DIOCESES CELEBRAM MISSAS DE ENVIO DOS JOVENS BRASILEIROS À JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE, EM LISBOA

Faltam pouco mais de 15 dias para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que acontece entre de 1º a 6 de agosto, em Portugal. Grupos de jovens vão partir de todo o Brasil rumo a Portugal para viver essa experiência do encontro com com o Papa Francisco e com jovens do mundo inteiro. Por todo o Brasil, a juventude já começa a se preparar para a viagem e as arquidioceses e dioceses brasileiras celebram missas de envio para jovens.

Neste domingo, 16 de julho, a primeira missa será na arquidiocese de Brasília, às 10h30, na Catedral Metropolitana, presidida pelo arcebispo, cardeal Paulo Cezar Costa e concelebrada pelo bispo auxiliar e referencial para a juventude, dom Denilson Geraldo.

De acordo com a arquidiocese de Brasília, a estimativa é de que cerca de 500 jovens viajem a Lisboa para participar do evento. “Eles são oriundos de diversos movimentos, grupos, serviços e paróquias da arquidiocese e se prepararam durante alguns meses, alguns até anos, para participarem da JMJ”, destaca o site da arquidiocese.

A arquidiocese informou ainda que o Setor Juventude pretende divulgar uma programação própria com encontros com o cardeal Paulo Cezar Costa que estará em Lisboa participando da Jornada.

Em Curitiba (PR), a missa de envio com uma bênção especial aos jovens que vão peregrinar na JMJ será às 11h, na paróquia Santo Antônio, no bairro Boa Vista, com transmissão pelo canal da arquidiocese de Curitiba no Youtube.

Já, os cerca de 50 peregrinos da arquidiocese de Juiz de Fora (MG) que marcarão presença no encontro da juventude vão celebrar a missa de envio às 16h, na catedral de Juiz de Fora. A celebração será presidida pelo arcebispo, dom Gil Antônio Moreira.  De acordo com a arquidiocese, os jovens partem para a Europa entre os dias 22 e 24 de julho. Antes de participarem da JMJ em Lisboa, dois grupos passarão por Milão, Assis e Roma, na Itália, e em Fátima, já em Portugal. A outra comitiva juiz-forana percorrerá cidades de França e Espanha antes de chegarem ao solo lusitano.

Jovens brasileiros em unidade

Os jovens da arquidiocese de Aracaju (SE) vão participar da missa de envio da JMJ 2023, no sábado dia  22 de julho. A Celebração será às 19h30, na paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, presidida pelo arcebispo emérito, dom José Palmeira Lessa.

No domingo, dia 23 de julho é a vez da juventude da arquidiocese de São Paulo (SP) celebrar a missa de envio às 11h, na catedral da Sé, em São Paulo, com a réplica dos símbolos da JMJ, a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora.

E não para por aí, na segunda-feira, 24 de julho, é a vez dos jovens da arquidiocese de Londrina se reunirem na missa de envio. A celebração será presidida pelo arcebispo, dom Geremias Steinmetz, às 19h30, na paróquia São José Operário – Decanato Oeste.

Juventude abençoada

Em Belo Horizonte (MG), a missa de envio foi celebrada no último dia 9 de julho. A celebração ocorreu na Catedral Cristo Rei e foi presidida pelo arcebispo de BH e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Na homilia, dom Walmor ressaltou a importância da Jornada Mundial da Juventude para Igreja, que fez uma opção preferencial pelos jovens: “A juventude é um broto de esperança. A Igreja precisa ser jovem para cuidar com rigor missionário de muitos que estão desistindo. O nosso segredo é em tudo partir de Cristo”, sublinhou o arcebispo.

Segundo a arquidiocese de BH, durante os últimos anos, esses jovens organizaram eventos em suas paróquias e buscaram ajuda de seus familiares para vivenciarem esta experiência do encontro com o Papa Francisco durante a JMJ, representando a arquidiocese de Belo Horizonte.

Na diocese de Jundiaí (SP), a missa aconteceu no dia 8 de julho, na Paróquia Nova Jerusalém, presidida pelo bispo diocesano, dom Arnaldo Carvalheiro Neto. Segundo a diocese, 300 jovens da diocese começam a embarcar no final de julho rumo a Lisboa, em Portugal, onde acontece o encontro com o Papa Francisco.

Jornada Mundial da Juventude

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. É, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja e um momento forte de evangelização do mundo juvenil. É também um convite a uma geração determinada em construir um mundo mais justo e solidário.

Desde a primeira edição, em 1986, em Roma, a Jornada Mundial da Juventude reúne milhares de jovens. De tempos em tempos, a JMJ é realizada em âmbito internacional, em uma cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença. Em 2013, o Rio de Janeiro foi a cidade anfitriã do JMJ. Na ocasião, milhares de pessoas vivenciaram esta experiência de fé, junto ao Papa Francisco.

Fonte: CNBB

Santa Teresa de Jesus dos Andes

Santa Teresa de Jesus dos Andes nasceu em Santiago do Chile, no dia 13 de julho de 1900, com o nome de batismo de Juanita Fernández Solar. Ela é a padroeira dos jovens da América Latina.

Viveu uma infância normal com sua família que tinha uma boa situação econômica. Gostava de passar as férias na fazenda, andar a cavalo e brincar na natureza. Foi educada dentro da fé cristã, e desde muito nova manifestou o seu gosto pelas coisas de Deus.

Estudou no colégio das Irmãs francesas do Sagrado Coração. Em 11 de setembro de 1910 recebeu a primeira comunhão, que marcou profundamente a sua vida. Sobre esse dia, ela escreveu em seu diário: “Por um ano me preparei. Durante esse tempo a Virgem me ajudou a limpar meu coração de toda imperfeição”. Ela prometeu receber a comunhão todos os dias, na medida do possível.

Aos quatorze anos, leu pela primeira vez a “História de uma alma” de Santa Teresinha do Menino Jesus. Passou por muitos problemas de saúde e movida por Deus, ela decidiu consagrar-se a Ele como religiosa, começando o discernimento sobre a sua vocação.

Aos 17 anos, leu os escritos de Santa Teresa d’Ávila. Começou a viver a oração como amizade e entrega aos demais. Também conheceu os escritos de Isabel da Trindade, experimentando uma grande sintonia com ela. Ao sentir o chamado para ser Carmelita, entrou em contato com a Madre Angélica, priora das Carmelitas de Los Andes e falou com ela sobre sua inquietação vocacional.

Em 7 de maio de 1919, entrou para o Carmelo de Los Andres, iniciando assim o postulantado com o nome de Teresa de Jesus. Exerceu um verdadeiro apostolado com as suas cartas a familiares e amigos, tratando de conduzi-los à amizade com Deus, à alegria e à gratidão. As suas Cartas e os seus Diários ficaram como legados da sua espiritualidade.

Recebeu o hábito carmelita no dia 14 de outubro de 1919 em presença de familiares e amigos de Santiago. Para ela a vida carmelita se resumia em três coisas: amar, sofrer e rezar pela conversão dos pecadores, pela santificação dos sacerdotes e da Igreja.

Em março de 1920, iniciada a Quaresma, Irmã Teresa comunicou ao seu confessor, Padre Avertano, que morreria dentro de um mês; pediu autorização para intensificar sua penitência pelos pecados da humanidade. Sem dar importância ao anúncio, como única resposta o confessor lhe pediu inteira disponibilidade a Deus e que viva a regra carmelita. Foi o que fez, dedicando-se ainda mais aos trabalhos, na entrega à oração e na vivência fraterna com suas coirmãs. Algum tempo depois, ela começou a ter muita febre, sofreu frequentes delírios, seis médicos a atenderam e a diagnosticaram com Tifo.

No dia 07 de abril, fez sua profissão religiosa, por causa do perigo eminente de morte. Repetiu três vezes, emocionada, a fórmula de consagração ao Senhor e agradeceu à comunidade a graça de poder fazer a profissão antes do tempo, pois ainda não havia completado seu Noviciado.

No dia 12 de abril, a Irmã Teresa de Jesus morreu com 19 anos e nove meses, tendo apenas onze meses como carmelita. Muitas pessoas foram à capela do convento para o funeral daquela que já era considerada uma “santinha” por muitos. A fama de santidade foi imediata, muitos diziam ter recebido bênçãos através da intercessão da Irmã Teresa de Jesus.

Em 13 de abril de 1987, Irmã Teresa de Jesus foi beatificada pelo Papa João Paulo II. Em 21 de março de 1993, o mesmo Papa a canonizou em Santiago do Chile. “A Luz de Cristo para toda a Igreja chilena é a Irmã Teresa de Los Andes”, disse João Paulo II na ocasião.

Padroeira dos jovens da América Latina, Santa Teresa dos Andes foi escolhida como uma das intercessoras da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2013, no Rio de Janeiro, sendo invocada como contemplativa de Cristo.

Reflexão:

“Para uma sociedade secularizada, que vive de costas para Deus, esta carmelita chilena, que viveu com alegria apresentada como modelo da perene juventude do Evangelho, oferece o testemunho límpido de uma existência que proclama aos homens e mulheres de hoje que no amar, adorar e servir a Deus estão a grandeza e a alegria, a liberdade e a realização plena da criatura humana”, disse João Paulo II na homilia de canonização de Santa Teresa. O Pontífice destacou que a vida de Santa Teresa “grita suavemente a partir do claustro: ‘só Deus basta!’” e este é um grito “especialmente aos jovens, famintos de verdade e em busca de uma luz que dê sentido a suas vidas”. “A uma juventude solicitada pelas contínuas mensagens e estímulos de uma cultura erotizada e uma sociedade que confunde amor genuíno, que é doação, com o uso hedonista do outro, esta jovem virgem dos Andes proclama hoje a beleza e bem-aventurança que emana corações puros”, acrescentou o Papa.

Oração:

Que das mãos de Maria te converteste Em uma jovem apaixonada por Jesus Cristo, És modelo de santidade e caminho de perfeição para a Igreja. Tu soubeste sorrir, amar, alegrar e servir. Tu foste forte para assumir a dor E generosa para amar. Tu soubeste contemplar a Deus Nas coisas sensíveis da vida. Mostra-nos o amor do Pai Para viver a amizade com alegria E com ternura na família. Ajuda aos fracos e aos tristes Para que o Espírito os anime na esperança. Intercede por nós E pede para o Chile o amor e a paz. Teresa dos Andes, Filha predileta da Igreja chilena, Religiosa do Carmelo, Amiga dos jovens, Serva dos pobres, Roga por nós cada dia.

Fonte: A12

Santa Sé: avançam processos de beatificação de dom Vital e dom Helder Camara

O Dicastério das Causas dos Santos comunicou que nomeou o monsenhor espanhol Melchor José Sanchez de Toca y Alameda como relator da Positio do processo de dom Helder Camara. No ano passado, a Santa Sé anunciou a validação jurídica de todo o material enviado a Roma. Também foi dado início à impressão da Positio do processo de dom Vital. A expectativa agora é que nos próximos dias o documento seja entregue aos membros das comissões romanas formadas por historiadores, teólogos, bispos e cardeais


A Igreja no Brasil, em especial o Regional Nordeste 2 da CNBB, celebra os mais recentes avanços nos processos de beatificação e canonização dos Servos de Deus dom Vital (1844-1878) e dom Helder Camara (1909-1999). Ambos, além de epíscopos – o primeiro pastor da Diocese de Olinda (PE) e o segundo da Arquidiocese de Olinda e Recife – foram em vida exemplos de cristãos e, por isso, caminham para o reconhecimento de suas virtudes.

O Dicastério das Causas dos Santos comunicou, nesta sexta-feira (7), que nomeou o monsenhor espanhol Melchor José Sanchez de Toca y Alameda como relator da Positio do processo de dom Helder Camara.

Este arquivo, que agora será elaborado, resume toda documentação já enviada pela arquidiocese e prova que o Servo de Deus viveu, em grau heróico, as Virtudes Teologais (Fé, Esperança e Caridade); b) Virtudes Cardeais (Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança); e as Virtudes de Estado Clerical (Pobreza, Humildade, Castidade e Obediência).

O relatório também incluirá depoimentos de testemunhas (Summarium Testium), além de reunir os documentos mais relevantes de autoria de dom Helder ou produzidos sobre ele (Summarium Documentorum).

O processo de beatificação e canonização de dom Helder foi aberto pela Igreja pernambucana em 2014 e a fase arquidiocesana foi concluída em 2018. No ano passado, no encerramento do 18º Congresso Eucarístico Nacional, a Santa Sé anunciou a validação jurídica de todo o material enviado a Roma.

O administrador Apostólico de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, comemora mais um passo dado para reconhecer a santidade de dom Helder. “Esse é nosso desejo, a declaração oficial da Igreja, pois conhecemos de perto as virtudes de dom Helder e o tomamos como modelo de santidade, na luta pela dignidade dos pobres, na vida de oração, na humildade e sabedoria”, afirmou.

Dom Vital a um passo de se tornar Venerável

A Tipografia Vaticana deu início à impressão da Positio do processo de beatificação e canonização de dom Vital. A expectativa agora é que nos próximos dias o documento seja entregue aos membros das comissões romanas formadas por historiadores, teólogos, bispos e cardeais.

“A depender da agenda dessas comissões, é possível que o Papa Francisco declare dom Vital como Venerável. Daí restará apenas um milagre para a beatificação”, explicou o confrade e vice-postulador da causa de dom Vital, Frei Jociel Gomes.

O processo de beatificação e canonização de dom Vital foi aberto oficialmente em 1953 e retomado em 1992. A fase diocesana foi encerrada em 2003 e a documentação enviada ao Vaticano. Na última terça-feira (4), a Igreja fez memória aos 145 anos de morte do religioso que foi o primeiro bispo capuchinho do Brasil.

Oração pela Beatificação de dom Helder Camara

“Ó Deus de amor e misericórdia, que destes à igreja o bispo dom Helder Camara, nós vos agradecemos pelo dom de sua vida e vos bendizemos por suas virtudes. Exercendo o seu ministério em favor da justiça e da paz, e dedicando sua missão à causa dos pobres, imitou o bom pastor que deu a vida por suas ovelhas. Vós que prometestes glorificar aqueles que vos servirem, dignai-vos glorifica-lo com a honra dos altares e, por sua intercessão, dai-nos a graça que vos suplicamos (menciona-se a graça em silêncio). Fazei que, seguindo o seu exemplo, possamos testemunhar o vosso amor e a vossa misericórdia, junto aos nossos irmãos e às nossas irmãs. Por nosso Ssenhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!”

Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

Oração pela Beatificação de dom Vital

Ó eterno, Divino Pai, pelos merecimentos do vosso Unigênito, peço-vos glorifiqueis nesta terra o vosso servo Dom Frei Vital Maria, concedendo-me a graça que vos imploro na minha presente necessidade (menciona-se a graça em silêncio). Ó eterno, Divino Filho, pelos merecimentos da vossa paixão e morte, peço-vos glorifiqueis nesta terra o vosso servo Dom Frei Vital Maria, concedendo-me a graça que ardentemente desejo (menciona-se a graça em silêncio). Ó eterno, Divino Espírito Santo, pela vossa infinita caridade, peço-vos glorifiqueis nesta terra o vosso servo Dom Frei Vital Maria, concedendo-me a graça de que tanto necessito (menciona-se a graça em silêncio).

Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

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Com informações da Pascom Olinda e Recife.

Fonte: Vatican News

REUNIÃO DA PASCOM BRASIL ANTECEDE A ABERTURA DO 13º MUTIRÃO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO NA ARQUIDIOCESE DA PARAÍBA

Na manhã desta quinta-feira, 13 de julho, a sede da arquidiocese da Paraíba, em João Pessoa, acolheu a reunião da coordenação da Pascom Brasil. A atividade, com a presença das representações regionais, foi conduzida pelo coordenador geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius; pela vice coordenadora, Janaína Gonçalves; e pelo secretário, Alex Ferreira. Em espírito sinodal, o encontro teve a participação dos bispos da Comissão Episcopal para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): dom Valdir José de Castro, dom Amilton Manoel da Silva e dom Edilson Soares Nobre, além dos assessores do colegiado, Osnilda Lima e padre Tiago Síbula.

O eixo da espiritualidade deu início à reunião da Pascom, seguida da dinâmica de apresentação, que evidenciou as alegrias e desafios da Pastoral da Comunicação nas diferentes realidades do país. “Esse é o momento de nos escutarmos. Neste ano, temos muita gente nova chegando, que está participando de sua primeira reunião como coordenador de Pascom. Por isso, mais uma vez, como em todos os grandes encontros de comunicação da Igreja no Brasil, nos reunimos para planejar e articular”, destacou Marcus Tullius.

Durante a reunião, o bispo de Campo Limpo (SP) e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, dom Valdir José de Castro, salientou a importância do caminho sinodal convocado pelo Papa Francisco para a articulação da Pastoral da Comunicação. Ele ressaltou a espiritualidade e a formação como pontos principais para a convergência do processo comunicacional da Igreja. “Precisamos criar uma comunicação de qualidade, porque ser sinodal é ser comunicador. Que possamos ajudar a nossa Igreja, nossas dioceses, a entender o que é a comunicação”.

Ao ressaltar as linhas de ação da Comissão Episcopal para o quadriênio, dom Valdir levantou o trabalho a ser realizado na própria Conferência, com a Pascom Brasil de forma direta, bem como à Signis Brasil e aos veículos de comunicação de inspiração católica. O presidente ressaltou que a comunicação deve construir pontes com as demais pastorais e organismos da Igreja. Assim, revelou que o primeiro passo concreto é em a parceria com a Comissão Episcopal para a Juventude.

Padre Tiago Síbula, assessor da Comissão Episcopal para a Comunicação pontuou as funções de cada bispo do colegiado, bem como o papel da assessoria. Na sequência, os demais bispos puderam fazer suas considerações acerca do caminho já realizado e dos desafios para o quadriênio.

Marcus Tullius destacou a missão de animar e fomentar a organização da Pastoral da Comunicação na base, isto é, nas paróquias, comunidades e dioceses. Atualmente, são 279 circunscrições eclesiásticas na Igreja no país e atualmente a Pascom Brasil está em contato com 220 arqui/dioceses ou prelazias. O coordenador nacional partilhou a atual organização dos Grupos de Trabalho (GTs) de Espiritualidade, Formação, Articulação e Produção, bem como os projetos idealizados e concretizados pelas equipes.

Fonte: CNBB

Um casal santo, que foi terra fértil para uma filha santa

Neste dia 12 de julho, celebramos o Santo Casal que é exemplo de santidade para toda Igreja, inspira a uma vida de oração na família, local onde são formados os santos.

Ele, relojoeiro, Luís Martin (1823-1894) e ela, rendeira, Zélia Guérin (1831-1877), ambos de origem burguesa, cristãos fiéis e apaixonados por Deus. Mostraram com suas vidas que o matrimônio é também um grande instrumento da graça para uma vida santa. Foram tão bem sucedidos na vivência da fé e da própria vocação matrimonial, que foram instrumentos de Deus para o nascimento e a educação de uma santa profeta da Igreja, conhecida como Teresinha do Menino Jesus, e também de suas irmãs, todas consagradas a Deus.

Esses dois são o segundo casal beatificado pela Igreja, depois de Luís e Maria Beltrame Quattrocchi, e o primeiro casal a ser canonizado juntos, marido e esposa, na mesma cerimônia, que se deu em 18 de outubro de 2015, pelo Papa Francisco. Vamos, então, conhecer um pouco da vida e do testemunho dessas duas almas esposas de Deus.

Tanto Luís quanto Zélia eram filhos de militares e foram educados num ambiente repleto de disciplina, devido às teorias jansenistas que muito fizeram a cabeça dos europeus da época. Após concluírem os estudos, começaram a discernir o próprio futuro. Luís optou pelo ofício de relojoeiro. Ali, mostrou sinais de que não almejava seguir a mesma carreira do pai, militar. Já a jovem Zélia ajudava sua mãe na administração de uma loja que a família possuía, especializando-se em tecelagens de rendas. Pouco a pouco, seus esforços foram recompensados e ela abriu a própria fábrica, obtendo bons resultados.

Desejos compartilhados pelo coração dos dois

Desde a adolescência, havia no coração dos dois os mesmos anseios, pois desejavam abraçar a vida consagrada, ingressando numa instituição religiosa. Tanto, que ele pediu para ser admitido na ordem dos cônegos regulares de Santo Agostinho. Seu pedido, entretanto, não foi atendido, pois não dispunha de um critério básico: não conhecia o latim. Zélia também, após alguns conselhos e orientações, entendeu que a vida religiosa não era o seu caminho. Deus, de fato, tinha outras vias para a santificação de Luís e Zélia.

O encontro entre os dois aconteceu em 1858, na ponte de São Leonardo em Alençon. Ao ver Luís, Zélia percebeu distintamente que ele seria o homem da sua vida. Após poucos meses de namoro e noivado, consumaram a união e abraçaram a vida matrimonial, sempre orientada pelos valores do Evangelho. Buscavam diariamente a eucaristia e a oração. A oração era cultivada a sós e também juntos. Buscavam com frequência a confissão e eram atentos às necessidades da paróquia que frequentavam.

Os frutos fecundos dessa união

Como fruto dessa união, nasceram nove filhos, todavia, apenas cinco sobreviveram, todas meninas, os demais morreram prematuramente. Entre as sobreviventes, estava Teresa, a futura santa Teresinha do Menino Jesus. Teresinha falava muito sobre seus pais em seus escritos. Suas recordações são fontes preciosas para compreendermos a via pessoal de santidade tanto dela quanto dos pais. O casal não educou suas filhas apenas para se tornarem boas mulheres, mas para serem santas. Aos quarenta e cinco anos, Zélia recebeu a terrível notícia de que tinha um tumor no seio. Enfrentou a doença com firmeza de fé e esperança e nunca arrefeceu em seu amor a Deus.

Teve então sua páscoa em agosto de 1877, deixando órfãs suas filhas. Teresinha, a caçula, tinha apenas quatro anos e meio de idade. O viúvo e suas filhas se transferiram para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia, com sua esposa. Assim, as filhas receberam os cuidados e o alento maternal da tia. Entre os anos de 1882 e 1887, esse pai atento acompanhou o ingresso das três filhas mais velhas no Carmelo.

Uma grande oferta foi também afastar-se de Teresinha, sua caçula. A pequena entrou para o Carmelo com apenas quinze anos de idade. A vida de Teresinha foi, desde o início, marcada pelo amor e pela dor. Pouco tempo depois, seu pai Luís foi atingido por uma enfermidade. Tornou-se bastante dependente e teve, inclusive, alterações em suas faculdades mentais. Foi internado no sanatório de Caen, onde veio a óbito em julho de 1894.

O casal foi beatificado em 19 de outubro de 2008, em uma cerimônia realizada na Basílica de Lisieux, dedicada à sua filha Teresinha, e presidida pelo cardeal José Saraiva Martins. A canonização foi presidida pelo Papa Francisco, em Roma, no dia 18 de outubro de 2015.

Que Deus abençoe, por meio da intercessão desse casal santo e fiel, todas as famílias. Que cada casal possa ver sua vocação matrimonial como uma via segura de santidade, como uma missão pessoal no mundo.

São Luís Martin e Santa Zélia Guérin, pais de Santa Teresinha, rogai por nós.

 

Fonte: Comunidade Shalom

São Bento de Nórcia

A principal fonte sobre a vida de São Bento é o livro II dos “Diálogos” de São Gregório Magno, totalmente dedicado a ele. Bento nasceu por vota do ano 480 em Núrcia (Norcia, em Italiano), província de Perúgia, região da Úmbria na Itália central. Tinha uma irmã gêmea, Escolástica, também canonizada. Os pais provavelmente tinham boa condição social e financeira, e por isso Bento teve a oportunidade de ir estudar em Roma.

A época era difícil, de decadência, desagregação e confusão, pois todo o território do antigo Império Romano ainda sofria com as sucessivas invasões de variados povos bárbaros. Roma apresentava desorganização e mediocridade moral. Também na Igreja a situação era difícil, incluindo um cisma de três anos após a morte do Papa Anastácio II em 498, que foi seguida pela disputa entre Símaco, Papa legítimo, e Lourenço, antipapa. Neste ambiente, corrompido por barbárie e antiga cultura decante, ficou evidente para Bento que seus desejos de busca elevada e sobrenatural não poderiam ser alcançados.

De fato, mesmo moço, já tinha a personalidade sedimentada numa profunda maturidade: assim São Gregório se refere a ele, “Houve um varão de vida venerável, bento por graça e por nome, dotado desde sua mais tenra infância de uma cordura de ancião. Com efeito, antecipando-se por seus costumes à idade, jamais entregou seu espírito a qualquer prazer (…), desprezou o mundo com suas flores, como se estivessem murchas”.

Portanto abandonou os bens, a casa e os estudos, escolhendo viver na erma aldeia de Efide (atual Affile), a aproximadamente 50 km de Roma, nas montanhas de Sabina, em recolhimento e oração. Sua antiga governanta não se quis separar dele e o acompanhou, servindo-o nos afazeres domésticos.

Veio a ocorrer que esta mulher, por descuido, deixou cair e quebrar uma jarra de argila emprestada de uma vizinha. Bento a encontrou chorando pelo acontecido, e, compadecido, juntou os pedaços e rezou sobre eles, que se reconstituíram de forma perfeita. Este foi o primeiro milagre por sua intercessão, que logo lhe trouxe muita fama e popularidade; ele, que “desejava mais os desprezos que os louvores deste mundo” (São Gregório Magno), retirou-se, agora sozinho, para as montanhas de Subíaco.

Ali, por volta de 505, refugiou-se numa gruta, tendo antes encontrado com um monge chamado Romão (ou Romano) de um mosteiro próximo. Romão o ajudou baixando diariamente, por uma corda, o pão que durante certo tempo foi o único alimento do jovem eremita; também forneceu a Bento um hábito monástico.

Durante três anos, entregue à direção do Espírito Santo, viveu Bento, sofrendo muito as tentações do diabo. Em relação à pureza, em ocasião particularmente intensa, encontrou como recurso o expediente de, para não fraquejar, retirar as vestes e atirar-se nu nas moitas de espinhos e urtigas, nas quais arrastou-se, de modo que todo o corpo ficou ferido, e a dor substituiu o desejo. Depois do episódio, não mais foi tentado pela luxúria.

Estando com cerca de 30 anos, a comunidade de um mosteiro próximo, em Vicaro, insistiu para que ele se tornasse o abade. Estes monges, tíbios e insinceros, logo se arrependeram, pois Bento os queria conduzir para a perfeição, através da observância estrita da regra monástica e do dever, o que não desejavam; decidiram então matá-lo, colocando veneno no seu vinho.

Ao abençoar Bento a bebida, com o sinal da Cruz, o recipiente se quebrou, e o santo abade descobriu as suas intenções. Abandonando o mosteiro, Bento voltou para a sua gruta (conhecida depois como Sacro Speco, “gruta sagrada”, e que foi protegida para preservação com a construção do Mosteiro de São Bento na montanha de Subíaco).

Mesmo na solidão a sua fama de santidade se espalhou, e surgiram discípulos em número crescente. De Roma chegavam nobres varões, e filhos de muitos patrícios desejosos de que Bento os ensinasse e formasse. Entre eles estavam por exemplo os futuros São Mauro e São Plácido, importantíssimos na História da Ordem e da Igreja. Houve a necessidade de Bento fundar 12 mosteiros nas proximidades, no vale do rio Aniene, cada qual com 12 monges dirigidos por um abade sob sua supervisão.

Na prática, estava fundada assim a Ordem Beneditina. Em paz e harmonia, dedicando-se à oração e ao trabalho, a comunidade prosperava, e os milagres, a doutrina e santidade de Bento despertavam numerosas vocações.

Muitos foram os milagres de São Bento ali. Curou doentes, salvou pessoas de perigos, expulsou demônios, fez um monge andar sobre as águas, ressuscitou um menino morto. Um dos mais famosos foi ter feito brotar água de um ponto alto na montanha, para abastecer três dos mosteiros, cujos monges tinham grande dificuldade em subir e descer para consegui-la.

A fonte permanece abundante até hoje. Bento recebeu também o dom de saber o que se passava com os seus filhos espirituais, sem vê-los, à distância; assim pôde corrigir, por exemplo, dois monges que indevidamente tinham bebido e comido fora do mosteiro, e outro que, também indevidamente, aceitara um presente das monjas de um mosteiro próximo, ao qual Bento lhe mandara dar assistência espiritual.

Como é comum, tais maravilhas despertam inveja, e o pároco de uma igreja nas vizinhanças de Subíaco, de nome Florêncio, iniciou uma campanha de difamação dos beneditinos e seu abade, procurando afastar deles as pessoas. Não tendo sucesso, presenteou São Bento com um pão envenenado. Ora, todo dia o santo oferecia pão a um corvo que vinha na hora da refeição.

Bento ordenou-lhe que levasse o pão envenenado para longe, onde não pudesse fazer mal a ninguém, e assim aconteceu. Florêncio então tentou corromper os outros monges, fazendo entrar no quintal do mosteiro sete moças nuas para despertar a sua luxúria. Bento, sabendo que era ele próprio o motivo desta perseguição, resolveu ir embora com alguns poucos irmãos, depois de organizar a direção da comunidade. Florêncio contemplava satisfeito a partida do abade, sobre um terraço, quando só esta parte da construção ruiu, e o matou… São Bento, avisado, chorou pelo inimigo. A data aproximada era 529.

Bento chegou com seus companheiros a Cassinum, uma antiga vila fortificada romana, entre Roma e Nápoles. Reformando a fortaleza e o antigo templo pagão do lugar, transformou-os na célebre Abadia de Monte Cassino, de onde a Ordem Beneditina se espalhou por toda a Europa. Realmente foi a sua influência de comunidade verdadeiramente católica, de governo sábio e organizado, baseado nas diretrizes do Evangelho, que se tornou o exemplo iluminado para os costumes espirituais e materiais, tanto no âmbito público como no privado, de toda uma época, sendo igualmente referência para todos os tempos.

Um dos aspectos essenciais deste sucesso é a famosíssima Regra que São Bento aí escreveu (ao menos na sua redação atual) para os seus monges, um farol de sensatez, equilíbrio e sabedoria espiritual e prática, que permite “aos fortes progredirem a aos fracos não desanimarem”. É uma leitura obrigatória para todo católico, religioso ou leigo, que queira aprofundar e desenvolver a sua vida espiritual, sob o benefício da equidade.

Como esclarece o erudito bispo e teólogo Bossuet, do século XVII, a Regra de São Bento é “uma suma de cristianismo, um douto compêndio de toda a doutrina do Evangelho, de todas as instituições dos Santos Padres, de todos os conselhos de perfeição. Nela sobressaem eminentemente a prudência e a simplicidade, a humildade e o valor, a severidade e a mansidão, a liberdade e a dependência; nela a correção desdobra todo o seu vigor, a condescendência todo o seu atrativo, a autoridade a sua robustez, a sujeição a sua tranqüilidade, o silêncio a sua gravidade, a palavra as suas graças, a força o seu exercício, e a debilidade o seu sustentáculo”.

O seu objetivo é afastar do coração humano as trivialidades, facilitando a alma a elevar-se sem obstáculos a Deus, serena e permanentemente focando na vida infinita do Paraíso, e o seu modus operandi é o conhecido aforismo Ora et Labora, “reza e trabalha”, que harmoniza – na ordem certa – as atividades vitais do ser humano, a oração e a ação.

A obra civilizadora de São Bento e sua Regra foram a resposta de Deus ao caos do período, trazendo obediência e beleza, cultura e espiritualidade – os fundamentos da vida humana comunitária – para as sociedades medievais e posteriores.

Monte Cassino e São Bento passaram a ser procurados e visitados por bispos, abades, reis, príncipes, nobres, pessoas comuns, em busca de conselho, conforto, orientação e aprendizado. Da mesma forma, posteriormente, outros mosteiros beneditinos passaram a ser o centro de núcleos de civilização e progresso, em torno dos quais os países europeus fixaram as bases do seu desenvolvimento, que só é possível com paz e estabilidade.

Santa Escolástica, irmã gêmea de São Bento, promoveu o desenvolvimento do ramo feminino da Ordem. Encontravam-se anualmente numa casa pertencente ao mosteiro de Monte Cassino, relativamente próxima do mosteiro feminino. No ano de 547, sabendo que sua morte estava próxima, e tendo passado como sempre aquela data especial em elevada conversação com o irmão, Escolástica pediu que ele ali ficasse e tivessem ainda a noite para falar das coisas de Deus. Bento recusou energicamente, pois disciplinadamente queria passar a noite no mosteiro.

Ela então abaixou a cabeça, rezando por alguns momentos, e quando a ergueu de novo o tempo, límpido, transformou-se numa tempestade tão absurdamente violenta que água e raios impediam completamente que o abade e seus poucos monges acompanhantes saíssem da casa.

“— Que Deus Todo-Poderoso te perdoe, irmã! O que fizeste?

— Supliquei a ti e não quiseste atender-me. Roguei ao meu Senhor e Ele me ouviu. Agora sai, se podes, e regressa ao mosteiro…”

São Bento entendeu, e passaram a noite em vigília. Três dias depois, ele viu a alma da irmã, sob a forma de pomba, subir ao Paraíso. Mandou recolher o seu corpo e o sepultou no local que havia aprontado para si. Bento faleceu provavelmente no mesmo ano, 547, em 21 de março.

Tendo conhecimento do que ia acontecer, mandou preparar a sepultura ao lado da irmã com seis dias de antecedência. Logo foi tomado de febre, com a condição piorando rapidamente. No dia previsto, fez questão de ser levado ao oratório, onde, apoiado nos braços dos irmãos, recebeu a Santíssima Comunhão e morreu, de pé, com a alma erguida diante do Senhor.

Após sua morte, a Ordem Beneditina continuou a crescer, especialmente a partir da Abadia de Cluny, na França do século X: chegaram estar subordinados a ela 17 mil mosteiros. Nações inteiras foram convertidas ao Catolicismo sob a influência beneditina; muitas e famosas universidades, como Paris, Cambridge, Bolonha, Oviedo, Salamanca e Salzburgo tiveram origem a partir de colégios beneditinos; mais de 30 Papas adotaram sua Regra; incontáveis mártires, cardeais, bispos, santos, discípulos, partilharam e partilham desta espiritualidade.

São Bento é o Fundador e Patriarca do monaquismo do Ocidente, e primeiro Patrono da Europa, atualmente junto com santos Metódio e Cirilo e santas Brígida, Catarina de Sena e Tereza Benedita da Cruz.

Fonte: A12

 

O Papa: Tomás de Aquino, homem de Igreja de imensa sabedoria espiritual e humana

Francisco nomeou o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, enviado especial para a celebração dos 700 anos da canonização do Doutor Angelicus na Abadia de Fossanova, em 18 de julho.


“Homem de Igreja”, sacerdote e doutor que partilhou a sua “imensa sabedoria espiritual e humana” através de orações e escritos. O Papa Francisco recorda a figura de Santo Tomás de Aquino na carta em latim, divulgada nesta terça-feira (11/07), com a qual nomeia o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, seu enviado especial para a celebração dos 700 anos da canonização que será celebrada, em 18 de julho, na Abadia de Fossanova, no município de Priverno, na província de Latina, na Itália.

“Nunca insuflado pelo conhecimento, mas sempre edificado pela caridade”, o frade dominicano, a quem seus contemporâneos já chamavam de “Doutor Angelicus”, foi “cheio de uma cultura admirável”, sublinha o Papa na carta, datada de 30 de junho. “Ele escreveu muitas obras e ensinou várias coisas, e foi bem qualificado nas disciplinas filosóficas e teológicas. Brilhou com reta inteligência e lucidez, e enquanto investigava reverentemente os mistérios divinos com a razão, os contemplava com fé fervorosa.”

O triênio tomista

Como já na carta aos bispos de Latina, Sora e Frosinone, publicada em 28 de junho passado, o Papa Francisco recorda o triênio tomista no qual recordarão, além dos 700 anos da canonização, os 750 anos de sua morte, em 2024, e o oitavo centenário de nascimento em 2025. “Com grande deleite de alma e alegria espiritual, acolhemos os vários projetos da Igreja para honrar dignamente o zelo do mais ilustre Doutor da Santidade e o estudo da doutrina sagrada”, escreve o Papa, acrescentando que aceitou o pedido dos bispos Mariano Crociata, pastor de Latina, Terracina, Sezze, Priverno; Gerardo Antonazzo, de Sora, Cassino, Aquino, Pontecorvo; Ambrogio Spreafico, de Frosinone, Veroli, Ferentino e Anagni-Alatri, que um cardeal presidisse a celebração, em julho, em honra a Santo Tomás e pronunciasse “palavras de encorajamento espiritual”.

A celebração

Daí a nomeação de Semeraro que celebrará a solene Eucaristia na Abadia de Fossanova, lugar onde o santo “adormeceu no Senhor”. “Todos os participantes deste evento”, escreve o Pontífice, “serão encorajados a manifestar seu amor especial a Cristo e seu Evangelho com força renovada e novo zelo através da oração”, bem como “ser ardentes com o zelo da fé na vida cotidiana”.

Outros eventos

Por ocasião da publicação da carta do Papa, junto com o convite a usar o texto para “reflexão cuidadosa e inspiração”, os bispos Crociata, Antonazzo e Spreafico informaram sobre outros eventos a serem realizados em homenagem ao seu padroeiro. Na tarde de terça-feira, 11 de julho, se realiza um encontro de reflexão em Latina, enquanto um momento de oração está programado na Abadia de Fossanova na tarde de sexta-feira, 14 de julho. No dia 18 de julho, às 18h30 locais, haverá a celebração solene com o cardeal Semeraro.

Fonte: Vatican News

13º MUTIRÃO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO ACOLHE COMUNICADORES ECLESIAIS DE TODO BRASIL DE 13 A 16 DE JULHO, EM JOÃO PESSOA (PB)

Nos dias 13, 14, 15 e 16 de julho, acontece o 13º Mutirão Brasileiro de Comunicação (MutiCom), promovido pela Conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Comissão Episcopal para a Comunicação, e organizado pela arquidiocese da Paraíba. O evento irá acontecer no Centro de Convenções de João Pessoa. Com o tema “Comunicar para a Cultura do Encontro”, o Mutirão tem como objetivo discutir a importância de uma comunicação com uma abordagem que valoriza a empatia, a escuta ativa e o diálogo.

O bispo de Campo Limpo (SP) e presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, dom Valdir José de Castro, em vídeo gravado para convidar os participantes, ressaltou que além de ser um momento importante dos comunicadores da Igreja no Brasil se encontrarem para compartilhar as experiências e o trabalho pastoral no campo da comunicação, será também uma oportunidade para refletir sobre a cultura do encontro.

“Numa sociedade tão polarizada, o tema do MutiCom se torna muito necessário hoje. A gente precisa trabalhar para que a cultura do encontro possa crescer sempre mais. Como sabemos, a cultura do encontro está sendo promovida pelo Papa Francisco e á algo pelo qual devemos trabalhar”, reforçou.

De acordo com os organizadores do MutiCom para comunicar para a Cultura do Encontro, é preciso estar disposto a entender as perspectivas do outro, deixar de lado julgamentos preconcebidos e humildemente admitir que nem sempre se tem todas as respostas.

Outros pontos importantes, destacados pela organização, é que é importante reconhecer as emoções e necessidades do outro e expressar-se de forma clara e respeitosa. “Em um mundo cada vez mais polarizado, comunicar para a Cultura do Encontro pode ser uma abordagem valiosa para promover a compreensão, a colaboração e o respeito mútuo”, reforçam.

Programação

Durante o evento, serão realizadas palestras com os temas: Tolerância e múltiplas diversidades; Influenciadores digitais: efeitos e perspectivas; Amizade social e diálogo na era da desinformação e Ecologia integral e cultura do bem viver.

Além disso, o Muticom também contará com a participação do biógrafo do Papa Francisco, Austen Ivereigh. Ele será o responsável pela palestra magna, que ocorre na abertura do evento, qual o título é o tema do 13º Mutirão Brasileiro de Comunicação.

O arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Manoel Delson, publicado nas redes sociais da arquidiocese, em um convite aos pasconeiros, jornalistas, radialistas, profissionais de mídia digital, ressaltou que trata-se de uma oportunidade única para se atualizar dos temas atuais da comunicação.  Você pode assistir ao vídeo clicando aqui.

O 13º Mutirão de Brasileiro de Comunicação anuncia-se como um momento de muito aprendizado e crescimento. O evento irá reforçar a importância da comunicação como ferramenta de transformação social e coloca em pauta a responsabilidade dos profissionais da área em disseminar informações verdadeiras e relevantes e com muita empatia para a sociedade.

Acompanhe as notícias do Muticom (Aqui)

Fonte: CNBB

Nem seu filho nem você foi feito para as telas!

Você permitiria que uma empresa de coleta de lixo despejasse detritos em sua casa? As mentes e corações de nossos filhos são palácios, que valem infinitamente mais do que o nosso próprio lar. Até que ponto não devemos ir para salvaguardar-lhes a saúde?

Assisti uma vez a um comercial de serviço telefônico que me assombra até o dia de hoje. Uma das cenas consistia em um pai com seus filhos, num acampamento, todos sentados ao redor da fogueira. O pai parecia estar contando uma história assustadora, bem ao estilo clichê do pai moderno e bobalhão. Os dois filhos se entreolharam, reviraram os olhos e mergulharam de cabeça nos próprios celulares. Essa foi só uma das peças, e eu a achei assustadora. Bastou esse comercial para me convencer de que, definitivamente, eu não deveria comprar um smartphone para os meus filhos. A família é o alicerce fundamental da sociedade, e a mensagem básica do anúncio era que você deveria comprar esse serviço para poder se desligar de seus pais idiotas e seguir em frente com o importante trabalho do seu entretenimento e conexão às mídias sociais.

Eu vejo algo semelhante em meus alunos. Sou professor de física do ensino médio, e a tendência geral do dia na escola é que os alunos façam o que têm de fazer (ou nem isso, às vezes), para que possam se desligar dos arredores físicos e voltar aos filmes a que estão assistindo ou aos jogos que estão jogando. De vez em quando, chega à escola um aluno que esqueceu o celular, e os olhos arregalados são suficientes para indicar que ele está sofrendo de abstinência. A maior parte deles é, literalmente, viciada. Alegra-me dizer que esse não é o caso de todos os meus alunos, e ainda vejo muitas interações positivas face a face ao longo do dia, mas a obsessão pelas telas é certamente uma tendência geral. Tudo o que escrevo aqui se aplica não só a smartphones, mas também a laptopstablets e outros dispositivos.

Mas nós não fomos feitos para as telas. Fomos feitos para o encontro com o outro; fomos feitos para aquele Encontro final com o Tu Eterno. “O homem… não pode se encontrar plenamente a não ser no sincero dom de si mesmo” (Gaudium et Spes, 24), e nós não podemos doar sinceramente a nós mesmos senão no encontro pessoal.

O mundo da tecnologia e das mídias sociais é predominantemente de aparências, propaganda e entretenimento. Tende a causar déficit de atenção e criar uma mentalidade consumista, se não for cuidadosamente controlado. A gratificação instantânea está se tornando cada vez mais a norma; e a virtude, como consequência, é cada vez menos comum. À medida que o conforto, o prazer e o entretenimento se tornam mais facilmente disponíveis por meio de nossa tecnologia, exige-se muito pouco de nós. Mas o sentido da vida não é o conforto ou o prazer ou o entretenimento. Perseguir esses fins cria consumidores voltados para si próprios, e não indivíduos corajosos e nobres, capazes de se doar e amar de verdade.

Não estou dizendo que a tecnologia e os smartphones são inerentemente maus. Nenhum componente tecnológico é mau em si mesmo — só na forma como é usado. Mas um aparelho com acesso a praticamente tudo não deve ser entregue sem restrições a crianças. Os celulares podem ser um meio de comunicação muito útil entre familiares e amigos, mas um smartphone carregado é mais perigoso que uma arma carregada [i]. Uma arma só é capaz de ferir ou matar fisicamente; um smartphone sem restrições tem o potencial de escravizar o coração, a mente e a alma, de muitas e diferentes maneiras.

A realidade inteira proclama a bondade de Deus. Todas as coisas dão testemunho de seu poder e de seu amor [ii]. Mas a realidade virtual, significativamente distante da natureza, carece da abundância de encontros que desejamos.

Se queremos que nossos filhos sejam corajosos, fortes, ordenados e sábios, devemos expô-los à beleza da criação, não aos perigos que espreitam na internet. Deixe que eles se tornem mais plenamente eles próprios, que sejam mais plenamente humanos, e então eles serão capazes de fazer escolhas melhores para si mesmos [iii].

Como livrar os seus filhos do vício em telas

Gostaria de responder a uma e outra objeção que eu costumo receber, vinda de amigos que dão celulares, tablets e laptops aos próprios filhos.

Às vezes, esses pais dizem que dão smartphones aos filhos porque eles precisam saber como usar a tecnologia no mundo de hoje.

Em primeiro lugar, as atividades para as quais esses dispositivos geralmente são usados não são tecnologicamente avançadas ou produtivas. Muitos de meus alunos ainda lutam para dominar com rapidez aplicativos novos e tarefas básicas de programação. A maioria não tem ideia de como seus dispositivos realmente funcionam. Os usuários da tecnologia não estão necessariamente ganhando experiência em como usá-la bem. Isso fica bem evidente no uso que se faz da calculadora. Não é incomum que um aluno tenha uma calculadora cara e sofisticada que ele usa só para aritmética, ou que ele aperte um botão errado, obtenha um resultado completamente sem sentido e, ainda assim, registre o que a calculadora apresentou sem pensar criticamente sobre o resultado.

Em segundo lugar, se se diz que as pessoas na sociedade de hoje precisam saber como usar a tecnologia, digamos então que elas também precisam aprender a dirigir, mas isso não significa que devamos entregar as chaves de um carro a crianças de cinco, oito ou doze anos de idade. Nós damos privilégios [às pessoas] de acordo com a maturidade [que atingem] e, de uma perspectiva eterna, um dispositivo sem supervisão é mais perigoso que um carro, requerendo portanto mais sabedoria e maturidade.

Os pais também dizem, às vezes, não querer que seus filhos sejam os únicos sem telefone. Minha pergunta é: Por quê? Por acaso não queremos que nossos filhos fiquem tranquilos com o fato de estarem isolados, se eles tiverem de estar? Será que não se apresentarão circunstâncias, ao longo da vida de nossos filhos, diante das quais eles precisarão de segurança para remar contra o fluxo da cultura ou do seu grupo de amigos? É uma coisa terrível que treinemos nossos filhos para sempre seguirem a multidão. A pressão social é, muito provavelmente, a pior razão para se fazer qualquer coisa. Nossos filhos precisam aprender a ficar isolados quando for necessário.

Algumas vezes, os pais dizem não querer que seus filhos fiquem entediados, e os filhos geralmente reclamam que estão entediados. A essa reclamação de tédio geralmente se segue um pedido por mais tempo de telas, para que eles possam se divertir. Mais uma vez, o tédio não é uma coisa assim tão má. Eu prefiro meus filhos ficando entediados e aprendendo a usar a própria imaginação do que buscando continuamente um entretenimento passivo. O tédio não é um fruto das circunstâncias, mas o resultado de um estado de caráter. Como escreveu G. K. Chesterton: “Não há, na terra, assunto desinteressante; a única coisa que existe são pessoas desinteressadas” [iv].

Há momentos em que é justificável colocar nossos filhos sentados em frente a uma tela? Minha própria resposta a essa pergunta é sim, mas cada pai deve discernir cuidadosamente isso por si próprio. De todo modo, esse tempo de tela deve ser o mínimo possível, e com muita atenção ao que está sendo consumido.

Você permitiria que uma empresa de coleta de lixo despejasse detritos em sua casa? Convidaria os operários de infraestrutura urbana a direcionar os tubos de esgoto da cidade para a sua sala? As mentes e corações de nossos filhos são palácios, que valem infinitamente mais do que o nosso próprio lar. Até que ponto não devemos ir para salvaguardar-lhes a saúde?

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

PRIMEIRA SEXTA-FEIRA do mês: voltemos nossos corações ao Coração de Jesus

Jesus Cristo é o único verdadeiro amigo de nossos corações que não foram feitos senão para Ele só. Assim, não podem encontrar repouso, alegria, nem plenitude senão Nele

Santa Margarida Maria de Alacoque

coração de jesus

Santa Margarida Maria de Alacoque foi instituída como discípula do Sagrado Coração, pelo próprio Jesus, em uma de suas experiências místicas e tinha que divulgar ao mundo o que Jesus lhe falava, o que Ele a fazia sentir: o amor mais puro e forte que poderia existir.

Jesus passou a ensinar-lhe os segredos de Seu Sagrado Coração, normalmente quando ela estava em adoração ao Santíssimo Sacramento.

Jesus permitiu que ela sentisse as dores da Chaga, aberta em Seu peito na cruz e nas primeiras sextas-feiras do mês essa dor lhe apertava mais. Então Jesus, lhe revelou como amava tão fortemente os homens e que o desprezo que recebia da humanidade lhe doía mais do que sofreu em sua Paixão. Que se os homens Lhe correspondessem com um pouquinho de amor, Ele teria, mesmo no pouco, a retribuição de todo amor que ofertou, mas que os homens só Lhe ofertavam repulsas e friezas.

A partir daí, Jesus pede a Margarida Maria que console seu coração fazendo o seguinte:

(i) comungar com a maior frequência possível, com todo amor;

(ii) comungar em todas as primeiras sextas do mês;

(iii) nas noites de quinta para sexta-feira, entre as 23h e meia-noite (Hora Santa), acompanhar Jesus na tristeza que sentiu no Horto das Oliveiras, ficando em oração, para aplacar a ira divina e pedir misericórdia para os pecadores.

Jesus lhe ensinou, ainda, que o que mais anseia é um coração arrependido e humilhado, por isso pede humildade e sinceridade na confissão.

Para os corações que consolam o Sagrado Coração de Jesus, na 1ª sexta de cada mês, Ele fez muitas promessas. Jesus não as ditou em ordem. A Igreja tomou as diversas mensagens recebidas por Sta. Margarida Maria e as ordenou.

Na “grande aparição” de Jesus a Santa Margarida Maria, Ele pediu que fosse celebrada a Festa ao Seu Sagrado Coração na sexta-feira seguinte à festa de Corpus Christi: “Comungue-se nesse dia, e seja feita a devida reparação por meio de um ato de desagravo, para reparar as indignidades que recebeu durante o tempo em que esteve exposto sobre os altares. E eu te prometo que o meu coração de dilatará, para derramar com abundância os benefícios de seu divino amor sobre os que lhe tributarem essa honra e procurarem que outros a tributem”.

Conheça agora as 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:

1ª Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração”;

2ª Promessa: “Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”;

3ª Promessa: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”;

4ª Promessa: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”;

5ª Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”;

6ª Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”;

7ª Promessa: “Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias”;

8ª Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”;

9ª Promessa: “As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição”;

10ª Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”;

11ª Promessa: “As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração”;

12ª Promessa: “A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.

 

Condições para obter as graças prometidas pelo Sagrado Coração de Jesus:

As condições indispensáveis para a grande promessa do Sagrado Coração de Jesus – perseverança final e salvação eterna – são:

a) a comunhão deve ser feita na primeira sexta-feira do mês;

b) a novena de comunhão deve ser feita em nove meses consecutivos. Se houver interrupção, deve ser recomeçada.

c) deve ser feita em estado de graça e na intenção de honrar o Sagrado Coração. Aconselha-se a confissão.

Ato de reparação ao sacratíssimo Coração de Jesus

Tudo por Jesus, Nada sem Maria

 

Leia mais:

ENCÍCLICA HAURIETIS AQUAS, sobre o Culto do Sagrado Coração de Jesus, Papa Pio XII, 15 de maio de 1956.

 

Fonte: Comunidade Olhar Misericordioso

A incrível história de Santo Antônio Maria Zaccaria

O mês de Julho, está recheado de comemorações. Dentre as festas litúrgicas, encontramos o dia da festividade de Nossa Senhora do Carmo e de Santo Antônio Maria Zacaria. Você conhece a história dele? Ela é maravilhosa!

Ele era médico e um dos líderes da Contrarreforma. Assim, como São Paulo, era eloquente e sua fé fervorosa. Para quem aí acha que existe divisão entre fé e ciência, precisa conhecer esse Santo. Com sua vida, ele nos ensina que as duas forças caminham juntas e não separadas.

Santo Antônio Maria Zacaria é conhecido como um dos fundadores da devoção da Adoração das quarenta horas, que consiste em os fiéis realizarem quarenta horas de Adoração ao Santíssimo Sacramento.

Além disso, seu amor era tão grande por Jesus que todos os dias se propunha a tocar o sino às 15h (hora da Paixão de Cristo).

Seu amor por Jesus presente na Eucaristia, sua fé profunda e seus cuidados aos enfermos trazem a firme decisão de confiar em sua intercessão para cuidar do nosso corpo e da nossa alma.

Linda história não é mesmo? Por isso, faça essa oração:

Santo Antônio Maria Zaccaria,
auxílio dos pobres e enfermos,
o senhor que devotou a sua vida ao nosso bem espiritual,
ouve a minha humilde e esperançosa oração.
Continue seu trabalho como médico e sacerdote
obtendo de Deus a cura de minhas enfermidades físicas e morais,

para que, livre de todo mal e de todo pecado,
eu possa amar ao Senhor com alegria,
cumprir com fidelidade meus deveres,
trabalhar generosamente pelo bem de meus irmãos e irmãs,
e para minha própria santificação.
 Amém. 

Fonte: A12

 

A LIDERANÇA DO BOM PASTOR

Na Bíblia há uma abundância de referências ao líder como pastor do seu rebanho. Eram considerados pastores todos aqueles que tinham responsabilidades sobre os outros, de modo particular as autoridades civis e religiosas (cf. Ez 34,1-16; 1Pd 5,1-3). Deus é o bom pastor por excelência (cf. Sl 23; Sl 80,2). “Como um pastor, ele cuida do rebanho, e com seu braço o reúne; leva os cordeirinhos no colo e guia mansamente as ovelhas que amamentam» (Is 40,11). “A misericórdia do Senhor é para todos os seres vivos. Ele repreende, corrige, ensina e dirige, como o pastor conduz o seu rebanho” (Eclo 18,12-13). 

Os bons pastores eram a referência de segurança do rebanho, por isso os inimigos de um rebanho tinham como estratégia o ataque aos pastores, para dominarem o rebanho: “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão” (Mc 26,31). No seu tempo, Jesus lamentou a situação do povo disperso vagando como ovelha sem pastor (cf. Mc 6,34). Os líderes eram indicados como chefe para as comunidades afim de que elas não ficassem como rebanho sem pastor (cf. Nm 27,16-17; 1Rs 22,17). 

Líderes agressivos e negligentes foram denunciados ao longo da história do povo de Israel: “os videntes só enxergam mentiras, contam sonhos fantásticos e dão consolo sem valor: por isso, o povo anda vagando, perdido, como ovelhas sem pastor” (Zc 10,2); “Ai do pastor de coisa nenhuma, que abandona o rebanho!” (Zc 11,16). 

 O comportamento dos maus pastores 

A categoria “pastor” é uma metáfora que hoje se aplica a todos os líderes na Igreja e na sociedade: aos pais, agentes de pastorais, coordenadores de comunidades, líderes políticos, presbíteros, párocos, pastores, bispos, educadores, gerentes, profissionais em geral. Todos somos considerados pastores porque temos a responsabilidade do cuidado de outros. No capítulo 34 do profeta Ezequiel temos uma lista de atitudes condenadas dos maus pastores: a omissão, fuga da responsabilidade pessoal, violência, vaidade, insensibilidade, negligência, egoísmo etc. O texto é uma provocação para todos nós e, também muito inspirador.  

Os grandes males acusados nos pastores desse contexto bíblico, parece que ainda perduram em muitos maus pastores nos dias de hoje; a maldade acusada, se manifesta na negligência diante da própria responsabilidade (omissão, descaso, cegueira…); no egoísmo que colabora para o desvio de bens para si mesmo;  a violência no tratamento das “ovelhas” que se manifesta em atitudes de dura agressividade para com as mesmas favorecendo a dispersão do rebanho; a vaidade que se identifica com o egoísmo (“ficam cuidando de si mesmos, em vez de cuidarem do meu rebanho” (Ez 34,9), em vez de se desgastarem em prol das ovelhas, servem a si mesmos.  

 Boas atitudes: Deus é o Bom Pastor do povo 

O texto ainda evidencia a decisão divina de agir de modo totalmente contrário à atitude mercenária e mesquinha dos maus pastores que põem o rebanho a perder-se por suas deploráveis atitudes (cf. Ez 34,1-8.11.15). O texto começa com esta declaração: “Assim diz o Senhor Javé: Eu mesmo vou procurar as minhas ovelhas”. Daí segue um grande elenco de atitudes concretas que revelam o perfil desse Pastor maravilhoso. Ele é Bom porque:  

Conta o rebanho em vista de certificar-se de que nenhuma se perdeu: o Bom Pastor não quer perder e nem esquecer nenhuma de suas ovelhas. Se ao contá-las percebe que alguma faltou, vai atrás dela, até encontrá-la e com ela se alegra (cf. Mt 18,12.16). O próprio Jesus disse: “que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas que Eu os ressuscite no último dia” (Jo 6,39); 

Está sempre no meio das ovelhas revelando sua sensibilidade, atenção às necessidades; assume atitudes preventivas de acompanhamento em todas as circunstâncias. Isso é ser presença animadora e educativa; 

Compreende que, muitas vezes, a dispersão das ovelhas, acontece em “dias nebulosos e escuros”, ou seja, mais que maldade das ovelhas, o desencaminhamento é, às vezes, consequência da falta de visão do caminho do bem, da pressão dos condicionamentos externos, da ignorância, do aliciamento, da não assimilação de valores por parte dos liderados (cf. Ez 34,12.15); 

Cura a ovelha que se machucou. Não a culpa nem a despreza porque tem consciência da sua missão salvadora, paterna, mas age com firmeza, pois educa (cura). A cura tem uma dimensão preventiva, educativa, pedagógica; 

Fortalece a ovelha que está fraca. Volta-se com especial carinho para aquelas mais necessitadas de atenção pela situação existencial em que se encontram, por isso, “leva os cordeirinhos no colo e guia mansamente as ovelhas que amamentam” (Is 40,11); 

Abate a que estiver gorda e forte conforme o direito. O abatimento da ovelha gorda e forte significa a conclusão plena da sua missão. O abatimento prematuro ou qualquer outra forma de exploração, atenta contra o direito natural da ovelha. Todo bom pastor serve conforme o direito, não se torna personalista e nem se faz lei; 

“Julga entre ovelha e ovelha, entre carneiros e bodes”: o Bom Pastor é um promotor do discernimento e da justiça. O fato de ser “bom pastor” o faz ser sensível à justiça, à verdade, à honestidade. Por isso ele tem também a função de dirimir confusões, de resolver problemas, de definir disputas, de tomar decisões! Quando o pastor toma essa postura, as ovelhas se acolhem, se respeitam, e colaboram com o pastor.  

Muitas outras atitudes do Bom Pastor são denunciadas pela ovelha bem cuidada, como percebemos no Salmo 23. A alegria das ovelhas bem cuidadas acusa a bondade do pastor, ou seja, do líder. Deus é seu Pastor que tudo lhe assegura, que nada lhe deixa faltar (cf. Sl 23,1); conduz suas ovelhas por bons caminhos, para fontes seguras, repousantes, restaurando as forças do rebanho (cf. Sl 23,2-3); a confiança na firmeza do bom pastor leva a ovelha a não sentir medo diante dos perigos, inimigos e nem das circunstâncias adversas (cf. Sl 23,4-5). O Salmo termina fazendo referência aos sentimentos de alegria da ovelha bem cuidada: “felicidade e amor me acompanham todos os dias da minha vida” (Sl 23,6). 

 O Bom Pastor por excelência  

Jesus Cristo declarou: «Eu sou o Bom Pastor!» (Jo 10,11). De fato, durante toda a sua vida encontramos fantásticas atitudes marcadas pela perfeição do cuidado para com os seus liderados mais próximos e para com todas as pessoas. Vejamos algumas de suas atitudes presentes na parábola do Bom Pastor:  

A defesa da dignidade das ovelhas: «Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância» (Jo 10,10). A liderança não deve ser desvinculada de exigências éticas, seria uma contradição: Verdade e Amor se identificam (cf. Sl 85,11); Por outro lado, o cuidado deve ser de todas as ovelhas e não apenas de um grupo; 

A capacidade de doação (fazer-se oferta):  «Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas» (Jo 10,15). Todo bom pastor é capaz de doação generosa, de entrega de si mesmo. Trata-se do dinamismo de contínua dedicação que permeia a totalidade da sua vida. Nas atitudes do Bom Pastor observamos uma incondicional oblatividade: capacidade de sacrifício, percepção das necessidades, solicitude, operosidade incansável, entrega criativa e afetuosa. É na capacidade de doação que o líder demonstra a sua generosidade pastoral, não caindo no funcionalismo;  

A capacidade de relação: «Conheço as minhas ovelhas e as ovelhas me conhecem” (Jo 10,14). Na boa relação com as ovelhas está a fidelidade e o zelo do Pastor. O bom pastor segue seu rebanho acompanhando-o com carinho em todas as situações (cf. Sl 23); a relação de boa liderança pressupõe convivência, proximidade, escuta, diálogo, orientação, discernimento conjunto, senso de corresponsabilidade; 

A transcendência: «Tenho ainda outras ovelhas, devo conduzi-las também» (Jo 10,16). Trata-se de visão aberta, capaz de ir além das costumeiras fronteiras, padrões, esquemas, métodos… Visto que o Bom Pastor é «sinal (sacramento) e instrumento de Salvação» seu serviço não deve ser «confinado». A experiência da transcendência é típica de pessoas maduras, generosas, apaixonadas, otimistas, esperançosas, abertas ao novo… Bem lidera quem estimula seus liderados a “olhar” para o além. As palavras desenvolvimento, progresso, crescimento, transformação, processo, transfiguração, prosperidade… devem fazer parte dos ideais e da sensibilidade dos bons líderes.  

PARA A REFLEXÃO PESSOAL: 

O que mais lhe chama a atenção nas atitudes dos maus pastores?  

Quais outras características do Bom Pastor você ressaltaria? 

Quais são os principais desafios que devemos enfrentar para sermos bons pastores? 

Fonte: CNBB