Retiro do Clero da Diocese de Guarabira reúne padres em Aparecida-SP

À sombra da Mãe Aparecida, o clero da Diocese de Guarabira vive, nesta semana, dias de espiritualidade, recolhimento e oração no Santuário Nacional, em Aparecida/SP. O encontro, que reúne sacerdotes de todas as paróquias da diocese, tem como tema “Viver o Jubileu sob o olhar da Mãe Aparecida”, e busca fortalecer a fé, a comunhão fraterna e a missão evangelizadora.

A programação do retiro inclui momentos de silêncio, oração pessoal e celebrações. A pregação está sendo conduzida por Dom Murilo Krieger, SCJ, Arcebispo Emérito de São Salvador/BA, conhecido pela sua profunda espiritualidade e longa trajetória de serviço à Igreja no Brasil.

Um tempo de renovação espiritual

Os dias de retiro são oportunidade para que os sacerdotes façam uma pausa em suas atividades pastorais e se dediquem integralmente à oração e ao aprofundamento da fé. Inspirados pelo olhar materno de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, os padres são convidados a revisitar a própria vocação e renovar sua entrega a Deus e ao povo de Deus.

A expectativa é que este santo retiro seja fonte de abundantes frutos espirituais para todo o clero e, consequentemente, para toda a Diocese de Guarabira, fortalecendo ainda mais a vida pastoral e missionária das paróquias.

Oração pelo clero

A comunidade diocesana é convidada a unir-se em oração pelos sacerdotes que participam do retiro. Que a intercessão da Mãe Aparecida inspire cada padre a viver com entusiasmo o seu ministério e a testemunhar a alegria do Evangelho em suas comunidades.

Rezemos por todo o nosso clero!

Por Gabriel Araújo – Pascom Luz

“Entre no Clima” – Campanha pela climatização da Catedral segue em ritmo acelerado

A campanha “Entre no Clima” da Catedral de Nossa Senhora da Luz segue em ritmo acelerado, mobilizando a comunidade de Guarabira e de toda a Diocese para tornar realidade a instalação de um moderno sistema de climatização na Igreja Mãe do Brejo.

O projeto nasceu da escuta da comunidade e da necessidade de oferecer um ambiente mais acolhedor para as celebrações litúrgicas, especialmente em dias de forte calor. Além de garantir conforto aos fiéis, a climatização contribuirá para a preservação dos elementos artísticos e arquitetura histórica da Catedral.

Como participar

  • Doações de qualquer valor podem ser feitas diretamente na secretaria paroquial;

  • PIX para doações: 08.298.416/0002-20 (CNPJ);

  • A comunidade também é convidada a divulgar a campanha entre familiares, amigos e grupos de Igreja.

Transparência e sustentabilidade

Toda a arrecadação será destinada à instalação dos equipamentos de climatização e às adaptações necessárias, garantindo eficiência, sustentabilidade e uso consciente da energia.

Unidos pela Climatização

A cada dia mais pessoas aderem à campanha, comprovando que a solidariedade e a comunhão podem transformar esse sonho em realidade.

📍 Catedral de Nossa Senhora da Luz – Guarabira/PB
📞 Informações: (83) 3271-4828
💳 PIX para doações: 08.298.416/0002-20
🔗 Redes sociais: @catedraldaluz

Mensagens da Igreja apontam para a importância dos católicos na busca da ética na Política

A população brasileira assiste, com preocupações, as ações políticas que vêm se desenvolvendo no Brasil. Num contexto em que a própria democracia carece de atenção e fortalecimento, as palavras dos bispos do Brasil, e consequentemente da CNBB, iluminam o compromisso e a esperança por uma sociedade mais justa e fraterna, tendo a dignidade humana e o cuidado com a criação como protagonistas em suas pautas.

Nas últimas semanas, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 192/2023, que foi para sanção presidencial. O texto altera a Lei da Ficha Limpa e desfigura os principais mecanismos de proteção, beneficiando especialmente aqueles condenados por crimes graves que poderão se candidatar até antes do cumprimento total das penas. Também o PLP nº 112, de 2021 (Novo Código Eleitoral) foi tema de discussão no Senado, com alterações que afetam tanto a Lei da Ficha Limpa quanto a Lei nº 9.840, de 1999, além de outros pontos, como emendas parlamentares e demais questões relevantes ao processo eleitoral.

Na Câmara dos Deputados foi aprovada ontem, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 3/2021, marcada como “PEC da Blindagem”. Assim, para que um parlamentar seja processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), será necessária autorização da Câmara e do Senado em votação secreta.

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), do qual a CNBB faz parte, repudiou as aprovações e ressaltou que “a sociedade deve permanecer atenta e vigilante, cobrando de cada representante do seu estado, deputados e senadores, o compromisso com a ética, a responsabilidade e a defesa da democracia”.

Diante das propostas que ameaçam a transparência e fortalecem a impunidade devemos nos questionar: “Quem protegerá a sociedade brasileira das incongruências do próprio Congresso Nacional?”. A resposta vem da ideia de que a democracia se fortalece quando a sociedade participa, fiscaliza e exige responsabilidade de seus representantes.

Mensagens que iluminam a boa política

Com atuação histórica na construção de processos que fortalecem a Democracia no Brasil, os bispos enviam periodicamente mensagens ao povo brasileiro, especialmente nos contextos eleitorais.

Em 2018, por exemplo, o desejo dos bispos era que as eleições daquele ano pudessem “garantir o fortalecimento da democracia e o exercício da cidadania da população brasileira”. Esse fortalecimento seria, assim, um passo importante para que o Brasil reafirmasse a normalidade democrática, superasse a crise institucional, garantisse a independência e a autonomia dos três poderes.

Na mesma mensagem, os bispos destacaram que “o bem maior do País, para além de ideologias e interesses particulares, deve conduzir a consciência e o coração tanto de candidatos, quanto de eleitores”.

Já em 2022, a Presidência da CNBB salientou que, pelo exercício responsável e consciente do voto, “a população tem a capacidade de refazer caminhos, corrigir equívocos e reafirmar valores”.

A Igreja vem constantemente reafirmando a corresponsabilidade das nações com o desenvolvimento humano por meio de diversas ações, dentre as quais, o não favorecimento de sistemas corruptos que impedem o desenvolvimento digno dos povos. É necessário relembrar que perante tantas formas de política mesquinhas e fixadas no interesse imediato, a grandeza política mostra-se quando, em momentos difíceis, se trabalha com base em grandes princípios e pensando no bem comum a longo prazo.

O Papa Leão XIV tem destacado a importância da busca pelo bem comum na atividade política: “à tarefa que vos foi confiada de promover e tutelar, acima de qualquer interesse particular, o bem da comunidade, o bem comum, especialmente em defesa dos mais frágeis e marginalizados”.

Aos políticos, o Pontífice propôs que “se unam cada vez mais a Jesus, vivam e testemunhem isso”. E foi claro de que não há separação entre o homem político e o cristão:

“Há o homem político que, sob o olhar de Deus e da sua consciência, vive de forma cristã os próprios compromissos e as próprias responsabilidades!”

Fonte: CNBB

Não, Carlo Acutis não era um jovem comum!

Carlo, não obstante os jeans, os tênis e os videogames, não era um jovem comum. Enquanto alguns só amadurecem aos 20 ou 30, com apenas 15 ele já estava pronto: pronto para o sacrifício de sua vida, pronto para o seu holocausto de amor a Deus.


A beatificação do jovem Carlo Acutis chamou a atenção dos católicos no mundo inteiro. Na internet, há alguns meses, não se falava de outra coisa. O túmulo do beato, em Assis, recebeu a visita de mais de 40 mil pessoas só na primeira quinzena de outubro, mesmo em meio a severas restrições devido à pandemia do novo coronavírus.

Infelizmente, porém, como acontece com seja qual for a devoção, a seja qual for o santo, poucas pessoas procurarão ir a fundo na história desse menino e fazer-se realmente devotas dele, imitando-lhe a vida e as virtudes.

O que é uma pena, pois a primeira biografia a seu respeito, escrita pelo italiano Nicola Gori, encontra-se facilmente à disposição em língua portuguesa no site Cultor de Livros, e todos os jovens católicos brasileiros fariam um bem enorme a si, a seus amigos, a seus familiares, a seus grupos de oração, a todos que os rodeiam, enfim, se procurassem ler e estudar a vida do agora beato Carlo.

Os santos não se improvisam!

Sim, pois não basta nutrir, com relação a ele, o entusiasmo superficial de quem se identifica com sua camisa polo, com seu tênis de marca, com seu amor por videogames ou com sua aptidão geral para as novas tecnologias. Todos esses aspectos contemporâneos do Carlo são, sem dúvida, um estímulo para nós, mas não devemos parar neles, pois a essência da santidade está em outras coisas, não nestas. A esse respeito, o escritor Peter Kwasniewski teceu algumas considerações muito relevantes, justamente ao escrever sobre os santos mais novos da Igreja:

No que tange aos santos que viveram sob a nova barbárie cultural de nossos tempos, devemos tomar o cuidado de não “canonizar”, junto com a santidade deles, algo incidental a respeito de suas vidas modernas. Isso vai acontecer com bastante frequência de agora em diante. “Ah, o Beato Betinho gostava tanto de música pop! Não é maravilhoso? A música pop agora faz parte da santidade! Não importa o que você escuta ou dança!”, ou: “A Santa Carol amava sair por aí de moletom e com camiseta rosa fluorescente! Acredito que não importa mais como você se veste quando o assunto é ser santo”. É possível imaginar todos os tipos de cenários e falsas inferências como essas.

O modo de contornar esse problema — que, para ser justo, tem paralelos em toda época da Igreja; por exemplo, os santos da Idade Média tinham notavelmente uma má higiene, mas ninguém, ao meu conhecimento, sugere que os devamos imitar nesse aspecto — é lembrar a relação, e a distinção, entre fé e razão, natureza e graça. Um homem notável por sua santidade pode não o ser nos argumentos que apresenta de teologia; uma mulher de santidade indiscutível pode não ter bom gosto em matéria de arte. Como discípulos do Doutor Comum da Igreja, Santo Tomás de Aquino, precisamos ser capazes de fazer distinções e imitar o que merece ser imitado, desculpando, ao mesmo tempo, o que pode ser desculpado, ou ignorando o que é melhor que seja ignorado.

Considere o seguinte: se fosse necessário escolher, melhor seria dedicar-se à oração e ouvir música medíocre, ou vestir-se de modo medíocre, do que ser um egoísta mentiroso com gosto impecável em abotoaduras e gravatas-borboleta; mas o melhor é ser, ao mesmo tempo, santo e bem educado, piedoso e inteligente, porque isso representa uma perfeição mais completa da humanidade tal como Deus a pensou. Graças sejam dadas a Ele por podermos alcançar a bem-aventurança apesar de certos defeitos nossos, mas nem por isso eles se tornam admiráveis ou dignos de imitação.

Trocando em miúdos: se o menino Carlo Acutis vier a ser canonizado, não será porque ele “manjava” de informática ou de jogos virtuais. Isso é acidental à santidade. (A propósito, se o quiséssemos imitar inclusive nesses aspectos, valeria a pena considerar também que, como penitência, Carlo não despendia em seu PlayStation 2 mais do que uma hora por semana — um tempo certamente bem inferior àquele com o qual estão acostumados nossos jovens. A santidade não se resume a isso, é certo, mas o exemplo é válido para reforçar a ideia: se vamos imitar o beato, que seja no que ele fazia de beatificante, e não só no que nos parece mais agradável ou atrativo!)

A pureza de Carlo

Comecemos a desenhar um retrato da santidade de Carlo a partir da pureza, que ele viveu com grande fidelidade, mesmo em meio aos inúmeros perigos que nossa época apresenta para a vivência dessa virtude. A mãe do menino e um rapaz que trabalhava em sua casa testemunham: ele “tapava os olhos com as mãos se passasse algum programa ou propaganda escandalosos na televisão” [1]. Os registros do computador que ele utilizava atestam a mesma delicadeza de consciência: nenhum vestígio de acesso a algum site da internet que fosse menos decente.

No relacionamento com as meninas, seu comportamento era o apropriado para um rapaz de sua idade (lembrando que Carlo morreu com apenas 15 anos): nada de “namoricos” indevidos, nem de interesses precoces. O menino chegaria a declarar, com a maturidade própria de quem compreendeu o que significa amar a Deus de modo esponsal: “Nossa Senhora é a única mulher da minha vida!” [2].

Carlo Acutis, quando criança.

Esses fatos não estão muito além do que se deve esperar de um discípulo de Cristo, sim, mas precisam ser recordados a uma época como a nossa, que tanto avançou na degradação da sexualidade e que corrompeu a sua juventude praticamente sem deixar sobreviventes. O acesso à pornografia, por exemplo, nunca foi tão fácil como agora, e as crianças e adolescentes estão tendo contato com esse tipo de conteúdo cada vez mais cedo, com consequências seriíssimas para sua saúde mental, física e espiritual.

Se quisermos ser verdadeiros devotos do beato Carlo Acutis, precisamos “correr atrás do prejuízo”, se já fomos manchados de alguma forma nessa matéria, procurando imitá-lo na penitência, já que perdemos a nossa primeira inocência [3]. Mesmo os que foram preservados, no entanto, não devem dormir jamais: quando o assunto são os pecados contra a castidade, confirma-se com ainda mais força que o nosso adversário “ronda como um leão a rugir, procurando a quem devorar” (1Pd 5, 8).

Os que já servem a Deus, enfim, seja na vocação do Matrimônio, seja no celibato ou na vida consagrada, podem aprender com Carlo a experiência do coração indiviso, que ele viveu como uma graça extraordinária desde a mais tenra idade. Será que nós temos real dimensão do que é um menino proclamar, de coração, que a Santíssima Virgem é a “única mulher” da sua vida?

Deixemos que essa declaração íntima de amor, de uma criança a sua Mãe celeste, nos impressione e examine a consciência, elevando nossos corações ao alto, purificando nossa relação com Deus, ordenando, enfim, nossos amores nesta terra. Afinal de contas, a que outra pessoa nos uniremos por toda a eternidade, sem morte alguma que nos venha a separar, senão a Deus, Nosso Senhor?

Carlo já vivia aqui, nesta vida, o que ele agora experimenta no Céu.

Carlo e a eternidade

E como pensava no Céu o pequeno Carlo, como o queria, como ansiava por ele! Seu contato com tudo quanto era livro de espiritualidade, vida dos santos, revelações privadas, não tinha como motor uma simples curiosidade malsã e desordenada; não, era um desejo da vida eterna que o impulsionava:

  • Quando lia sobre os milagres eucarísticos, era para aumentar seu fervor na participação da Santa Missa — à qual ele assistia todos os dias.
  • Quando lia relatos extraordinários sobre o Purgatório, era para rezar mais pelas almas, para buscar mais intensamente o Céu e para se estimular no combate aos próprios vícios — dos quais, ele mesmo dizia, a gula e a preguiça eram os principais [4].
  • Quando lia sobre as mais diversas devoções que o tesouro de dois mil anos da Igreja lhe oferecia — fosse a devoção ao Sagrado Coração, à Divina Misericórdia, à Virgem de Fátima ou à de Lourdes —, era para crescer cada vez mais em amor a Jesus e Maria.

Justamente porque tinha os olhos voltados para o alto, era visível em Carlo uma conformidade profunda com a vontade de Deus. Um colega de escola que passou anos ao seu lado conta: “Um aspecto dele que me tocou muito era que, além de uma fé que vi em poucos, tinha um senso de satisfação e de felicidade por cada momento da vida, fosse feliz ou triste: sempre encontrei em seu rosto um sorriso sem limites” [5].

Numa sociedade que se preocupa continuamente com o número crescente de suicídios entre seus jovens, não deixa de ser significativa mais essa característica do pequeno Carlo Acutis. Seu segredo, porém, não pode ser buscado neste mundo. Esse “senso de satisfação” que brilhava em seu rosto é um dom que recebem todos os que amam a Deus: para estes, de fato, tudo concorre para o bem (cf. Rm 8, 28); os santos sempre estão felizes, porque querem o que Deus quer. Quando são contrariados, homens da estirpe de Carlo Acutis — movidos, é claro, pela graça divina — não lamentam, nem reclamam: maduros que são, o que eles fazem é oferecer, doar-se.

Foi o que ele fez nos últimos dias de sua vida. Como viveu, Carlo morreu. Preparado por Deus ao longo de sua breve vida, a notícia da leucemia não foi um “baque” para ele, nem seus sofrimentos finais foram capazes de perturbá-lo e tirar-lhe a paz da alma. De fato, antes de ser internado em definitivo no hospital, com prontidão de espírito aquele jovem declarou (percebam como ele não perdia de vista a eternidade, como ele a desejava!…): “Ofereço todo o sofrimento que deverei padecer no Senhor pelo Papa e pela Igreja, para não ir ao purgatório e entrar direto no céu” [6].

“Ofereço”, ele dizia. Eis aí uma palavra forte, que as pessoas não costumam esperar da boca de um adolescente.

Mas Carlo, não obstante os jeans, os tênis e os videogames, não era um jovem comum. Os que conviviam com ele já diziam: “Parecia ser mais velho do que era” [7]. Enquanto uns só amadurecem aos 20 ou 30, com apenas 15 anos Carlo já estava pronto: pronto para o sacrifício de sua vida, pronto para o seu holocausto de amor a Deus. No hospital, se lhe perguntavam como estava, ele dizia: “Como sempre, bem!”. Nas palavras de uma enfermeira, “Carlo era uma daquelas pessoas que, quando alguém lhe oferece a mão, segura-a com amor e transmite serenidade, uma serenidade maior do que a que eu deveria lhe oferecer” [8].

 

Foi assim, aceitando plenamente os desígnios de Deus para si e fazendo-se tudo para os outros, que morreu, no dia 12 de outubro de 2006, o jovem Carlo Acutis.

Aos olhos do mundo, seu falecimento aos 15 anos pareceu, desde então, uma perda irreparável. Muitos dos que o conheceram não podiam se conformar com o fato de aquele menino, precoce em tudo, ser precoce também para morrer. Uma religiosa de clausura, porém, que conheceu Carlo, e que o viu receber precocemente a primeira Eucaristia o sacramento da Crisma, encontrou na Sagrada Escritura [9] o motivo para Deus levar tão cedo deste mundo aquele jovem rapaz: “Sua alma era agradável ao Senhor, e é por isso que ele o retirou depressa do meio da perversidade” (Sb 4, 13-14).

Notas

  1. Nicola Gori. Eucaristia, minha estrada para o Céu. São Paulo: Cultor de Livros, 2020, p. 42.
  2. Ibid., p. 81.
  3. Esse conhecido jogo de palavras encontra-se na oração que a liturgia da Igreja propõe para a memória de São Luís Gonzaga, padroeiro da juventude.
  4. Nicola Gori, op. cit., p. 102.
  5. Ibid., 44.
  6. Ibid., p. 131.
  7. Ibid., p. 35.
  8. Ibid., pp. 133s.
  9. Ibid., p. 99.

Fonte: padrepauloricardo.org

Papa: Deus nos salvou ao abraçar a cruz, oferecendo-se como mestre e amigo

No Angelus, Leão XIV reflete sobre o significado da festa da Exaltação da Santa Cruz, que se celebra neste domingo, 14 de setembro, e sublinha que Jesus se tornou “nosso companheiro” e “médico” para nos redimir e se fez “para nós Pão partido na Eucaristia”, transformando um “instrumento de morte” em “instrumento de vida”. “A sua caridade é maior do que o nosso próprio pecado”.


“Deus, para redimir os homens, se fez homem e morreu na cruz.”

É por isso que a Igreja celebra a Exaltação da Santa Cruz, neste domingo, 14 de setembro, dia em que, segundo a tradição, Santa Helena “encontra o madeiro da Cruz, em Jerusalém, no século IV”, explica Leão XIV no Angelus, na Praça de São Pedro.

A conversa de Jesus com Nicodemos

A festa litúrgica também lembra a devolução da relíquia da Cruz “à Cidade Santa, por obra do Imperador Heráclio”, acrescenta o Papa, que se detém, em seguida, no Evangelho dominical para aprofundar o significado do sacrifício extremo de Cristo. O protagonista é Nicodemos, “um dos chefes dos judeus, pessoa reta e de mente aberta”, que encontra Jesus à noite e “precisa de luz, de orientação: procura Deus e pede ajuda ao Mestre de Nazaré, porque reconhece n’Ele um profeta”, esclarece o Pontífice, e “o Senhor o acolhe, o escuta e, no final, revela-lhe que o Filho do homem deve ser elevado, ‘afim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna’”.

Cristo nos salvou através da cruz

Falando a Nicodemos, Jesus lembra o episódio do Antigo Testamento que narra os israelitas no deserto atacados por serpentes venenosas, que se salvaram “olhando para a serpente de bronze que Moisés, obedecendo à ordem de Deus, tinha feito e colocado sobre uma haste”, e especifica, então, que Deus “amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna”.

Deus salvou-nos revelando-se a nós, oferecendo-se como nosso companheiro, mestre, médico, amigo, até se tornar para nós Pão partido na Eucaristia. E para realizar esta obra, serviu-se de um dos instrumentos de morte mais cruéis que o homem já inventou: a cruz.

O amor de Deus é maior do que o pecado do homem

Celebrar a exaltação da cruz, então, significa fazer memória do “amor imenso com que Deus” abraçou a cruz “para nossa salvação – conclui o Pontífice –, transformando-a de instrumento de morte em instrumento de vida, ensinando-nos que nada pode nos separar d’Ele e que a sua caridade é maior do que o nosso próprio pecado”. Daí o convite a pedir, “por intercessão de Maria”, que “em nós se enraíze e cresça” o “amor” de Cristo “que salva, e que também nós saibamos nos doar uns aos outros, como Ele se doou totalmente a todos”.

Fonte: Vatican News

A cruz é sinal de nossa redenção!

Celebramos, precisamente no dia 14 de setembro, a Festa da Exaltação da Santa Cruz. No séc. II o imperador Adriano (117-138), para dissuadir o culto cristão em Jerusalém, soterrou o local onde Jesus tinha sido crucificado e sepultado. No local do Santo Sepulcro, colocou a estátua de Júpiter; no local da crucifixão de Jesus, erigiu uma estátua em honra de Vénus. Os cristãos, contudo, continuaram a frequentar esses lugares, aí evocando a morte e a ressurreição de Jesus.

Mais tarde, em 13 de setembro de 326, Santa Helena, mãe do imperador Constantino, por indicação de um habitante de Jerusalém, descobriu no local do Calvário o madeiro da cruz onde Jesus tinha sido crucificado. Demolidas as construções pagãs erigidas por Adriano, foi construída uma basílica cristã, cuja dedicação aconteceu em 13 de setembro de 335. No dia a seguir, 14 de setembro, a cruz lá encontrada foi exposta à adoração dos fiéis. É este fato que está na origem da chamada Festa da Exaltação da Santa Cruz. A cruz de Jesus – que a liturgia deste dia nos convida a contemplar – é a expressão suprema do amor de um Deus que veio ao nosso encontro, aceitou partilhar a nossa humanidade, quis fazer-se servo dos homens, deixou-se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. Ao entregar a sua vida na cruz, em dom de amor, Jesus indicou-nos o caminho para chegar à vida plena.

A primeira leitura – Nm 21,4-9 – traz-nos uma história do tempo em que os israelitas vagueavam pelo deserto. A busca por melhores condições de vida não é fácil. O povo israelita reclama contra Moisés por causa das dificuldades que enfrenta na caminhada para a Terra Prometida. A serpente, que era símbolo de morte, tornou-se símbolo de vida. Deus propõe-se corrigir a tendência de Israel para a murmuração e a ingratidão; mas, constatando que o “remédio” podia “matar o doente”, Deus engendra uma estratégia de salvação. A serpente de bronze levantada sobre um poste, através da qual Deus cura o seu Povo, sinaliza o amor e a bondade de Deus; e é, por outro lado, um símbolo dessa força salvífica que alguns séculos mais tarde brotará da cruz de Cristo, o homem levantado ao alto para dar vida a todo o mundo. Por isso, a cruz tornou-se símbolo de salvação.

No Evangelho – Jo 3,13-17 – Jesus, em conversa com um fariseu chamado Nicodemos, desvela-lhe o sentido e o significado da Sua presença no meio dos homens: Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna”. Cristo elevado na cruz é o maior gesto de amor de Deus pela humanidade e causa de salvação para todos os que acreditam em Jesus. Ele é o Filho enviado por Deus para que todas as pessoas tenham vida, O amor de Deus tornar-se-á particularmente evidente quando, na cruz, Jesus entregar a sua vida por todos. Os que olharem para o Crucificado e acolherem a lição de amor que Ele oferece, encontrarão vida em abundância.

É necessário que o Filho do Homem seja levantado, entronizado, exaltado na cruz para a salvação do mundo e a concessão da vida aos fiéis em Jesus. Do fruto da “árvore da Cruz”, que é Jesus, “fruto maduro de humanidade”, todos podem se alimentar, recebendo novamente a condição de Filhos de Deus, recuperando a graça e a comunhão com o Pai.

Nós sabemos que “mundo” – Kosmós – no Evangelho de João, possui basicamente três significados: primeiro, no ambiente terreno natural, a Criação, onde a humanidade habita; segundo, os adversários – inimigos, resistentes à luz, à verdade e à vida, que são o próprio Jesus: e terceiro, aqueles que receberam na e pela fé a Pessoa de Jesus como a Vida Eterna, e como a Palavra portadora de salvação e vida. Assim, “Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele”.

Na segunda leitura – Fl 2,6-11 –, Paulo apresenta aos batizados de Filipos a sua leitura da encarnação de Cristo. Jesus, o Filho de Deus, despojou-se da sua dignidade divina e veio ao encontro dos homens, revestido da nossa frágil natureza. Este hino litúrgico nos mostra o rebaixamento de Cristo à condição humana, morrendo na cruz, sinal de nossa salvação, e sendo exaltado pelo Pai. Ele escolheu o caminho da obediência ao Pai e do serviço aos homens, até ao dom da vida. A cruz é a expressão máxima desse caminho e dessa opção. Paulo pede aos filipenses – e aos “discípulos” de todas as épocas e lugares – que aceitem percorrer o mesmo caminho que Jesus percorreu. Reconhecer em Jesus o Salvador-Redentor é alcançar a vida.

Meus irmãos, a cruz, sinal do mais terrível entre os suplícios, é para o cristão a árvore da vida, o tálamo, o trono, o altar da nova aliança. De Cristo, novo Adão adormecido na cruz, jorrou o admirável sacramento de toda a Igreja. A cruz é o sinal do senhorio de Cristo sobre os que no Batismo são configurados a ele na morte e na glória (cf. Rm 6,5). Na tradição dos Padres da Igreja, a cruz é o sinal do Filho do Homem que comparecerá no fim dos tempos (cf. Mt 24,30).
Jesus, pela sua morte de cruz, foi solidário “com os pequenos e os pobres, os doentes e os pecadores, e se fez próximo dos aflitos e oprimidos” (Oração Eucarística para Diversas Circunstâncias IV); em consequência, houve prepotentes que se sentiram atingidos e arquitetaram a trama da cruz.

Num mundo marcado por tantas cruzes, somos chamados a descobrir na cruz de Jesus a denúncia das atitudes de falta de solidariedade e de indiferença, para retirar a cruz os crucificados. Na festa litúrgica de hoje, fazemos memória da cruz e dos sofrimentos provocados pelas cruzes do mundo, mas também entrevemos a força que brota da ressurreição. É dessa força que nos vem a luz e a inspiração para prosseguir a experimentar no cotidiano a vitória do amor do Crucificado-Ressuscitado. Afinal, só o amor faz agir assim! Olhemos agradecidos para a cruz, sinal da nossa libertação, e renovemos em nós a certeza do amor de Deus pela humanidade!

Fonte: CNBB

Qual a importância da confissão?

Saiba que Deus faz festa quando você se confessa!


O Papa Francisco, logo no início de seu pontificado, recordou uma verdade essencial da fé: “Deus jamais se cansa de nos perdoar, nós é que nos cansamos de pedir perdão”. A verdadeira razão do perdão não está em nós, mas em Deus, que nos acolhe, reconcilia e enche de misericórdia.

A Igreja, em sua missão, nunca deixa de oferecer o Sacramento da Reconciliação. O tempo da Quaresma é propício para buscar a confissão, mas não deve ser o único momento. Esse sacramento é fonte permanente do amor de Deus, que nos renova sempre que nos aproximamos dele com arrependimento sincero.

:: Quando devo me confessar? O A12 responde!

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o sacramento da Penitência vai além de apenas perdoar, mas também proporciona “este sacramento reconcilia-nos com a Igreja. O pecado abala ou rompe a comunhão fraterna. O sacramento da Penitência repara-a ou restaura-a.” (CIC, 1469). Por isso, a confissão não é um ato isolado, é um caminho de cura espiritual que fortalece a vida cristã e nos devolve a paz interior.

O Pe. Pablo Vinícius, C.Ss.R. lembra uma verdade que toca profundamente: “A confissão é um Sacramento da Alegria, na verdade uma festa no céu e na terra”. Essa imagem revela a beleza da reconciliação: quando um pecador se aproxima de Deus com o coração aberto, o céu inteiro se alegra.

 

 

 

O próprio Evangelho confirma essa realidade. Em São Lucas (15,7) lemos: “Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por 99 justos que não precisam de conversão”. Deus se alegra, faz festa, porque vê seus filhos voltarem ao lar!

O Concílio Vaticano II também reforça que o Sacramento da Confissão restaura a comunhão dos fiéis com Deus e com a Igreja, permitindo “uma participação mais plena na Eucaristia” (Presbyterorum Ordinis, 5). Dessa forma, a confissão reabre o nosso coração para viver a vida cristã em plenitude.

Na figura do sacerdote que acolhe e escuta, está o próprio Cristo. Ele é o amigo que se inclina para ouvir, perdoar e levantar aquele que estava distante. O Pe. Pablo recorda: “Na pessoa do sacerdote que ouve nossa confissão está o próprio Jesus, nosso companheiro, nosso amigo que nos escuta e nos perdoa sempre”.

:: Por que precisamos nos confessar com um sacerdote?

A confissão, portanto, é muito mais do que uma obrigação. É um encontro com a misericórdia divina que transforma a vida, devolve a esperança e nos faz experimentar a alegria de Deus que, como um Pai amoroso, recebe seus filhos de braços abertos.

:: Acompanhe outras dúvidas religiosas com o A12!

Os santos Frassati e Acutis convidam a não desperdiçar a vida, mas a fazer dela uma obra-prima

O Papa Leão XIV presidiu, no domingo, 7 de setembro, a sua primeira missa com o rito de canonização. Foram elevados aos altares os jovens Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, agora oficialmente santos para a Igreja.

O Santo Padre surpreendeu a todos saudando os cerca de 80 mil fiéis presentes na Praça São Pedro antes do início da cerimônia: “Irmãos e irmãs, hoje é uma belíssima festa para toda a Itália, para toda a Igreja e para todo o mundo. E antes de começar, gostaria de saudá-los e dizer uma palavra, porque, se de um lado a celebração é muito solene, de outro é um dia de muita alegria”. O Papa ficou impressionado com a quantidade de jovens. “É realmente uma bênção”, afirmou.

“Nós nos preparamos para esta celebração com a oração, com o coração aberto desejosos de receber esta graça do Senhor, e sentimos todos no coração a mesma coisa que Pier Giorgio e Carlo viveram: este amor por Jesus Cristo, sobretudo na Eucaristia, mas também nos pobres, nos irmãos e irmãs. Todos vocês, todos nós, somos chamados a ser santos.”

Papa saúda os fiéis antes do início da missa
Papa saúda os fiéis antes do início da missa (Foto: Vatican Media)

 

 

A solene celebração eucarística com o rito de canonização teve início com a “Petitio” (Petição), em que o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, acompanhado dos postuladores, pediu ao Santo Padre que inscrevesse os dois beatos no Álbum dos Santos. Na sequência, o cardeal apresentou brevemente as duas biografias e foi entoada a Ladainha dos Santos. Depois, o Pontífice leu a fórmula de canonização, estabelecendo que “em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos”. Neste momento, foi oferecido o incenso para a veneração das relíquias.

 

As relíquias dos dois santos
As relíquias dos dois santos (Foto: Vatican Media)

 

A Santa Missa prosseguiu com a Liturgia da Palavra. Na homilia, o Papa Leão comentou as leituras do dia, cuja mensagem principal é uma advertência a não desperdiçar a vida fora do projeto de Deus, um convite a aderir sem hesitação à aventura que o Senhor nos propõe, despojando-nos de nós mesmos, das coisas e ideias às quais estamos apegados, para nos colocarmos à escuta da sua palavra.

“Muitos jovens, ao longo dos séculos, tiveram de enfrentar esta encruzilhada na vida”, comentou o Pontífice, citando São Francisco de Assis. E como ele, muitos outros. “Às vezes, nós os retratamos como grandes personagens, esquecendo que tudo começou para eles quando, ainda jovens, responderam ‘sim’ a Deus e se entregaram totalmente a Ele, sem guardar nada para si mesmos.”

Jovens apaixonados por Jesus

O Papa convidou a olhar para São Pier Giorgio Frassati, um jovem do início do século XX, e São Carlo Acutis, um adolescente dos nossos dias, “ambos apaixonados por Jesus e prontos a dar tudo por Ele”. E discorreu brevemente sobre cada um:

“Pier Giorgio encontrou o Senhor através da escola e dos grupos eclesiais e testemunhou-O com a sua alegria de viver e de ser cristão na oração, na amizade, na caridade. Ainda hoje, a vida de Pier Giorgio representa uma luz para a espiritualidade leiga. Para ele, a fé não era uma devoção privada: impulsionado pela força do Evangelho e pela pertença a associações eclesiais, comprometeu-se generosamente na sociedade, deu o seu contributo à vida política, dedicou-se com ardor ao serviço dos pobres.”

 

“Carlo, por sua vez, encontrou Jesus na família, graças aos seus pais, Andrea e Antonia – presentes aqui hoje com os dois irmãos, Francesca e Michele –, depois também na escola, e sobretudo nos sacramentos, celebrados na comunidade paroquial. Assim, cresceu integrando naturalmente nas suas jornadas de criança e adolescente a oração, o desporto, o estudo e a caridade.”

Leão XIV lê a fórmula de canonização
Leão XIV lê a fórmula de canonização (Foto: Vatican Media)

Façamos da nossa vida uma obra-prima!

Ambos, Pier Giorgio e Carlo, cultivaram o amor a Deus e aos irmãos através de meios simples, ao alcance de todos: a Santa Missa diária, a oração, especialmente a Adoração Eucarística. Essencial para eles era a Confissão frequente. Ambos, finalmente, tinham uma grande devoção pelos santos e pela Virgem Maria, e praticavam generosamente a caridade. Quando a doença os atingiu e ceifou as suas jovens vidas, nem mesmo isso os impediu de amar, de se oferecerem a Deus, de bendizê-Lo e de orar por si próprios e por todos.

“Queridos, os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima. Eles encorajam-nos com as suas palavras: «Não eu, mas Deus», dizia Carlo. E Pier Giorgio: «Se tiveres Deus no centro de todas as tuas ações, então chegarás até ao fim». Esta é a fórmula simples, mas vencedora, da sua santidade. E é também o testemunho que somos chamados a seguir, para saborear a vida até ao fim e ir ao encontro do Senhor na festa do Céu”, concluiu o Pontífice.

Fonte: CNBB

“Entre no Clima”: campanha convida fiéis a participarem da climatização da Catedral da Luz

Com o objetivo de proporcionar mais conforto aos fiéis e preservar o patrimônio histórico e espiritual, a Catedral de Nossa Senhora da Luz lançou a campanha “Entre no Clima”, que visa arrecadar recursos para a instalação de um moderno sistema de climatização da Igreja Mãe da Diocese de Guarabira.

A iniciativa surgiu a partir da escuta atenta da comunidade e da necessidade de oferecer um ambiente mais acolhedor para as celebrações litúrgicas, especialmente em dias de forte calor, cada vez mais frequentes. Além do conforto térmico, a climatização também contribuirá para a conservação dos elementos artísticos e arquitetônicos da Catedral, que é um dos mais importantes marcos religiosos e culturais da cidade.

A campanha está aberta a doações de qualquer valor. Os fiéis podem contribuir de forma presencial, diretamente na secretaria paroquial, ou por meio de transferência PIX. Toda a arrecadação será destinada exclusivamente à instalação dos equipamentos de climatização e às adaptações necessárias para garantir eficiência e sustentabilidade no uso do sistema.

Além das doações financeiras, a Catedral também incentiva a divulgação da campanha nas redes sociais, entre amigos, familiares e grupos da Igreja. Segundo os organizadores, a força da comunhão pode transformar o projeto em realidade.

Campanha “Entre no Clima” – Climatização da Catedral da Luz
📍 Catedral de Nossa Senhora da Luz
📞 Informações: (83) 3271-4828
💳 Doações via PIX: 08.298.416/0002-20 (CNPJ)
🔗 Redes sociais: @catedraldaluz

 

Tem diferença entre ser cristão e ser católico?

Ser cristão não é apenas dizer que acredita em Jesus, ou que acha interessante o que Ele fez e falou. A fé em Jesus deve levar a um testemunho dele, numa comunidade que também acredita nele, como disse Jesus: “onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles” (Mt 18, 20). Sendo assim, ser cristão é seguir Jesus e identificar-se com Ele.

Então, o que realmente é ser cristão?

Em Atos dos Apóstolos 11, 26, vemos que foi na cidade de Antioquia que os discípulos de Jesus foram, pela primeira vez, chamados de cristãos. Então percebemos que ser cristão não é um título, mas sim uma forma de viver, uma conduta pautada na pessoa de Jesus Cristo.

Ser cristão é estar comprometido com a Verdade que é Cristo. A fé em Jesus deve gerar comprometimento com a causa do Reino de Deus. Ser cristão é querer ser continuador de sua missão e do seu jeito de amar no mundo. A pessoa se torna cristã no dia do seu batismo, quando passa a deixar o Espirito Santo de Deus conduzir sua vida.

Todo católico é cristão, mas nem todo cristão é católico

Isto porque alguns seguidores de Jesus não pertencem à Igreja Católica. Muitos seguidores de Jesus se identificam como cristãos, mas não como católicos, como é o caso dos protestantes e ortodoxos.

O cristão católico aceita a plenitude da fé revelada por Cristo e contida na Sagrada Escritura, no Magistério da Igreja e na Tradição. O Católico participa dos Sacramentos e reconhece a autoridade do Papa (sucessor de Pedro) e dos Bispos (sucessores dos apóstolos).

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Igreja constituída pelos cristãos católicos é Una, Santa, Católica e Apostólica. Essas quatro características são tomadas da Profissão de Fé dos concílios de Nicéia e Constantinopla, e mostram os 4 aspectos fundamentais da Igreja Católica: sua unidade, sua santidade, sua universalidade e sua base apostólica (com base nos discípulos que viram e tocaram Cristo).

A Igreja se chama Católica porque acolhe, em seu interior, todos os seguidores de Cristo, de todos os tempos e lugares. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a todos os povos” (Mc 16,15).

Então, muito mais do que falar de diferenças, devemos olhar nossa semelhança, que está na fé em Jesus Cristo e no desejo de continuar levando seu Evangelho a todas as pessoas.

Que Cristãos e Católicos, em todos os tempos e lugares, possam realmente dar testemunho de pertença a Cristo e de sinceridade em fazer a vontade do Pai, vivendo sempre o mandamento do amor e do respeito ao próximo, pois Jesus disse que nossa maior identidade de discípulos está na vivência do amor: “Nisto reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).

.:: Quer se aprofundar mais sobre o assunto? Assista ao vídeo abaixo!

:: Mudei de religião, mas quero voltar para a Igreja Católica. O que fazer?

Fonte: A12

Onde está a riqueza

É uma questão emblemática, porque pode ser entendida por diversos âmbitos da vida humana. A riqueza não se limita a bens materiais, porque o pano de fundo é o bem da pessoa, que atinge também a ordem sobrenatural, a plenitude da vida em Deus, hoje e na eternidade. Normalmente, fruto de esforços efetivos e diários, não imediatos e comprometidos com a construção daquilo que conta. 

Não podemos entender o acúmulo desnecessário de bens materiais como riqueza. Aliás, acumulado através de ações injustas e sem função social, é verdadeira pobreza.  Para muitos, aí está o sucesso de bens e status, que provoca sofrimento daqueles que estão na realidade inversa, quase sempre impossibilitados de vida digna. Para Jesus, a verdadeira riqueza é a da partilha, com generosidade. 

A Sagrada Escritura usa a expressão “Vaidade das vaidades” (Ecl 1,2) para destacar o nível de transitoriedade e de vazio numa vida centrada no supérfluo da acumulação. Não está aí a verdadeira riqueza da pessoa. Todo esforço que não leva em conta os valores espirituais e eternos, acaba provocando vazio e angústia existencial, porque o coração das pessoas não se satisfaz sem Deus. 

A verdadeira riqueza da vida humana se consolida quando a pessoa coloca Jesus Cristo no centro de sua história. Às vezes nem necessita de bens materiais. Na visão do apóstolo Paulo, o mais importante é aspirar as “coisas do alto” (cf. Cl 3,1), evitando ficar preso aos bens terrenos, porque são todos passageiros. Não significa desprezá-los, mas usá-los como caminho que conduz a Deus. 

Não é fácil identificar com precisão onde está a riqueza, principalmente quando não se tem conhecimento, formação e nem assentimento aos indicativos do Evangelho e da vida em Deus. O mundo passa, a matéria fica, a vida acaba na sepultura, sem levar nada a não ser os frutos da fé, da esperança e da caridade praticada a favor do próximo na construção do bem comum na sociedade. 

 Infelizmente, muitas famílias são divididas por causa de herança. Há aqueles que não se conformam com o tipo de partilha e não se abrem para um diálogo frutuoso, preferindo ficar mergulhados numa insensibilidade e sofrimento egoísta. Isto revela juntar tesouro na terra sem ser rico diante de Deus. Importa busca a riqueza da generosidade, do amor e da comunhão com Deus e com o irmão. 

Fonte: CNBB

CNBB realiza coletiva dia 1º de julho sobre documento a ser entregue ao Papa com posição da Igreja sobre a COP30

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida para uma coletiva a ser realizada às 10h30, do dia 1º de julho, em sua sede – Setor de Embaixadas Sul Quadra 801 Conjunto B – Asa Sul, em Brasília (DF), na qual apresentará o documento “Um chamado por justiça climática e a Casa Comum: conversão ecológica, transformação e resistência às falsas soluções”.

O documento, que expressa uma visão da Igreja Católica do Sul Global sobre a COP30, contém os principais pontos de incidência política, propostas e denúncias da Igreja com respeito à crise climática e às pautas em debate no contexto da Conferência das Organizações Nações Unida (ONU) sobre o Clima que acontecerá no Brasil, em novembro.

O texto será entregue ao Papa Leão XIV, em Roma, também no próximo dia 1ª de julho pelo presidente da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), o cardeal Jaime Spengler, pelo representante das Conferências Episcopais da África, o cardeal Fridolin Ambongo Besungu, e pelo representante das Conferências Episcopais da Ásia, cardeal Felipe Neri.

Etapa preparatória à COP30

O documento foi utilizado pela Igreja Católica como instrumento de diálogos bilaterais na Conferência de Bonn (Alemanha, 16 a 26 de junho), etapa preparatória à COP30. Será entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda dia 1º de julho, e apresentando em audiência pública na Câmara dos Deputados, no próximo dia 3 de julho.

Participam da coletiva, o primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino de Medeiros, e o presidente da Comissão para Ecologia Integral e Mineração da CNBB, dom Vicente de Paula Ferreira. O presidente da CNBB, cardeal Spengler, enviará um vídeo, de Roma, contando sobre como foi a entrega e a recepção do documento pelo Santo Padre, Leão XIV.

A ação faz parte ainda das celebração do Junho Verde, campanha em defesa da Casa Comum e por mais sustetanbilidade. Pede-se as jornalistas a  gentileza de confirmar presença, pelo e-mail imprensa@cnbb.org.br ou pelo telefone (61) 2103-8300.

Fonte: CNBB