Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem!

A fé da Igreja na profissão de fé de São Cirilo

Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem! Uma afirmação e verdade de fé polêmica até entre os cristãos!

Desde suas origens, a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo passou por várias turbulências. Quanto mais crescia em número e ia se estruturando, a Igreja precisava deixar claro as suas verdades de fé. Os pastores da Igreja trabalhavam para combater as heresias que iam surgindo. No século V, surge São Cirilo que é mais conhecido por sua defesa vigorosa da fé ortodoxa contra o nestorianismo, uma heresia que afirmava a existência de duas pessoas separadas em Jesus Cristo – uma divina e outra humana. Nestório, Patriarca de Constantinopla, sugeria que Maria deveria ser chamada de Christotokos, portadora de Cristo, em vez de Theotokos, portadora de Deus.

Cirilo argumentou firmemente que Jesus Cristo é uma única pessoa com duas naturezas inseparáveis, divina e humana. Maria, portanto, deveria ser reconhecida como Theotokos. Essa defesa foi fundamental para a compreensão ortodoxa da encarnação.

Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem!

A profissão de fé de São Cirilo, ao proclamar Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e afirmando-o como um único Senhor, Cristo e Filho, encapsula a essência do cristianismo. Este credo não é apenas uma formulação teológica, mas uma declaração de fé que tem guiado a Igreja através dos séculos, assegurando a fidelidade à verdade revelada em Jesus Cristo. Esta profissão continua a ser um ponto de referência para os cristãos, lembrando-os da profundidade do mistério da encarnação e da unidade de Cristo, fundamental para a sua fé e vida espiritual. A liderança de São Cirilo foi essencial no Concílio de Éfeso em 431 d.C., onde suas posições teológicas foram confirmadas e o nestorianismo foi condenado. Esse concílio teve um impacto duradouro na cristandade, afirmando que Cristo é uma única pessoa divina e humana, e estabelecendo a Mariologia, que reconhece Maria como Mãe de Deus. A atuação de Cirilo no concílio ajudou a moldar a doutrina cristã de forma decisiva.

Cristo Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem

A primeira parte da afirmação, “Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem,” destaca a doutrina da dupla natureza de Cristo. Esta doutrina, formalizada no Concílio de Calcedônia em 451 d.C., declara que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem. Ele possui duas naturezas, divina e humana, unidas de forma inseparável em uma única pessoa. Essa crença é essencial porque reafirma que, em Jesus, Deus se fez verdadeiramente humano, experimentando a condição humana em sua totalidade, sem perder sua divindade. Este mistério da encarnação significa que Deus não está distante, mas que se aproximou da humanidade para a redenção do mundo.

Um Único Senhor, um Único Cristo e um Único Filho

A continuação da profissão de fé, “Um único Senhor, um único Cristo e um único Filho,” enfatiza a unidade e singularidade de Jesus Cristo. São Cirilo combateu vigorosamente as heresias que ameaçavam esta unidade, particularmente o nestorianismo, que sugeria uma separação entre as naturezas divina e humana de Cristo. A afirmação de que Cristo é “um único Senhor” sublinha que Ele é soberano sobre todas as coisas. “Um único Cristo” reforça que Ele é o Messias, o Ungido de Deus, enviado para salvar a humanidade. “Um único Filho” indica que Jesus é o Filho unigênito de Deus, eternamente gerado pelo Pai, e não criado, o que confirma sua divindade.

A Importância na Tradição da Igreja

A profissão de fé de São Cirilo é vital porque reafirma a identidade de Cristo contra interpretações que diluíram a compreensão da sua natureza. Na tradição da Igreja, esta declaração tem sido um baluarte contra as heresias e uma pedra angular para a ortodoxia cristã. A clareza com que São Cirilo e os concílios ecumênicos defenderam esta fé proporcionou uma base sólida para a teologia cristã, assegurando que a adoração, a doutrina e a vida espiritual da Igreja permanecessem centradas na verdade de quem Cristo é.

São Cirilo deixou um vasto legado de escritos que continuam a influenciar a Teologia Cristã. Suas cartas, homilias e tratados teológicos abordam temas cruciais como a Trindade, a encarnação e a redenção. Sua obra mais famosa, “Doze Anátemas contra Nestório”, detalha sua oposição ao nestorianismo e explica a união hipostática de Cristo. Seus escritos não apenas combateram as heresias, mas também ofereceram uma explicação clara e articulada da fé cristã.

Leia mais
.: O que é heresia?

Confiantes na Promessa de Deus sobre a Igreja, de que “As forças do mal não triunfarão sobre ela” (Cf. Mt 16, 19), sigamos na Fé dos Santos Padres e de todo o Magistério da Igreja, que nos ajudam a enxergar as verdades de Deus.

Fonte: Canção Nova

Hoje é celebrada Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Hoje (27) é celebrada a festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira dos Padres Redentoristas e cujo ícone original está no altar principal da igreja de Santo Afonso, em Roma.

Esta imagem recorda o cuidado da Virgem por Jesus, desde a concepção até a morte, e que hoje continua a proteger os seus filhos que recorrem a Ela.

Diz-se que no século XV, um comerciante rico do Mar Mediterrâneo tinha a pintura do Perpétuo Socorro, embora se desconheça como chegou a suas mãos. Para proteger o quadro de ser destruído, decidiu levá-lo para a Itália e na travessia aconteceu uma terrível tempestade.

Óbolo de São Pedro, vamos ajudar o Papa Francisco em sua missão

É a oportunidade para ajudar o Papa a se aproximar ainda mais de todos, especialmente daqueles que sofrem. O Dia da Caridade do Papa, que é celebrado no domingo, 30 de junho, oferece às comunidades de todo o mundo a possibilidade de fazer doações para o Óbolo de São Pedro e, assim, apoiar a missão do Bispo de Roma. Missão de paz, de caridade, de proximidade com aqueles que estão em dificuldades.

Com uma oferta, que pode ser doada nesse dia especial, assim como em qualquer outro dia do ano, qualquer pessoa pode colaborar ativamente na missão universal de Francisco, nunca tão necessária como em nossos dias, em um mundo devastado por guerras, pela corrida armamentista, pela injustiça, pelo sofrimento de tantos pobres e por ataques à sacralidade da vida humana e à dignidade da pessoa. Graças às atividades de serviço realizadas pelos dicastérios da Santa Sé que o assistem diariamente, o Papa faz com que sua voz chegue a tantas situações difíceis. Ele apoia obras de caridade em favor de pessoas e famílias em dificuldade, ajuda as populações afetadas por desastres naturais e por guerras.

A mensagem do Sucessor de Pedro é uma mensagem universal, que brota do Evangelho, e para chegar a todos precisa do apoio de cada um de nós. Portanto, ajude o Papa a ajudar, ofereça sua contribuição para colaborar com sua missão, torne possível sua proximidade a todas as periferias geográficas e existenciais, coopere para levar sua mensagem e sua voz profética a todo o mundo, apoie sua incansável ação em favor da paz e da fraternidade.

O Óbolo de São Pedro é uma oferta que pode ser pequena, mas tem grande valor simbólico. É uma maneira concreta de fortalecer nosso senso de pertença à Igreja e nosso amor pelo Bispo de Roma, que preside todas as Igrejas na caridade. Quem doa ao Óbolo não apenas ajuda o Papa a ajudar aqueles que sofrem, mas também participa de sua missão de proclamar o Evangelho e coopera no serviço que o Papa oferece às Igrejas locais por meio dos dicastérios da Santa Sé e da rede de seus representantes no mundo, apoiando a promoção do desenvolvimento humano integral, da educação, da paz, da justiça e da fraternidade.

Faça sua doação agora:

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Fonte: Vatican News

São Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador da Opus Dei

Vida de São Josemaria Escrivá de Balaguer (1902-1975), fundador do Opus Dei.

josemaria

Josemaria Escrivá nasceu em Barbastro (Huesca, Espanha), em 9 de janeiro de 1902. Seus pais chamavam-se José e Dolores. Teve cinco irmãos: Carmen (1899-1957), Santiago (1919-1994) e outras três irmãs menores do que ele, que faleceram ainda pequenas. O casal Escrivá deu aos seus filhos uma profunda educação cristã.

Em 1915, a indústria de tecidos do pai abre falência, e ele tem de mudar-se para Logronho, onde encontrou outro emprego. Nessa cidade, Josemaria dá-se conta pela primeira vez da sua vocação: depois de ver umas pegadas na neve dos pés descalços de um religioso, intui que Deus deseja alguma coisa dele, embora não saiba exatamente o quê. Pensa que poderá descobri-lo mais facilmente se se fizer sacerdote, e começa a preparar-se, primeiro em Logronho e, mais tarde, no seminário de Saragoça.

Seguindo um conselho de seu pai, cursa na Universidade de Saragoça a Faculdade de Direito, como aluno livre. Seu pai morre em 1924, e ele fica como chefe de família. Recebe a ordenação sacerdotal em 28 de março de 1925 e começa a exercer o ministério numa paróquia rural e depois em Saragoça.

Em 1927, transfere-se para Madri, com permissão do seu bispo, a fim de doutorar-se em Direito. Ali, no dia 2 de outubro de 1928, Deus faz-lhe ver a missão que lhe vinha inspirando havia anos, e funda o Opus Dei. A partir desse momento, passa a trabalhar com todas as suas forças no desenvolvimento da fundação que Deus lhe pede, ao mesmo tempo que continua a exercer o ministério pastoral que lhe fora encomendado naqueles anos, e que o punha diariamente em contato com a doença e a pobreza dos hospitais e bairros populares de Madri.

Quando eclode a guerra civil, em 1936, encontra-se em Madri. A perseguição religiosa obriga-o a refugiar-se em diferentes lugares. Exerce o seu ministério sacerdotal clandestinamente, até que consegue sair de Madri. Depois de atravessar os Pireneus até o sul da França, instala-se em Burgos.

NO DIA DA SUA CANONIZAÇÃO, JOÃO PAULO II DISSE QUE SÃO JOSEMARIA É “O SANTO DO ORDINÁRIO”.

Quando termina a guerra, em 1939, volta a Madri. Nos anos seguintes, dirige numerosos retiros espirituais para leigos, sacerdotes e religiosos. Nesse mesmo ano de 1939, conclui os estudos de doutorado em Direito.

Em 1946, fixa a sua residência em Roma. Obtém o Doutorado em Teologia pela Universidade Lateranense. É nomeado consultor de duas Congregações vaticanas, membro honorário da Pontifícia Academia de Teologia e Prelado de honra de Sua Santidade. Acompanha com atenção os preparativos e as sessões do Concílio Vaticano II (1962-1965) e mantém um relacionamento intenso com muitos padres conciliares.

De Roma, faz numerosas viagens a diversos países europeus para impulsionar o estabelecimento e a consolidação do Opus Dei nesses lugares. Com o mesmo objetivo, realiza entre 1970 e 1975 longas viagens até o México, a Península Ibérica, a América do Sul e Guatemala, e nelas também tem reuniões de catequese com grupos numerosos de homens e mulheres.

Falece em Roma no dia 26 de junho de 1975. Vários milhares de pessoas, entre elas muitos bispos de diversos países – quase um terço do episcopado mundial -, solicitam à Santa Sé a abertura da sua causa de canonização.

No dia 17 de maio de 1992, João Paulo II beatifica Josemaria Escrivá. Proclama-o santo dez anos depois, em 6 de outubro de 2002, na Praça de São Pedro, em Roma, diante de uma grande multidão. « Seguindo as suas pegadas », disse o Papa nessa ocasião na sua homilia, « difundam na sociedade, sem distinção de raça, classe, cultura ou idade, a consciência de que todos estamos chamados à santidade .

 

Fonte: Opus Dei

A SANTIDADE, VOCAÇÃO UNIVERSAL

Cadernos do Concílio – Volume 22 

Hoje nos debruçaremos no volume 22 da Coleção Cadernos do Concílio Ecumênico Vaticano II, em preparação ao jubileu da esperança do próximo ano e a comemoração dos sessenta anos de encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II. Foi elaborada pela Igreja essa coleção Cadernos do Concílio para que mesmo de forma resumida os fiéis possam ter contato com os documentos elaborados ao longo dessa Assembleia dos bispos de todo o mundo.  

Ao mesmo tempo a coleção foi elaborada para que de certa forma esses documentos fossem atualizados e sem perder a essência usam uma linguagem mais apropriada para os nossos dias. Além do mais, podemos usar os livrinhos dessa coleção para estudar em grupos em nossas paróquias e comunidades. Existe também um livro chamado de “Compêndio do Concílio Vaticano II” que tem todas as decisões e documentos do Concílio inseridos nele. Com certeza será de grande valia essa aquisição, tanto do Compêndio como dos volumes dessa coleção Cadernos do Concílio, e estudar os dois.  

O tema escolhido para esse volume 22 da coleção Cadernos do Concílio é: “A santidade, vocação universal”, ou seja, todos os batizados são chamados a viver a santidade no dia a dia, não que necessariamente serão canonizados pela Igreja, mas todo cristão batizado deve almejar a vida eterna e o Reino dos céus. Não somente almejar, mas querer estar na vida eterna, e isso será possível após trilharmos uma vida reta e santa aqui na terra. 

O caminho para alcançar a santidade consiste em edificar o Reino de Deus aqui na terra, ou seja, amando e perdoando o próximo e colocando em prática a justiça e a caridade. Somos convidados a edificar o Reino de Deus aqui na terra e vive-lo depois de maneira plena no céu.  

Quando somos batizados somos incorporados a Cristo e à sua Igreja e chamados a ser sacerdotes, profetas e reis, e ainda, sal na terra e luz no mundo. Ser sacerdote, profeta e rei quer dizer que fazemos parte do sacerdócio comum de todos os fiéis, pois somos incorporados a Cristo eterno sacerdote. Ao mesmo tempo quer dizer que somos chamados a ser discípulos e missionários do Senhor, sendo profetas nos dias de hoje, anunciando o Reino de Deus.  

Ao mesmo tempo somos chamados a ser “sal e luz”, ou seja, temos que iluminar a vida dos outros e não ser escuridão ou trevas. Iluminar significa anunciar Jesus Cristo para o outro e tirá-lo da escuridão, do mesmo modo que Barnabé fez com Paulo. E ser sal significa que a nossa vida tem que ter sabor, ou seja, que nossa vida tenha sentido e objetivo, procurando edificar aqui na terra o Reino de Deus.  

A Constituição Conciliar Lumen Gentium, fruto justamente do Concílio Ecumênico Vaticano II e que temos mencionado nos últimos volumes dessa coleção, no número 11, vai dizer: “todos os cristãos, seja qual for sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor, cada um no seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito o próprio Pai” (Lumen Gentium, 11).  

A santidade é uma vocação, ou seja, um chamado de Deus, é Ele quem chama a viver a santidade, do mesmo modo que é Ele quem nos chama para o batismo. E ele chama a todos sem distinção de idade, profissão, raça ou condição social. Todos os seguidores de Cristo devem almejar a santidade e responder positivamente a esse chamado de Deus. São Paulo nos diz que devemos nos guiar pelo Espírito Santo, pois ele nos santifica, e não nos guiarmos pela carne que nos levará ao pecado. Peçamos todos os dias que o Espírito nos santifique e que nossas ações diárias reflitam o amor, a caridade, a justiça e a paz. Deus nos escolheu para santidade e para conduzir outros irmãos para o mesmo caminho.  

Viver a santidade não é algo tão difícil ou complicado, basta viver no dia a dia os mandamentos da lei de Deus e a caridade com o próximo. Jesus em Mateus (5, 1-12) direciona o caminho para que todos os cristãos vivam a santidade, ou seja, viver as bem-aventuranças. Por mais que algumas vezes não seja fácil temos que buscar ser perfeitos como o Pai Celeste é perfeito.  

Por fim, por isso, que no final do ano celebramos finados no dia 2 de novembro, depois de termos celebrado a Solenidade de Todos os Santos no dia 01 de novembro, ou no domingo seguinte se a solenidade cai durante a semana. Essas duas solenidades são tão próximas porque querem dizer que o caminho de todo o cristão é a vida eterna ao lado de Deus, após ter trilhado um caminho de santidade aqui na terra.  

Convido a tomarem esse volume 22 da coleção Cadernos do Concílio em mãos e ler um pouco sobre a nossa vocação universal a santidade. E ainda, ler a Lumen gentium a partir do número 11. Ser santo é um caminho possível e não muito difícil, se trata de negar aquilo que nos afasta de Deus e dizer Sim para aquilo que nos aproxima do Senhor. Em suma viver a santidade no dia a dia é colocar em prática as bem-aventuranças, e esse é o caminho para a vida eterna.  

Fonte: CNBB

PROFETA DA ESPERANÇA

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Dentro das festas populares deste mês de junho, a de João Batista tem manifestações que envolvem muitas comunidades e instituições, com características marcantes, segundo as regiões do nosso imenso Brasil. Num misto de espiritualidade e folclore, a alegria contagia os pequeninos, os jovens e os adultos, nesta festa que nos recorda um casal agraciado por Deus, com o nascimento de João Batista. 

Ele foi o último e o maior de todos os profetas. E teve a difícil missão de preparar o povo da Antiga Aliança, para o encontro com o Senhor Jesus. A força de seu temperamento transparecia na austeridade com que conduzia a própria vida e na franqueza de suas palavras. A sua vocação profética, desde e ventre materno, é cercada de eventos extraordinários, que prepararam o nascimento de Jesus.  

João Batista foi escolhido por Deus para uma missão, mas precisou refletir e compreender o mistério do seu chamado e da sua vocação, sem muitas vezes saber ao certo para onde Deus o conduzia. O que consolava João Batista era saber que a sombra da mão de Deus o protegia, e nos momentos mais difíceis, quando o desânimo batia à porta do seu coração, o que lhe dava forças era saber que no Senhor estava a sua recompensa. Confiava mais na fidelidade a Deus do que nas próprias forças. Confiava em quem lhe deu a vocação e o enviou em missão, consciente de que abandonar a sua vocação seria abandonar o próprio Deus e trair a si mesmo. 

A figura profética de João Batista e de seus pais, Zacarias e Izabel, ainda hoje nos dá testemunho da força da oração, da esperança e da confiança na providência de Deus. A espera, a oração, a súplica e a fidelidade, marcaram a vida daquele casal, que foi ouvido e recompensado pelo Senhor com o nascimento de João Batista. Do que era visto como castigo de Deus, o Senhor fez brotar a vida; da que era estéril, nasce o maior dos profetas. 

A figura profética de João Batista, que está presente no imaginário coletivo e na religiosidade popular do nosso querido povo de Deus, é a do homem da austeridade, que vivia no deserto, vestia-se de forma austera e alimentava-se daquilo que a natureza lhe oferecia. O deserto, além de ser um lugar de solidão e de vazio, é também um lugar onde falta o fundamental para viver: a água, a vegetação e, muitas vezes, a companhia de outras pessoas. Mas o deserto pode ser também o lugar onde, no silêncio e na solidão, podemos encontrar a nossa imagem mais verdadeira. Onde podemos contemplar o infinito e nos confrontar com as nossas fragilidades, como o grão de areia levado pelo vento e a solidez da rocha. No deserto, João Batista pode ver, contemplar e anunciar a presença de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. 

 Fonte: CNBB

A ciência e a fé têm a mesma matriz na Verdade absoluta de Deus, diz papa Francisco

Papa Francisco (Arquivo). | Crédito: Vatican Media.

A ciência e a fé seguem dois caminhos diferentes, mas paralelos que “têm a mesma matriz na Verdade absoluta de Deus”, disse o papa Francisco hoje (20) ao receber em audiência os participantes da II Conferência em memória do padre e cientista George Lemaître.

Este evento, organizado pelo Observatório do Vaticano sob o título “Buracos negros, ondas gravitacionais e singularidades espaço-temporais” acontece em Castel Gandolfo de 16 a 21 de junho.

Durante estes dias, os cientistas debatem as últimas questões levantadas pela investigação científica em cosmologia. Segundo o papa Francisco, “a Igreja está atenta a essas pesquisas e as promove, porque elas abalam a sensibilidade e a inteligência dos homens e das mulheres de nosso tempo”.

“O início do universo, a sua evolução última, a profunda estrutura do espaço e do tempo colocam os seres humanos perante uma busca frenética de sentido, num vasto cenário onde correm o risco de se perder”, continuou.

Francisco disse que George Lemaître “foi um sacerdote e cientista exemplar”, e elogiou a sua trajetória humana e espiritual, que representa “um modelo de vida com o qual todos nós podemos aprender”.

“As suas experiências humanas e as consequentes elaborações espirituais o levam a compreender que a ciência e a fé seguem dois caminhos diferentes e paralelos, entre os quais não há conflito”, disse o papa Francisco sobre o padre Lemaître.

“O seu caminho de fé o leva à consciência de que a criação e o Big Bang são duas realidades distintas, e que o Deus em que ele acredita não pode ser um objeto facilmente categorizado pela razão humana, mas é o “Deus escondido”, que permanece sempre numa dimensão de mistério, não totalmente compreensível”, disse.

Desejou-lhes também que “a liberdade e a falta de condicionamento que vocês estão experimentando nesta conferência os ajudem a progredir em seus campos em direção à Verdade, que é certamente uma emanação da Caridade de Deus”.

“A fé e a ciência podem se unir na caridade se a ciência for colocada a serviço dos homens e mulheres de nosso tempo, e não distorcida em seu detrimento ou mesmo destruição”, disse o papa.

“Eu os encorajo a ir para as periferias do conhecimento humano: é ali que podemos fazer experiência do Deus Amor, que satisfaz e sacia a sede do nosso coração”, concluiu o papa Francisco.

Fonte: ACI Digital

“DEUS CAMINHA COM SEU POVO!”

No dia 03 de Junho o Papa Francisco apresentou o tema da mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado (DMMR) a ser celebrado no domingo 29 de setembro de 2024. Aqui no Brasil o Dia Nacional do Migrante é 19 de junho e em torno a este dia se realiza também a Semana do Migrante. 

O tema convida a percorrer a estrada com esta população que sempre significa uma profecia viva, que a partir da dura realidade e vulnerabilidade que representam as migrações forçadas ou induzidas cada vez mais por fatores múltiplos e adversos, nos desafia a unir-nos com um coração generoso e hospitaleiro a participar da sua condição migratória e andarilha.  

Perceber que há sempre um desígnio divino atrás destes processos e que acolher migrantes longe de ser um risco a correr sempre será um enriquecimento cultural, humano e transcendente. Somos uma pátria de migrantes, um cadinho de raças, etnias e povos, que com sabedoria cristã e profundamente sensível e compassiva aprendeu a convivialidade e a alegria da pluralidade e ao mesmo tempo reconhecer que constituímos uma só família humana.  

Num mundo fechado por preconceitos e interesses materialistas que se concentram na acumulação e nos direitos hegemônicos do capital, testemunhar como afirma o Evangelho que “eu era migrante e me acolhestes”, é abraçar Cristo o Enviado e Migrante do Pai, que sempre vem nos encontrar e fazer caminho conosco.  

O itinerário de uma Igreja servidora e samaritana sempre passará por acolher, incluir, proteger e integrar aos migrantes na nossa vida, comunidade, trabalho, família, pois é bom nunca esquecermos a profissão de fé dos israelitas, “nós éramos um povo escravo e migrante”.  

Um povo que tenha consciência da importância de compreender os processos migratórios e responder a eles com abertura, solidariedade e inclusão será abençoado por Deus, e não só crescerá economicamente conhecendo a verdadeira fartura, mas conhecerá o autêntico desenvolvimento que como explica o Papa Bento XVI na Caritas et Veritate tem o amor como o principal motor e força civilizadora. Deus seja louvado!

Fonte: CNBB

A ansiedade e o tempo de Deus

Precisamos descer mais profundo em nós, com e em Deus, para nEle darmos sentido a todos os movimentos que existem em nós.

ansieda

Dentro da nossa vida vamos nos deparando com diversas situações que nos fazem esperar, ansiar por uma resolução. No entanto, como será? Tal resolução será como nós queremos ou esperamos? Será que diante de nossa vida em Cristo permitimos que Ele seja senhor do nosso tempo? Que Ele seja aquele em quem confiamos diante das adversidades de nossa vida, tais cruzes que são naturais e necessárias para o nosso crescimento e amadurecimento como seres humanos e como discípulos de Cristo.

Vivemos hoje em um tempo envolto de racionalidade, onde a razão, embora não seja má em si, passa a ter um lugar de destaque que retira a providência de Deus nas nossas vidas. Nossa racionalidade ferida pelo pecado faz com que nós sejamos ou estejamos à mercê de nós mesmos, de nossas vontades e controles, acreditando que somos nós, somente nós que providenciamos tudo em nossas vidas. Que o nosso trabalho depende unicamente de nós, que alcançar nossas metas depende unicamente de nossa própria vontade.

Esquecemos quer, na verdade, tudo vem de Deus, seja a nossa saúde, a nossa capacidade de trabalhar, a nossa inteligência, absolutamente tudo tem princípio naquele que pensou em nós antes mesmo que existíssemos. Quando surgem em nossas vidas situações internas ou externas que não dependem de nós podemos acabar não sabendo administrá-las corretamente e isso nos leva a uma ansiedade patológica, uma vez que a ansiedade em si é o que nos impulsiona a agir diante das realidades da vida, mas quando se torna patológica acabamos reféns de nós mesmos. De nossa mentalidade, de nossa racionalidade ferida pelo pecado em nós que gera em nós uma rachadura que não permite que estejamos completos, mas que nos causa um estranhamento sobre nós mesmos.

A ansiedade patológica

Diante dessa ansiedade patológica em nossas vidas podemos acabar perdendo a confiança em Deus, não só podemos, mas normalmente acabamos nos perdendo nessa esperança e confiança naquele que é a própria Providência de Amor e Misericórdia para nós. Essa desconfiança, essa falta de esperança, nos leva ainda mais fundo em nós mesmos, não em um processo sadio de autoconhecimento que nos faz crescer, mas num processo de fechamento em nós, de negação, de um pessimismo doentio, ao ponto de olhar para tudo e todos como inimigos ou mesmo como ameaças reais e iminentes contra nós.

Ao contrário do que muitos pensam, sair desse processo não é algo fácil ou rápido, que depende unicamente de nós mesmos, mas é um processo doloroso e demorado, onde por diversas vezes ao invés de curar acabamos magoando a ferida que há em nós mesmos. Diversos fatores dificultam ainda mais esse processo de cura e cicatrização: a incompreensão de muitos que convivem conosco, o distanciamento daqueles ao nosso redor por não quererem ter relações com quem sofre, a falta de aceitação pessoal de quem sofre e tem medo do processo de cura, e a falta de confiança em Deus, seja que Ele é capaz de curar tudo em Sua misericórdia, seja por não haver esperança no coração de quem sofre.

Deus faz parte desse processo

Essa desconfiança e falta de esperança em Deus surge porque quando buscamos olhar para Deus é como se estivéssemos olhando Alguém distante, não alguém próximo que podemos tocar e sermos tocados, mas olhamos para Ele como se nada fosse capaz de romper essa distância. Quando buscamos ouvir a Deus é como se tentássemos ouvir o silêncio, pois não conseguimos ouvir a Sua Voz, estamos como que surdos e não conseguimos compreender nada do que Ele nos diz, é como se falássemos com o vazio que não nos responde.

Quando tentamos estar diante de Deus como se estivéssemos nos ferindo novamente, entrar em oração é reabrir as feridas por termos tentado curá-las de formas erradas. Tudo isso nos faz buscar uma cura fora de Deus. Claro que precisamos também buscar unir o auxílio especializado (psicólogos e psiquiatras), mas não podemos de forma alguma excluir Deus deste processo, embora seja difícil se colocar em oração, deixar Deus curar, se aproximar, ouvir, falar, perceber, estar, com Ele.

Os movimentos que existem em nós

O processo de cura não está fora de Deus, mas está em Deus. Precisamos descer mais profundo em nós, sim precisamos, mas não sozinhos com a nossa racionalidade, mas precisamos descer com e em Deus, pois somente com Ele será possível compreender e dar sentido a tudo. Por nossa racionalidade quereríamos nunca ter vivido, interior ou exteriormente, isso ou aquilo, gostaríamos que tudo fosse como nossa racionalidade planejou, porém isso é impossível. Precisamos descer mais profundo em nós, com e em Deus, para nEle darmos sentido a todos os movimentos que existem em nós.

Movimentos e mais movimentos, movimentos desejados, movimentos indesejados, movimentos provocados, movimentos naturais, não importa qual o movimento que possa nos fazer sair de nós e desconfiar desse Amor Misericordioso que se entregou na Cruz e venceu a morte por nós. A Sua Ressurreição deve ser para nós a maior Esperança e a maior confiança que poderíamos ter, pois Ele foi ao extremo por nós. Que em nosso coração, diante de nossas dificuldades, confiemos no Senhor, pois é Ele quem está diante de nós, é Ele que chega a Cafarnaum sem que saibamos como (Jo 6, 24-25), é Ele que faz sinais em nossas vidas e cura as nossas feridas.

Precisamos descer nesse profundo que é nossa vida, lutando contra a racionalidade que nos leva a querer o próprio controle e permitindo que Deus possa, em sua misericórdia, dar sentido a tudo o que nos ocorre, tudo o que trazemos em nossos corações, pois, assim, seremos capazes de abertos à Sua Graça podermos fazer as obras de Deus, mas não nós e sim Ele em nós. Que a Virgem Santíssima nos acompanhe nesse processo de autoconhecimento e cura interior que todos nós, em nossas realidades próprias, percorremos e que ela seja aquela que nos leva nos braços como a mãe leva o filho ao médico, que ela nos leve ao Seu Filho Amado para nEle podermos ser ressignificados em Sua misericórdia.

Fonte: Comunidade Shalom

SEMEADORES DO BEM, DO AMOR E DA PAZ

Minha saudação a todos os irmãos e irmãs que acompanham a Voz da Diocese. O Evangelho deste domingo (Mc 4,26-34) apresenta duas parábolas de Jesus, ambas tratando da semeadura. Em seu ministério, Jesus comunicava-se da forma mais simples possível para que todos pudessem entendê-lo bem. Por isso, muitas vezes falava por meio de parábolas (Mt 13,34).  

Prezados irmãos e irmãs. A primeira parábola inicia dizendo: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. A terra, por si mesma, produz o fruto […]. Quando as espigas amadurecem […], chega o tempo da colheita” (Mc 4,26-29). O semeador que espalha a semente é o próprio Jesus, o missionário de Deus Pai. A sua missão é comparada a uma semeadura. A semente que ele semeia é o projeto do Reino de Deus. O centro da parábola está no fato que a semente, por si mesma, cresce e produz fruto. Ela contém dentro de si uma força própria. Por isso, o importante é semeá-la. Esta foi a missão de Jesus e é também a nossa missão.  

O ensinamento de Jesus prossegue com outra parábola. “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus?” “O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Quando é semeado, cresce e se torna a maior de todas as hortaliças e estende ramos tão grandes que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra” (Mc 4,30-32).  

Caros irmãos e irmãs. A linguagem de Jesus é desconcertante e sem precedentes. Na mentalidade da época, esperava-se um reino messiânico triunfalista, poderoso, imponente. Com sua prática e com seu ensinamento, Jesus, ao contrário, faz ver que o Reino de Deus se realiza a partir de outra lógica. Não segue o que os diversos grupos imaginavam que fosse. Dizer que o Reino de Deus é como um grão de mostarda indica a pequenez, a insignificância, às experiências frágeis e quase imperceptíveis que Jesus inicia, mas que, lentamente, vão operando transformações, fazendo irromper o novo na história.  

Esta parábola, comparando o grão de mostarda com o Reino de Deus, indica alguns elementos significativos e até contrastante, ou seja, o ministério de Jesus é um tanto invisível, iniciado com poucos seguidores e comparado ao que se propõe no futuro do Reino de Deus. Ao mesmo tempo, o ministério de Jesus iniciado de forma simples tem continuidade na missão assumida e levada adiante por seus discípulos que acreditaram em seu projeto e seguiram adiante no anúncio, tomando dimensões e proporções não imagináveis. 

Assim podemos compreender que a semente lançada na terra, por pequena que seja, segue seu percurso com a força de sua natureza, a fim de produzir muitos frutos. Do mesmo modo, o Reino de Deus, inaugurado por Jesus e assumido pelos seus seguidores, irrompeu na história de uma forma não esperada. Porém, para a sua plena efetivação, impõe-se a necessidade da confiança na Palavra de Jesus e na mudança de vida: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15b; Mt 3,2), ou seja, é preciso acreditar no Evangelho do Reino anunciado por Jesus.  

Caríssimos. O Apóstolo Paulo, na Segunda Carta aos Coríntios, também fala do Reino de Deus: “Enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor. Mas, caminhamos pela fé e, por isso, estamos cheios de confiança” (2Cor 5,6-10). Para Paulo, ter fé é ter confiança no projeto do Reino e empenhar-se por ele, na certeza do prêmio eterno, a todos que o acolherem. Abertos ao anúncio de Jesus e comprometidos com a causa de seu Reino, não deixemos de lançar a semente do bem, do amor e da paz em todos os ambientes de nossa convivência.  

Fonte: CNBB

SANTO ANTONIO E OS NAMORADOS

“Para tudo há uma ocasião, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ecles 3:1)

O mês de junho tradicionalmente nos envolve com a alegria das festas juninas realizadas em muitas partes do país. Neste mês, a Igreja celebra Santo Antonio no dia 13, São João no dia 24 e São Pedro no dia 29.  Chamamos de ‘Festas Juninas’, a celebração desses três grandes e queridos Santos no mês de junho.   Três importantes testemunhos de fé e completa entrega de suas vidas em favor do Reino de Deus. Exemplos para nós que desejamos crescer na caminhada rumo à santidade.
No dia 13, lembramos de Santo Antonio. Frei Antonio, como era chamado, é popularmente conhecido pelos milagres que realizou ainda em vida, em favor dos mais pobres e sofridos da época. A tradicional bênção dos ‘pães de Santo Antonio’ nos remete ao milagre dos pães do convento partilhados pelo Frei com os pobres e famintos que moravam ao redor, e da providência Divina que repôs os pães doados com tanta fartura, a ponto de saciar a fome dos freis com sobra e abundância. Do milagre do pão, aprendemos que quem partilha o que sabe e o que tem, recebe em abundância da Providência Divina.
Em seu ministério sacerdotal, Frei Antonio levou multidões à conversão; exímio pregador, com profundo conhecimento teológico e íntimo relacionamento com as Escrituras Sagradas, suas palavras claras e concisas impressionavam a todos que o ouviam. Suas características fortes, sua bondade e docilidade, somadas à inteligência, fizeram com que tanto os grandes homens da época, quanto os pequenos, se convertessem à Fé católica, diante de suas pregações repletas das Graça do Alto.
Com o passar do tempo, Frei Antonio passou a ser conhecido devido aos milagres realizados em vida, eis um deles:  ao tentar pregar a Palavra para uma multidão de hereges à beira de um rio e vendo que estes lhe viraram as costas, sem querer ouvi-lo, o Frei instou os peixes dali a escutá-lo, já que os homens não o ouviam. Eis que uma multidão de peixes se aproxima e, com a cabeça fora da água, se põem em posição de escuta. Os homens, ao verem esta cena, se voltam ao Frei para ouvi-lo e uma grande parte se converte. Santo Antonio é especialmente reconhecido como ‘santo casamenteiro’, a quem recorrem os que têm dificuldade em encontrar alguém para iniciar um namoro santo, que leve ao matrimônio. Essa tradicional devoção ao ‘santo casamenteiro’ provém da profunda bondade do Frei Antonio para com os mais necessitados. Sua fama se espalhou rapidamente quando, diante de uma moça pobre que não possuía dotes para poder oferecer e casar-se, Frei Antonio, compadecido, deu a ela um bilhete que dizia: ‘dê a essa moça moedas de prata que equivalham ao peso desse papel’. A moça levou o bilhete a um comerciante, conforme orientação do Frei.
O comerciante, vendo que o papel não tinha peso algum, colocou-o na balança. Milagrosamente, foram necessárias 400 moedas de prata para que a balança ficasse equilibrada. Com o dote em mãos, a moça conseguiu casar-se. Ainda hoje atribui-se a Ele essa ‘popularidade casamenteira’, seja através de novenas, orações, e devoções sinceras. Intercessor dos devotos que pretendem formar uma família segundo o desejo de Deus, Santo Antonio é muito lembrado pelos casais de namorados que desejam viver um namoro santo, fortificado na fé, com a reta intenção de chegar ao Matrimônio, conforme os planos de Deus e por aqueles que ainda não vivem essa realidade e, com fé e confiança, sem superstição,  imploram a intercessão de Santo Antonio,  “o Santo Casamenteiro”.
Fonte: CNBB

Hoje é celebrado são Barnabé Apóstolo, o “Filho da Consolação”

Hoje (11), a Igreja celebra são Barnabé, apóstolo considerado pelos primeiros Padres da Igreja e por são Lucas devido à especial missão que o Espírito Divino lhe confiou.

Barnabé era apreciado pelos Apóstolos por ser um “homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11,24).

Seu verdadeiro nome era José, mas os apóstolos mudaram para Barnabé, que significa “Filho da Consolação”. Nos Atos dos Apóstolos (At 4) conta-se que vendeu sua propriedade e deu os recursos para os apóstolos, para que fossem distribuídos entre os pobres.

Colaborou bastante com são Paulo e suas pregações converteram muitos. Ambos estiveram por um tempo em Antioquia, lugar que se tornou o centro de evangelização e onde os seguidores de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos.

Os fiéis desta cidade os enviaram a Jerusalém com uma coleta para aqueles que estavam passando fome na Judeia.

O Espírito Santo recomendou aos dois Apóstolos uma missão por meio dos mestres e profetas que adoravam a Deus, receberam a imposição das mãos e partiram acompanhados durante um tempo pelo evangelista são Marcos, primo de Barnabé. Pregaram em vários lugares.

Depois de visitar diferentes cidades, confirmar os convertidos e ordenar sacerdotes, voltaram para Antioquia e, em seguida, foi realizado o Concílio de Jerusalém, no qual se declarou que os “gentios” não tinham o dever da circuncisão.

Para a segunda viagem missionária, Paulo com Silas e Barnabé com são Marcos tomaram caminhos diferentes. Posteriormente, os dois Apóstolos se encontraram novamente nas missões de Corinto.

Diz-se que Barnabé morreu apedrejado por judeus invejosos das conversões que obtinha. Seus restos mortais foram enterrados perto Salamina e encontrado no ano 488. O apóstolo tinha em seu peito o Evangelho de São Mateus, escrito em sua própria mão. Mais tarde, foi transferido para Mancheras (Chipre).

Fonte: ACI Digital