores, na arquitetura das igrejas, nos paramentos e objetos litúrgicos.
Tudo cuidadosamente planejado e elaborado para refletir a glória de Deus.
Beleza Sonora: A liturgia é cheia de melodias e harmonias que nos elevam para além do cotidiano. Os cânticos, as orações e as leituras bíblicas contribuem para com a beleza sonora da celebração.
Beleza do Rito: O rito da liturgia é uma “coreografia sagrada”, cheia de gestos e movimentos que têm um profundo significado. Cada ação é realizada com reverência, refletindo a beleza do rito.
Beleza Transformadora: Mas a beleza da liturgia não é apenas estética. Ela tem o poder de transformar corações, de nos aproximar de Deus – Ele que é A Beleza – e uns dos outros. É uma beleza que fala à alma e nos chama a uma vida de Santidade.

 

Fonte: Michel Pagiossi

HISTÓRIA DE SANTO ANTÔNIO

Santo Antônio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de nascença,  nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exercito de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de estudar e de ficar mais recolhido.

Vida de Santo Antônio

Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avança na sua história pelo estudo e pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos. Em Coimbra ele  foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.

O Padre Agostiniano torna-se frei Franciscano

Em Coimbra o Padre Antônio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.

O Encontro de Santo Antônio com São Francisco de Assis

Santo Antonio faz o pedido de ir para o Marrocos pregar o evangelho e os Franciscanos permitem. No meio do caminho, porém, Frei Antônio fica muito doente e é forçado a voltar para Portugal. Na viagem de volta, o barco é desviado e vai para Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de 5 mil frades franciscanos chamado Capítulo das Esteiras. Lá, Antônio conhece pessoalmente São Francisco de Assis. A mão de Deus o tinha guiado por caminhos diferentes.

A luz deve brilhar para todos

Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, meu Bispo e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro.

No capítulo geral da ordem dos franciscanos ele é enviado a Roma para tratar de assuntos da ordem com o Papa Gregório IX, que fica impressionado com sua inteligência e eloquência e o chama de Arca do Testamento.

Tinha uma força irresistível com as palavras e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Em seguida, mandou-o estudar teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Juntavam-se as vezes mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.

Milagres Santo Antônio

Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Fez muitos ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra.

Falecimento

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. Antes de falecer nas portas de Pádua, Santo Antônio diz: ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas. E completou, estou vendo o meu Senhor. Em seguida, faleceu.

Os meninos da cidade logo saíram a dar a notícia: o Santo morreu. E em Lisboa os sinos das igrejas começaram a repicar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa, por ser sua cidade de origem.

Devoção a Santo Antônio

Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Está exposta até hoje na Basílica de Santo Antônio na cidade de Pádua.

Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja.

Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal.

Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Oração a Santo Antônio

Meu querido Santo Antônio dos mais carinhosos, o vosso ardente amor a Deus, as vossas sublimes virtudes e grande caridade para o próximo, vos mereceram durante a vida o poder de fazer milagres espantosos. Nada vos era impossível senão deixar de sentir compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos e vos imploramos que nos obtenhais a  graça especial que nesse momento pedimos. Ó bondoso e santo taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus, que tanto gostava de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá  as mercês que pedimos.

Fonte: cruzterrasanta

Conheça a Sequência de Corpus Christi

Em algumas Solenidades do Calendário Litúrgico da Igreja Católica, existe um momento em que os cristãos cantam alguns hinos específicos, como por exemplo o hino chamado “Sequência de Corpus Christi”. A Sequência é uma composição poética que é recitada ou cantada, antes da aclamação do Evangelho.

A Sequência de Corpus Christi foi criada por São Tomás de Aquino, a pedido do Papa Urbano IV, que instituiu a celebração de Corpus Christi. Em sua origem a composição se chama “Lauda Sion”, que traduzida para o português se chamaria “Terra exulta”.

A Sequência pode ser entoada em sua forma completa ou encurtada, recitando as últimas quatro estrofes. Os organistas do Santuário Nacional, Elaine Guimarães e Silvio Lino, cantaram esse lindo hino para que você possa aprender e se preparar para essa importante Solenidade.

1. Terra, exulta de alegria,

louva teu pastor e guia

com teus hinos, tua voz!

 

2. Tanto possas, tanto ouses,

em louvá-lo não repouses:

sempre excede o teu louvor!

 

3. Hoje a Igreja te convida:

ao pão vivo que dá vida

vem com ela celebrar!

 

4. Este pão que o mundo creia!

por Jesus, na santa ceia,

foi entregue aos que escolheu.

 

5. Nosso júbilo cantemos,

nosso amor manifestemos,

pois transborda o coração!

 

6. Quão solene a festa, o dia,

que da Santa Eucaristia

nos recorda a instituição!

 

7. Novo Rei e nova mesa,

nova Páscoa e realeza,

foi-se a Páscoa dos judeus.

 

8. Era sombra o antigo povo,

o que é velho cede ao novo:

foge a noite, chega a luz.

 

9. O que o Cristo fez na ceia,

manda à Igreja que o rodeia

repeti-lo até voltar.

 

10. Seu preceito conhecemos:

pão e vinho consagremos

para nossa salvação.

 

11. Faz-se carne o pão de trigo,

faz-se sangue o vinho amigo:

deve-o crer todo cristão.

 

12. Se não vês nem compreendes,

gosto e vista tu transcendes,

elevado pela fé.

 

13. Pão e vinho, eis o que vemos;

mas ao Cristo é que nós temos

em tão ínfimos sinais…

 

14. Alimento verdadeiro,

permanece o Cristo inteiro

quer no vinho, quer no pão.

 

15. É por todos recebido,

não em parte ou dividido,

pois inteiro é que se dá!

 

16. Um ou mil comungam dele,

tanto este quanto aquele:

multiplica-se o Senhor.

 

17. Dá-se ao bom como ao perverso,

mas o efeito é bem diverso:

vida e morte traz em si…

 

18. Pensa bem: igual comida,

se ao que é bom enche de vida,

traz a morte para o mau.

 

19. Eis a hóstia dividida… Quem hesita, quem duvida?

Como é toda o autor da vida, 

a partícula também.

 

20. Jesus não é atingido: o sinal que é partido;

mas não é diminuído,

nem se muda o que contém.

 

21. Eis o pão que os anjos comem

transformado em pão do homem;

só os filhos o consomem: não será lançado aos cães!

 

22. Em sinais prefigurado,

por Abraão foi imolado,

no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná…

 

23. Bom Pastor, pão de verdade,

piedade, ó Jesus, piedade,

conservai-nos na unidade,

extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai!

 

24. Aos mortais dando comida, 

dais também o pão da vida;

que a família assim nutrida

seja um dia reunida aos convivas lá do céu!

 

Fonte: A12.