São José apareceu a santa Teresa de Jesus na Quaresma

São José apareceu para santa Teresa de Jesus durante a Quaresma para salvá-la de um perigo iminente.

O agostiniano recoleto padre Ángel Peña conta no livro São José, o mais santo dos santos que santa Teresa celebrou a Quarta-feira de Cinzas de 1575 na paróquia de Santa Maria dos Olmos, no sudeste da Espanha, e depois foi fundar um convento em Beas de Segura, uma cidade mais ao sul.

A santa estava acompanhada por dois padres e oito freiras, entre elas sua grande companheira, a irmã Ana de Jesus, em cujos braços a santa morreria. A freira contou que, quando estavam a caminho, se perderam, e aqueles que os estavam guiando não sabiam como sair de penhascos muito altos.

Naquele momento, santa Teresa pediu às irmãs que rezassem a Deus e a são José para que as guiassem. De repente, elas começaram a ouvir a voz de um velho ao longe dizendo: “Parem, parem, vocês estão perdidos e cairão do penhasco se forem por esse caminho”.

Os padres e os guias começaram a perguntar ao homem o que poderiam fazer para sair daquele lugar complicado e ele indicou uma área onde poderiam passar as carroças que estavam usando para se locomover.

Alguns voltaram para agradecer ao homem que os havia ajudado, mas, com lágrimas e devoção, santa Teresa enfatizou: “Não sei por que os deixamos ir, era meu pai são José e eles não o encontrarão”.

Fonte: ACI Digital

A harmonia do Universo e a Campanha da Fraternidade 2025

Deus criou as suas obras de uma forma maravilhosa, bonita, de modo que ao encerrá-las, Ele disse que tudo era muito bom (cfr. Gn 1,31). Uma harmonia é existente entre as criaturas pois tudo se alterna para o bem das criaturas e na ordem dado pelo próprio Criador, porque Ele as criou com muito amor. A partir da Sagrada Escritura, a Campanha da Fraternidade 2025 coloca claramente a forma como Deus na sua infinita misericórdia, criou um universo cheio de belezas e de encantamentos pois com os olhos da fé, percebem-se uma harmonia de cores, de forças que alimentam a nossa vida de seguidores e seguidoras do Senhor. A seguir, nós vejamos o tema da harmonia do Universo nos padres da Igreja, os primeiros escritores do cristianismo.  

A harmonia no Universo

São Clemente Romano, bispo de Roma no final do primeiro e início do século segundo, disse que os céus que se movem por sua disposição, obedecem harmoniosamente ao Criador. O dia e a noite fazem o curso que o Senhor estabeleceu, sem que haja algum tropeço um no outro. Nesta mesma linha da harmonia do universo colocou o Bispo de Roma que o sol, a lua e os demais coros dos astros giram de uma forma correta, justa, conforme a ordem do Criador sem nenhuma transgressão 

O sustento ao ser humano e demais seres que vem da terra

O louvor é dado também à terra criada pelo Senhor na visão de Clemente porque ela germina conforme a vontade de Deus, produzindo nos devidos tempos, sustento para o ser humano, as feras e todos os seres que vivem sobre ela, sem haver a rebelião entre os seres. A terra dá os seus frutos conforme a ordem do Senhor para que os seres humanos e os demais seres vivos permaneçam na vida doada pelo Senhor.  

Os seres subterrâneos 

Segundo o bispo Clemente as mesmas ordens se mantêm as regiões insondáveis dos abismos que regem os seres subterrâneos. A massa do mar imenso não ultrapassa os limites traçados, mas tudo age conforme a lei ordenada pelo Senhor quando disse: “Chegarás até aqui, e tuas ondas sobre ti se quebrarão” (Jó 38,11). O oceano de uma forma quase sem fim para os seres humanos, e os mundos que estão além, são coordenados pelas leis do Senhor 

A beleza das estações

São Clemente falou da beleza das estações do universo como a primavera, o verão, o outono e o inverno sucedem-se de forma harmoniosa, uma após a outra. O vento realiza o seu trabalho no tempo devido sem perturbação. As fontes inesgotáveis em ligação com as estações foram criadas para a saúde do ser humano e dos seres existentes possibilitam a vida, o dom de Deus para todos os seres vivos 

O Criador e Senhor do Universo

O bispo de Roma disse também que o Criador e Senhor do Universos ordenou que todas essas coisas se executassem na paz e na concórdia. Ele espalhou seus benefícios sobre toda a criação, mas a todos nós Ele os prodigalizou de uma forma abundante, quando nós recorremos à sua infinita misericórdia por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.  

O vinculo do amor de Deus

São Clemente disse ainda que o vínculo do amor de Deus une as pessoas e os povos. Quem exprimirá a grandiosidade da sua beleza? A altura para onde o amor conduz é de uma forma inefável. O amor nos une a Deus e Ele cobre a multidão dos pecados (1 Pd 4,8). No amor não há nada de banal, nem de algo soberbo. No amor, tornam-se perfeitos as pessoas eleitas de Deus. Na verdade sem amor nada é agradável a Deus. É por causa de seu amor para com toda a humanidade que Jesus Cristo, nosso Senhor, conforme a vontade de Deus, deu o seu sangue por nós e para todas as pessoas, sua carne e sua vida por nossa vida. 

A nova criação em Jesus Cristo 

A carta a Barnabé, escrito dos primeiros séculos do cristianismo, afirmou que a nova criação se realizou em Jesus Cristo. Como o ser humano pecou, no entanto a redenção ocorreu pela sua morte de cruz e ressurreição. Na retomada do plano original a Escritura fala a nossa respeito, quando o Criador disse ao Filho: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gn 1,26). Que eles dominem sobre os animais da terra, as aves do céu e os peixes do mar” (Gn 1,28). E disse também: “Crescei, multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 1,28)9. Tudo isso o Senhor disse ao Filho em vista da criação nova e da salvação humana.  

Deus sobre todas as coisas

Novaciano, escritor romano do século III colocou a visão de que Deus está sobre todas as coisas, na qual tudo contém sem deixar qualquer vazio fora de si, nem lugar para outro deus superior. O Senhor Deus está acima de tudo, porque Ele mesmo incluiu tudo no seio de sua perfeita grandeza e potestade. Ele está sempre atento à sua obra, percorre-a toda, dando-lhe movimento e vivificando-a em sua totalidade, de modo a constituir um só mundo. Como tudo está consolidado numa grande harmonia dada pelo Senhor, esse mundo não pode ser dissolvido por força alguma, porque tudo concorre para o bem do Deus criador em relação as criaturas 

As orações pelas autoridades e pela vida do mundo

Tertuliano, padre africano dos séculos II e III, teve presente na vida da comunidade que eles iam juntos formando um grupo e uma congregação, a fim de que se aproximassem a Deus, assediassem a Ele, com orações como um batalhão de soldados. Esta virulência, para o padre africano era agradável a Deus. Ele dizia que os cristãos oravam pelos imperadores, por seus ministérios e por seus poderes, pelo estado presente do mundo, pela paz do mesmo, pelo adiamento do fim 

A harmonia do universo fala da grandeza de Deus ao criá-lo com potestade e com amor. As coisas e o ser humano saíram das mãos do Senhor pela harmonia de tudo, porque Deus fez tudo com sabedoria. Se o pecado humano veio para impedir a harmonia da criação no entanto, o Senhor Jesus estabeleceu novamente a harmonia original dando-nos vida nova e salvação. Nós somos chamados a viver a Campanha da Fraternidade 2025, neste tempo da quaresma cuidando da casa comum no qual o Senhor nos colocou como guardiães da mesma. Louvemos a Deus Uno e Trino pela harmonia dada ao universo criado com amor.  

Fonte: CNBB

Hoje a Igreja celebra santas Perpétua e Felicidade, mulheres guerreiras e mártires da fé

“Permanecei firmes na fé e guardai a caridade entre vós; não deixeis que o sofrimento se converta em pedra de escândalo”, disse santa Perpétua antes de morrer com a amiga Santa Felicidade. Com coragem, essas mulheres guerreiras se tornaram mártires e sua festa é celebrada hoje (7).

Perpétua era filha de uma família nobre e tinha um filho recém-nascido. Felicidade era escrava e estava grávida. As duas foram presas, no norte da África, na época em que o imperador Severo havia decretado pena de morte para os cristãos.

Na prisão, Felicidade obteve a graça que tanto pedia, de que seu filho nascesse antes da sua execução. Ao gemer com as dores do parto, respondeu ao guarda que a perturbava: “O que sofro agora é fruto da natureza, mas quando for atacada pelas feras, não estarei sofrendo sozinha, Cristo sofrerá por mim!”.

As duas mulheres se mantiveram firmes e fizeram questão de ser batizadas mesmo na prisão.

De acordo com as atas dessas santas, no dia de seu martírio, Perpétua e Felicidade foram jogadas a uma vaca selvagem, que atacou primeiro Perpétua. A santa se sentou imediatamente e arrumou sua túnica e seu cabelo para que as pessoas não achassem que estava com medo. Em seguida, aproximou-se de Felicidade, que estava no chão.

Pessoas gritavam que isso bastava e os guardas as retiraram pela porta dos gladiadores vitoriosos. Perpétua voltou a si de uma espécie de êxtase e perguntou se já iria enfrentar as feras. Quando lhe contaram o que havia acontecido, a santa não podia acreditar.

Em seguida, a multidão pediu que as mártires comparecessem novamente. Depois que as santas se deram um beijo da paz, Felicidade foi decapitada pelos gladiadores.

O carrasco de Perpétua estava nervoso e errou o primeiro golpe. Então, Perpétua ofereceu o pescoço ela mesma e, dessa maneira, também morreu pela fé. Naquele dia também deram suas vidas outros mártires valentes.

Fonte: ACI Digital

Pastoral Juvenil oferece planner quaresmal, subsídio para auxiliar jovens na vivência espiritual

A Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o “Meu Planner Quaresmal”, um material gratuito em PDF para ajudar os jovens a organizarem sua rotina espiritual durante a Quaresma. A proposta, realizada através da equipe nacional de Comunicação, incentiva a oração, o jejum e a caridade, reforçando o período como um tempo de reflexão e conversão.

O planner funciona como um guia diário, dividido em blocos. Há espaços para anotações no início e no fim do dia, permitindo que o jovem registre suas ações e agradecimentos. Outros três blocos são dedicados à oração e reflexão, com espaço para intenções, leitura do Evangelho e anotações sobre como a passagem bíblica tocou o coração.

Além disso, o material traz sugestões de pequenos passos diários, desde a Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa, incentivando gestos concretos de amor a Deus e ao próximo.

O bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, dom Vilsom Basso, destacou a importância da iniciativa:

“Jovem, peregrino da esperança, a Quaresma é o tempo propício para abrir espaço à Palavra de Deus e à conversão profunda. Neste tempo de esperança, tua oração é inegociável. Desejo-lhe uma boa Quaresma!”

O “Meu Planner Quaresmal” está disponível para download gratuito AQUI.

Fonte: CNBB

Papa Francisco envia mensagem para a Campanha da Fraternidade: “louvo o esforço em propor o tema da ecologia”

O Papa Francisco enviou sua mensagem à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por ocasião da Campanha da Fraternidade 2025. No texto, ele felicita a Conferência dos Bispos pela realização da Campanha, há mais de 60 anos. Francisco também louvou o “esforço em propor o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal a Cristo”.

“Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas”, disse Francisco.

Confira a mensagem na íntegra abaixo. Para baixar o arquivo, clique aqui.

 

Queridos irmãos e irmãs do Brasil,

Com este dia de jejum, penitência e oração, iniciamos a Quaresma deste Ano Jubilar da Encarnação. Nesta ocasião, desejo manifestar a minha proximidade à Igreja peregrina nessa Nação e felicitar os meus irmãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela iniciativa da Campanha da Fraternidade, que se repete há mais de 60 anos e que neste ano tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e como lema a passagem da Escritura na qual, contemplando a obra da criação, “Deus viu que tudo era muito bom” (cf. Gn 1,31).

Com a Campanha da Fraternidade, os bispos do Brasil convidam todo o povo brasileiro a trilhar, durante a Quaresma, um caminho de conversão baseado na Carta Encíclica Laudato Si’, que publiquei há quase 10 anos, em 24 de maio de 2015, e que senti necessidade de complementar com a Exortação Apostólica Laudate Deum, de 4 de outubro de 2023.

Nestes documentos, quis chamar a atenção de toda a humanidade para a urgência de uma necessária mudança de atitude em nossas relações com o meio ambiente, recordando que a atual «crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior» (Laudato Si’, 217). Neste sentido, o meu predecessor de venerável memória, São João Paulo II, já alertava que era «preciso estimular e apoiar a “conversão ecológica”, que tornou a humanidade mais sensível» (Audiência, 17 de janeiro de 2001) ao tema do cuidado com a Casa Comum.

Por isso, louvo o esforço da Conferência Episcopal em propor mais uma vez como horizonte o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal de cada fiel a Cristo. Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano expressa também a disponibilidade da Igreja no Brasil em dar a sua contribuição para que, durante a COP 30 do próximo mês de novembro, que se realizará em Belém do Pará, no coração da querida Amazônia, as nações e os organismos internacionais possam comprometer-se efetivamente com práticas que ajudem na superação da crise climática e na preservação da obra maravilhosa da Criação, que Deus nos confiou e que temos a responsabilidade de transmitir às futuras gerações.

Desejo que esse itinerário quaresmal dê muitos frutos e nos encha a todos de Esperança, da qual somos peregrinos neste Jubileu. Faço votos que a Campanha da Fraternidade seja novamente um poderoso auxílio para as pessoas e comunidades desse amado País no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e de compromisso concreto com a Ecologia Integral.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida, concedo de bom grado a Bênção Apostólica a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham no cuidado com a Casa Comum, pedindo que continuem a rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 11 de fevereiro de 2025, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes.

Franciscus

Fonte: CNBB

Papas e Jubileus

Usando uma expressão conhecida, Igreja é “coisa de Deus”. Apropriadamente, ela é assim apresentada pelo Concílio Vaticano na Constituição Dogmática Lumen Gentium: “O mistério da santa Igreja manifesta-se na sua fundação. O Senhor Jesus deu início à Sua Igreja pregando a boa nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras: ‘cumpriu-se o tempo, o Reino de Deus está próximo’ (Mc. 1,15; cfr. Mt. 4,17). Este Reino manifesta-se na palavra, nas obras e na presença de Cristo.” (LG n. 5). É definida como “novo povo de Deus”. (LG n. 9) “Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus que, no princípio, criou uma só natureza humana e resolveu juntar em unidade todos os seus filhos que estavam dispersos (cfr. Jo. 11,52). (LG n. 13)” A Igreja, mais exatamente, “a Igreja católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo” (LG n. 14) Como ensina o Catecismo da Igreja Católica e como rezam os católicos na oração do Credo, a Igreja é una, santa, católica, apostólica. Dado que tem a marca pessoas e a face da história, portanto, com expressões efetivas e vicissitudes possíveis de sua fragilidade, Jesus assegura à sua Igreja a assistência do Espírito Santo, a fim de que possa cumprir sua missão, com fidelidade.

O Senhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar o Reino de Deus (cfr. Mc. 3, 13-19; Mt. 10, 1-42); e a estes Apóstolos (cfr. Luc. 6,13) constituiu-os em colégio ou grupo estável e deu-lhes como chefe a Pedro, escolhido de entre eles (cfr. Jo. 21, 15-17).” (LG n. 19) “A missão divina confiada por Cristo aos Apóstolos durará até ao fim dos tempos (cfr. Mt. 28,20), uma vez que o Evangelho que eles devem anunciar é em todo o tempo o princípio de toda a vida na Igreja. Pelo que os Apóstolos trataram de estabelecer sucessores, nesta sociedade hierarquicamente constituída. Assim, não só tiveram vários auxiliares no ministério mas, para que a missão que lhes fora entregue se continuasse após a sua morte, confiaram a seus imediatos colaboradores, como em testamento, o encargo de completarem e confirmarem a obra começada por eles, recomendando-lhes que velassem por todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo os restabelecera para apascentarem a Igreja de Deus (cfr. At. 20, 28). […] Portanto, os Bispos receberam, com os seus colaboradores os presbíteros e diáconos, o encargo da comunidade, presidindo em lugar de Deus ao rebanho de que são pastores como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros do governo.” “A Igreja é una pela sua fonte. […] A Igreja é una pelo seu fundador.” Como instituição, “Deus a congrega” na “multiplicidade das pessoas”, na diversidade de seus dons, encargos, condições e modos de vida. Esta nota distintiva da Igreja, ser católica, tem um duplo sentido conforme o ensinamento de seu Catecismo: “Ela é católica porque nela Cristo está presente.” […] Ela é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do gênero humano.” “A Igreja é apostólica por ser fundada sobre os apóstolos” e “continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos apóstolos”, “graças aos que a eles sucedem na missão pastoral: o colégio dos bispos, ‘assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja.”  

No término/passagem do segundo milênio e início do terceiro, destaca-se no ministério de João Paulo II, sucessor de Pedro, a celebração de um Ano Jubilar na Igreja Católica, o Ano Santo, um especial tempo de “graça, perdão e renovação espiritual” na vida dos fiéis. O “Grande Jubileu do Ano 2000” foi proclamado por São João Paulo II na Bula “Incarnationis mysterium”: “O nascimento de Jesus em Belém não é um fato que se possa relegar para o passado. Diante d’Ele, com efeito, está a história humana inteira: o nosso tempo atual e o futuro do mundo são iluminados pela sua presença.” O Jubileu, precedido por um triênio bem preparado, nos termos da Carta Apostólica “Tertio Millennio adveniente” foi vivido sob a inspiração do tema “Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre”. A participação no Jubileu propiciou aos fiéis a graça de receber a Indulgência, observadas as normas previstas: “confissão, Eucaristia, oração para o papa e da renúncia do apego ao pecado”. Na preparação e na celebração do Ano Santo os fiéis rezaram a Oração do Jubileu. São João Paulo II viveu o Jubileu do ano 2000 intensamente, com zelo, doação e amor à Igreja, experimentando o peso do ofício, a limitação da idade e a fragilidade da saúde, como se pôde constatar. 

Já no curso do terceiro milênio do cristianismo, o Papa Francisco, o 265º sucessor de Pedro, convocou a Igreja para celebrar o Jubileu Ordinário de 2025, o Jubileu da Esperança, ao publicar a Bula “Spes non confundit”. Assim começa o texto: “‘Spes non confundit – a esperança não engana’ (Rm 5, 5). Sob o sinal da esperança, o apóstolo Paulo infunde coragem à comunidade cristã de Roma. A esperança é também a mensagem central do próximo Jubileu, que, segundo uma antiga tradição, o Papa proclama de vinte e cinco em vinte e cinco anos. Penso em todos os peregrinos de esperança, que chegarão a Roma para viver o Ano Santo e em quantos, não podendo vir à Cidade dos apóstolos Pedro e Paulo, vão celebrá-lo nas Igrejas particulares. Possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação (cf. Jo 10, 7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como sendo a ‘nossa esperança’ (1 Tm 1, 1).” Como em qualquer Ano Santo, os fiéis recebem as graças da Indulgência Plenária indo, em peregrinação, a Roma e aos santuários e outros lugares sagrados, indicados em cada Diocese do mundo. A oração do Jubileu mantém os fiéis unidos a Deus e à Igreja ao longo deste tempo de bençãos. No Jubileu da Esperança, o Papa Francisco está revelando um grande amor à Igreja, como Peregrino Esperança, de modo especial, nesse momento de hospitalização, devido à preocupação com o estado de sua saúde. A comunidade cristã, pessoas de outras inspirações religiosas e não crentes o acompanham com proximidade, empatia, afeto, esperança. 

Que São João XXIII, São Paulo VI e São João Paulo II intercedam junto ao Deus da vida para que o Papa Francisco possa continuar servindo à Igreja e à humanidade, com sua simplicidade, generosidade, autenticidade, verdade. 

Fonte: CNBB

Santa Sé divulga mensagem do papa para a Quaresma 2025

O papa Francisco pediu em mensagem para Quaresma divulgada hoje (25) pela Santa Sé que os fiéis confrontem “a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele”.

O texto, escrito em 6 de fevereiro, oito dias antes da internação (link do úkltimo boletim que demos) do papa, diz que esse pode ser “um bom exercício quaresmal” para ajudar a descobrir o que Deus pede de cada um.

O papa Francisco disse que o tema do Jubileu 2025 é Peregrinos da Esperança, que lembra “a longa travessia do povo de Israel em direção à Terra Prometida, narrada no livro do Êxodo”.

“E não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos”, disse também o papa.

“Aqui, surge um primeiro apelo à conversão, porque todos nós somos peregrinos na vida, mas cada um pode perguntar-se: como me deixo interpelar por esta condição? Estou realmente a caminho ou estou paralisado, estático, com medo e sem esperança, acomodado na minha zona de conforto? Busco caminhos de libertação das situações de pecado e falta de dignidade?”, disse Francisco.

O papa Francisco faz assim algumas reflexões sobre o significado do lema do Ano Jubilar, dizendo que o sinal penitencial das cinzas marca o início da peregrinação anual da Quaresma “na fé e na esperança”.

“A Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte, como exclamava São Paulo: «A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» ( 1Cor 15, 54-55). Realmente, Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna (cf. Jo 10, 28; 17, 3)”, diz também a mensagem.

O papa enfatiza que os cristãos são chamados a caminhar juntos, “jamais como viajantes solitários”.

“O Espírito Santo impele-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos”, destaca Francisco.

 

Fonte: ACI Digital

Cardeal Dom Orani Tempesta realiza visita à Catedral da Luz em Guarabira

Na data de ontem(19/02), em um momento de grande significado para a comunidade católica de nossa cidade, a Catedral da Luz, recebeu  a ilustre visita do Cardeal Dom Orani Tempesta. O arcebispo do Rio de Janeiro foi acolhido com entusiasmo por fiéis, autoridades e membros do clero, reafirmando os laços de fé e comunhão da Igreja.

A visita, realizada no dia 19 de fevereiro por ocasião dos 142 anos de falecimento do Padre Ibiapina, foi marcada por celebrações e reflexões espirituais, contando com uma Santa Missa presidida por Dom Orani, no Santuário de Santa Fé, na cidade de Arara. A visita foi acompanhada por fiéis, autoridades e do clero, que lotaram a Catedral para receber a bênção do cardeal.

A presença de Dom Orani Tempesta na Catedral ficará marcada na memória dos fiéis como um sinal de renovação da fé e esperança. A Catedral da Luz, é o principal templo religioso de nossa Diocese, segue sendo um ponto de referência para a espiritualidade e o acolhimento, fortalecendo a identidade da Igreja na Paraíba. A visita do cardeal, sem dúvida, se insere na história da cidade como um marco de fé e comunhão.

Veja abaixo algumas fotos:

Pascom Luz

Francisco: O Papa da alegria, da esperança e da ternura

A Festa da Cátedra de Pedro, uma das primeiras encontrada nos calendários anteriores ao século IV com o título de Natale Petri de Cathedral, o dia da Instituição ou começo do Pontificado de Pedro como Bispo de Roma. Temos uma cadeira de madeira coberta de bronze e ouro, conservada no grande monumento chamado a glória de Bernini.  

A cátedra era sede onde se assentava Pedro para numa conversa fraterna guiar e pastorear as comunidades eclesiais da urbe de Roma. Os orientais chamam ainda de pope aos padres, nome afetuoso que evoca paternidade espiritual, como certamente o Pater Patrum o Pai dos Padres e da família católica faz lembrar. Ofício de amor ou do amor ou como dizia santo Inácio de Antioquia, a Igreja que tem a primazia ou o primado do amor.  

Tudo isso encontramos no Papa Francisco, que na sua espontaneidade e simplicidade nos dá um testemunho de alegria, esperança e firme ternura. Nos comunicou na Evangelium Gaudium sua encíclica programática, a alegria de evangelizar, de entregar-se por inteiro na missão de fazer acontecer o Evangelho no mundo e na vida das pessoas, da alegria de ser povo e viver intensamente o encontro com os pobres. Alegria transbordante que gera esperança, e consegue como afirma Paulo Freire esperançar todas as situações fechadas de opressão e miséria, despertando para a solidariedade, soerguendo e restaurando vidas e comunidades, fazendo-as acreditar no poder do perdão e da reconciliação construindo um novo modelo civilizatório a partir da amizade social e da fraternidade com todos os povos, culturas e criaturas. Mas nunca esquecendo da ternura, do abraço e conforto aos pequenos, incluindo e abrindo janelas e portas para todos(as), acolhendo no diálogo as pessoas frágeis, quebrantadas e vítimas da rejeição e do preconceito.  

Nestas horas em que vemos o nosso querido Pai sofrer o declínio das forças e da própria saúde, manifestamos além da nossa obediência incondicional, nossa admiração, gratidão e imensa estima de estarmos sob o seu pastoreio, amor e bondade. Dizemos uma vez mais: “O Senhor o conserve e o vivifique e o faça feliz na terra, e não permita que caia nas mãos dos seus inimigos”! Deus salve o Papa!

Fonte: CNBB

É feliz quem a Deus se confia!

Celebramos neste domingo o sexto do Tempo Comum. Este ano, a primeira parte do Tempo Comum vai até a oitava semana, dia 2 de março, e, na quarta-feira, 5 de março, iniciaremos o tempo da Quaresma com a celebração da Quarta-Feira de Cinzas. O Tempo Comum retoma após a Solenidade de Pentecostes e permanece até o fim do ano.

Todo domingo é dia do Senhor, dia de fazer memória de sua Páscoa, paixão, morte e ressurreição. Por isso, é o dia em que a família deve participar da Santa Missa e ouvir o que o Senhor tem a nos dizer. O domingo é o dia por excelência, dia de preceito, em que devemos escolher um horário e participar da Santa Missa. Celebramos o Senhor vivo e ressuscitado, que está presente no meio de nós por meio do Espírito Santo.

Estamos no ano jubilar da esperança; confiemo-nos à misericórdia do Senhor e comecemos por participar da Santa Missa aos domingos. Sejamos também portadores da esperança, animando aqueles que estão tristes e convidando para a Igreja aqueles que estão afastados.

Que a liturgia de hoje nos ajude a refletir e a confiar sempre no Senhor. Ele tem o melhor para nós. Confiemos somente em Deus, pois é dele que nos vem a salvação. Sejamos pobres de espírito para alcançarmos mais facilmente o Reino dos Céus. Partilhemos sempre aquilo que temos a mais com aqueles que pouco ou nada têm. Que possamos sempre preferir o caminho da humildade, pois os humildes herdarão o Reino dos Céus.

A primeira leitura da missa deste domingo é do livro do profeta Jeremias (Jr 17,5-8). O profeta usa até uma palavra forte para nos dizer que devemos confiar somente em Deus. É somente em Deus que está nossa vida e felicidade. Nele devemos colocar nossa segurança.

O profeta Jeremias diz que bendito é aquele homem que confia sua vida a Deus. Temos que acreditar e confiar que aquilo que queremos Deus vai nos conceder, sempre em seu tempo, não no nosso. Quem confia sempre no Senhor terá prosperidade, e a vida seguirá em abundância.

O salmo responsorial é o (01), que diz em seu refrão: “É feliz quem a Deus se confia”. Esse salmo é, de fato, uma resposta ao que o profeta Jeremias diz na primeira leitura. Devemos confiar sempre em Deus e, dessa forma, seremos felizes. Escolhamos, pois, o caminho que agrada ao Senhor, que é o da justiça, paz, perdão e amor.

A segunda leitura é da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 15,12.16-20). Paulo explica à comunidade de Corinto que Cristo ressuscitou dos mortos e que todos precisam crer na ressurreição, pois, se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé. Ele ressuscitou como primícias, ou seja, venceu a morte e abriu o caminho para todos nós. A razão da nossa fé é a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, e, com certeza, o Pai do Céu tem uma morada preparada para nós.

O Evangelho deste domingo é de Lucas (Lc 6,17.20-26). Esse trecho do Evangelho de Lucas inicia o conhecido texto sobre as bem-aventuranças. Em Mateus, esse texto é mais completo, e, em Lucas, mais sucinto. Bem-aventurado significa alguém que é feliz ou que foi alcançado pela graça de Deus. Nós todos seremos bem-aventurados quando estendermos a mão ao necessitado, quando visitarmos o doente e, ainda, quando praticarmos o Reino de Deus aqui na Terra. O Reino de Deus é paz, justiça, perdão e misericórdia. Somos convidados a viver o Reino de Deus aqui na Terra para depois contemplá-lo de maneira definitiva no Céu, pois, se o vivermos aqui, seremos bem-aventurados e poderemos adentrar mais facilmente no Reino dos Céus.

Neste Evangelho, Jesus “condena” os ricos. Ele não condena a riqueza em si, mas condena aqueles que muito têm e não partilham nada com quem nada tem. Em primeiro lugar, independentemente da classe social, temos que amar nosso próximo; não devemos tratar o outro com indiferença por ter menos condições que nós. Quanto mais amarmos e servirmos o nosso próximo, mais Deus se alegrará conosco, e a nossa recompensa será eterna.

Estamos no ano jubilar da esperança, um ano propício para praticarmos atitudes de caridade, justiça e misericórdia. Dessa forma, nos tornaremos bem-aventurados e mais próximos do Reino dos Céus. A partir do nosso batismo, nos tornamos discípulos e missionários de Jesus e somos convidados a trilhar o caminho da santidade. Ou seja, desde o nosso batismo, somos chamados a ser bem-aventurados para que, ao final da nossa vida, sejamos merecedores do Reino dos Céus.

Fonte: CNBB

ÉS MARIA, ÉS NOSSA ESPERANÇA: CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA FESTA DE NOSSA SENHORA DA LUZ

A Catedral da Luz, Sé da Diocese de Guarabira, se prepara para festejar sua padroeira, com o tema: “Com a Virgem da Luz, peregrinos na comunhão e na esperança.”, pautando-se no tema do Jubileu de 2025. Este momento, não só reflete a fé do povo na Senhora da Luz, mas a união de toda uma comunidade episcopal; caracteriza-se pela devoção, afeto e amor, de geração em geração, de inúmeros filhos e filhas, vindos dos locais mais longínquos do nosso País.

Diante disto, a Novena, ato de veneração à Santíssima Soberana da Luz, tornou-se um momento de júbilo, uma união entre vozes para entoar hinos, ladainhas e diversos momentos marianos, categoricamente emocionante. Confira a programação:

DIA 23.01 (QUI) – ABERTURA – Com a Virgem da Luz, peregrinos na comunhão e na esperança.
18h. Carreata saindo da Igreja Matriz de Santo Antônio
19h. Hasteamento das Bandeiras
19h30. Santa Missa de Abertura | Celebrante: Dom Francisco Lucena

DIA 24.01 (SEX) – A esperança que renova as forças e alivia o fardo.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. João Bosco
19h. Novena | Celebrante: Pe. José André

DIA 25.01 (SÁB) – O Espírito Santo renova nossa Esperança e nos faz testemunhas de Cristo.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Reinaldo Miguel
19h. Novena | Celebrante: Pe. José Arimatéia

DIA 26.01 (DOM) – Liturgia Dominical
06h30. Corrida Luz
12h. Santa Missa
16h. Santa Missa | Celebrante: Pe. Gaspar Rafael
19h. Santa Missa | Celebrante: Dom Luís Pepeu

DIA 27.01 (SEG) – Esperança que impulsiona: a missão de testemunhar o céu na terra.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Damião Gonçalves
19h. Novena | Celebrante: Pe. Elias Sales

DIA 28.01 (TER) – A esperança que guia os passos do povo e abre os olhos do coração para a salvação.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. José Fabiano
19h. Novena | Celebrante: Dom Dulcênio Fontes
20h. Jantar com Nossa Senhora

DIA 29.01 (QUA) – Na esperança, Deus renova nossas forças e alivia nossos fardos.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Demétrio de Morais
19h. Novena | Celebrante: Dom Manoel Delson

DIA 30.01 (QUI) – A esperança brota do amor e da presença do Espírito Santo.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Adauto Tavares
19h. Novena | Celebrante: Pe. Jailson Rufino

DIA 31.01 (SEX) – Em Cristo, a esperança transcende fronteiras e vence a morte.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Joanderson Marinho
19h. Novena | Celebrante: Dom Egídio Bisol

DIA 01.02 (SÁB) – Guiados pela esperança, encontramos em Jesus o caminho para a vida eterna.
12h. Santa Missa
15h. Procissão das crianças
16h. Novena | Celebrante: Pe. Daniel Lima
19h. Novena | Celebrante: Pe. Severino Júnior

DIA 02.02 (DOM) – SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DA LUZ
08h30. Santa Missa Solene | Celebrante: Dom Alcivan Tadeus
12h. Queima de fogos
16h. Procissão e Missa de Encerramento | Celebrante: Dom Aldemiro Sena

São Sebastião: exemplo de fé e coragem

O dia 20 de janeiro é dedicado a São Sebastião, um dos santos mais venerados na Igreja Católica, especialmente no Brasil. Conhecido como o santo protetor contra pestes, guerras e fome, São Sebastião é celebrado como um exemplo de fé inabalável, coragem diante das adversidades e amor a Cristo. Sua vida e martírio continuam a inspirar milhões de fiéis a enfrentar os desafios da vida com confiança em Deus. 

São Sebastião nasceu no século III, em Narbonne, na França, mas foi criado em Milão, na Itália. Era soldado do exército romano e ocupava uma posição de destaque como capitão da guarda pretoriana. Apesar de sua função militar, Sebastião era cristão em uma época em que a fé cristã era severamente perseguida pelo Império Romano. 

Sebastião usava sua posição de influência para encorajar os cristãos perseguidos, fortalecendo sua fé e ajudando-os a permanecer firmes diante das provações. Ele também convertia muitos ao cristianismo, incluindo prisioneiros e companheiros de armas, demonstrando sua coragem e compromisso com a missão de evangelizar. 

Quando sua fé foi descoberta, Sebastião foi levado diante do imperador Diocleciano, que ordenou sua execução. Amarrado a um tronco, foi alvo de flechas, mas sobreviveu milagrosamente. Resgatado por Santa Irene, foi tratado e recuperou sua saúde. Contudo, São Sebastião não se intimidou. Retornou ao imperador para exortar o arrependimento e a conversão. 

Por sua ousadia, foi novamente condenado, desta vez sendo espancado até a morte. Seu martírio tornou-se símbolo de fidelidade a Cristo até o fim, inspirando os cristãos a permanecerem firmes em sua fé, mesmo diante das maiores adversidades. 

No Brasil, São Sebastião é particularmente venerado no Rio de Janeiro, onde é padroeiro da cidade. Sua devoção remonta ao período colonial, quando os primeiros portugueses o escolheram como protetor contra doenças e invasões. A Basílica de São Sebastião, na Tijuca, é um dos principais centros de peregrinação em sua homenagem. 

Imagem de São Sebastião, da cidade de Pilõezinhos/PB, por Gabriel Araújo.

 

Por outro lado, São Sebastião é o padroeiro da agricultura e pecuária. Os fazendeiros e sitiantes confiam a poderosa proteção de São Sebastião para a abundância da colheita e para a proteção para os seus rebanhos. O glorioso Mártir é ainda patrono contra a peste, a fome e a guerra. Poderosa a sua intercessão a nos livrar da doença, da falta de pão nas nossas mesas e da ausência de paz. 

A vida de São Sebastião nos convida a refletir sobre a coragem de testemunhar a fé em um mundo que muitas vezes se opõe aos valores cristãos. Ele nos ensina a perseverar nas dificuldades, confiando na providência divina. Sua dedicação ao próximo e seu compromisso com a evangelização nos lembram da importância de viver o Evangelho com autenticidade e amor. 

Nestes dias estou visitando meus parentes no Rio Grande do Sul aonde na década de 60 do século passado meus pais migraram para Tupãssi, PR. Celebrei a Festa de São Sebastião na Capela de Alto Honorato, Município de Progresso, RS, junto com os meus parentes pedindo que São Sebastião proteja a eles e a todos os homens de boa vontade contra a peste, a fome e a guerra! 

Em tempos de desafios, São Sebastião nos inspira a sermos sinais de esperança, enfrentando as adversidades com fé e coragem. Que sua intercessão nos ajude a trilhar o caminho de Cristo, fortalecendo nossa confiança no amor de Deus e na vitória da vida sobre a morte. 

São Sebastião, rogai por nós! 

Fonte: CNBB