“CHAMADOS À COMUNHÃO E A FRATERNIDADE”; CUIDAR DOS DOENTES E SUAS RELAÇÕES

A mensagem do Papa Francisco para o 32º Dia mundial do enfermo de 2024, inspira-se na frase de Gen. 2,18: “ Não é conveniente que o homem esteja só”. Serve-se desta expressão bíblica da Criação para fundamentar a antropologia cristã centrada na imagem do Deus Trindade, fonte e raiz de relacionamentos. Retoma a traumática experiência da pandemia onde milhares de vitimas do COVID viveram a situação da solidão e do isolamento, acrescentando ao seu padecimento o distanciamento e a perda de contatos humanos.  

Mas também os profissionais da saúde experimentaram a seu modo e na sua extenuante missão o ficar confinado em jornadas estafantes e lugares fechados por semanas inteiras. No atual momento que vive a humanidade, as guerras, catástrofes climáticas e perseguições que obrigam ao desenraizamento e solidão a milhões de pessoas.  

Mas não só nestas realidades trágicas acontece a fragmentação e o isolamento; pensemos nos idosos, nos portadores de deficiência, nos moradores de rua, nas pessoas com doenças mentais que vivem no esquecimento e muitas vezes no abandono, e dos nascituros que encerram o ciclo dos que “ já não servem mais e dos que ainda não servem, para o olhar frio do mercado.  

Por isso o Papa reafirma o chamado da Criação, a sermos cohumanos, isto é, a viver em comunhão e fraternidade, a realizarmo-nos com laços de ternura e compaixão amorosa. Nesse sentido o primeiro cuidado com os doentes deve ser acolhê-los e tratá-los bem, sentindo-se amados e valorizados, pois o amor incondicional é agente de cura e humanização.  

Um hospital, geriatria, casa de saúde ou uma UPA (Unidade Básica de Atendimento) devem oferecer sempre além do tratamento profissional e terapêutico o relacionamento caloroso e profundamente atento a pessoa e necessidades do doente.  

Por sua parte o enfermo afirma o Papa, não deve sentir vergonha de precisar da ajuda e cuidado dos agentes da saúde, como também não sentir-se um peso ou alguém que está incomodando, entender que assumir a fragilidade e a necessidade de diminuir o ritmo e ser submetido a um tratamento não é abrir mão de sua dignidade e da preciosidade da sua vida mas reentrar em si mesmo para recuperar a inteireza.  

Toda a Igreja e todos os fiéis estão chamados a tornar-se mais próximos e amigos dos doentes, estabelecendo um relacionamento gratuito, amoroso e compassivo para com eles, pois os encontraremos sempre no Coração de Cristo e da Igreja. Deixemos de lado e superemos a Cultura individualista do descarte e da indiferença para viver e testemunhar a Cultura do amor comunhão e partilha, da ternura e da solidariedade com os que sofrem e estão a margem da vida. Deus seja louvado!

Fonte: CNBB

“PROCLAMAMOS QUE ÉS A RAINHA”

Encerramento da Festa de Nossa Senhora da Luz é marcada por inúmeras emoções, devoções e sorrisos


Neste último dia 02 de Fevereiro, Solenidade da Apresentação do Senhor, o largo Dom Marcelo, famosa por ser um espaço que reflete a fé do povo de Guarabira, foi palco do encerramento da Festa de Nossa Senhora da Luz, sendo ponto final de uma das maiores procissões da história da Diocese de Guarabira, abarcando milhares de filhos e filhas que, aos pés da Soberana da Luz, percorreu o centro da cidade de Guarabira.

Após a procissão, ocorreu a santa missa, no adro da Catedral, com a presença do Bispo Diocesano, Dom Aldemiro Sena, do Clero, padres de outras Dioceses, Diáconos, Seminaristas e povo de Deus, coroada com a presença da imagem histórica de Nossa Senhora da Luz, sob um andor envolto em rosas vermelhas e brancas.

“A festa da Apresentação do Senhor é chamada de festa das luzes, porque o Menino Jesus é a luz que veio para iluminar as trevas do pecado… No rito da festa da celebração da Apresentação do Senhor somos convidados a acendermos nossas velas e irmos até a porta da Igreja e entrarmos com nossas velas em procissão significando que a luz de Deus está entre nós. Por isso a festa da Apresentação do Senhor é a festa das luzes, pois desde o tempo do advento nos preparamos para receber em nosso meio a luz de Deus, que nos vem por meio de Jesus Cristo.”, assim pontua Dom Orani Tempesta, sobre a Solenidade da Apresentação do Senhor, refletindo a importância deste momento.

Dom Aldemiro incensa a histórica imagem de Nossa Senhora da Luz
Rosas vermelhas e brancas decoraram o andor de Nossa Senhora da Luz
Multidão lota o Largo Dom Marcelo

Fonte: Gabriel Araújo – Pascom Luz 

Celebrando a Fé: A Beleza da Procissão das Crianças

Nossa Senhora da LuzA Procissão das crianças que já acontece há 5 anos, tornou-se tradição na programação do novenário de Nossa Padroeira, antecedendo a majestosa Procissão de Nossa Senhora da Luz, um espetáculo de devoção e pureza toma as ruas, trazendo consigo a singeleza e alegria das crianças que, vestidas com trajes que homenageiam seus santos de devoção, iluminam as ruas da cidade.

A Procissão tem como ponto de partida o Seminário São José, percorrendo as principais ruas do centro em direção à Catedral, levando consigo a pureza e a alegria que só as crianças conseguem transmitir. À medida que os pequenos devotos desfilam pelas ruas, suas expressões radiantes e olhares cheios de esperança iluminam o caminho, tocando os corações de todos que testemunham essa manifestação de fé e inocência.

A Procissão das Crianças em nossa paróquia é mais do que uma simples demonstração de devoção. Ela representa a transmissão de valores, e, acima de tudo, a preservação da fé nas gerações mais jovens, renovando a esperança e mantendo vivo o amor por Nossa Senhora.

Pascom Luz

 

 

Corrida Luz iluminou Guarabira

Corredores e devotos se uniram numa manhã de fé, saúde e alegria para celebrar Nossa Senhora da Luz.

No último domingo, 28/01, a Paróquia Nossa Senhora da Luz promoveu a I edição da Corrida Luz, como parte da programação oficial do Novenário de Nossa Padroeira. Com Largada às 7h da manhã, a corrida reuniu diversos participantes, entre corredores profissionais, iniciantes e devotos que buscavam unir a prática esportiva ao fortalecimento da fé.

A Corrida Luz veio para integrar a população de Guarabira e região na Festa de Nossa Senhora da Luz, por meio do esporte, fortalecendo os vínculos da Igreja e sociedade.

Nesse esteio, a Corrida Luz contou com o engajamento ativo da comunidade paroquial, que se mobilizou para organizar e participar desse momento especial. O pe. Elias Marinho, vigário paroquial, antes da largada, abençoou os atletas e fez uma breve reflexão sobre a união do esporte e a Festa de Nossa Senhora da Luz.

Assim, a corrida teve a largada e chegada em frente à Catedral, em um clima de animação e expectativa entre os participantes que tomaram as ruas de Guarabira. Um dos destaques foi a participação do pe. Kleber, pároco da Catedral, que além de participar ativamente da organização do evento, também correu junto aos fiéis.

Demais disso, ao longo do percurso jovens do EJC distribuíram água e mensagens de incentivo, criando um ambiente de apoio e fraternidade entre os corredores.

A atmosfera de alegria e gratidão permeou todo o evento, deixando uma marca em nossa paróquia. A Corrida da Luz não foi apenas um evento esportivo, mas uma expressão da união entre a sociedade e a Igreja, iluminando não apenas a cidade de Guarabira, mas também os corações daqueles que participaram desse momento especial.

 

Pascom Luz

 

 

 

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DEVOÇÃO E EMOÇÃO MARCAM A PRIMEIRA SEMANA DA FESTA DE NOSSA SENHORA DA LUZ

“AQUI A DEVOÇÃO É MUITO GRANDE, MUITO AMOR…”, disse o Pe. Charles, da cidade de Canguaretama-RN, sobre a Festa da Padroeira da Diocese de Guarabira.


Pe. Charles, Canguaretama-RN, celebrando, ao lado direito, o Pe. Kleber, Pároco da Catedral, e à esquerda, o Diácono Gilberto, da Paróquia Santo Antônio, Guarabira-PB

 

“UMA HONRA PODER PARTICIPAR DA FESTA DE NOSSA SENHORA DA LUZ… UM MOMENTO DE RENOVAÇÃO…”, assim aludiu o Pe. Alípio, que, em missão na Diocese de Grajaú-MA, descreveu sua emoção em participar da novena, resumindo o sentimento dos paroquianos, fiéis romeiros, visitantes e viajantes que marcaram presença assídua durante todo o período da primeira semana da Festa da Soberana da Luz.

Pe. Alípio, missionário na Diocese de Grajaú-MA

 

A Catedral recebeu a visita de diversos padres, dentre os quais se destaca o Pe. Felipe, que é filho da Paróquia e, em sua homilia, destacou sua fé em Nossa Senhora da Luz, sendo fonte basilar da sua vocação e espelho na fé em Cristo Jesus. O Pe. Robson, Coordenador Diocesano da Pastoral de Comunicação, ressaltou sobre a transcendência da imagem de Nossa Senhora pelas redes sociais.

Pe. Felipe, Remígio-PB
Pe. Robson, Coordenador Diocesano da Pastoral da Comunicação; Cacimba de Dentro-PB

 

Também se destacou nesta primeira semana o jantar com Nossa Senhora, constituindo-se como um momento de confraternização entre os partícipes e de muitas emoções, com danças, comidas e sorrisos.

Jantar com Nossa Senhora, 2024

 

Em suma, a fé em Nossa Senhora segue invicta, intacta, sendo o ápice a parte final das celebrações, com o povo cantando emocionadamente o hino da Nossa Senhora da Luz, arrepiando e emocionando os presentes e os que acompanham pelas redes sociais.

Pe. André, Vigário Diocesano, Guarabira-PB
Pe. Charles e Pe. Kleber
Pe. Renato, Alagoinha-PB
Pe. Moisés, Cajazeiras-PB
Pe. Edycarlos, Arara-PB
Dom Aldemiro Sena, Bispo Diocesano de Guarabira-PB

 

Gabriel Araújo – Pascom Luz 

Abertura do Novenário de Nossa Padroeira: Proclamamos que És a Rainha

Na noite desta terça-feira, 23, Guarabira se revestiu de esplendor para proclamar que Nossa Senhora é a Rainha de nossas vidas. A Festa de Nossa Senhora da Luz, iniciou-se com a tradicional carreata de abertura, partindo da Igreja Santo Antônio, percorrendo as principais ruas de nossa cidade.

Logo após, no Largo Dom Marcelo, houve a benção dos veículos que chegavam da carreata, como também o hasteamento das bandeiras. A Santa Missa de abertura da Festa de Nossa Padroeira, foi presidida pelo padre Kleber Rodrigues, concelebrada pelos vigários paroquiais, Monsenhor Luís e Pe. Elias. Estiveram presentes Pe. José Manoel, da Paróquia Imaculada Conceição (Araruna) e Pe. Raul Rodrigues, da Paróquia Jesus Ressuscitado (Guarabira).

Participe conosco desse momento especial, acompanhe nossa programação pelas nossas plataformas digitais @catedraldaluz­_

Proclamamos que És a Rainha!

Pascom Luz

 

Assista a Santa Missa de Abertura:

NOSSA SENHORA RAINHA

No dia 22 de agosto de 2023, celebramos a memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha. É a mesma Mãe de Jesus, só que com o título de Rainha, conforme tantos outros dedicados à Nossa Senhora. Por isso, a saudamos como rainha na oração da Salve Rainha, ela é a nossa corredentora e sempre pede para fazermos tudo aquilo que Jesus pedir. 

Ela é a nossa Rainha e nos protege de todo o mal, somos impulsionados, do mesmo modo que Maria, a sair para anunciar o Evangelho. Não podemos guardar conosco a alegria que vem do Espírito Santo.  

Do mesmo modo que celebramos Cristo Rei, em novembro, no encerramento do Tempo Comum, celebramos agora em agosto Nossa Senhora Rainha. Ela é mãe de Deus, a escolhida, por isso, a invocamos como rainha. Ao invocarmos Nossa Senhora como rainha, não a colocamos num patamar acima do que deveria estar, pelo contrário, Ela continua sendo a humilde serva do Senhor e, também, não a colocamos como uma rainha comum, aqui da terra, que manda e os servos obedecem, mas Ela é uma rainha que ensina e educa os seus filhos.  

Nossa Senhora Rainha também recebe o título de mediadora da paz, pois aonde Nossa Senhora passa, cessam as guerras, a violência e o ódio. Normalmente, as aparições de Nossa Senhora são para atender ao pedido do povo mais humilde e que, normalmente, está aflito por alguma situação. Nossa Senhora de Fátima, ao aparecer aos pastorinhos, quer consolar toda a humanidade e pede para que todos se unam em oração pela paz e conversão dos pecadores.  

Como todos nós sabemos, o mês de maio é o mês Mariano por excelência, pois celebramos Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Auxiliadora e a visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel, além do Dia das Mães, no segundo domingo do mês. Normalmente, no último dia do mês, acontece a coroação da imagem de Nossa Senhora, a coroamos como a nossa Mãe e Rainha. Ela é uma rainha humilde e que nos ensina sempre a fazer a vontade de Deus.  

Por isso, a memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha era celebrada no passado no dia 31 de maio, mas como ao longo do mês de maio já temos outras festas marianas, essa memória litúrgica foi transferida para oito dias após a festa da Assunção de Nossa Senhora. Sendo assim, ao longo do mês de agosto celebramos duas festas dedicadas a Maria: Nossa Senhora da Assunção ou da Glória e Nossa Senhora Rainha. Fica dentro do mistério da assunção, glória, rainha. 

Além agosto ser o mês dedicado às vocações sacerdotais, religiosas, familiar e catequista, Nossa Senhora abençoa todas as vocações, pois o sim que é dado para assumir a vocação é a exemplo do sim de Maria a Deus.  

A festa de Santa Maria Rainha foi instituída pelo Papa Pio XII, na carta encíclica “Ad Caeli Reginam”, no dia 11 de outubro de 1954, para que fosse celebrada em 31 de maio, conforme lembramos acima, fechando assim o mês dedicado a Maria. Em virtude da reforma pós-conciliar, foi transferida como memória para agosto, após a solenidade da Assunção. Desde o início da Igreja, o povo de Deus venera Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra, conforme expressamos na oração da Salve Rainha.  

O título de Rainha foi concedido de forma justa à Nossa Senhora, pois dela nasceu o filho de Deus e a ela foram concedidos todos os privilégios da graça divina. Além do mais, se coroamos o filho como Rei do Universo, Nossa Senhora, sem dúvida, é nossa Rainha. Tudo o que se refere ao Messias, traz a marca da divindade. Nossa Senhora é a portadora da graça divina. Dessa forma, a Igreja convida a todo o povo a invocá-la como Mãe e Rainha, porque Ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e maternidade divina.  

O intuito de celebrar a festa de Nossa Senhora Rainha é um reconhecimento de Maria como a Mãe de Deus. Dessa forma, contribuímos para que se conserve, consolide e torne perene a paz a todos os povos. No século XX, começaram os movimentos para a proclamação de Nossa Senhora Rainha do Universo, a partir de três congressos marianos daquela época. O grande precursor foi o Papa Pio XI, que na conclusão do ano santo de 1925, proclamou a Festa de Cristo Rei.  

Algum tempo depois, uma mulher chamada Maria Desideri, por volta do ano 1930, em Roma, deu início ao movimento “Pro regalitatae Mariae”, com o intuito de recolher petições de todo mundo em favor da instituição da festa. Vendo todo esse movimento, o Papa Pio XII instituiu a festa litúrgica de Nossa Senhora Rainha.  

Um mês depois, em 1954, o Papa Pio XII pronunciou um importante discurso em honra de Maria Rainha, antes de fazer uma comovente oração e a coroação da Venerada imagem de Maria “Salus Populi Romani” (Salvação do povo Romano). 

Certamente, Pio XII recordava da ajuda que recebera de Nossa Senhora quando – invocada durante a Segunda Guerra Mundial –, evitou que Roma fosse alvo de uma batalha final entre alemães e aliados. Pio XII inaugurou a tradição da homenagem Maria por parte dos papas, no dia 8 de dezembro, e isso permanece até hoje com grande devoção. 

Celebremos com alegria a memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha, e peçamos que ela continue protegendo a humanidade inteira de todo perigo, nos guardando na paz. Peçamos a Nossa Senhora que sempre traga consigo o seu filho Jesus.  

Fonte: CNBB

 

O Papa: estar aberto para acolher os irmãos mais pobres e esquecidos

Francisco recebeu, no Vaticano, a Delegação Ecumênica da Finlândia. Em seu discurso, o Pontífice disse que os santos “nos incentivam a permanecer no caminho do discipulado mesmo quando temos dificuldades, quando caímos”. “Façamos com que este encontro ecumênico não se reduza a um cumprimento e não se torne autorreferencial: que tenha sempre a força vital do Espírito Santo”, disse ainda o Papa.


O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (19/01), no Vaticano, a Delegação Ecumênica da Finlândia que veio a Roma por ocasião da festa de Santo Henrique. Francisco saudou em particular aqueles que participam dessa peregrinação pela primeira vez.

“Como membros da comunidade de batizados, estamos a caminho e nossa meta comum é Jesus Cristo. Essa meta não está longe, não é inatingível, porque nosso Senhor veio ao nosso encontro em sua misericórdia, tornou-se próximo na Encarnação e ele mesmo tornou-se o Caminho, para que possamos caminhar seguros, em meio às encruzilhadas e às falsas direções do mundo. E o mundo é um mentiroso”, acrescentou o Papa.

Não perder de vista a meta

Os santos são irmãos e irmãs que percorreram essa estrada até o fim e alcançaram a meta. Eles nos acompanham como testemunhas vivas de Cristo, nosso Caminho, Verdade e Vida. Eles nos incentivam a permanecer no caminho do discipulado mesmo quando temos dificuldades, quando caímos. Como luzes acesas por Deus, eles brilham diante de nós para que não percamos de vista a meta.

A seguir, o Papa recordou que “houve momentos em que a veneração dos santos parecia dividir, em vez de unir os fiéis católicos e ortodoxos, por um lado, e os evangélicos, por outro. Mas não é assim que deve ser e, de fato, nunca foi na fé do santo povo fiel de Deus”.

Recordando alguns grandes santos nórdicos como Brígida, Henrique e Olavo, Francisco lembrou um trecho da Encíclica Ut unum sint de São João Paulo II que fala que a “consciência do dever de rezar pela unidade tornou-se parte integrante da vida da Igreja”. “Se o milênio da morte de Santo Olavo, em 2030, puder inspirar e aprofundar nossa oração pela unidade, e também nossa caminhada juntos, este será um presente para todo o movimento ecumênico”.

Força vital do Espírito Santo

De acordo com o Papa, este encontro com a Delegação Ecumênica da Finlândia é um sinal vivo no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que teve início no Hemisfério Norte na última quarta-feira.

“Façamos com que este encontro ecumênico não se reduza a um cumprimento e não se torne autorreferencial: que tenha sempre a força vital do Espírito Santo e que esteja aberto para acolher os irmãos e irmãs mais pobres e esquecidos, e também aqueles que se sentem abandonados por Deus, que perderam o caminho da fé e da esperança.”

Por fim, o Papa convidou os membros da delegação a rezarem juntos a oração do Pai Nosso em sua própria língua.

Fonte: Vatican News

MÃE DE DEUS E O FUNDAMENTO DE SUA GRANDEZA

A contextualização da expressão “Theotókos”, de São João Paulo II que, literalmente, significa “aquela que gerou Deus”, à primeira vista pode gerar surpresa; suscita a questão sobre como é possível uma criatura humana gerar Deus. A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só a geração humana do filho de Deus e não, ao contrário, a sua condição divina.

O filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é lhe consubstancial. Nessa geração eterna, Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há mais de dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi concebido e dado à luz por Maria.

Proclamando Maria “Mãe de Deus”, a Igreja quer, portanto, afirmar que ela é a “Mãe do Verbo encarnado, que é Deus”. Por isso, a sua maternidade não se refere a toda Trindade, mas unicamente à segunda pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.

A maternidade é relação entre pessoa e pessoa: uma mãe não é mãe apenas no corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera. Maria, portanto, tendo gerado segundo a natureza humana a pessoa de Jesus, que é a pessoa divina, é Mãe de Deus.

Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do filho e da mãe. Portanto, a expressão “Mãe de Deus” remete ao Verbo de Deus que, na encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina. Mas esse título à luz da dignidade sublime conferida à Virgem de Nazaré proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. Com efeito, Deus trata Maria como pessoa livre e responsável, e não realiza a encarnação de seu Filho senão depois de ter obtido o seu consentimento.

Mãe de Deus é o maior de todos os títulos, graças e privilégios de Nossa Senhora. Este título lhe foi dado pelo próprio Deus quando a escolheu para ser sua mãe. É o fundamento de sua grandeza, de seu poder e de todos os demais títulos. Foi o primeiro a ser definido pela Igreja como verdade de fé, já em 431.

A Santa Mãe de Deus é a padroeira da Catedral Metropolitana, da Arquidiocese e do município de Porto Alegre. O Santuário Mãe de Deus, edificado no alto morro do bairro Glória, todo o dia 1º dia do ano que inicia, além de glorificar o máximo título de Maria, quer lembrar a todas as mães que a maternidade humana é a maior honra e grandeza da mulher.

A imagem de Nossa Senhora Mãe de Deus recebeu a benção do Papa João Paulo II no Vaticano no dia 27 de julho de 1988, e foi entronizada no nosso Santuário de Porto Alegre. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus!

Fonte: CNBB

Dom Vital: Maria, Mãe de Deus e a Paz

Maria disse sim ao plano do Senhor para a salvação da humanidade. Maria sendo percebida com o título de Mãe de Deus, aquela que gerou na carne o Filho de Deus, esta doutrina teve a sua origem na escola de Alexandria.


No início de cada ano, a liturgia coloca-nos a benção de Deus, para que ao longo do ano e em nossa vida, tudo ocorra conforme a vontade de Deus (cfr. Nm 6,24-26). É também ocasião para que a Igreja festeje Maria, como Mãe de Deus e também a graça e a responsabilidade humana para a construção da paz. Cristo é a paz (cfr. Ef 2,14), é o Príncipe da Paz (cfr. Is 9,5). Para o dia mundial da paz, ano de 2022, o Papa Francisco adverte à humanidade e a todos nós a necessidade da paz, ressaltando a educação, trabalho, diálogo entre as gerações: instrumentos para a construção de uma paz duradoura. Ele colocou a necessidade de que se aumentem os orçamentos à educação e à saúde e haja a diminuição dos orçamentos militares, com as armas, para que a paz ocorra em todas as nações e povos. Vamos construir um mundo diferente pelo reinado da paz e do amor.

Theotókos

Maria disse sim ao plano do Senhor para a salvação da humanidade. Maria sendo percebida com o título de Mãe de Deus, aquela que gerou na carne o Filho de Deus, esta doutrina teve a sua origem na escola de Alexandria. A partir do século IV em diante este título foi bastante usado pelos padres da Igreja, diante das polêmicas de Nestório, que preferia o Christotókos, Maria como aquela que gerou o Cristo, houve a sua definição no Concílio de Éfeso, 431. O fato foi que em Maria não se aludiu a ela um título de deusa, mas como aquela criatura, preservada do pecado original pelo Senhor, a qual colaborou com o plano de Deus na redenção da humanidade[1]. A seguir nós veremos como os padres da Igreja elaboraram uma doutrina a respeito de Maria, com o título de Mãe de Deus.

Na humanidade, Cristo Jesus nasceu da Virgem Maria

São Vicente de Lérins, escritor eclesiástico da Gália, França, século V, afirmou que a unidade da pessoa de Cristo se constituiu e se aperfeiçoou não após o parto da Virgem, mas no mesmo útero virginal e que Ele é um com o Pai e um com a Mãe. Nele Deus se uniu ao ser humano e é de unidade pessoal não após o batismo, a ressurreição ou na sua ascensão, mas sim na mãe, no útero, no momento mesmo da concepção virginal. Por esta unidade na pessoa do Senhor se dá a propriedade de Deus ao ser humano e as propriedades da carne se atribuem a Deus. Desta forma o Verbo de Deus nasceu da Virgem Maria. Por isso devemos professar que Maria pela graça de Deus, é Mãe de Deus, pelo dom do nosso Senhor Deus, que é o seu Filho, Jesus Cristo[2].

Hino à mãe de Deus e a paz

Rábula de Edessa, bispo na Síria, século V, compôs um hino à Virgem Maria como mãe de Deus. Ela é santa, mas Maria é também tesouro maravilhoso e esplêndido, dado a todo o mundo, luz irradiante do Incompreensível, templo puro do Criador de todas as coisas. Através dela foi anunciado Aquele que tirou os pecados do mundo e os redimiu. Fortalece a nossa fé e doa a paz para o mundo inteiro. O bispo teve presente que os fieis supliquem à Maria para que a nossa maldade não leve para a ruína e Maria volta-se ao seu povo, enquanto ela reza ao seu Unigênito, o Filho saído dela, para que tenha piedade de todos os fiéis, pela sua santa oração[3].

Eva e a Virgem Maria

São Justino de Roma, padre da Igreja, século II, teve presentes às duas mulheres em relação com o Senhor Deus. Se Eva enquanto era ainda virgem e incorrupta, tendo concebido a palavra que a serpente lhe disse, deu à luz a desobediência e a morte, a virgem Maria concebeu fé e alegria, quando o anjo Gabriel lhe comunicou que o Espírito Santo viria sobre ela e a força do Altíssimo a cobriria com sua sombra, de modo que o santo que nasceu será o Filho de Deus (cfr. Lc 1,35). Por isso ela respondeu à proposta do Senhor de uma forma positiva colocando-se a disposição de sua palavra (cfr. Lc 1,38)[4].

Maria, a segunda Eva

Santo Ireneu de Lyon, bispo, séculos II e III afirmou que Maria é a segunda Eva, a sua advogada, porque enquanto a primeira Eva deixou-se seduzir de modo a desobedecer a Deus, a segunda deixou-se persuadir a obedecer a Deus, para que, da virgem Eva, a Virgem Maria se tornasse advogada. Se o gênero humano submeteu-se à morte por uma virgem, ele libertou-se dela por uma outra virgem, porque a desobediência de uma virgem foi contrabalançada pela obediência de uma outra virgem. O pecado do primeiro ser humano foi curado pela correção de conduta do Primogênito[5].

Ainda em Santo Ireneu encontra-se o dado que Maria contribuiu para a salvação vinda ao mundo com Jesus Cristo. Se pela desobediência de Eva tornou-se para si e para todo o gênero humano causa da morte, Maria, pela sua obediência se tornou para si e para todo o gênero humano, causa de salvação[6].

O Verbo veio ao mundo pelo seio de Maria

Santo Atanásio, bispo de Alexandria, século IV disse que o Senhor assumiu um corpo semelhante ao nosso de modo que Maria entrou presente neste mistério. Foi dela que o Verbo assumiu aquele corpo, que se ofereceu pelos seres humanos. A Sagrada escritura teve presentes que no nascimento do Senhor, o menino foi envolto em panos (Lc 2,7). Ele é o Filho de Deus na carne, de modo o anjo Gabriel disse para Maria que o Santo que nascer dela, será Filho de Deus (Lc 1,35). Desta forma o Verbo de Deus, recebendo nossa natureza humana e oferecendo-se em sacrifício, assumiu-a em sua totalidade, para que a humanidade fosse revestida da sua natureza divina[7].

Maternidade divina de Maria

São Cirilo de Alexandria, bispo, séculos IV e V afirmou contra Nestório, bispo de Constantinopla, a maternidade divina de Maria. Para ele causava admiração que alguns duvidassem em dar à Virgem Santíssima, o título de Mãe de Deus. De fato, se nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, por que motivo não pode ser chamada de Mãe de Deus a Virgem que o gerou? O bispo de Alexandria lembrou que Santo Atanásio, também escreveu que a Virgem recebeu o titulo de Mãe de Deus. Desta forma, o Emanuel, Deus-conosco, possui duas realidades isto é, a divindade e a humanidade, sendo um só Senhor Jesus Cristo, único e verdadeiro Filho natureza, e ao mesmo tempo, Deus e homem[8].

Maria gerou o Senhor

Santo Agostinho bispo de Hipona, séculos IV e V também teve presente Maria com o título de Mãe de Deus. O bispo defendeu a expressão que Maria deu ao nascimento o Senhor na natureza humana. O Senhor do céu e da terra nasceu de Maria. Ele também disse que Deus nasceu de uma mulher na realidade humana[9].

Maria recebeu o título de Mãe de Deus. Ela gerou na carne o Filho de Deus, de modo que a ela lhe é dado este título. Como disse São Cirilo de Alexandria, o fato de que o Filho de Deus é também Filho de Maria, gerado por ela pela realidade humana, Maria leva este titulo. A sua comemoração é dada no inicio do ano. Ela leve os nossos pedidos ao seu Filho Jesus Cristo. A Paz esteja presente em nossas relações e o mundo se preocupe com a paz, construindo educação, trabalho, diálogo, como nos fala o Papa Francisco de modo que haja mais investimentos na educação, na paz e menos em armas, as quais destroem vidas. Nós devemos lutar pela vida, porque Deus é paz, é vida, é amor.

[1] Cfr. E. Peretto. Theotokos. In: Nuovo Dizionario Patristico e di Antichità Cristianediretto da Angelo Di Berardino, P-Z. Marietti, Genova, 2008, pg. 5346.

[2] Cfr. Vincenzo di Lérins. Commonitorio, 15. In: La teologia dei padri, v. 2. Città Nuova Editrice, Roma, 1982, pgs. 159-160.

[3] Cfr. Rabbula di Edessa. Inni liturgici, 1-4. In: Idem, pg. 163.

[4] Cfr. Justino de Roma. Diálogo com Trifão, 100,5. Paulus, São Paulo, 1995, pg. 265.

[5] Cfr. Ireneu de Lião. Livro V,19,1. Paulus, São Paulo, 1995, pg. 569.

[6] Cfr. Idem. Livro III, 22,4, pg. 352.

[7] Cfr. Das Cartas de Santo Atanásio, bispo. In: Liturgia das horas, I. Editora Vozes, Paulinas, Paulus, Editora Ave-Maria, 1999, Aparecida, SP, 1999, pgs. 435-436.

[8] Cfr. Das Cartas de São Cirilo de Alexandria, bispo. In: Idem, III, pgs. 1381-1382.

[9] Cfr. Sant´Agostino. Serm. 51,12,20; De Trin. 8,5,7. Maria “Dignitas terrae,. Introduzione e note a cura di Agostino Trapè, revisione a cura di Oreste Campagna. Nuova Biblioteca Agostiniana, Città Nuova Editrice, Roma, 1995, pg. 32.

Fonte: Vatican News

Alegria: Necessidade de todos os homens

Você sabia que você também tem a necessidade de ser alegre para o bem da saúde da sua alma?

IMAGEM/ TATIANA SYRIKOVA

A alegria é uma experiência do coração humano e fruto da felicidade que ele tanto busca. Esta alegria depende das opções que o homem faz livremente e, mais ainda, do reconhecimento do seu Criador. E de onde vem esta alegria? Podemos dizer que quem busca a felicidade busca a Deus e quem O encontra, encontra a verdadeira felicidade?

“Deus, antes mesmo de manifestar-se pessoalmente a ele [homem] mediante a revelação divina, dispôs a inteligência e o coração da sua criatura para o encontro da alegria, e ao mesmo tempo, da verdade.” Por isso é que dizemos que a sua alegria depende do reconhecimento de Deus como seu Criador, pois se foi Ele quem a dispôs ao coração do homem, somente nele poderemos encontrá-la. Com razão Santo Agostinho, no livro das Confissões, diz: “Por que me criaste para Ti, inquieto estará o meu coração enquanto não repousar em Ti”.

A nossa alegria está em Deus e a cada dia precisamos descobrir e abraçar esta verdade. Não basta apenas reconhecer, não é suficiente saber que Deus existe, é preciso acolhê-lo em nossas vidas. O nosso coração muitas vezes se encontra cheio de planos, e isso não é mal, porém, não podemos esquecer o que diz a Palavra de Deus: “O coração do homem planeja o seu caminho, mas é o Senhor quem firma os seus passos (Pr 16,9). Nunca deveremos esquecer que o Senhor firma nossos passos. Nossos planos somente serão bons se estiverem firmados nele.

Angustiado, triste, amargurado, infeliz e sem sentido estará o nosso coração enquanto não descobrirmos que a alegria verdadeira não está nas coisas passageiras, naquilo que podemos conseguir de imediato ou naquilo que podemos sentir. Aquilo que se consegue com facilidade, facilmente se perde.

A alegria é espiritual

A expressão máxima da felicidade é a alegria. Será que nós cristãos somos felizes? O que tem alegrado a nossa vida? Onde encontramos alegria? Somente nos prazeres? Nas coisas fáceis? Seria possível encontrar alegria no sofrimento? Onde encontraremos resposta para tantas perguntas?

Paulo VI, na sua exortação apostólica sobre a alegria cristã, diz que “esse paradoxo e essa dificuldade em alcançar a alegria tornam-se pungentes de modo especial nos dias de hoje. É essa a razão da nossa mensagem. A sociedade tecnológica teve a possibilidade de multiplicar ocasiões de prazer; no entanto, ela também encontra grandes dificuldades em experimentar alegria. Pois esta provém de outra fonte. A alegria é espiritual. Assim, o dinheiro, o conforto, o bem estar e a segurança material muitas vezes não faltam e, apesar disso, o tédio, o mau humor e a tristeza, infelizmente, continuam sendo a sorte de muitos.

E não raro isto chega ao ponto de tornar-se angústia e desespero, que a aparente ausência de cuidados, o frenesi da felicidade e os paraísos artificiais não conseguem eliminar. Será que o mundo se sente importante para dominar o progresso industrial e para planificar de maneira humana a sociedade? Ou será, talvez, o futuro que se apresenta por demais incerto e a vida humana ameaçada? Ou não se tratará, sobretudo de solidão, de uma sede de amor e de presença não satisfeita, de um vazio mal definido?”.

Como viver a alegria em meio a tantos sofrimentos, desigualdades sociais, em um mundo marcado pela dor, onde os valores morais, até mesmo o direito à vida, se tornam conveniências?

Vida na presença de Deus

Apesar das injustiças e calamidades atuais, sobretudo do sofrimento dos jovens – que com sua pouca idade são forçados pelas circunstâncias a enfrentar um mundo de amarguras e de tristezas – nada nos impedirá de falar e esperar pela alegria que homem algum é capaz de oferecer, da alegria que brota da esperança em um Deus que ama e jamais abandona a sua criatura. Diz o sumo Pontífice: “…pelo contrário, é na infelicidade que as pessoas do nosso tempo precisam conhecer a alegria e ouvir o seu cântico…”. Seria necessário um paciente esforço de educação para aprender ou então reaprender a saborear, simplesmente, as múltiplas alegrias humanas que o Criador coloca, já agora, ao longo dos nossos caminhos: alegria exultante da existência e da vida; alegria do amor honesto e santificado; alegria pacificadora da natureza e do silêncio; alegria por vezes austera do trabalho feito com diligência; alegria e satisfação do dever cumprido; alegria transparente da pureza, do serviço e da partilha; alegria exigente do exercício.

Sou testemunha ocular das dores, sofrimentos e angústias que muitos jovens vivem atualmente. No entanto, quero animá-los e dizer que é possível encontrar esta alegria e comunicá-la com a própria vida a todo cristão e a todo homem que queira afastar-se da amizade com o mundo e com o pecado, motivo de toda tristeza e angústia.

A vida na presença de Deus é plena de alegria, mesmo que comporte grandes sofrimentos. Estes deverão sempre nos lembrar que somos discípulos de Cristo, que diz: “Aquele que quiser me seguir renuncie a si mesmo, tome a cada dia sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Com alegria, corramos ao Seu encontro.

Fonte: Comunidade Shalom

Nossa Senhora, a mulher mais poderosa do mundo

A Virgem Maria está em todo lugar, e é inconfundível sua influência no mundo, se vista como um todo através da história da salvação. Ela é a obra-prima de Deus, e isso explica por que, onde floresce a devoção mariana, floresce também a cultura.


Na Itália, se você perguntar o nome de uma igreja relativamente desconhecida, a resposta tende a ser Santa Maria della Qualcosa, isto é, “Santa Maria de alguma coisa”, atestando o [alto] número de igrejas na Itália com o nome de Nossa Senhora. Aparentemente, em cada cidadezinha — de Sevilha a São Petersburgo, e em todo recanto de catolicismo entre as duas — há, senão uma, várias igrejas dedicadas a Nossa Senhora. Só Roma tem, por alto, noventa delas. Muitas estão cheias de ofertas, votivas ou de ação de graças, atestando as orações atendidas pela intercessão de Maria. Entre as ofertas há muletas e óculos, fotografias e pinturas.

Em 1900, Henry Adams (1838–1918), neto do presidente John Quincy Adams e bisneto do presidente John Adams, teve uma perspicaz intuição. Em seu trabalho The Education of Henry Adams, ele explica a admiração e ignorância que sentiu, quando jovem, na Feira Mundial, ao experimentar o poder das novas máquinas, especialmente do automóvel. Ao mesmo tempo que se viu impressionado pela invenção, ele ficou entusiasmado com o potencial e o significado dela para o futuro da ciência. De repente, no entanto, Adams recua um pouco de seu estupor e maravilhamento, e passa a compará-los com o poder exercido, ao longo dos séculos, pela noção de uma virgem. Ele começa por descrever aquelas que se acham entre os gregos e romanos, mas, por fim, suas descrições incluem a Virgem Maria. Nas palavras dele:

Nos séculos XII e XIII, os homens se encontravam no auge da força; nunca antes tinham eles demonstrado energia igual em direções tão variadas, ou aplicado inteligência tal nas próprias energias; e no entanto esses colossos da história — esses plantagenetas [a família dinástica de reis]; esses filósofos da Escolástica; esses arquitetos de Reims e Amiens; esses Inocêncios, e Robin Hoods, e Marco Polos; esses cruzados que plantaram suas enormes fortalezas por todo o Levante; esses monges que tornaram férteis desertos e regiões selvagens —, eles todos, aparentemente sem exceção, se curvavam ante a mulher.

Mesmo o poder em potencial do dynamo (o automóvel) não é nada, explica Adams, comparado ao poder da Virgem. O que Henry Adams reconheceu há mais de um século (como protestante, o que é ainda mais surpreendente), à medida que andava pelas cidades, igrejas, catedrais e cemitérios, era que o auge da cultura europeia estava centrado na devoção a Nossa Senhora. Nos lugares onde crescia a cultura europeia, crescia também a devoção a Nossa Senhora, e talvez vice-versa: onde crescia a devoção a Maria, igualmente crescia a cultura.

Henry Adams não é o único a apresentar tal intuição a respeito de Maria. Em 2015, a revista National Geographic a chamou de “a mulher mais poderosa do mundo”. Na explicação de Maureen Orth:

Maria está em todo lugar […]: a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, é uma das representações femininas mais reproduzidas de todos os tempos. Maria atrai milhões [de pessoas] todos os anos a santuários como o de Fátima, em Portugal, e de Knock, na Irlanda, sustentando um turismo religioso estimado em bilhões de dólares ao ano e gerando milhares de empregos. Ela inspirou a criação de muitas obras-primas de arte e arquitetura (a Pietà de Michelangelo, a Catedral de Notre-Dame), bem como de poesia, liturgia e música (as Vespro della Beata Virgine de Monteverdi). E ela é a confidente espiritual de bilhões de pessoas, não importando quão isoladas ou esquecidas elas estejam.

Maria está em todo lugar — às vezes escondida ao olhar de muitos —, e é inconfundível sua influência no mundo, se vista como um todo através da história da salvação.

São João Diego, com a imagem milagrosa de Guadalupe. Quadro de Raúl Berzosa.

Já vimos que as minorias criativas são responsáveis por colocar as civilizações nos trilhos [i]. O que tem passado despercebido por séculos, no entanto, é o papel de Maria nas minorias criativas. Ela não só tem um papel nelas, como tem sido a força por trás das minorias criativas mais bem sucedidas da história. Lançando um olhar retrospectivo, desde quando a devoção a ela se disseminou na Igreja — isto é, a partir do século XIII, quando São Domingos divulgou o Rosário (ainda que se possa indicar um tempo ainda mais distante para tal fato) —, Maria tem sido a fonte por trás das minorias criativas da Igreja que deram início a maciças mudanças geopolíticas. Em batalha atrás de batalha contra os inimigos da fé cristã, aqueles que se deixam conduzir por ela têm saído vitoriosos. A Espanha católica, por exemplo, lutando sob o seu estandarte, é um dos únicos países a ter reconquistado amplas porções de território, tomando-as ao islã. Alhures, cristãos em número reduzido venceram os turcos otomanos nas Batalhas de Lepanto e de Viena, depois de implorarem o auxílio de Maria através do Rosário. Nas Américas, Nossa Senhora de Guadalupe transformou de modo dramático a história do continente convertendo pelo menos quatro milhões de nativos à fé católica (algumas estimativas chegam a dez milhões). E na Polônia assolada pela Guerra Fria, um padre desconhecido foi chamado, das cinzas da Segunda Guerra e do comunismo soviético, para derrubar a Cortina de Ferro. Em um país depois do outro, da Áustria à Ucrânia, algum milagre nacional tem sido atribuído à intercessão dela.

Maria está verdadeiramente no coração de muitas minorias criativas que transformaram o mundo. Ela não precisa das massas para a mudança [que quer operar]; bastam-lhe algumas almas devotas, como São Domingos, São Fernando III, o Beato Alano da Rocha, João Sobieski, Santa Catarina Labouré, as três crianças de Fátima ou o Papa São João Paulo II. Ela também age através de almas escondidas, só por ela conhecidas, que transformam o mundo mediante suas orações, sacrifícios e amor puro.

O Cardeal József Mindszenty (1892–1975), preso primeiro pelos nazistas e depois pelos comunistas, na Hungria, ao longo de vinte e três anos, dizia de Maria: “A veneração a Maria é o grande gênio que dá ao cristianismo o seu poder, coragem e vitória”. Com toda certeza, esse foi um homem que testemunhou muita covardia, injustiça e maldade escancarada. Ele sabia que Maria e sua intercessão especial eram um antídoto para tudo isso.

A mulher de coturnos

Alguns anos atrás, eu ouvi um padre de forte devoção mariana explicar que Maria usa coturnos, como quem vai para a guerra. Parecia uma coisa estranha a se dizer de uma mulher que é sempre descrita como sendo extremamente bela e estando vestida com sedas e véus esvoaçantes. E no entanto, ao olhar com mais profundidade para a influência de Maria ao longo dos séculos, a ideia de que ela use coturnos parece um pouco mais plausível.

Dentre as muitas prefigurações de Maria que se encontram no Antigo Testamento, esta soa [particularmente] adequada a uma bela mulher de coturnos: “Quem é esta que avança como a aurora que desponta, bela como a lua, incomparável como o sol, terrível como um exército em ordem de batalha?” (Ct 6, 10). Ela foi chamada de la Conquistadora (dificilmente um título [que consideraríamos] carinhoso) — devoção popular que continua no sudoeste dos Estados Unidos. Na Ladainha de Nossa Senhora das Dores transparece seu aspecto mais militante: a Virgem é chamada de

  • Clipeus oppressorum (“Escudo dos oprimidos”),
  • Debellatrix incredulorum (“Vencedora dos incrédulos”),
  • Fortitudo debilium (“Fortaleza dos fracos”),
  • Portus naufragantium (“Porto dos náufragos”),
  • Sedatio procellarum, (“Bonança nas borrascas”),
  • Recursus mærentum (“Recurso dos aflitos”),
  • Terror insidiantium, (“Terror dos que armam ciladas”), e
  • Corona Martyrum (“Coroa dos Mártires”).

Como uma “mamãe ursa feroz”, não é de pouco peso sua proteção, tampouco sua intercessão por aqueles que lhe são devotados. Mais recentemente, a “Milícia da Imaculada Conceição” de São Maximiliano Kolbe e o Exército Azul [ii] — formado em resposta às aparições de Fátima, contrapondo-se ao Exército Vermelho comunista — também refletem o papel de Maria como a general de doze estrelas que conduz suas tropas numa batalha espiritual. Um cavaleiro do século XII escreveu: “Nossa Senhora é poderosa nas batalhas… Ela é a esperança dos cavaleiros que lutam… Sem a ajuda dela, os cavaleiros não podem vencer”.

“Alegoria da Batalha de Lepanto”, por Paolo Veronese.

Nas batalhas militares em que ela é invocada, a balança passa a pender de formas surpreendentes em favor de seus guerreiros. Batalha atrás de batalha, o enredo é basicamente o mesmo: os cristãos estão em menor número, mas fizeram sua lição de casa espiritual. A luta começa e, do nada, algo estranho acontece que conduz os cristãos à vitória. Na Batalha de Nova Orleans, em 1815, durante a Guerra Anglo-Americana de 1812, o exército de seis mil homens do general Andrew Jackson enfrentou quinze mil ingleses. Os moradores de Nova Orleans se juntaram às irmãs ursulinas em oração a Nossa Senhora do Socorro Imediato [iii]. Na manhã da batalha, a Missa foi oferecida no altar onde havia sido posta a imagem de Nossa Senhora do Socorro Imediato. Da capela, podiam-se ouvir os tiros de canhão. No momento exato da Sagrada Comunhão, um mensageiro trouxe às irmãs ursulinas a notícia de que os americanos haviam vencido. Os ingleses, que contavam com a neblina para avançar, foram expostos e derrotados quando a névoa se dissipou, de repente, no momento mesmo em que a Missa era oferecida. Os ingleses perderam dois mil soldados; os americanos, setenta e um. Mais tarde, o presidente James Monroe fez ao general Jackson este elogio: “A história não registra nenhum exemplo de uma vitória tão gloriosa obtida com tão pouco sangue derramado por parte dos vencedores”. Anos depois, sempre que ia a Nova Orleans, Andrew Jackson fazia questão de visitar o Convento das Ursulinas.

Da mesma forma, durante a Guerra Polonesa-Soviética no verão de 1920, durante a Batalha de Varsóvia, os comunistas aparentemente não teriam dificuldade em derrotar os poloneses desorganizados. Então, em 15 de agosto — que se tornaria o dia da festa da Assunção de Nossa Senhora —, quando o exército russo se aproximava do Rio Vístula, uma imagem de Nossa Senhora de Częstochowa (ou do Monte Claro) foi vista nas nuvens sobre o rio, aterrorizando os bolcheviques ateus. Após uma série de batalhas, o Exército Vermelho foi derrotado no que hoje é conhecido como o “Milagre no Vístula”, que deteve a disseminação do comunismo na Europa Ocidental.

E novamente, em 1986, nas Filipinas, a ditadura de vinte anos de Ferdinand Marcos foi abalada pela eleição de Corazón Aquino (também chamada de “Cory”). Mas, quando o regime de Marcos chegou ao fim, parecia que o ditador não sairia sem lutar. Ele enviou seus militares leais, incluindo tanques e soldados, para manter o controle do país por todos os meios possíveis; Marcos tinha dado ordens para atirar nas pessoas, se necessário. O Cardeal Jaime Sin relata a reviravolta dos acontecimentos:

O que estou lhe contando agora, eu ouvi de muitos desses mesmos soldados que estavam prontos a atirar contra o povo. Os tanques tentavam penetrar no meio da multidão, e as pessoas estavam rezando e mostrando os seus rosários. Foi então que, segundo esses soldados, os fuzileiros que estavam em cima dos tanques, os chamados “lealistas” (a Marcos) viram nas nuvens a forma da cruz… Então, uma bela dama apareceu para eles.

Eu não sei se ela apareceu no céu ou se estava de pé, no chão. (Outros me diriam, mais tarde,  que pensavam que ela fosse uma irmã religiosa, vestida de azul, parada na frente dos tanques.) Ela era muito bonita e seus olhos brilhavam. E a bela senhora falou assim com eles: “Queridos soldados, parem! Detenham-se! Não machuquem meus filhos!” Quando ouviram isso, os soldados largaram tudo. Eles desceram dos tanques e se juntaram ao povo. Então, esse foi o fim dos lealistas. Eu não sei quem são esses soldados. Tudo o que sei é que eles vieram a mim, aqui, chorando. Não me disseram que era a Virgem. Disseram-me apenas que era uma irmã bonita. Mas, você sabe (ele faz uma pausa, rindo com vontade), eu conheço todas as irmãs de Manila, e não há nenhuma bonita. Então deve ter sido a Virgem!

Segundo alguns relatos, havia mais de um milhão de homens, mulheres e crianças filipinos rezando juntos nas ruas, segurando seus rosários enquanto os soldados avançavam. O regime de Marcos chegou ao fim sem grande derramamento de sangue, frustrado no último minuto pelas orações cheias de fé de um milhão de pessoas, e pela mulher de coturnos.

Rainha da Paz

Nossa Senhora das Graças.

A força de Maria não é só militar ou política. No fundo, sua influência está sempre voltada à vontade de Cristo e à salvação dos pecadores, mas com um toque maternal. Como uma boa mãe, ela traz paz para aqueles [que se encontram] em situações complicadas. Quando Nossa Senhora apareceu a Santa Catarina Labouré, disse-lhe que a França passaria por terríveis conflitos políticos por quarenta anos, e que o mundo inteiro ficaria triste. “Chegará a hora em que o perigo será enorme”, explicou Maria a Catarina. “Tudo parecerá estar perdido. Nesse momento, eu estarei convosco. Tende confiança”. E, exatamente como disse Maria, houve quarenta anos de agitação política e perseguição religiosa tanto na França quanto em outros lugares. As guerras continuaram, inclusive a Guerra de Secessão Americana e a Guerra Franco-Prussiana. Predita por Maria, a hora mais sombria para Santa Catarina e para a França foi a Comuna de Paris, em 1871. Os membros da comuna, furiosos, sitiaram Paris com brigas sangrentas nas ruas e profanaram igrejas e túmulos de santos. Até o arcebispo foi assassinado. Quando os rufiões da comuna tomaram parte do convento de Santa Catarina, as religiosas foram forçadas a se dispersar para outros conventos a fim de se protegerem da turba bêbada de homens vorazes. Os avisos de Maria a Santa Catarina, no entanto, deram-lhe uma calma imperturbável, mesmo nos momentos mais sombrios.

Ao longo da história da Igreja, santo depois de santo falam da paz, do consolo e da confiança que Nossa Senhora lhes infunde nos corações — não importando quão graves sejam as circunstâncias [iv].

Maria já se revelou em todo o mundo como mãe e Rainha da Paz. Há locais de aparições suas espalhados por todo o planeta. A quem visita o Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington [capital dos EUA], fica bastante clara a ligação de Maria com as nações do mundo: ali, há setenta capelas dedicadas à influência internacional de Nossa Senhora, da China à África, da Áustria ao Vietnã. Muitíssimos países (católicos e não-católicos) recebem suas grandes graças e, então, passam a contar com santuários a ela dedicados, que são fontes de graça, bênção e paz. Tais lugares nos fazem lembrar as palavras de São Pedro Damião, segundo o qual Maria é “a Mãe da verdadeira Paz”.

Para além do campo de batalha

Quando a maior parte das batalhas é concluída, os militares partem para outra batalha. A influência de Maria, no entanto, não se limita a derrotar os inimigos; ela se estende à transformação da paisagem. Nossa Senhora fortalece a comunidade e a nação por meio das obras de cultura.

Na ordem da história (embora não na ordem da graça), a influência mais tangível de Nossa Senhora no mundo seguiu-se à de São Bento [v]. Ele trouxe ordem e estabilidade aos mosteiros, bem como às sociedades que cresceram no entorno. Na Idade Média, houve um expurgo importante de todas as coisas pagãs e de um sistema de crenças que se havia proliferado durante o Império Romano. A natureza e a Criação foram desvinculadas das associações pagãs que havia no coletivo da civilização ocidental, e o mundo foi renovado, como solo puro no qual a cultura e a sociedade poderiam finalmente deitar raízes e crescer em boas condições [vi]. Isso não significa que tais sociedades não tivessem pecados ou salafrários, mas havia nos homens e mulheres uma compreensão fundamental de quem era Deus e do relacionamento [que eles deviam ter] com Ele. A partir deste forte ponto de partida, a cultura pode ser construída, como em uma base sólida. Não por acaso a devoção a Nossa Senhora aumentou vertiginosamente após o expurgo do paganismo.

Olhando para a história, [nós vemos que] as culturas são transformadas pela simples devoção a ela. Um sacerdote sábio definiu certa vez a cultura como “o amor de Deus feito visível”. Maria é a obra-prima de Deus, e isso explica por que, onde floresce a devoção mariana, floresce também a cultura. Maria, como nossa mãe, traz ordem aos lugares onde ela é invocada e venerada. Como explica São John Henry Newman, convertido do anglicanismo ao catolicismo, Maria é o nosso “mundo mais feliz”. Ela conduz ao Filho seus filhos espirituais e ajuda-nos a recuperar o que se havia perdido pela Queda e pelo pecado. Ela nos livra das falsas doutrinas. Longe de uma devoção “melosa”, Maria extirpa os vícios dos cínicos, dos abatidos, dos iracundos, dos agitados e dos sem esperança. No lugar, ela planta os dons da paz, da ordem, da esperança, da força, da bondade e da criatividade. Esses novos frutos se tornam tangíveis na vida de seus devotos através dos elementos materiais da cultura. Seus dons se espalham de pessoa a pessoa, bem como para a cultura em geral.

Notas

  1. No texto original, Carrie Gress diz: In the previous chapter, we saw that creative minorities are responsible for setting the wheels of civilizations aright. A expressão “No capítulo anterior” se deve ao fato de que esse texto foi tirado do capítulo 2 do livro The Marian Option: God’s Solution to a Civilization in Crisis [“A Opção Mariana: Solução de Deus para uma Civilização em Crise”, sem tradução portuguesa]. Portanto, para mais detalhes a respeito dessa informação, colocada aqui como pressuposto, é preciso ler o capítulo 1 dessa obra. (N.T.)
  2. The Blue Army of Our Lady of Fátima [“O Exército Azul de Nossa Senhora de Fátima”], agora conhecido como “Apostolado Mundial de Fátima”, é uma associação pública internacional de fiéis fundada em 1947, nos Estados Unidos, pelo Pe. Harold V. Colgan. (N.T.)
  3. Nossa Senhora do Socorro Imediato, ou “do Pronto Socorro”, é um título norte-americano da Virgem Maria. A devoção teve início em Nova Orleans, no início do século XVIII, por iniciativa de irmãs ursulinas vindas da França. (N.T.)
  4. Aqui, a autora faz referência a histórias que ela conta nos capítulos seguintes de seu livro: As we will see in later chapters, saint after saint… (N.T.)
  5. Aqui, nova alusão a algo visto no primeiro capítulo do livro: As we saw in the previous chapter, in the order of history (though not in the order of grace), Our Lady’s more tangible influence in the world followed that of St. Benedict. (N.T.)
  6. A autora usa aqui a expressão Dark Ages para fazer referência à Idade Média. Embora acreditemos que o termo tenha sido usado de modo irônico, omitimo-lo por uma melhor construção da frase em nossa língua e, no início do período imediatamente anterior, acrescentamos “Na Idade Média”. (N.T.)

Fonte: padrepauloricardo.org