PEREGRINOS DA ESPERANÇA

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Como cristãos e peregrinos deste mundo, devemos cultivar a esperança de que, apesar de todos os acontecimentos que podem agredir e ferir a vida e a dignidade do ser humano, o Reino de Deus está entre nós; mesmo com todas as tentações, privações, perseguições e o cansaço que muitas vezes sentimos, ou a que somos submetidos na peregrinação da vida.  

Olhando a realidade do mundo em que vivemos, com guerras e tantas outras formas de violência, que causam sofrimentos e miséria, você pode até discordar da afirmação de que o Reino de Deus está presente em nosso meio. Mas não podemos esquecer que Deus é amor e o amor é eterno. Deus nos criou para sermos livres, e por ele somos amados, como filhos e filhas. 

Toda festa importante requer uma preparação do ambiente e também dos convidados que irão participar. Neste sentido, a Igreja nos propõe a Quaresma como um tempo para percorrermos um caminho de conversão e renúncias, para vencermos o egoísmo e fortalecermos a fé. Por isso, a Quaresma deve ser vivida à luz da Páscoa, porque é no Cristo ressuscitado que reside a síntese perfeita do amor infinito do Pai. É nele que a pessoa de fé encontra a força nas turbulências e nas adversidades da vida. 

Neste tempo de preparação para a Páscoa, não podemos esquecer o perdão e a reconciliação, eles nos remetem à misericórdia do Pai e nos ajudam a recuperar a paz interior. Esta é fundamental para a nossa vida de fé, porque nos leva a olhar os outros com os olhos do amor de Deus.  

A falta de perdão e reconciliação, conosco mesmo, com os irmãos e com Deus, consome muitas das energias da nossa vida, nos enfraquece fisicamente e nos destrói espiritualmente. Por isso, o homem reconciliado é um homem renovado, porque tocado pela graça do perdão de Deus. 

O amor é o principal mandamento cristão, mas o amor sem a misericórdia não daria espaço para a reconciliação e a comunhão. Por isso, crer em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado significa acreditar que o amor está presente no mundo e é mais poderoso que o ódio e a violência, mais poderoso que qualquer mal que possa envolver o ser humano. Acreditarmos na força do amor, que nos aproxima do Pai e dos irmãos, é fundamental para iniciarmos um caminho de conversão, que nos leve à reconciliação com nós mesmos, com os irmãos e com Deus. 

Neste sentido, é importante termos presente em nossa vida o amor que se revela na misericórdia, para criarmos uma nova cultura de valorização da vida. Quando tomarmos consciência da grandeza e da beleza de sermos filhos e filhas de Deus, não aceitaremos mais que as pessoas sejam privadas da sua dignidade, humana e divina. 

A autenticidade da nossa vida interior é dada pelo testemunho, feito através daquela caridade que abre as portas do coração para horizontes infinitos de possibilidades, para fazer o bem. “Quem ama o seu irmão cumpriu toda a lei”, porque somente o amor é o seu verdadeiro cumprimento, nos recorda o Apóstolo São Paulo, na Carta ao Romanos (Rm 13,8-10). 

Fonte: CNBB

O PAPEL DA MULHER NA IGREJA: EMPODERAMENTO, SERVIÇO E LIDERANÇA

A discussão sobre o papel da mulher na Igreja tem sido um tema de grande importância e relevância nos tempos atuais. No contexto do século XX, mulheres como Santa Teresa de Calcutá e Santa Dulce dos Pobres se destacam como exemplos inspiradores de serviço e amor ao próximo, mostrando como as mulheres podem desempenhar papéis cruciais na vida da Igreja e na sociedade como um todo.

À medida que buscamos compreender melhor as Escrituras e aplicar seus princípios à nossa sociedade em constante mudança, é fundamental examinar o papel das mulheres na história bíblica e na vida da Igreja primitiva.

Não podemos deixar de mencionar Nossa Senhora, Mãe de Jesus e da Igreja. Maria desempenhou um papel único e crucial na história da redenção, sendo escolhida por Deus para dar à luz o Salvador do mundo. Sua humildade, devoção e obediência são um exemplo para todos os cristãos, homens e mulheres, de como responder à vontade de Deus com fé e submissão (Lucas 1,26-38).

Ao longo das Escrituras, encontramos numerosos exemplos de mulheres que desempenharam papéis significativos na história da redenção e na vida do povo de Deus. Desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento, essas mulheres são apresentadas como modelos de fé, coragem e serviço.

Débora: No livro de Juízes, encontramos a história de Débora, uma profetisa e juíza em Israel. Débora foi uma líder corajosa que exerceu autoridade e liderança sobre o povo de Deus em um tempo de grande dificuldade (Juízes 4-5).

Ester: Ester é uma figura central no livro que leva seu nome. Ela era uma jovem judia que se tornou rainha da Pérsia e desempenhou um papel crucial na salvação de seu povo da destruição (Ester 4,14).

Maria de Magdala: Maria de Magdala é frequentemente lembrada como uma das seguidoras mais fiéis de Jesus. Ela foi testemunha da ressurreição de Jesus e foi comissionada por ele para anunciar a boa nova aos discípulos (João 20,11-18).

Priscila: Priscila é mencionada várias vezes no Novo Testamento como uma colaboradora fiel na propagação do Evangelho. Ela e seu marido, Áquila, trabalharam lado a lado com Paulo na missão de plantar igrejas e ensinar o evangelho (Atos 18, 2.18.26; Romanos 16, 3-5; 1 Coríntios 16,19).

Febe: Febe é mencionada por Paulo em sua carta aos Romanos como uma serva da Igreja em Cencréia. Ela foi elogiada por sua dedicação ao serviço cristão e pela liderança que exercia entre os irmãos (Romanos 16,1-2).

Embora haja diferenças nos papéis e responsabilidades dentro da comunidade cristã, a igualdade de dignidade e valor entre homens e mulheres é fundamental.

Paulo expressa esse princípio claramente em sua carta aos Gálatas: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3,28). Essa passagem ressalta a igualdade fundamental de todos os crentes perante Deus, independentemente de sua raça, classe social ou gênero.

Além disso, é importante reconhecer que o chamado ao serviço na Igreja não é limitado pelo gênero. Todos os cristãos, homens e mulheres, são chamados a servir conforme os dons e talentos que receberam de Deus, contribuindo para o crescimento e edificação do corpo de Cristo (1 Coríntios 12, 4-11).

À medida que refletimos sobre o papel da mulher na Igreja, somos desafiados a reconhecer e valorizar a diversidade de dons, talentos e perspectivas que cada membro traz para a comunidade cristã. Mulheres e homens são chamados a se unir em um espírito de amor, serviço mútuo e cooperação, buscando juntos o avanço do Reino de Deus neste mundo.

Que possamos, como comunidade de fé, honrar e celebrar o papel das mulheres na Igreja, reconhecendo sua contribuição vital para a missão e o testemunho do Evangelho. Sigamos o exemplo daqueles que nos precederam na fé, homens e mulheres que serviram fielmente ao Senhor, proclamando sua verdade e compartilhando seu amor com o mundo ao nosso redor.

Que Deus nos conceda a graça de vivermos juntos em unidade e diversidade, como membros do corpo de Cristo, trabalhando para a glória de seu nome e para o bem de sua criação. Deus abençoe todas as mulheres e a sua ação evangelizadora na Igreja! Amém!

Fonte: CNBB

A LUZ DA FÉ

O contrário da luz é a escuridão, a incapacidade para ver e entender as coisas da vida com maior perfeição. A luz também não pode ser apenas uma penumbra, aquela que não é nem claridade e nem escuridão. É uma conceituação que pode ser aplicada na prática da fé cristã, porque no sentir da Sagrada Escritura, o cristão não pode ser meio temo, morno, mas sim quente ou frio (cf Ap 3,15-16). 

Não é fácil perceber e imaginar a luz da fé no meio de uma avalanche de situações do mundo com suas culturas, que ora, nos envolve. Isto exige muita capacidade de discernimento e a iluminação divina, ajudando as pessoas na superação do mal e de toda influência negativa, que as incapacita para perceber a presença das sementes do bem em meio a uma gama de outras realidades dominantes. 

A luz da fé é uma expressão usada pela Igreja, em toda sua história, para fazer entender o grande e rico dom para a humanidade, que é a presença encarnada e viva de Jesus Cristo. Ele mesmo se declara como luz, como diz o versículo: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 12,46). Isto confirma que a verdadeira luz é o Filho de Deus, Jesus. 

O domínio da escuridão sempre foi muito forte no mundo. Ele fragiliza a esperança, é causador de doença e de muita morte, porque muitas mentes estão dominadas pela escuridão da fé. Desta forma conseguimos entender o fratricídio realizado por Caim, a exploração do templo de Jerusalém pelos cambistas, os assassinatos de hoje e as guerras intermináveis entre povos e nações. 

Se a fé é um dom de Deus, uma gratuidade do Criador às suas criaturas humanas, ela deve ser vivida, como resposta de amor, de maneira responsável e comprometida com as exigências profundas desse amor divino. Mas isto só acontece na prática da caridade, da convivência e da amizade social, porque somos todos irmãos (Mt 23,8). Neste contexto, não pode haver espaço para o isolamento. 

“Quem pratica o mal tem ódio da luz” (Jo 9,51). É quase impossível a perfeição total, porque a prática da fé tem oscilações, ora, positivas, de claridade e ora, negativas, de escuridão. Buscar a luz é ter os olhos voltados para Deus e para a cruz de Jesus Cristo, porque nele está a verdade suprema da luz da fé. É a mensagem de mudança proposta pela Quaresma e a Campanha da Fraternidade. 

Fonte: CNBB

Francisco: gratuidade é imitar o modo de Jesus se doar por nós, sempre e totalmente

Os líderes das Instituições e Organizações de Ajuda à Igreja na América Latina, reunidos em encontro em Bogotá, na Colômbia, receberam uma mensagem do Papa nesta terça-feira (5). O Pontífice refletiu sobre o valor da gratuidade, afirmou que “o esforço não é inútil” e que “abraçar a cruz não é um sinal de fracasso”, ao contrário: “a gratuidade é imitar o modo de Jesus se doar por nós, seu Povo, sempre e totalmente, apesar da nossa pobreza”.

papa

O Papa Francisco buscou nas ferramentas do jornalista os elementos para refletir sobre o tema da gratuidade – daquilo que é ofertado gratuitamente sem necessidade que seja pago ou traga algum resultado, por exemplo. Em mensagem enviada nesta terça-feira (5) aos líderes de Instituições e Organizações de Ajuda à Igreja na América Latina, reunidos até sexta (8) em Bogotá, na Colômbia, o Pontífice explorou o argumento, sugerindo se concentrar “no que Jesus nos pede e no que o Evangelho nos diz”, tentando usar as questões fundamentais para compor o primeiro parágrafo de uma notícia (lead), ou seja, respondendo às seguintes perguntas sobre a gratuidade: “Quem dá? O que se dá? Onde se dá? Como se dá? Quando se dá? Por que se dá? Para que se dá?”.

No texto em espanhol, também dirigido ao cardeal Robert Prevost, presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) que promove o evento, o Papa alertou que, “quando fazemos um esforço” nesse percurso, é natural esperar por um resultado, para não “ser considerado um fracasso” ou pensar que o trabalho foi em vão. “Mas essa percepção parece ser contrária à gratuidade, que evangelicamente se define como dar sem esperar nada em troca (cf. Lc 6:35). Como conciliar as duas dinâmicas?”, então, propôs Francisco, ao usar a regra jornalística do lead.

Começou, assim, respondendo a primeira pergunta, sobre quem dá a gratuidade: é Deus, “e nós somos apenas administradores dos bens recebidos”. Ao respodner sobre o que o Senhor nos dá, Francisco afirmou que “a resposta é simples: nos deu tudo”:

“Tudo o que temos ou é Deus ou é prova e penhor do seu amor. Se perdermos essa consciência ao dar e também ao receber, pervertemos sua essência e a nossa própria. De administradores solícitos de Deus (cf. Lc 12:42), passamos a ser escravos do dinheiro (cf. Mt 6:24) e, subjugados pelo medo de não ter (v. 25), entregamos nosso coração ao tesouro da falsa segurança econômica, da eficiência administrativa, do controle, de uma vida tranquila (v. 20).”

A reflexão do Papa também abriu espaço para que os líderes se questionassem onde acontece a entrega do Senhor. Francisco recordou que Ele tem se doado a nós “desde a criação”, “permanecendo fiel apesar das repetidas infidelidades” e “com sua encarnação, sua cruz, seus sacramentos. Deus se dá, em uma palavra, no meio do seu povo”.

Então, como e quando o Senhor se entrega ao seu povo? “É muito simples: sempre e totalmente”, disse Francisco, porque Deus não impõe limites, “mil vezes pecamos, mil vezes nos perdoa”:

“Na Sagrada Comunhão, não recebemos um pedacinho de Jesus, mas todo Ele em corpo e sangue, alma e divindade. É isso que Deus faz, até o ponto de se tornar pobre por nós, a fim de nos enriquecer com sua pobreza (cf. 2Cor 8,9).”

“Portanto, podemos concluir que a gratuidade é imitar o modo de Jesus se doar por nós, seu Povo, sempre e totalmente, apesar da nossa pobreza.”

por quê? Por causa do amor, afirmou o Papa Francisco. Porque, “o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13:4-7). O Pontífice assim terminou a reflexão sobre o gesto da gratuidade, destacando para que a força da gerenosidade é importante na prática diária das Instituições e Organizações de Ajuda à Igreja na América Latina:

“Por isso que o esforço não é inútil, porque tem um fim. Ao nos doarmos assim, imitamos Jesus, que se entregou para salvar todos nós. Abraçar a cruz não é um sinal de fracasso, não é um trabalho em vão, é nos unirmos à missão de Jesus de levar ‘a Boa Nova aos pobres, proclamar a liberdade aos presos e a recuperação da vista aos cegos, libertar os oprimidos” (Lc 4,18). É tocar concretamente a ferida daquele irmão, daquela comunidade, que tem um nome, que tem um valor infinito para Deus, para dar-lhe luz, fortalecer suas pernas, limpar sua miséria, dando-lhe a oportunidade de responder ao projeto de amor que o Senhor tem para eles, pedindo de joelhos que, ao chegar lá, Jesus encontre fé naquela terra (cf. Lc 18,8).”

Fonte: Vatican News

O CAMINHO DA CONVERSÃO!

No 3.º Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus desenha-nos o mapa do caminho que conduz à Vida nova, à salvação. Recomenda-nos que, ao longo de todo o percurso, não percamos Jesus de vista: é Ele o guia que nos ajuda a interpretar o mapa e que nos leva ao encontro do Pai. 

Na primeira leitura – Ex 20,1-17 –, Deus oferece-nos um conjunto de indicações (“mandamentos”) que devem balizar o nosso itinerário de todos os dias. Com a sua iniciativa, Deus não quer limitar a nossa liberdade, mas sim ajudar-nos a chegar à Vida verdadeira.  

Na segunda leitura – 1Cor 1,22-25 –, o apóstolo São Paulo sugere-nos uma conversão à “loucura de Deus”. Convida-nos a olhar para a cruz e a descobrir, na entrega do Crucificado, que só o amor dado até ao extremo gera Vida e salvação. Na cruz revela-se a paradoxal “sabedoria de Deus”, que Paulo nos convida a abraçar. 

No Evangelho – Jo 2,13-25 –, Jesus apresenta-Se como “o Templo Novo” onde Deus reside e onde marca encontro com os homens para lhes oferecer a sua Vida e a sua salvação. Quem quiser encontrar Deus deve aproximar-se de Jesus, tornar-se seu discípulo, abraçar o seu projeto, seguir os seus passos, viver animado pelo seu Espírito. 

O Evangelho de São João se diferencia dos Sinópticos ao narrar a expulsão dos mercadores e cambistas do Templo no início da atividade pública de Jesus. O Senhor Jesus expulsa os mercadores do Templo, na primeira parte do trecho, purificando-o, para que na segunda parte pudesse proclamar a verdadeira purificação do Templo, alusão à sua morte e Ressurreição. Jesus sobe a Jerusalém para participar da celebração da Páscoa judaica por três vezes: esta Páscoa que contemplamos hoje – Jo 2,13.23; uma segunda – Jo 6,9 – e a última em Jo 12,1; 13,1; 18,28; 19.14. Por isso, neste Evangelho, a Páscoa enquadra toda a narrativa da atividade pública de Jesus. O trecho de hoje é um episódio programático em dois sentidos no quarto Evangelho: narrativo e teológico-cristológico. Narrativo: é o primeiro confronto de Jesus com as autoridades do Templo que o condenarão à morte. Toda a narrativa evangélica a seguir será marcada pelo enfrentamento e perseguição por tais autoridades a Jesus até a sua crucifixão. Neste quadro narrativo, insere-se o sentido teológico. Durante a sua primeira presença na Páscoa judaica, Jesus anuncia a sua própria Páscoa. Expulsando os mercadores com suas mercadorias e ovelhas – cordeiros – do edifício do Templo, prefigura-se a “substituição” tanto dos cordeiros pascais pelo Único Cordeiro, que tira o pecado do mundo, quanto do templo-edificação pelo Templo de seu Corpo Ressuscitado, “onde” os verdadeiros adoradores do Pai o adorarão em espírito e verdade.  

Jesus ao fazer um chicote de cordas deixa claro que Ele é o Messias esperado, aquele que vem para “açoitar” as práticas de injustiça e inaugurar um tempo novo. Jesus faz o povo sair daquele centro de exploração, junto com as ovelhas e os bois. Aliás, as ovelhas na Bíblia muitas vezes representam o próprio povo. Jesus vem tirar do templo, vem libertar da exploração comercial disfarçada de religião. Ele derruba as mesas e o dinheiro dos cambistas, e ordena aos vendedores de pombas que tirem tudo de lá. As pombas eram a oferta dos pobres, que não conseguiam comprar animais mais caros. Mas o sacrifício de pombas de nada mais serve, diante daquele que desceu em forma de pomba, no batismo de Jesus.  

Jesus purificou o templo. Deus não habita em locais em que se explora a fé, sobretudo das pessoas simples. O Espírito de Deus está presente em Jesus, e essa presença o torna indestrutível. Podem matá-lo, mas sua morte não será definitiva, pois no terceiro dia ele voltará à vida plena. 

Vivamos o caminho da conversão na busca de Cristo, o Templo Vido de Deus Uno e Trino. O verdadeiro santuário é o Corpo de Jesus, morada de Deus, que nos aproxima do Pai. Na Casa do Pai, o Corpo de Jesus, somos família, aonde não se compra nada, apenas vive na gratuidade do amor. Vivamos em Cristo, o novo Templo, a nova oferta viva ao Pai, na ação do Espírito Santo. 

Fonte: CNBB

O Papa: o perigo mais feio é a ideologia de gênero, que anula as diferenças

Francisco recebeu os participantes da conferência “”Homem-Mulher, imagem de Deus. Por uma antropologia das vocações”, promovida pelo Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações. Devido a um resfriado, o Papa pediu ao seu colaborador mons. Ciampanelli para ler o texto preparado, mas numa breve saudação improvisada, volta a estigmatizar a ideologia de gênero que cancela as diferenças: “Cancela a humanidade”.


O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (1°/03), no Vaticano, os participantes do encontro internacional “Homem-Mulher, imagem de Deus. Por uma antropologia das vocações”, promovido pelo Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações (CRAV) e coordenado pelo prefeito emérito do Dicastério para os Bispos, cardeal Marc Ouellet. O encontro se realiza, no Vaticano, neste 1° de março e no sábado, dia 2, e reúne vários estudiosos, filósofos, teólogos e pedagogos para refletir sobre a antropologia cristã, o pluralismo, o diálogo entre culturas, e o futuro do cristianismo.

Antes de seu discurso, lido pelo seu colaborador o mons. Filippo Ciampanelli, porque o Papa ainda está resfriado e se cansa quando lê, Francisco proferiu algumas breves palavras.

Encontro importante entre homens e mulheres

Gostaria de sublinhar uma coisa: é muito importante que haja este encontro, este encontro entre homens e mulheres, porque hoje o perigo mais feio é a ideologia de gênero, que anula as diferenças. Pedi para fazer estudos sobre essa ideologia ruim do nosso tempo, que apaga as diferenças e torna tudo igual; cancelar a diferença é cancelar a humanidade. Homem e mulher, porém, vivem uma “tensão” fecunda.

A seguir, o Papa disse que leu um romance do início do século XX, escrito pelo filho do arcebispo de Cantuária intitulado: “O Senhor do Mundo”. Segundo Francisco, “o romance fala do futurismo e é profético, pois mostra essa tendência de cancelar todas as diferenças”. “É interessante lê-lo, porque há esses problemas de hoje. Aquele homem era um profeta”, sublinhou.

Um momento da audiência na Sala Nova do Sínodo

A seguir, o mons. Ciampanelli leu o discurso do Papa, que destaca que “o objetivo desta conferência é, primeiramente, considerar e valorizar a dimensão antropológica de cada vocação. Isto remete-nos para uma verdade elementar e fundamental, que hoje precisamos redescobrir em toda a sua beleza: a vida do ser humano é uma vocação. Não nos esqueçamos: a dimensão antropológica, subjacente a cada chamado no âmbito da comunidade, tem a ver com uma característica essencial do ser humano como tal: isto é, que o próprio homem é vocação“.

Em seu discurso, o Pontífice ressalta que “cada um de nós, tanto nas grandes escolhas que dizem respeito a um estado de vida quanto nas muitas ocasiões e situações em que elas se encarnam e tomam forma, descobre e se expressa como chamado, como uma pessoa que se realiza na escuta e na resposta, compartilhando seu ser e seus dons com os outros para o bem comum”.

Identidade em relação

Segundo o Papa, “esta descoberta nos tira do isolamento de um eu autorreferencial e nos faz olhar para nós mesmos como uma identidade em relação: eu existo e vivo em relação a quem me gerou, à realidade que me transcende, aos outros e ao mundo que me circunda, em relação ao qual sou chamado a abraçar com alegria e responsabilidade uma missão específica e pessoal”.

De acordo com Francisco, “essa verdade antropológica é fundamental porque responde plenamente ao desejo de realização humana e de felicidade que habita em nosso coração”.

No contexto cultural atual, às vezes há uma tendência a esquecer ou obscurecer essa realidade, com o risco de reduzir o ser humano apenas às suas necessidades materiais ou exigências primárias, como se fosse um objeto sem consciência ou vontade, simplesmente arrastado pela vida como parte de uma engrenagem mecânica.

Alguns dos participantes da conferência no Vaticano

Neste sentido, o Papa recomenda não sufocar a “saudável tensão interior” que cada um carrega dentro de si, ou seja, o chamado “à felicidade, à plenitude da vida, a algo grande a que Deus nos destinou”.

A vida de cada um não é um acidente de percurso

A vida de cada um de nós, sem exceção, não é um acidente de percurso; a nossa existência no mundo não é mero fruto do acaso, mas fazemos parte de um plano de amor e somos convidados a sair de nós mesmos e realizá-lo, para nós e para os outros.

Segundo o Papa, “cada um de nós tem uma missão, ou seja, é chamado a dar a sua contribuição para melhorar o mundo e moldar a sociedade”. Francisco encoraja as pesquisas, os estudos e as oportunidades de debates sobre as vocações, os diferentes estados de vida e a multiplicidade de carismas: “São também úteis para nos questionar sobre os desafios de hoje, sobre a crise antropológica em andamento e sobre a necessária promoção das vocações humanas e cristãs.” É importante também que se desenvolva “uma circularidade cada vez mais eficaz entre as diferentes vocações”, para que as obras que surgem do estado de vida laical a serviço da sociedade e da Igreja, junto com o dom do ministério ordenado e da vida consagrada, possam contribuir para gerar esperança num mundo sobre o qual pairam pesadas experiências de morte”.

Por fim, o Papa desejou a todos um bom trabalho e disse-lhes “para não terem medo nestes momentos tão ricos na vida da Igreja”.

O Espírito Santo nos pede algo importante: fidelidade. Mas a fidelidade está a caminho e muitas vezes a fidelidade nos leva a arriscar. A “fidelidade de museu” não é fidelidade. Sigam em frente com a coragem de discernir e se arriscar, buscando a vontade de Deus. Coragem e sigam em frente, sem perder o senso de humor!

Papa Francisco, cardeal Ouellet e mons. Ciampanelli

Fonte: Vatican News

SOMOS TODOS IRMÃOS, TUTTI FRATELLI!?

A Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema: “Fraternidade e Amizade Social”, e o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8), recorda-nos a carta encíclica do papa Francisco escrita em 2020, Fratelli Tutti (FT), que significa “Todos Irmãos”. Destacamos algumas frases desse documento que podem iluminar nosso cotidiano, nossa postura de vida, nossa relação humana, ajudando-nos no processo de construção de um mundo mais fraterno, onde todos realmente sejam vistos como membros de uma única família. Frases como esta, que o papa Francisco “retirou” do nosso conhecido Vinícius de Moraes, do Samba da Bênção, de 1962: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida” (FT 215). Ou esta outra, que nos recorda de nossa vocação e missão para construir a paz: “Somos chamados a ser artífices da paz, unindo e não dividindo, extinguindo o ódio em vez de conservá-lo, abrindo caminhos de diálogo em vez de erguer novos muros” (FT 284). 

“A tarefa educativa, o desenvolvimento de hábitos solidários, a capacidade de pensar a vida humana de forma mais integral, a profundidade espiritual são realidades necessárias para dar qualidade às relações humanas… Devemos superar a ideia das políticas sociais concebidas como uma política para os pobres, mas nunca com os pobres, nunca dos pobres… A boa política procura caminhos de construção de comunidade nos diferentes níveis da vida social, a fim de reequilibrar e reordenar a globalização para evitar seus efeitos desagregadores” (grifo nosso. FT 167, 169, 182). 

“Somos chamados ao compromisso de viver e ensinar o valor do respeito, o amor capaz de aceitar as várias diferenças, a prioridade da dignidade de todo ser humano sobre quaisquer ideias, sentimentos, atividades e até pecados que possa ter… Amar o mais insignificante dos seres humanos como a um irmão, como se apenas ele existisse no mundo, não é perder tempo… Se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida” (FT 191, 193, 195). 

“O diálogo perseverante e corajoso ajuda o mundo a viver melhor… Um país cresce quando dialogam de modo construtivo suas diversas riquezas culturais…” (FT 198, 199). 

“O processo de paz é um empenho que se prolonga no tempo. É um trabalho paciente de busca da verdade e da justiça, que honra a memória das vítimas e abre, passo a passo, para uma esperança comum, mais forte do que a vingança… A verdade é uma companheira inseparável da justiça e da misericórdia” (FT 226, 227). 

“A construção da paz social em um país exige o compromisso de todos… A verdadeira reconciliação não escapa do conflito, mas alcança-se dentro do conflito, superando-o através do diálogo e de negociações transparentes, sinceras e pacientes… Aqueles que perdoam de verdade não esquecem, mas renunciam a deixar-se dominar pela mesma força destruidora que os feriu” (FT 232, 244, 251). 

Fonte: CNBB

O papel da Virgem Maria na Quaresma

Não há tempo litúrgico na Igreja em que a Virgem Maria esteja ausente.

santa Maria

A vida da Virgem Maria, foi em tudo fazer a vontade de Deus e sua participação na Quaresma pode ser compreendida sob outra ótica: ensinar-nos a viver o tempo quaresmal. No plano salvífico de Deus (ver Lc 2,34-35) estão associados Cristo crucificado e a Virgem dolorosa. Como Cristo é o “homem de dores” (Is 53,3), por meio do qual se agradou Deus em “reconciliar consigo todos os seres: os do céu e os da terra, fazendo a paz pelo sangue de sua cruz” (Col 1,20), assim Maria é a “mulher da dor”, que Deus quis associar a Seu Filho, como mãe e partícipe da Paixão. Dos dias da infância de Cristo, toda a vida da Virgem, participando do rechaço de que era objeto do Filho, transcorreu sob o sinal da espada (ver Lc 2,35).

Por isso a Quaresma é também tempo oportuno para crescer em nosso amor filial Àquela que ao pé da Cruz entregou a seu Filho, e se entregou Ela mesma com Ele, por nossa salvação. Este amor filial podemos expressar durante a Quaresma impulsionando certas devoções marianas próprias deste tempo: “As sete dores de Santa Maria Virgem”; a devoção a “Nossa Senhora, a Virgem das Dores” (cuja memória litúrgico se pode celebrar na sexta-feira da V semana de Quaresma; e a reza do Santo Rosário, especialmente os mistérios de dor).

Também podemos impulsionar o culto da Virgem Maria através de Missas da Bem-aventurada Virgem Maria, cujos formulários de Quaresma podem ser usados no sábado.

Fonte: Comunidade Shalom

 

Dez sugestões de oração para você viver bem a Quaresma

Se queremos viver uma Quaresma frutuosa e morrer para nossas próprias paixões, a chave da vitória é mergulhar na oração profunda, intensa, fervorosa e constante. Neste texto, confira dez práticas de oração que você pode adotar neste “tempo forte”.


Deus, sempre tão bom, derrama sobre nós a todo o tempo as mais abundantes graças. Sua Igreja, que é chamada seu Corpo místico, faz chover incessantemente sobre nós uma torrente de graças. Isso se manifesta de uma maneira muito especial no ciclo litúrgico da Igreja, mais especificamente nos tempos fortes — tanto o Advento, que leva ao Natal, quanto a Quaresma, culminando na Semana Santa e na solenidade de todas as solenidades, a Páscoa!

Certamente já aconteceu com todos nós de estarmos absorvidos e imersos em tantas atividades — família, sociedade e trabalho — que esses grandes tempos de graça passam por nós como um raio e descobrimos que mal entramos nas profundezas do oceano, do abismo de graças que bate à porta de nossos corações. O livro do Apocalipse nos adverte: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo” (3, 20). O grande Santo Agostinho comenta sobre esta passagem que Jesus é o peregrino que bate e, se não abrirmos a porta, Ele seguirá em frente e nunca mais entrará para nos visitar. Deus não permita que seja assim para nós!

Por isso, apresentamos dez orações específicas que podemos oferecer ao Senhor ao celebrar seu maior ato de amor por todos nós — sua Paixão, Morte e Ressurreição. Para ser franco e direto: se queremos viver uma Quaresma frutuosa e morrer para nossas próprias paixões, a chave da vitória é mergulhar na oração profunda, intensa, fervorosa e constante.

Que esta seja a melhor Quaresma de nossas vidas!

1. Contemple a Jesus na Cruz

São Vicente Pallotti em oração diante do crucifixo.

Uma forma de oração altamente recomendada por Santo Inácio de Loyola em seus Exercícios Espirituais é a contemplação. Portanto, durante a Quaresma, é bom passar pelo menos algum tempo diante de uma imagem, pintura ou qualquer outra representação de Jesus pendente na Cruz por amor a você e a mim.

Tenha em mente as palavras de Santo Inácio: Jesus morreu por toda a humanidade. No entanto, Ele também morreu por você. Ainda que você fosse a única pessoa no mundo, Jesus teria sofrido as dores mais amargas e agonizantes de sua Paixão e Morte por amor a você e pela salvação de sua alma. Quão precioso você é aos olhos de Deus e quão valiosa é sua alma imortal!

2. Reze a Via-Sacra

Outra oração devocional salutar e eficaz, especialmente propícia no tempo da Quaresma, é rezar a Via Crucis. Em sua paróquia, provavelmente há uma no interior da própria igreja. Basta mover-se devagar, em oração e com o olhar contemplativo, de cada uma das 14 estações para a próxima.

Essa prática pode ser feita de várias maneiras: em um ambiente de grupo conduzido por alguém; individualmente, usando um bom livro (uma das melhores Vias-Sacras foi escrita por Santo Afonso de Ligório); ou simplesmente olhando e contemplando com amor e devoção cada estação e formulando sua própria oração espontânea.

Não é uma má ideia trazer seus pequeninos para participar dessa devoção e ensiná-los a amar Jesus, que nos amou tanto, sofreu e suportou todos esses sofrimentos por amor a nós.

3. Medite sobre as Sete Dores de Maria

“Madonna della Rosa”, por Simão de Pésaro.

Em todos os tempos e lugares, a meditação e contemplação das Sete Dores de Maria podem mover nossos corações a amar Jesus com maior fervor e devoção. Se você não está familiarizado com esta prática, as sete dores de Maria são: 1) a profecia de Simeão; 2) a fuga para o Egito; 3) a perda de Jesus por três dias no Templo; 4) o encontro de Jesus e Maria no caminho do Calvário; 5) a crucificação e morte de Jesus; 6) o corpo de Jesus retirado da Cruz e colocado nos braços de Maria (Pietà); 7) o sepultamento de Jesus.

4. Medite sobre as Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz

Outra meditação poderosa seria sobre as sete últimas palavras de Jesus na Cruz. O Venerável Arcebispo Fulton Sheen escreveu e pregou inúmeras vezes sobre essas palavras, especialmente na Semana Santa. Suas sete últimas palavras são as seguintes: 1) “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34); 2) “Tenho sede” (Jo 19, 28); 3) “Mulher, eis aí teu filho… Filho, eis aí tua mãe” (Jo 19, 26s); 4) “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43); 5) “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27, 46); 6) “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23, 46); e 7) “Tudo está consumado” (Jo 19, 30).

5. Leia e medite os relatos da Paixão nos quatro Evangelhos

Mergulhe nas fontes mais autênticas da Paixão e Morte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, isto é, a Bíblia, os quatro Evangelhos. Eles podem ser encontrados em Mateus 26-27, Marcos 14-15, Lucas 22-23 e João 18-19.

Você pode ler todos os relatos e rezar sobre eles, observando os diferentes detalhes e pequenas nuances em cada Evangelho.

6. Reze o Salmo 22

“O Escárnio de Cristo”, por Godfried Schalcken.

É realmente fascinante a leitura e meditação do Salmo 22, do Antigo Testamento. Sem sombra de dúvida, este salmo profético destaca muitos dos detalhes da Paixão de Jesus e seus sofrimentos, centenas de anos antes de Jesus nascer. Outra razão para crer na realidade de Jesus ser verdadeiramente o Filho do Pai eterno. Leia este salmo com atenção e você sentirá como se estivesse sendo transportado até os pés da Cruz com Maria, João e Madalena na Sexta-feira Santa.

7. Participe do santo sacrifício da Missa

De longe, a oração mais poderosa, eficaz e agradável que podemos oferecer a Deus é o santo sacrifício da Missa. De fato, o que é a Missa, senão o sacrifício do Calvário, no qual Jesus se oferece ao Pai, pelo poder do Espírito Santo, para a salvação de toda a humanidade? Se possível, assista diariamente à Missa na Quaresma e receba a Eucaristia dignamente e com muito amor e devoção.

8. Assista a bons filmes

Outra forte exortação, no domínio da oração contemplativa, seria ver a um destes filmes, se não todos: “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson; “Marcelino Pão e Vinho” (1955); e “Os Mistérios do Rosário”, de Patrick Peyton (III e III). No entanto, coloque suas lentes contemplativas e se esforce para vê-los não tanto como produções de Hollywood, mas como uma oração contemplativa. As imagens, especialmente de “A Paixão de Cristo”, ficarão gravadas em sua memória e poderão ser evocadas na oração quando você for à sua Hora Santa.

O que nos leva à próxima sugestão de viver a mais fecunda Quaresma de nossas vidas…

9. Faça a Hora Santa

“A Crucificação”, por Johannes Stradanus.

Seja generoso com o Senhor Jesus, que deu cada gota de seu Preciosíssimo Sangue por você. Esforce-se, se possível, por fazer uma Hora Santa diária. Fulton Sheen a chamava de “hora do poder”. Idealmente, é melhor fazê-la diante do Santíssimo Sacramento, onde Jesus está real e substancialmente presente em seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Se isso não for viável, então você pode encontrar um lugar tranquilo em sua casa — seu recanto de oração ou santuário doméstico. Essa prática vai transformar sua vida!

10. Recite os Mistérios Dolorosos do Santo Rosário

O Papa São João Paulo II, em sua obra-prima mariana Rosarium Virginis Mariae, sugere que contemplemos o rosto de Jesus através dos olhos de Maria. Que melhor método pode haver para contemplar Jesus, o homem das dores pendente na Cruz, do que através dos olhos de Maria?

Para refrescar a memória, os Mistérios Dolorosos do Rosário são: 1) a agonia no horto das oliveiras; 2) a flagelação na coluna; 3) a coroação de espinhos; 4) o carregamento da cruz; 5) a crucificação e morte de Jesus.

Enfim, é nossa oração e desejo mais ardente que todos os nossos leitores tenham o seu  mais fecundo tempo quaresmal, esforçando-se por implementar essas práticas de oração quaresmal, culminando na mais imensa alegria da Páscoa e do Senhor Jesus ressuscitado. Que todos nós morramos para o pecado e ressuscitemos com Jesus e Maria!

Fonte: padrepauloricardo.org

Papa: inveja e vanglória, vícios de quem sonha ser o centro do mundo

Na Audiência Geral desta quarta-feira (28), Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os vícios e as virtudes. O texto da reflexão dedicado à inveja e à vanglória foi proferido por mons. Ciampanelli, colaborador da Secretaria de Estado. Para combater esses vícios, os remédios são o amor gratuito e o reconhecimento de que Deus está presente em nossa própria fraqueza.


Após uma semana de pausa, devido ao retiro espiritual quaresmal dos membros da Cúria Romana, e ainda se recuperando de uma “leve gripe”, conforme comunicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, que levou o Pontífice a cancelar algumas atividades no sábado e na segunda-feira, Francisco esteve presente na Sala Paulo VI para a Audiência Geral desta quarta-feira, 28 de fevereiro.

Ao saudar os fiéis e peregrinos, o Papa afirmou: “Queridos irmãos e irmãs, ainda estou um pouco resfriado. Por isso, pedi ao mons. Ciampanelli para ler a catequese de hoje”, e em seguida, o colaborador da Secretaria de Estado proferiu o discurso que dá continuidade à reflexão sobre os vícios e as virtudes.

Francisco, no momento em que explica aos fiéis que confiou a leitura da catequese ao monsenhor Ciampanelli

O rosto do invejoso é sempre triste

“Hoje examinaremos dois pecados capitais que encontramos nas grandes listas que a tradição espiritual nos deixou: a inveja e a vanglória”, introduz mons. Ciampanelli, dedicando a primeira parte da reflexão à inveja:

“Quando lemos a Sagrada Escritura, percebemos que este vício nos é apresentado como um dos mais antigos: o ódio de Caim por Abel é desencadeado quando ele percebe que os sacrifícios do seu irmão agradam a Deus. O rosto do invejoso é sempre triste: o seu olhar está abaixado, parece examinar continuamente o chão, mas na realidade não vê nada, porque a mente está envolvida por pensamentos cheios de malícia. A inveja, se não for controlada, leva ao ódio pelos outros. Abel será morto pelas mãos de Caim, que não podia suportar a felicidade do irmão.”

Deus tem uma “matemática” própria

O texto do Papa sublinha que “na raiz deste vício existe uma relação de ódio e amor: deseja-se mal ao outro, mas secretamente deseja-se ser como ele”.

A inveja nos faz criar uma falsa ideia de Deus, não se aceita que Deus tenha uma “matemática” própria, diferente da nossa:

“Gostaríamos de impor a Deus a nossa lógica egoísta, mas a lógica de Deus é o amor. Os bens que Ele nos dá são feitos para serem partilhados. É por isso que São Paulo exorta os cristãos: ‘Com amizade fraterna, sede afetuosos uns com os outros. Rivalizai uns com os outros na estima recíproca’ (Rm 12,10). Eis aqui o remédio para a inveja!”

Aula Paulo VI durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 28 de fevereiro

A vanglória é uma autoestima inflada e infundada

A segunda parte da catequese de Francisco volta-se para a vanglória, e mons. Ciampanelli, na leitura do texto, recorda que este vício anda de mãos dadas com o demônio da inveja, sendo típico de quem aspira ser o centro do mundo, livre para explorar tudo e todos, objeto de todo louvor e todo amor:

“A pessoa vangloriosa não tem empatia e não percebe que existem outras pessoas no mundo além dela. As suas relações são sempre instrumentais, caracterizadas pela opressão dos outros. A sua pessoa, as suas façanhas, os seus sucessos devem ser mostrados a todos: é uma perpétua mendiga da atenção. E se, às vezes, suas qualidades não são reconhecidas, fica extremamente irritada. Os outros são injustos, não entendem, não estão à altura.”

Nas fraquezas, a força de Cristo

“Para curar os vangloriosos, os mestres espirituais não sugerem muitos remédios”, recorda o texto do Papa, “porque, em última análise, o mal da vaidade tem em si o seu remédio: os elogios que o vanglorioso esperava colher no mundo logo se voltarão contra ele. E quantas pessoas, iludidas por uma falsa imagem de si mesmas, caíram em pecados dos quais logo se envergonhariam!”

Na conclusão, mons. Ciampanelli ressalta na leitura da catequese, que a mais bela instrução para vencer a vanglória encontra-se no testemunho de São Paulo:

“O Apóstolo sempre teve de lidar com uma falha que nunca foi capaz de superar. Três vezes pediu ao Senhor que o libertasse daquele tormento, mas no final Jesus respondeu-lhe: ‘Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força se consuma’. A partir daquele dia, Paulo foi libertado. E a sua conclusão deveria tornar-se também a nossa: ‘É, portanto, de bom grado que prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo’ (2Cor 12,9).”

Audiência Geral com o Papa Francisco

Confessar-se: como e porque

Confessar-se: como e porque “O perdão é pedido a outra pessoa, e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo, que nos enche com a misericórdia e a graça que surge incessantemente do Coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado.” Papa Francisco, Audiência 19/02/2014

1. Confessar-se, por quê?

A Confissão é um sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados, quando disse aos seus apóstolos: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” Jo, 20,23.

Porque a vida nova que nos foi dada por Ele no batismo pode debilitar-se e perder-se por causa do pecado. Por isso, Cristo quis que a Igreja continuasse a sua obra de cura e de salvação mediante este sacramento.

Pela absolvição sacramental do sacerdote, que atua em nome de Cristo, Deus concede ao penitente o perdão e a paz, recupera a graça pela qual vive como filho de Deus e pode chegar ao céu, a felicidade eterna.

Cf. Catecismo da Igreja Católica, 1420-1421; 1426; 1446.

2. O que é o pecado?

“ELE NUNCA SE CANSA DE PERDOAR, MAS NÓS ÀS VEZES CANSAMO-NOS DE PEDIR PERDÃO .” PAPA FRANCISCO

O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. É uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. Santo Agostinho definiu-o como o “o amor de si próprio levado até ao desprezo de Deus”. Por esta exaltação orgulhosa de si, o pecado é diametralmente oposto à obediência de Jesus que realiza a salvação (cf. Flp 2, 6-9).

Os pecados distinguem-se segundo a sua gravidade em mortal e venial. O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave à Lei de Deus. Desvia o homem de Deus, que é o seu último fim, a sua bem-aventurança, preferindo-Lhe um bem inferior. O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora a ofendendo e ferindo-a.

Para que um pecado seja mortal requerem-se, em simultâneo, três condições: «É pecado mortal o que tem por objeto uma matéria grave, e é cometido com plena consciência e de propósito deliberado».

matéria grave é precisada pelos Dez mandamentos segundo a resposta que Jesus deu ao jovem rico: «Não mates, não cometas adultério, não furtes, não levantes falsos testemunhos, não cometas fraudes, honra pai e mãe» (Mc 10, 18). A gravidade dos pecados é maior ou menor: um homicídio é mais grave que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas também entra em linha de conta: a violência cometida contra pessoas de família é, por sua natureza, mais grave que a exercida contra estranhos.

Comete-se um pecado venial quando, em matéria leve, não se observa a medida prescrita pela lei moral ou quando, em matéria grave, se desobedece à lei moral, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. O pecado venial enfraquece a caridade, traduz um afeto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem moral; e merece penas temporais. O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal.

Cf. Catecismo da Igreja Católica, 1849-1864.

Contemplar o mistério

Não nos podemos surpreender. Arrastamos dentro de nós – consequência da natureza decaída – um princípio de oposição, de resistência à graça: são as feridas do pecado de origem, exacerbadas pelos nossos pecados pessoais. Portanto, devemos empreender essas ascensões, essas tarefas divinas e humanas – as de cada dia, que sempre desembocam no Amor de Deus -, com humildade, de coração contrito, fiados na assistência divina e dedicando-lhes os nossos melhores esforços, como se tudo dependesse de nós. Amigos de Deus, 214

Agora compreendes como fizeste sofrer Jesus, e te enches de dor: que simples pedir-Lhe perdão e chorar as tuas traições passadas! Não te cabem no peito as ânsias de reparação!

Muito bem. Mas não esqueças que o espírito se penitência consiste principalmente em cumprir, custe o que custar, o dever de cada instante. Via Sacra, IX Estação, ponto 5

3. O que é preciso para fazer uma boa Confissão?

Para fazer uma boa Confissão é necessário: um diligente exame de consciência dos pecados cometidos desde a última Confissão; a contrição ou arrependimento; a confissão, ou a acusação dos pecados feita ao sacerdote e a satisfação ou penitência imposta pelo confessor ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado.

Para fazer o exame de consciência ajuda recordar os pecados cometidos desde a última confissão à luz dos dez mandamentos, do Sermão da montanha e dos ensinamentos apostólicos.

contrição consiste na dor e detestação do pecado cometido, porque é uma ofensa a Deus e aos outros, e inclui o desejo de não voltar a pecar.

Pela confissão ou acusação o homem confronta-se com os pecados de que se sente culpado, assume a sua responsabilidade e por isso abre-se de novo a Deus e à comunhão com a Igreja. Devem-se enumerar todos os pecados mortais de que se tem consciência depois de se ter examinado com seriedade, inclusivamente se esses pecados são muito secretos, pois por vezes esses pecados ferem mais gravemente a alma e são mais perigosos que os que se cometeram à vista de todos.

A confissão de todos os pecados cometidos manifesta a verdadeira contrição e o desejo da misericórdia divina. É como quando o doente mostra a sua chaga ao médico para ser curado.

SE ALGUMA VEZ CAIS, FILHO, ACODE PRONTAMENTE À CONFISSÃO E À DIREÇÃO ESPIRITUAL: MOSTRA A FERIDA!, PARA QUE TE CUREM A FUNDO, PARA QUE TE TIREM TODAS AS POSSIBILIDADES DE INFECÇÃO, MESMO QUE TE DOA COMO NUMA OPERAÇÃO CIRÚRGICA. FORJA 192

satisfação ou penitência. Se os pecados causam dano ao próximo, é preciso fazer o possível para repará-lo (por exemplo, restituir as coisas roubadas, restabelecer a reputação do que foi caluniado, compensar as feridas). A justiça é isto que exige. Mas além disso o pecado fere e debilita o próprio pecador, assim como a sua relação com Deus e com o próximo. A absolvição tira o pecado, mas não remedeia todas as desordens que o pecado causou. Libertado do pecado, o pecador deve ainda recobrar a plena saúde espiritual. Portanto, deve fazer algo mais para reparar os seus pecados: deve “satisfazer” de maneira apropriada ou “expiar” os seus pecados do modo que o confessor indicar.

Cf. Catecismo da Igreja Católica, 1451; 1455; 1456; 1459

Contemplar o mistério

Padre: como pode suportar todo este lixo?, disseste-me, depois de uma confissão contrita.

– Calei-me, pensando que, se a tua humildade te leva a sentir-te assim – como lixo, um montão de lixo! -, ainda poderemos fazer algo de grande de toda a tua miséria.

Caminho, 605

A sinceridade é indispensável para progredir na união com Deus.

– Se dentro de ti, meu filho, há um “sapo”, solta-o! Diz primeiro, como te aconselho sempre, o que não quererias que se soubesse. Depois que se soltou o “sapo” na Confissão, que bem se está!

Forja, 193

4. Por que pedir perdão a um homem e não diretamente a Deus?

Só Deus perdoa os pecados. Por ser o Filho de Deus, Jesus diz de si mesmo: “O Filho do homem tem poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2,10) e exerce esse poder divino: “Teus pecados estão perdoados!” (Mc 2,5). Mais ainda: em virtude de sua autoridade divina, transmite esse poder aos homens para que o exerçam em seu nome.

A vontade de Cristo é que toda a sua Igreja seja, na oração, em sua vida e em sua ação, o sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que “ele nos conquistou ao preço de seu sangue”. Mas confiou o exercício do poder de absolvição ao ministério apostólico, encarregado do “ministério da reconciliação” (2Cor 5,18). O apóstolo é enviado “em nome de Cristo”, e “é o próprio Deus” que, por meio dele, exorta e suplica: “Reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5,20).

Catecismo da Igreja Católica, 1441-1442

Contemplar o mistério

Escreves-me que te chegaste, por fim, ao confessionário, e que experimentaste a humilhação de ter que abrir a cloaca da tua vida – assim dizes tu – diante de “um homem”. – Quando arrancarás essa vã estima que sentes por ti mesmo? Então irás à confissão feliz de te mostrardes como és, diante “desse homem” ungido – outro Cristo, o próprio Cristo! -, que te dá a absolvição, o perdão de Deus.

Sulco, 45

Se alguma vez cais, filho, acode prontamente à Confissão e à direção espiritual: mostra a ferida!, para que te curem a fundo, para que te tirem todas as possibilidades de infecção, mesmo que te doa como numa operação cirúrgica.

Forja, 192

5. Com que frequência devemos confessar?

Ele nunca se cansa de perdoar, mas nós às vezes é que nos cansamos de pedir perdão.

Papa Francisco, Angelus 17 de abril de 2014

Todo o fiel quando chega à idade da razão deve confessar-se ao menos uma vez cada ano. Além disso, quem tiver consciência de se encontrar em pecado grave não pode comungar, sem antes se confessar. Além disso, a Igreja recomenda vivamente a confissão habitual dos pecados veniais, porque ajuda a formar a consciência, a lutar contra as más tendências, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito.

O apelo de Cristo à conversão continua a soar na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que “reúne em seu próprio seio os pecadores” e que “e ao mesmo tempo santa e sempre, na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação”. Este esforço de conversão não é apenas uma obra humana. E o movimento do “coração contrito” atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos amou primeiro.

O dinamismo da conversão e da penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do “filho pródigo”, cujo centro é “O pai misericordioso”: o fascínio de uma liberdade ilusória, o abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; o arrependimento e a decisão de declarar-se culpado diante do pai; o caminho de volta; o generoso acolhimento da parte do pai; a alegria do pai: tudo isso são traços específicos do processo de conversão. A bela túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta nova vida, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta a Deus e ao seio de sua família, que é a Igreja. Só o coração de Cristo que conhece as profundezas do amor do Pai pôde revelar-nos o abismo de sua misericórdia de uma maneira tão simples e tão bela.

Cf. Catecismo da Igreja Católica, 1428; 1439; 1457

Contemplar o mistério

Enquanto combatemos – um combate que há de durar até a morte -, não excluas a possibilidade de que se ergam, violentos, os inimigos de fora e de dentro. E, como se não bastasse esse lastro, hão de amontoar-se na tua mente, de quando em quando, os erros cometidos, talvez abundantes. Digo-te em nome de Deus: não desesperes. Quando isso suceder – aliás, não é forçoso que suceda, nem será o habitual -, converte essa ocasião em motivo para te unires mais ao Senhor; porque Ele, que te escolheu como filho, não te há de abandonar: permite a prova, sim, mas para que ames mais e descubras com mais clareza a sua contínua proteção, o seu Amor.

Insisto, tem coragem, porque Cristo, que nos perdoou na Cruz, continua a oferecer o seu perdão no sacramento da Penitência e sempre temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele mesmo é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo, para que alcancemos a Vitória.

Para a frente, aconteça o que acontecer! Bem agarrado ao braço do Senhor, considera que Deus não perde batalhas. Se te afastas dEle por qualquer motivo, reage com a humildade de começar e recomeçar; de fazer de filho pródigo todos os dias, até mesmo repetidas vezes nas vinte e quatro horas do dia; de acertar o coração contrito na Confissão, verdadeiro milagre do Amor de Deus. Neste sacramento maravilhoso, o Senhor limpa a tua alma e te inunda de alegria e de força, para não desfaleceres no combate e para retornares sem cansaço a Deus, mesmo quando te pareça que tudo está às escuras. Além disso, a Mãe de Deus, que é também Mãe nossa, te protege com a sua solicitude maternal e te firma nos teus passos.

Amigos de Deus, 214

Deus seja louvado!, dizias de ti para ti depois de terminares a tua Confissão sacramental. E pensavas: é como se tivesse voltado a nascer.

Depois, prosseguiste com serenidade: “Domine, quid me vis facere?” – Senhor, que queres que eu faça?

– E tu mesmo te deste a resposta: – Com a tua graça, por cima de tudo e de todos, cumprirei a tua Santíssima Vontade: Serviam! – eu te servirei sem condições!

Forja, 238

 

Fonte: Opus Dei

5 músicas que te ajudarão durante a Quaresma

Confira dicas de orações que podem lhe auxiliar neste momento


“Queridos irmãos e irmãs, que o Espírito Santo nos anime nesta Quaresma na subida com Jesus, para fazermos experiência do seu esplendor divino e, assim, fortalecidos na fé, obrigamos o caminho com Ele, glória do seu povo e luz das nações.” – Papa Francisco em mensagem para a Quaresma deste ano (2023).

Neste tempo de mudança, evolução espiritual e purificação, é importante encontrarmos formas de reflexão e conexão com o mais profundo que habita em nós e, claro, com Deus.

Para caminhar por esta passagem importante em nossa fé , a música pode ser um grande amparo e impulsionador, afinal ela também é uma forma de oração.

Pensando nisso, separamos cinco músicas que podem te guiar em suas reflexões e pensamentos.

Confira abaixo!

Desta vez é pra valer – Pe. Zezinho, scj

“Sou projeto de paz que nasceu do teu amor, mas esqueço demais que também sou pecador.  Desta vez é pra valer”.

Teu sou

“Eu não sou nada e do pó nasci, m as Tu me ama e morrestes por mim.  Diante da cruz só posso exclamar ‘ Teu sou, Teu sou'”.

Ninguém te ama como eu – Gabriel Kzam

“Olhe pra cruz, f oi por ti, porque te amo.  Ninguém te ama como eu”.

Salmo 50 – Comunidade Católica Shalom

“Criai em mim um coração  que seja puro, dai-me de novo  um espírito decidido. Ó Senhor,  não me afasteis de sua face,  nem se retireis de mim o seu Santo  Espírito!”.

DignoÉ – Terra da Cruz

“Eu quero viver p ou Tuas dores na cruz e  dizer que Tu és a  alegria em mim e  morrer cada dia a  consolar a Ti”.

Fonte: A12