Por que o mês de julho é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus?

Junho foi dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, e neste mês somos motivados a honrar ao Seu Precioso Sangue que foi derramado para o perdão de todos os pecados.

O sangue é vida, e toda vez que pensamos na expressão “derramar o sangue”, lembramos do martírio, da doação e, com isso, pensamos em Jesus. Ele derramou o próprio sangue por nós. A partir deste fato, existe uma devoção particular na Igreja Católica que está ligada à Paixão de Jesus Cristo: é a honra do seu Preciosíssimo Sangue.

São João Batista apresentou Jesus ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação.

São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue. Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.”

Origem da devoção

Esta devoção é o reconhecimento do sacrifício de Jesus e como Ele derramou seu sangue para a salvação da humanidade. Além disso, este sangue é feito presente através da Eucaristia, podendo ser comungado na Santa Missa, juntamente com o corpo de Cristo, sob a aparência de pão e vinho.

Com o passar do tempo, a Igreja desenvolveu várias festas ao Preciosíssimo Sangue, mas foi no século XIX que uma festa universal foi estabelecida. Durante a Primeira Guerra Italiana pela Independência, em 1849, o Papa Pio IX foi para o exílio em Gaeta, onde estava com Don Giovanni Merlini, terceiro superior geral dos Padres do Preciosíssimo Sangue.

Enquanto a guerra ainda estava em fúria, Merlini sugeriu ao Papa Pio IX que criasse uma festa universal ao Precioso Sangue para implorar a ajuda celestial de Deus para acabar com a guerra e trazer a paz a Roma. Pio IX, posteriormente, fez uma declaração em 30 de junho de 1849 que ele pretendia criar uma festa em honra ao Precioso Sangue. A guerra terminou e ele retornou a Roma pouco depois.

Em 10 de agosto, ele oficializou e proclamou que o primeiro domingo de julho seria dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo. Mais tarde, o Papa Pio X atribuiu o dia 1º de julho como a data fixa dessa celebração.

Depois do Vaticano II, a festa foi removida do calendário, mas uma Missa votiva em honra do Preciosíssimo Sangue foi estabelecida e pode ser celebrada no mês de julho (assim como na maioria dos outros meses do ano).

O Sangue de Cristo representa a Sua vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça Divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. O Catecismo da Igreja Católica (CIC 616) nos ensina: “nenhum homem, ainda que o mais santo tivesse condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência em Cristo da pessoa Divina do Filho torna possível seu sacrifício redentor por todos”.

O Precioso Sangue nos motiva a meditar sobre a oferta total de Jesus pela humanidade

Por estas razões, todo o mês de julho é tradicionalmente dedicado ao Preciosíssimo Sangue, e os católicos são encorajados a meditar sobre o profundo sacrifício de Jesus e o derramamento de seu sangue para a humanidade.

“Mas Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores. Quanto mais, então, agora, justificados por seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,8s).

Sugestão de oração para todo o mês de Julho:

Ó Deus, que pelo Precioso Sangue do teu Filho Unigênito redimiu o mundo inteiro, preserva em nós o trabalho de tua misericórdia, para que, sempre honrando o mistério da nossa salvação, possamos merecer obter bons frutos. Por nosso senhor Jesus Cristo, Teu Filho, que vive e reina na unidade do Espírito Santo, um só Deus, para todo o sempre. Amém. Admitidos à vossa mesa sagrada, ó Senhor, com alegria extraímos água das fontes do Salvador: que o vosso sangue, pedimos a vós, torne dentro de nós uma fonte de água que salta para a vida eterna. Amém.

 

Fonte: Comunidade Shalom

Papa: inspirar-se em Pedro e Paulo para uma Igreja humilde e aberta

Na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos para crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja aberta, que encontra a sua alegria não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo.


Seguimento e anúncio: estas foram as duas palavras ressaltadas pelo Papa na homilia da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, festejada neste 29 de junho. No Brasil, a data foi transferida para o próximo domingo, 2 de julho.

Na Basílica de São Pedro, concelebraram com o Pontífice os 32 arcebispos nomeados no ano passado. Entre eles, há quatro lusófonos: três brasileiros e um moçambicano: Dom José Carlos Souza Campos, de Montes Claros (MG); Dom Juarez Sousa da Silva, de Teresina (PI); Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, de Olinda e Recife (PE); e Dom João Carlos Hatoa Nunes, de Maputo. Na celebração, o Papa abençoou os pálios, que depois serão impostos pelo Núncio na arquidiocese, junto à comunidade local.

Na Basílica, como é tradição, também estava presente uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. A Santa Sé retribui o gesto fraterno, enviando um representante na Festa de Santo André, em 30 de novembro, padroeiro da Igreja local.

Já em sua homilia, Francisco se inspirou na pergunta que Jesus dirige aos discípulos, contida no Evangelho de Mateus: “Vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16, 15). Para o Pontífice, esta é a pergunta fundamental, a mais importante: Quem é Jesus para mim?

Seguimento

Os dois Apóstolos responderam a esta pergunta de modo diferente. A resposta de Pedro poderia se resumir em uma palavra: seguimento. Pedro largou tudo para ir atrás do Senhor. E o Evangelho sublinha que foi “imediatamente”, não disse a Jesus que iria pensar, fazer cálculos para ver se lhe convinha, não apresentou desculpas para adiar a decisão, mas deixou as redes e O seguiu. Haveria de descobrir tudo dia após dia, no seguimento de Jesus.

Aquela anotação “imediatamente”, acrescentou o Papa, vale também para nós: se há tantas coisas na vida que podemos adiar, o seguimento de Jesus não pode ser uma delas. E atenção! Pois algumas desculpas aparecem disfarçadas de espiritualidade, como “não sou digno”, “não sou capaz”. Para Francisco, são artimanhas do diabo, que nos rouba a confiança na graça de Deus. A lição de Pedro, portanto, é: devemos nos desprender de nossas seguranças terrenas, imediatamente, e seguir Jesus todos os dias.

Anúncio

Já a resposta de Paulo se resume na palavra anúncio. No caminho de Damasco, Jesus foi ao seu encontro e cegou-o com a sua luz, ou melhor, graças àquela luz, Saulo deu-se conta de quanto era cego. Assim, consagra a sua vida a percorrer terra e mar, cidades e aldeias, para anunciar Jesus Cristo.

Portanto, à pergunta “quem é Jesus para mim”, Paulo não responde com uma religiosidade intimista, mas com a inquietação de levar o Evangelho aos outros. Também hoje, observou o Papa, a Igreja tem necessidade de colocar o anúncio no centro, que não se cansa de repetir: “Ai de mim se eu não evangelizar”. Uma Igreja que precisa anunciar como necessita de oxigênio para respirar.

Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos Pedro e Paulo para crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja aberta, que encontra a sua alegria não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo.

Dirigindo-se aos Arcebispos que recebem o Pálio, pede que sejam apóstolos como Pedro e Paulo, discípulos no seguimento e apóstolos no anúncio. Por fim, o Pontífice saudou a Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, enviada por Bartolomeu. “Obrigado pela presença! Caminhemos juntos, no seguimento e no anúncio da Palavra, crescendo na fraternidade. Que Pedro e Paulo nos acompanhem e intercedam por nós.”

Fonte: Vatican News

Reconhecidas as virtudes heroicas de Irmã Lúcia e de dom Antônio de Almeida Lustosa

A guardiã do “terceiro segredo” torna-se Venerável juntamente com outros quatro Servos de Deus, entre os quais o salesiano brasileiro Antônio de Almeida Lustosa, arcebispo de Fortaleza, falecido em 1974. Francisco, que estará no Santuário de Fátima em agosto, autorizou a promulgação do Decreto. Também foi reconhecido o martírio de dez sacerdotes e dez leigos da arquidiocese de Sevilha, mortos durante a Guerra Civil Espanhola em 1936: eles serão proclamados Beatos.


Irmã Lúcia dos Santos, um dos três pastorzinhos de Fátima, é Venerável.

 

Irmã Lúcia dos Santos, um dos três pastorzinhos de Fátima, é Venerável. Na manhã desta quinta-feira, o Papa Francisco recebeu o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, autorizando a promulgação do Decreto que reconhece as virtudes heroicas da religiosa. Junto com a Irmã Lúcia, o salesiano brasileiro Antônio de Almeida Lustosa, arcebispo de Fortaleza, falecido em 1974, tornou-se Venerável, “convencido”, como afirma a biografia no site do Dicastério para as Causas dos Santos, “de que a primeira evangelização consiste em devolver a dignidade às pessoas e às famílias mais pobres”: ele também foi ensaísta, cientista e artista. Outros 3 Servos de Deus se tornaram Veneráveis. O martírio de dez sacerdotes e dez leigos da arquidiocese de Sevilha, mortos por ódio à fé durante a Guerra Civil Espanhola em 1936, também foi reconhecido e eles foram proclamados Beatos.

A guardiã do “Terceiro segredo”

Nascida em Aljustrel em 28 de março de 1907, a Irmã Lúcia teve uma série de aparições da Virgem Maria em 1917 na Cova da Iria, em Fátima, Portugal, junto com seus dois primos Francisco e Jacinta Marto. Após a morte prematura de seus primos, que faleceram alguns anos depois devido à gripe espanhola e foram canonizados pelo Papa Francisco em 2017, a Irmã Lúcia permaneceu como a única guardiã da mensagem que lhe foi confiada por Nossa Senhora, que ela transcreveu, a pedido do bispo de Leiria, José Alves Correia da Silvia, em quatro documentos entre 1935 e 1941. Outro escrito, datado de 1944, continha a terceira parte do segredo de Fátima, o chamado “terceiro segredo”, e foi enviado a Roma, aberto pela primeira vez em 1960 e não revelado por São João XXIII e São Paulo VI. Foi São João Paulo II – particularmente devoto de Nossa Senhora de Fátima – que tornou o segredo conhecido no ano 2000.

Excepcionalidade e normalidade

A Irmã Lúcia viveu com empenho a custódia da mensagem mariana durante toda a sua longa vida, primeiro no colégio das Irmãs Doroteias em Vilar, depois como carmelita em Coimbra, onde faleceu em 13 de fevereiro de 2005. A distinção entre sua vida e as aparições, diz o decreto, “é difícil também porque muitos de seus sofrimentos tiveram que ser atribuídos às aparições: ela sempre foi mantida escondida, protegida, guardada. Pode-se ver em toda a sua vida a dificuldade de manter juntas a excepcionalidade dos eventos dos quais ela foi espectadora e a ordinariedade de uma vida monástica como a do Carmelo”. Em 13 de maio de 1967, a Irmã Lúcia foi a Fátima para se encontrar com São Paulo VI. Ela fez o mesmo com São João Paulo II em 13 de maio de 1982, quando o Pontífice ofereceu a Nossa Senhora uma das balas da tentativa de assassinato contra ele no ano anterior, e depois novamente em 13 de maio de 1991 e 13 de maio de 2000. Após a morte da Irmã Lúcia, o Papa Bento XVI também visitou Fátima em 2010 e o Papa Francisco em 2017. O próprio pontífice visitará o santuário em 5 de agosto, como etapa de sua viagem a Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude.

Dom Antonio de Almeida Lustosa, 2º arcebispo de Fortaleza

Dom Antonio de Almeida Lustosa,  2º arcebispo de Fortaleza

Antônio de Almeida Lustosa nasceu em 11 de fevereiro de 1886 de uma família da burguesia de São João del-Rei, no Estado brasileiro de Minas Gerais (MG). Dos pais aprendeu o espírito de sacrifício e o valor do trabalho. Os salesianos tinham aberto fazia pouco um internato – o Colégio Dom Bosco – em Cachoeira do Campo (MG).

‍Antônio ali foi aos 16 anos. Dois anos depois decidiu tornar-se salesiano. Distinguiu-se por penetrante inteligência e por real empenho na vida religiosa. Aos 26 anos já era ordenado sacerdote. Foi feito Mestre de Noviços, e também Diretor (em Lavrinhas, no Estado de São Paulo), sendo encarregado da formação dos aspirantes salesianos, dos Estudantes Salesianos de Filosofia e também de Teologia. Além de ensinar, formava ao apostolado salesiano numerosos clérigos, animando, com a ajuda deles, as paróquias e os oratórios nas cidadezinhas próximas.

Em 1925 foi eleito Bispo de Uberaba, também em Minas Gerais (MG). Achou o seminário praticamente vazio: depois de um ano tinha no ginásio perto de 30 seminaristas. Interessou-se pelos excluídos, fazendo sua a urgência da justiça social. Não haviam passado sequer quatro anos que foi transferido a Corumbá, no hoje Mato Grosso do Sul (MS), sede maior e com maiores dificuldades para a evangelização. Após dois anos foi nomeado Arcebispo do Belém do Pará (PA), imensa Diocese da Região Norte do Brasil. Ali ficou dez anos, prodigalizando-se com a mesma generosidade de sempre.

Em 1941 foi transferido à importante sede de Fortaleza, no Estado do Ceará (CE), onde se expendeu com tudo o que era, por bem 22 anos, vivendo intensamente o “Da mihi animas” de Dom Bosco. Convencido de que a primeira evangelização consiste no redar dignidade às pessoas e famílias mais pobres, fundou ambulatórios, o hospital São José, escolas populares gratuitas e círculos operários. Inaugurou a “Sopa dos pobres” e os Serviços Sociais da Arquidiocese. Sem nunca esquecer o pastoreio das almas, deu vida ao Pré-Seminário, ao Santuário “Nossa Sra. de Fátima” e à ‘Rádio Assunção Cearense’. Para dar assistência às famílias do campo fundou a Congregação das ‘Josefinas’.

Dom Antonio foi um escritor prolífico nos setores mais variados: teologia, filosofia, espiritualidade, hagiografia, literatura, geologia, botânica… De se não esquecer o seu finíssimo senso de humor. Assaz apreciado foi também no campo artístico: são seus os vitrais da Catedral de Fortaleza.

Em 1963 se retirou à Casa salesiana, de Carpina (PE), onde transcorreu os últimos 11 anos de vida e onde aos 14 de agosto de 1974 entregou a sua alma a Deus. Seu corpo repousa na Catedral de Fortaleza.

Dom Antônio de Almeida Lustosa agora é “Venerável Servo de Deus”.

Vinte mártires da Guerra Civil Espanhola em Sevilha

O decreto desta quinta-feira também reconhece 20 mártires da fé durante a Guerra Civil Espanhola em 1936. Entre eles está o padre Manuel González-Serna Rodríguez, nascido em Sevilha em 1880 e nomeado pároco na vizinha Constantina em 1911. Preso na noite de 19 de julho de 1936 por milicianos republicanos, ele foi executado na sacristia quatro dias depois. Naquele verão de 1936, no início da Guerra Civil Espanhola, outros 9 sacerdotes e 10 foram mortos em Sevilha e arredores, muitas vezes após serem presos e sem julgamento, no clima de perseguição que os republicanos estabeleceram contra qualquer pessoa que professasse ser membro da Igreja Católica. Padre Mariano Caballero Rubio teve sua paróquia em Huelva incendiada antes de ser preso, e o seminarista Enrique Palacios Monrabà foi preso e morto junto com seu pai aos 19 anos de idade. Entre os mártires estavam também um advogado, um farmacêutico, membros do conselho paroquial e um paquete das freiras Clarissas, que vivia com sua mãe viúva perto do mosteiro.

Os outros novos Veneráveis

Junto com a Irmã Lúcia e o salesiano brasileiro Antônio de Almeida Lustosa, arcebispo de Fortaleza estão os veneráveis: padre veneziano Antonio Pagani, teólogo franciscano no Concílio de Trento, promotor do laicato católico e fundador dos Irmãos da Cruz e da Sociedade das Irmãs Demissas em 1579; a Irmã Mary Lange, que deixou sua terra natal, Cuba, e foi para os Estados Unidos por causa da discriminação racial e, em 1829, fundou a Congregação das Irmãs Oblatas da Providência em Baltimore, dedicada à educação escolar; por fim, a religiosa vicentina Anna Cantalupo, que, em Catânia, dedicou-se a cuidar dos pobres doentes, especialmente dos órfãos de guerra, organizando assistência espiritual para os soldados da Segunda Guerra Mundial que passavam pela cidade siciliana.

Fonte: Vatican News

Relatório 2023 da ACN: um em cada três países tem a liberdade religiosa violada

Existem formas de perseguição ou discriminação com base religiosa em mais de 60 países ao redor do mundo, e na maioria deles, a situação em 2022 piorou em relação ao ano anterior. Estima-se que um total de 325 milhões de cristãos sejam perseguidos. É o que destaca, entre outros, o XVI relatório da Ajuda à Igreja que Sofre, apresentado em Roma na quinta-feira.


Igreja de São Sebastião em Negombo, Sri Lanka, após atentado na Páscoa de 2019 (REUTERS/Stringer) (Madusanka Siriwardana)

 

E se fôssemos impedidos até mesmo de elevar o olhar e rezar ao nosso Deus? Uma resposta detalhada a esta pergunta vem do 16° Relatório sobre a liberdade religiosa no mundo, elaborado pela Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre (ACS) e apresentado na quinta 22 de junho, na Embaixada da Itália junto à Santa Sé.

Fundos italianos para cristãos perseguidos

O Relatório de 2023 demonstra mais uma vez que não é possível prescindir da liberdade religiosa sem afetar os fundamentos da estrutura social e antropológica de qualquer sociedade humana, sem romper a harmonia e a convivência entre os indivíduos e os povos, foi destacado por todos que participaram da apresentação. Após a saudação de Francesco Di Nitto, embaixador da Itália junto à Santa Sé, a apresentação do relatório foi aberta por uma mensagem em vídeo da primeira-ministra, Giorgia Meloni, que anunciou a destinação de uma primeira parcela de 10 milhões de euros de fundos para as comunidades cristãs perseguidas ao redor do mundo. Seguiu-se a leitura de uma mensagem do chanceler italiano, Antonio Tajani, e discursos na presença do subsecretário do primeiro-ministro, Alfredo Mantovano, do presidente da ACS Internazionale, cardeal Mauro Piacenza, e do presidente da ACS Italia , Sandra Alfaiates.

Perseguições cada vez mais graves

O conteúdo do Relatório foi descrito por Alessandro Monteduro, diretor da ACS Italia, que imediatamente destacou que a situação das perseguições não dá sinais de melhorar. Com efeito, em 61 dos 196 países do mundo existem formas de perseguição ou discriminação de natureza religiosa. Na prática, o direito humano fundamental à liberdade de religião é violado em um país em cada três (31%). No total, cerca de 4,9 bilhões de pessoas, ou 62% da população mundial, vivem em países onde a liberdade religiosa é severamente restringida. De maneria geral a perseguição por ódio à fé piorou e a impunidade dos perseguidores está mais difundida.

O estudo abrange o período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022 e representa o único relatório não governamental que analisa o respeito e as violações do direito à liberdade religiosa consagrado no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A ser destacado ainda que em 49 países onde se registam violações, são os governos que perseguem os seus cidadãos por motivos religiosos, com pouca reação da comunidade internacional.

Entre as fileiras dos principais perseguidores, além de governos autoritários, certamente aparecem o extremismo islâmico e o nacionalismo étnico-religioso. No Relatório, 28 Estados estão marcados em vermelho, eles denotam os lugares mais perigosos do mundo para praticar livremente a religião. Outros 33 Estados estão em laranja, indicando altos níveis de discriminação.

Na África e da Ásia as áreas com maior sofrimento

A África continua a ser o continente mais violento, com um aumento dos ataques jihadistas que torna a situação da liberdade religiosa ainda mais alarmante. Quase metade dos “países quentes” do planisfério do Relatório, ou seja, 13 dos 28, estão na África. A concentração da atividade jihadista é particularmente evidente na região do Sahel em torno do Lago Chade, em Moçambique e na Somália, e está se espalhando para os países vizinhos.

China e Coreia do Norte continuam sendo os dois países asiáticos com as piores violações de direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa. Lá, o Estado exerce um controle totalitário por meio de vigilância e medidas extremas de repressão contra a população.

O Relatório da ACS também presta muita atenção à Índia, onde os níveis de perseguição estão aumentando, por meio da imposição de um perigoso nacionalismo étnico-religioso, particularmente prejudicial às minorias religiosas. Leis anticonversão foram aprovadas ou estão sendo consideradas em 12 dos 28 Estados da Índia; esses regulamentos prevêem sentenças de até dez anos de prisão e incluem benefícios financeiros para aqueles que se converterem ou retornarem à religião majoritária.

Os incidentes de conversões religiosas forçadas, sequestros e violência sexual (incluindo escravidão sexual) não diminuíram no período de dois anos em análise, pelo contrário, continuam amplamente ignorados pelas forças policiais e autoridades judiciais locais, como é o caso do Paquistão, onde jovens cristãos e hindus são freqüentemente sequestradas e submetidas a casamentos forçados.

Piacenza: perseguição com luvas brancas

Por fim, o Relatório da ACS denuncia os crescentes limites à liberdade de pensamento, consciência e religião nos países que pertencem à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Nos últimos dois anos, em relação àqueles que querem exprimir e viver abertamente a sua fé, o Ocidente passou de um clima de “perseguição educada” para uma generalizada “cultura da anulação” e do “discurso forçado”, caracterizado por fortes pressões sociais para induzir o cumprimento das correntes ideológicas mais em voga.

Sobre este último ponto, o cardeal Piacenza citou a expressão “perseguição com luva de pelica” usada pelo Papa Francisco. O cardeal recordou então que o próprio Jesus Cristo viveu a experiência da perseguição e do martírio. “Em mais de vinte séculos de história – observou o presidente da ACS -, nunca houve um tempo em que os cristãos, com maior ou menor virulência, não fossem perseguidos”. O cardeal destacou então que “a liberdade religiosa é a mãe de todas as liberdades, pois a ela estão ligadas: liberdade de pensamento e palavra, liberdade de expressão e agregação, liberdade de consciência e de culto”.

Monsenhor Nare: os jihadistas afetam a coexistência

A apresentação do relatório foi concluída com o testemunho de Tabassum Yousaf, advogado na Supremo Tribunal de Sindh, Paquistão, que defende legalmente os cristãos perseguidos, e de monsenhor Théophile Nare, bispo de Kaya, Burkina Faso.

O prelado africano contou como a convivência pacífica foi uma realidade generalizada em seu país até 2015, ano em que se intensificou a atividade de grupos extremistas islâmicos que recrutam jovens milicianos. “Atos de terrorismo islâmico estão na ordem do dia em quase toda a nação”, afirmou o bispo, referindo-se também aos ataques à sua diocese que causaram vítimas entre sacerdotes e leigos. Monsenhor Nare também se referiu aos esforços dos líderes religiosos e políticos para manter boas relações entre os grupos religiosos, mas há um forte temor de que a violência jihadista possa levar a divisões.

Fonte: Vatican News


Com a mente e o coração na “Cidade Maravilhosa”: Papa recorda os dez anos da JMJ do Rio

Em carta, Papa recorda a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro em 2013 e faz votos que se renove nos participantes daquela Jornada, e brote no coração dos jovens de hoje, o empenho missionário de uma “Igreja em saída”, sempre atenta ao mandato de Jesus Cristo: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações (Mt 28, 19).


Prestes a viver as emoções da JMJ de Lisboa, o Papa voltou sua “mente e coração” à Cidade Maravilhosa, onde dez anos atrás viveu um dos eventos mais intensos do seu pontificado.

As lembranças do Papa afloraram quando o arcebispo de Rio de Janeiro, card. Orani João Tempesta, escreveu uma carta ao Pontífice recordando justamente os dez anos da Jornada, que se completam agora no próximo mês de julho.

Francisco retribuiu com outra carta, em que assegura que continua “indelével” em sua memória a recordação daquele encontro em terras cariocas, durante sua primeira Viagem Apostólica fora da Itália, como Bispo de Roma e Sucessor do Apóstolo Pedro, “com a missão de confirmar os irmãos na fé”.

As palavras contidas na carta de Dom Orani, afirma o Papa, “transportaram-me o coração e a mente até aqueles dias vividos no meio da juventude do Brasil e do Mundo reunida na ‘Cidade Maravilhosa'”.

JMJ Rio de Janeiro – Papa Francisco

 

Por ocasião do décimo aniversário do evento, o Pontífice faz votos que se renove nos participantes daquela Jornada, e brote no coração dos jovens de hoje, o empenho missionário de uma “Igreja em saída”, sempre atenta ao mandato de Jesus Cristo: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações (Mt 28, 19).

O Papa conclui confiando tais votos à intercessão de Nossa Senhora Aparecida e de São Sebastião, enviando ao seu anfitrião no Rio a sua saudação, acompanhada da bênção de Deus, que estende de bom grado ao clero e a todos os fiéis da dileta Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Fonte: Vatican News

26 de junho: São Josemaria, um homem que amava Jesus Cristo

No dia 26 de junho a Igreja celebra a festa de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. A sua vida é um modelo para muitos cristãos que procuram o encontro com Cristo nas suas ocupações diárias. João Paulo II chamava-o “o santo do ordinário”.

São Josemaria Escrivá faleceu em 26 de junho de 1975 (leia o relato daquele dia). Por ocasião de sua festividade, muitas Missas serão celebradas em diversas cidades do mundo.

A sua vida é um modelo para os cristãos, especialmente para os que procuram encontrar e amar Cristo nas ocupações cotidianas.

Na vida do Fundador do Opus Dei se pode destacar o amor à vontade de Deus. Existe um critério seguro para se verificar a santidade de alguém: a sua fidelidade ao cumprimento da vontade divina até as últimas consequências. O Senhor tem um projeto para cada um de nós, confia a cada um de nós uma missão sobre a terra. E o santo não pode ser concebido fora do projeto de Deus: vive, sobretudo, para realizá-lo.

São Josemaria foi escolhido pelo Senhor para anunciar a chamada universal à santidade e mostrar que a vida de todos os dias e a atividade corriqueira são caminho de santificação. Pode-se dizer que foi o santo do cotidiano. De fato, estava convencido de que, para quem vive sob a ótica da fé, todas as coisas são ocasião de um encontro com Deus, todas se tornam um estímulo para a oração. Vista dessa forma, a vida cotidiana revela uma grandeza insuspeitada. A santidade apresenta-se verdadeiramente ao alcance de todos.

Escrivá foi um santo de grande humanidade. Todos os que se relacionaram com ele, de qualquer cultura ou condição social, tinham-no como um pai, totalmente entregue ao serviço dos outros, porque estava convencido de que cada alma é um tesouro maravilhoso; com efeito, cada homem vale todo o Sangue de Cristo. Esta atitude de serviço é patente na sua entrega ao ministério sacerdotal e na magnanimidade com que impulsionou tantas obras de evangelização e de promoção humana em benefício dos mais pobres.

O Senhor fez com que entendesse profundamente o dom da nossa filiação divina. E ele ensinou a contemplar o rosto terno de um Pai, no Deus que fala a nós através das mais diversas vicissitudes da vida. Um Pai que nos ama, que nos acompanha passo a passo, e nos protege, nos compreende e espera de cada um de nós uma resposta de amor. A consideração desta presença paterna, que acompanha o cristão em todas as partes, lhe proporciona uma confiança inquebrantável; em todos os momentos pode confiar no Pai celestial. Nunca se sente só, nem tem medo. Quando se depara com a Cruz, não vê nela um castigo, mas uma missão que lhe foi confiada pelo próprio Senhor. Portanto, o cristão é necessariamente um otimista, porque sabe que é filho de Deus em Cristo.

São Josemaria estava profundamente convencido de que a vida cristã supõe uma missão e um apostolado: estamos no mundo para redimi-lo com Cristo. Amou o mundo apaixonadamente, com um “amor redentor” (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 604). Precisamente por essa razão, os seus ensinamentos ajudam tantos fiéis comuns a descobrir o poder redentor da fé, a sua capacidade de transformar a terra.

 

Fonte: Opus Dei

Papa no Angelus: não tenha medo de permanecer fiel ao que conta

“Permanecer fiel ao que conta, custa”, afirmou Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo (25), como também custa “se libertar do condicionamento do pensamento comum, custa ser deixado de lado por quem ‘segue a onda'”. O que importa realmente, segundo Jesus e alertado pelo Papa, “é não jogar fora o bem maior, ou seja, a vida. Não jogar fora a vida. Só isso deve nos assustar”.


No primeiro domingo (25) de verão deste ano na Praça São Pedro, um grande número de peregrinos se reuniu para rezar com o Papa a oração mariana do Angelus. Francisco fez uma reflexão a partir do Evangelho do dia, quando Jesus repete aos discípulos por três vezes: “Não tenhais medo” (Mt 10:26, 28, 31). Uma referência às perseguições que teriam de enfrentar por causa do Evangelho, “uma realidade que é atual ainda hoje”, acrescentou Francisco, e que “parece paradoxal: a proclamação do Reino de Deus é uma mensagem de paz e justiça, fundada na caridade fraterna e no perdão, e ainda assim encontra oposição, violência e perseguição”. Mesmo assim, a orientação de Cristo é não deixar que o medo paralise, mas temer por outra coisa, que o Papa explica a partir da imagem do vale da “Geena” (cf. v. 28), o grande depósito de lixo de Jerusalém:

“Jesus fala dele para dizer que o verdadeiro medo que se deve ter é aquele de jogar fora a própria vida. E sobre isso Jesus diz: ‘sim, tenham medo disso’.”

“Como se dissesse: não se deve ter tanto medo de sofrer mal-entendidos e críticas, de perder prestígio e vantagens econômicas para permanecer fiel ao Evangelho, mas de desperdiçar a existência correndo atrás de coisas triviais, que não enchem a vida de significado. E isso é importante para nós. Também hoje, de fato, alguém pode ser ridicularizado ou discriminado se não seguir certos modelos da moda que, no entanto, muitas vezes colocam realidades de segunda categoria no centro: por exemplo, seguir as coisas em vez das pessoas, o desempenho em vez das relações.”

Permanecer fiel ao que conta, custa

O Papa, então, deu exemplos: dos pais que precisam se dividir em trabalhar para o sustendo da família e o tempo para ficar com os filhos; dos sacerdotes e religiosas que devem estar comprometidos com o serviço, mas dedicando tempo a Jesus; e dos jovens, com “mil compromissos e paixões: a escola, o esporte, interesses diversos, os celulares e as redes sociais, mas precisam encontrar as pessoas e organizar grandes sonhos”. Tudo isso implica “alguma renúncia diante dos ídolos da eficiência e do consumismo”, disse Francisco, mas de suma importância para não se perder nas coisas que depois acabam sendo “jogadas fora, como se fazia naquela época em Geena”:

“E na Geena de hoje, ao contrário, muitas vezes são as pessoas que acabam ali: pensemos nos últimos, muitas vezes tratados como material de descarte e objetos indesejados. Permanecer fiel ao que conta, custa; custa ir contra a maré, custa se libertar do condicionamento do pensamento comum, custa ser deixado de lado por quem “segue a onda”. Mas não importa. Jesus diz: o que importa é não jogar fora o bem maior, ou seja, a vida. Não jogar fora a vida. Só isso deve nos assustar.”

Do que eu tenho medo?

Ao finalizar a alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo (25), o Papa convidou os peregrinos presentes na Praça São Pedro a se questionarem onde realmente vive o medo de cada um:

“Perguntemo-nos então: eu, do que tenho medo? De não ter o que eu gosto? De não atingir as metas que a sociedade impõe? Do julgamento dos outros? Ou de não agradar ao Senhor e de não colocar em primeiro lugar o seu Evangelho? Maria, sempre Virgem, Mãe Sábia, ajude-nos a sermos sábios e corajosos nas escolhas que fizermos.”

Fonte: Vatican News

A Natividade de São João Batista

“Preparai o caminho do Senhor” (Mt 3, 3)

Jesus disse: “Entre os nascidos de mulher, nenhum foi maior do que João Batista” (Mt 11,11). Todos os anos, no dia 24 de junho, a Igreja Católica homenageia o nascimento de João refletindo sobre seu papel único como precursor de Jesus. A solenidade celebrada nesta data enaltece João como um digno exemplo do que significa ser seguidor de Cristo.

“A solenidade da Natividade de João Batista é uma das celebrações mais antigas da Igreja” | Foto: CNBB

Uma solenidade é a festa mais significativa que a Igreja pode estabelecer. Enquanto outros santos são lembrados com dias de festa para lembrar suas mortes, São João Batista, como Nossa Senhora, é homenageado com uma solenidade para lembrar tanto seu nascimento quanto sua morte.

Por que João e Maria recebem tais honras? A Igreja comemora o nascimento de Nossa Senhora, em parte, como um reconhecimento de que Ela nasceu sem pecado. E por qual motivo também João recebe essa honra? 

No relato do Evangelho de Lucas, Maria, grávida, foi visitar a sua parente Isabel, que estava com seis meses de gravidez de João. Na saudação de Maria, Isabel ficou “cheia do Espírito Santo” (1, 41) e seu filho ainda não nascido “pulou de alegria” (v. 44) em seu ventre. Tanto Isabel quanto seu filho estavam respondendo à incrível realidade de estar na presença de Deus encarnado. Como resultado, tem sido comumente mantida, desde os tempos antigos, a crença de que naquele momento João foi santificado, isto é, ele foi purificado do pecado original, como se tivesse sido “batizado” no ventre de sua mãe.

Note que isso significaria que João foi liberto do pecado original no útero e, mais tarde, nasceu sem pecado, mas não que ele foi concebido sem pecado. A Imaculada Conceição é um privilégio único de Nossa Senhora entre os santos; Ela foi preservada do pecado original desde o primeiro momento de sua existência. Claro, a outra grande diferença entre João e Nossa Senhora é que Ela também foi preservada de todos os pecados reais ao longo de sua vida, enquanto João não foi.

Na data de seu nascimento, então, homenageamos São João Batista, que ficou cheio do Espírito Santo no ventre de sua mãe, foi escolhido por Deus para anunciar Seu Filho, viveu uma vida modelo de santidade e foi martirizado por sua fé.

Embora nunca ofusque o Pai ou o Filho, os mistérios do nascimento de João e seu papel proeminente na vida de Cristo recebem um significado especial na Igreja.

Normalmente, quando a festa ou solenidade de um santo cai em um domingo, ela é substituída pela liturgia dominical. Mas a solenidade em homenagem ao nascimento de São João Batista é uma das exceções. Se ocorrer no Domingo, as orações, leituras e Salmos associados à solenidade de João não são substituídos por uma liturgia dominical diferente.

João morreu como um mártir que testemunhou a verdade da intenção de Deus de que o casamento deveria ser um compromisso vitalício entre um homem e uma mulher. Esse martírio é celebrado pela Igreja com um memorial em 29 de agosto. No entanto, mesmo que João não tivesse sido um mártir, a Igreja, sem dúvida, ainda teria celebrado sua vida e ministério como o precursor de Jesus.

A solenidade da Natividade de João Batista é uma das celebrações mais antigas da Igreja introduzidas tanto nas liturgias orientais (gregas) quanto ocidentais (latinas) para homenagear um santo. Há relatos de que já era celebrada publicamente no século IV.

O dia 24 de junho acabou sendo escolhido como a data da solenidade porque a a Palavra nos diz que João foi concebido seis meses antes de Jesus (Lc 1, 36). Presumivelmente, então, João nasceu cerca de seis meses antes de Cristo, e o nascimento de Cristo era celebrado na véspera de Natal, 24 de dezembro.

Mas houve ainda outro fator importante para fixar a data de nascimento de São João Batista. Séculos antes de Cristo, algumas culturas pagãs celebravam anualmente o solstício de verão, que ocorre no final de junho. Eles reconheciam que, após o solstício, os dias começavam a ficar mais curtos. Por várias razões, eles tradicionalmente reconheciam a mudança das estações acendendo fogueiras que ficavam acesas durante a noite toda.

Esse acender de fogueiras era um ritual difundido entre diferentes grupos de não-cristãos que migraram para a Europa nos primeiros séculos da Igreja. A Igreja reconhecia a importância de aceitar, de alguma forma, essa tradição antiga e muito popular entre as pessoas convertidas, mas não queria que fosse associada a um ritual pagão.

Os eventos da vida de Cristo não ofereciam uma conexão óbvia com esse festival de verão, então, os primeiros líderes da Igreja se voltaram para a vida de João Batista. Assim como o nascimento de Cristo era celebrado no solstício de inverno, no final de dezembro, o nascimento de João Batista seria celebrado no solstício de verão. Foi e é um ajuste perfeito: a natividade de João Batista pressagia natividade de Jesus.

A solenidade do nascimento de João foi oficialmente estabelecida no Concílio da Igreja de Agde, em 506. A partir de então, os católicos celebraram o nascimento de João Batista em 24 de junho.

Para ter uma noção de quão bem essa celebração já foi considerada, pense nas circunstâncias em torno da Batalha de Fontenay, no que é hoje a França, no ano de 841: dois exércitos francos rivais, encontrando-se face a face em 23 de junho, não queriam arriscar lutar no dia da festa de São João. Então, eles concordaram em adiar a batalha até o dia seguinte!

Hoje, o antigo costume de acender fogueiras na véspera do dia de São João pode ser visto em lugares de todo o mundo, especialmente na Europa. Dessa forma, reconhecem João e seu anúncio de Jesus, que é “a luz do mundo” (Jo 8, 12). Que essas fogueiras tenham as suas raízes em um ritual pagão não tira em nada a honra que a maioria dos participantes, hoje, presta a São João Batista.

João foi o arauto de Cristo, “uma voz que clama no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor’” (Mt 3, 3). Mas ele também era muito mais. O Batista forneceu um modelo de santidade heroica. Ele condenou publicamente a hipocrisia e a imoralidade, chamando a todos ao arrependimento. Ele desafiou a ganância e o materialismo de sua época, seguindo uma vida de pobreza, simplicidade e abnegação que inspirou não apenas os seus contemporâneos, mas também os pioneiros posteriores do monaquismo cristão.

Onde quer que João fosse, ele estava cercado por grandes multidões e seguidores, alguns pensavam até que ele era o Messias. No entanto, ele não se aproveitou dessas pessoas. Em vez disso, ele lhes disse claramente que não era quem pensavam que ele era, e que eles deveriam experimentar uma conversão de coração em preparação para o Messias (Jo 1, 19-27).

 

Fonte: Canção Nova

Sínodo, o Instrumentum Laboris: uma Igreja que acolhe a todos e não anula as diferenças

Foi publicado o documento orientador para os trabalhos da Assembleia Geral de outubro de 2023 e 2024 sobre o tema da sinodalidade. Dividido em duas macro-seções, ele é fruto de contribuições das etapas diocesanas e continentais e relata a experiência das Igrejas em todo o mundo que sofrem com guerras, desigualdades, pobreza, feridas de abusos.


Cerca de sessenta páginas com a experiência das Igrejas em todas as regiões do mundo que estão passando por guerras, mudanças climáticas, sistemas econômicos que produzem “exploração, desigualdade e ‘descarte'”. Igrejas cujos fiéis sofrem o martírio, em países onde são minorias ou onde se deparam “com uma secularização cada vez mais intensa e, às vezes, agressiva”. Igrejas feridas por abusos “sexuais, de poder e de consciência, econômicos e institucionais”, feridas que precisam de respostas e de uma “conversão”. Igrejas que abraçam os desafios, sem medo e sem tentar “resolvê-los a todo custo”, engajando-se no discernimento sinodal: “Somente dessa forma as tensões podem se tornar fontes de energia e não cair em polarizações destrutivas”.

Hoje, 20 de junho, foi publicado o  Instrumentum laboris, o documento que será a base para o trabalho dos participantes do Sínodo sobre a Sinodalidade, programado para ocorrer em outubro de 2023 no Vaticano e continuar até 2024. Um ponto de partida e certamente não um ponto de chegada, o documento reúne a experiência das dioceses de todo o mundo nos últimos dois anos, a partir de 10 de outubro de 2021, quando Francisco deu início a um caminho para entender quais passos tomar “para crescer como uma Igreja sinodal”.

Portanto, um documento para o discernimento “durante” a Assembleia Geral, mas ao mesmo tempo de preparação “em vista” do encontro para os participantes e grupos sinodais: “o objetivo do processo sinodal”, especifica, “não é produzir documentos, mas abrir horizontes de esperança”.

Instrumentum Laboris – apresentado nesta terça-feira (20/06) na Sala de Imprensa do Vaticano – é composto por um texto e quinze fichas de trabalho que trazem uma visão dinâmica do próprio conceito de “sinodalidade”. Mais detalhadamente, há duas “macro-seções”: a Seção A, na qual se destaca a experiência desses dois anos e o caminho a seguir para se tornar uma Igreja cada vez mais sinodal; a Seção B – intitulada Comunhão, Missão, Participação – que destaca as “três questões prioritárias”, no centro do trabalho em outubro de 2023, ligadas aos três temas principais: crescer em comunhão, acolhendo a todos, sem excluir ninguém; reconhecer e valorizar a contribuição de cada pessoa batizada em vista da missão; identificar estruturas e dinâmicas de governança por meio das quais articular ao longo do tempo participação e autoridade em uma Igreja sinodal missionária.

Sala do Sínodo - Papa Francisco com os bispos
Sala do Sínodo – Papa Francisco com os bispos

Enraizado nesse contexto está “o desejo de uma Igreja cada vez mais sinodal também em suas instituições, estruturas e procedimentos”. Uma Igreja sinodal que é, acima de tudo, uma “Igreja da escuta” e que, portanto, “deseja ser humilde e sabe que deve pedir perdão e que tem muito a aprender”. “O rosto da Igreja hoje traz os sinais de graves crises de confiança e credibilidade”, lê-se de fato no Instrumentum laboris. “Em muitos contextos, as crises ligadas a abusos sexuais, econômicos, de poder e de consciência levaram a Igreja a um exigente exame de consciência para que, sob a ação do Espírito Santo, não deixe de se renovar, em um caminho de arrependimento e conversão que abre vias de reconciliação, cura e justiça.”

Uma Igreja sinodal também é “uma Igreja de encontro e diálogo” com os crentes de outras religiões e outras culturas e sociedades. É uma Igreja que “não tem medo da variedade”, mas “a valoriza sem forçá-la à uniformidade”. Sinodal é, então, a Igreja que se nutre incessantemente do mistério que celebra na liturgia, durante a qual “faz  experiência todos os dias de radical unidade na mesma oração”, mas na “diversidade” de línguas e ritos.

Outras passagens significativas dizem respeito à questão da autoridade (“Ela se situa na linha dos parâmetros de derivação mundana ou na de serviço?”, é uma das perguntas); a necessidade de uma “formação integral, inicial e permanente” para o Povo de Deus; o “esforço” para a renovação da linguagem usada na liturgia, na pregação, na catequese, na arte sacra, bem como em todas as formas de comunicação com os fiéis e com a opinião pública, também por meio de novas e antigas mídias. “A renovação da linguagem”, afirma o texto, “deve ter como objetivo torná-la acessível e atraente para os homens e mulheres de nosso tempo, sem representar um obstáculo que os mantenham distantes”.

Fonte: Vatican News

Santa Teresinha te ajuda a lutar contra o desânimo

vida de missão não é apenas sair mundo afora e participar de grandes movimentos e ações sociais. A vida missionária é, principalmente, compreender a necessidade de colocar-se à disposição, a qualquer momento e de onde estiver.

Santa Teresinha, Padroeira das Missões, ensina sem seus escritos que, para viver a missão e a evangelização, existem diversas maneiras. E ela descobriu que isso era possível por meio da oração e também no oferecimento de sacrifícios.

No livro “História de uma alma”, sua autobiografia, Teresinha deixa evidente sua busca ardente por viver a sua vocação na Igreja e também a sua vontade de conhecer e fazer sempre a vontade de Deus.

Sempre que a Santa se sentia tentada pelo desânimo, sua reação era pensar “não consigo”, mas no mesmo instante, ela dirigia seu coração ao otimismo, pois tinha consigo que Deus não lhe pediria algo que fosse impossível.

No livro, Teresa de Lisieux relata que, aos 11 anos, por ocasião de sua primeira Eucaristia, ela fez propósitos para viver sua missão e sua vida de forma leve, otimista e sem desânimo.

.:: 4 ações de Santa Teresinha para lutar contra o desânimo:

I) “Sinto em mim a vocação de sacerdote, tenho a vocação de ser apóstola. Quisera percorrer a terra a pregar seu nome, o nome de Deus”

Foi o anseio de Teresinha, de amar a Deus sobre todas as coisas e a cada ser humano como se fosse Cristo, que a tornou hoje Doutora da Igreja e Patrona das Missões. No desânimo, a Santa confiava em sua vocação. E isso serve de exemplo para nós, quando desanimados, pensarmos em nossas fortalezas para reagir, confiar em Deus e viver uma vida com otimismo.

II) “Confiarei a mim mesma à Virgem Maria rezando um Memorare”

A oração Memorare, também conhecida como ‘Lembrai-vos’, é atribuída a São Bernardo de Claraval:

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob os pesos dos meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas. Ó Mãe do Filho de Deus humanado, dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos peço. Amém.

III) “Não desanimarei”

Santa Teresinha mostrou que, em alguns momentos, a resposta para nossos problemas está na nossa frente. A Padroeira das Missões se livrava do sentimento de desânimo não desanimando. Um coração que está cheio de confiança em Deus sabe que Ele guarda o melhor para nós, independente da nossa situação atual.

IV) “Lutarei contra o meu orgulho”

Para a Santa, o desânimo era uma forma de orgulho. Com a frase, ela relembra a importância da humildade como caminho para fugir do desânimo.

Fonte: A12

O que é o Pecado Original segundo a Igreja Católica?

Encontramos na Gaudium et spes, nº 10, o seguinte:

“Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo atual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem, muitos elementos se com batem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer”.

A raiz dos males no mundo e no interior do homem está no pecado. Porém, é fácil ir cedendo à inconsciência, ao esquecimento de nosso pecado, a essa insensibilidade que vamos construindo dia a dia.

O pecado explica minha situação de ruptura, e sem a consciência do pecado não posso compreender minha realidade plenamente.

O relato do Pecado Original (Gn 3, 1-15) nos ajuda a aprofundar mais na pergunta “por que estou assim?”, pois mostra a situação do Homem antes do pecado, a ação do demônio e a dinâmica de autoengano que se oculta no mau emprego da liberdade, instigado pelo maligno.

Vemos, nesta dinâmica, a maneira como opera permanentemente o pecado em todos os homens. Nela podemos ver como começa o diálogo (Gn 3,1b), como uma cilada e, posteriormente, a resposta do Homem (Gn 3, 2-3); a proposta de desobediência (Gn 3, 4-5); a mentira: “Não, Não morrereis”, “é bom para comer”, “de agradável aspecto” e “mui apropriado para abrir a inteligência”; a desobediência em si (Gn 3,6a).

A razão foi vencida pela fantasia, por uma falsa ilusão. O mal com aparência de bem. Finalmente o mal se difunde gerando no ser humano quatro rupturas: com Deus, consigo mesmo, com os irmãos e com a natureza.

núcleo do pecado está, contudo, em pretender alcançar essa grandeza separados de Deus e fora de seu Plano, rompendo com nossa dependência que brota da participação com Ele e n’Ele.

Finalmente, encontramos no Catecismo da Igreja Católica, nº. 389:

“A doutrina do pecado original é, por assim dizer, o reverso da Boa Notícia de que Jesus é o Salvador de todos os homens, de que todos têm necessidade da salvação e de que a salvação é oferecida a todos graças a Cristo”.

Padre Reinaldo Beijamim e Irmão Afonso Murad falam sobre Nossa Senhora livre do pecado original:

Fonte: A12

Sagrado Coração de Jesus, a devoção antídoto para o mundo ferido

A devoção ao coração chagado de Jesus se origina no século XI, quando cristãos piedosos meditavam sobre as cinco feridas de Jesus na cruz.

CORAÇÃO DO HOMEM NA OBRA FONTE INESGOTÁVEL

Deus, ao nos criar, colocou em nosso coração um certo desejo natural de autopreservação que nos permite, em suma, agir prudentemente para conservar a nossa vida diante de um perigo iminente, não arriscando-a levianamente, afinal, a vida é o primeiro dom que recebemos do Criador, e deve ser respeitada e conservada de modo justo e equilibrado.

Apenas tomando consciência do valor intrínseco que cada um de nós possuímos, por nossa dignidade de imagem e semelhança divinas, é que podemos viver o ensinamento máximo do Evangelho, que nos diz para amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Entretanto, este desejo de autopreservação muitas vezes encontra-se maculado pelo pecado e, por isso, apresenta-se em forma de um desequilíbrio doentio, que tende a transformar-se em pusilanimidade e fechamento ao outro. Assim, o próprio bem-estar e conforto tornam-se valores intocáveis, que não poderão ser perdidos nunca, seja qual for a necessidade que venha a surgir. Em resumo, a autopreservação desordenada transforma-se em egoísmo e perversão, palavra que, em sua raiz, per versus, quer dizer “voltado para si mesmo”.

Como antídoto para a cura deste mal que deseja corromper a nossa alma e afastá-la de sua plena realização, que é a santidade, não há outra via mais eficaz, a não ser mergulharmos em outro coração, este, com “c” maiúsculo: “O Sagrado Coração de Jesus, transpassado pelos nossos pecados e para nossa salvação, (…) considerado sinal e símbolo por excelência (…) daquele amor com que o divino Redentor ama sem cessar o eterno Pai e todos os homens” (CIC, §478).

A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, é uma das três solenidades do Tempo Comum, festejada na segunda sexta-feira após Corpus Christi, cuja devoção foi fomentada através das revelações de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII, embora os primeiros escritos mencionando esta veneração ao lado aberto de Jesus tenham origem por volta dos séculos XI e XII, nos mosteiros beneditinos e cistercienses, por meio da devoção às Santas Chagas de Cristo, como nos apontou São Bernardo de Claraval: “O mistério do coração abre-se através das feridas do corpo; abre-se o grande mistério da piedade, abrem-se as entranhas de misericórdia do nosso Deus”. Esta devoção, por fim, propagou-se com mais rapidez a partir de meados do século XIX, quando o Papa Pio X estendeu esta festa para toda a liturgia da Igreja, mas sua primeira celebração litúrgica foi realizada na França, em 20 de outubro de 1672.

Dentre as inúmeras graças colhidas desta magnífica devoção, ao contemplarmos o Sagrado Coração de Jesus, fonte inesgotável de amor, temos a nossa vida transformada e podemos ser curados de nossos egoísmos e perversões. Como nos ensina o Papa emérito Bento XVI no livro Guardare al Crocifisso“A autopreservação, a manutenção de si é o papel do coração. O coração transpassado de Jesus realmente transformou tal definição. Este coração não é auto conservação, mas é autodoação. Este salva o mundo abrindo-se. Tal transformação operada pelo coração aberto é o conteúdo do mistério pascal. O coração salva, sim, mas salva entregando-se. Neste coração de Jesus é, assim, colocado diante de nós o centro do Cristianismo. Nele é dita toda a novidade realmente revolucionária que acontece no novo pacto. Este coração invoca o nosso coração, nos convida a sair da inútil tentativa da auto conservação e encontrar no amar juntos, no dom de nós mesmos a Ele, a plenitude do amor que é eternidade e que somente assim conserva o mundo”. 

Como vimos, o Sagrado Coração de Jesus nos ensina a nova dinâmica evangélica, trazida ao mundo por Jesus, que é a doação e a abertura ao outro como verdadeira fonte de preservação da vida: “Todo o que procurar salvar a sua vida irá perdê-la; mas todo o que a perder irá encontrá-la” (Lc 17,33). Tal enunciado supera o conceito natural de autopreservação para elevá-lo ao patamar celeste: o valor verdadeiro da vida é encontrado ao fazê-la um dom a Deus e aos outros.

A vida cristã é repleta de oportunidades para encarnar este ensinamento de autodoação, à semelhança da oferta total de Jesus Cristo, e a Solenidade que celebramos hoje é o dia propício para pedirmos esta renovada graça ao Senhor. Sejamos, portanto, imitadores deste Coração misericordioso e sempre aberto aos outros, e ajudemos a difundir esta belíssima devoção.

Jesus manso e humilde de coração, fazei do nosso coração semelhante ao vosso!   

Fonte: Comunidade Shalom