Papa Francisco envia mensagem para a Campanha da Fraternidade: “louvo o esforço em propor o tema da ecologia”

O Papa Francisco enviou sua mensagem à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por ocasião da Campanha da Fraternidade 2025. No texto, ele felicita a Conferência dos Bispos pela realização da Campanha, há mais de 60 anos. Francisco também louvou o “esforço em propor o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal a Cristo”.

“Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas”, disse Francisco.

Confira a mensagem na íntegra abaixo. Para baixar o arquivo, clique aqui.

 

Queridos irmãos e irmãs do Brasil,

Com este dia de jejum, penitência e oração, iniciamos a Quaresma deste Ano Jubilar da Encarnação. Nesta ocasião, desejo manifestar a minha proximidade à Igreja peregrina nessa Nação e felicitar os meus irmãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela iniciativa da Campanha da Fraternidade, que se repete há mais de 60 anos e que neste ano tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e como lema a passagem da Escritura na qual, contemplando a obra da criação, “Deus viu que tudo era muito bom” (cf. Gn 1,31).

Com a Campanha da Fraternidade, os bispos do Brasil convidam todo o povo brasileiro a trilhar, durante a Quaresma, um caminho de conversão baseado na Carta Encíclica Laudato Si’, que publiquei há quase 10 anos, em 24 de maio de 2015, e que senti necessidade de complementar com a Exortação Apostólica Laudate Deum, de 4 de outubro de 2023.

Nestes documentos, quis chamar a atenção de toda a humanidade para a urgência de uma necessária mudança de atitude em nossas relações com o meio ambiente, recordando que a atual «crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior» (Laudato Si’, 217). Neste sentido, o meu predecessor de venerável memória, São João Paulo II, já alertava que era «preciso estimular e apoiar a “conversão ecológica”, que tornou a humanidade mais sensível» (Audiência, 17 de janeiro de 2001) ao tema do cuidado com a Casa Comum.

Por isso, louvo o esforço da Conferência Episcopal em propor mais uma vez como horizonte o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal de cada fiel a Cristo. Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano expressa também a disponibilidade da Igreja no Brasil em dar a sua contribuição para que, durante a COP 30 do próximo mês de novembro, que se realizará em Belém do Pará, no coração da querida Amazônia, as nações e os organismos internacionais possam comprometer-se efetivamente com práticas que ajudem na superação da crise climática e na preservação da obra maravilhosa da Criação, que Deus nos confiou e que temos a responsabilidade de transmitir às futuras gerações.

Desejo que esse itinerário quaresmal dê muitos frutos e nos encha a todos de Esperança, da qual somos peregrinos neste Jubileu. Faço votos que a Campanha da Fraternidade seja novamente um poderoso auxílio para as pessoas e comunidades desse amado País no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e de compromisso concreto com a Ecologia Integral.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida, concedo de bom grado a Bênção Apostólica a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham no cuidado com a Casa Comum, pedindo que continuem a rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 11 de fevereiro de 2025, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes.

Franciscus

Fonte: CNBB

Papas e Jubileus

Usando uma expressão conhecida, Igreja é “coisa de Deus”. Apropriadamente, ela é assim apresentada pelo Concílio Vaticano na Constituição Dogmática Lumen Gentium: “O mistério da santa Igreja manifesta-se na sua fundação. O Senhor Jesus deu início à Sua Igreja pregando a boa nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras: ‘cumpriu-se o tempo, o Reino de Deus está próximo’ (Mc. 1,15; cfr. Mt. 4,17). Este Reino manifesta-se na palavra, nas obras e na presença de Cristo.” (LG n. 5). É definida como “novo povo de Deus”. (LG n. 9) “Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus que, no princípio, criou uma só natureza humana e resolveu juntar em unidade todos os seus filhos que estavam dispersos (cfr. Jo. 11,52). (LG n. 13)” A Igreja, mais exatamente, “a Igreja católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo” (LG n. 14) Como ensina o Catecismo da Igreja Católica e como rezam os católicos na oração do Credo, a Igreja é una, santa, católica, apostólica. Dado que tem a marca pessoas e a face da história, portanto, com expressões efetivas e vicissitudes possíveis de sua fragilidade, Jesus assegura à sua Igreja a assistência do Espírito Santo, a fim de que possa cumprir sua missão, com fidelidade.

O Senhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar o Reino de Deus (cfr. Mc. 3, 13-19; Mt. 10, 1-42); e a estes Apóstolos (cfr. Luc. 6,13) constituiu-os em colégio ou grupo estável e deu-lhes como chefe a Pedro, escolhido de entre eles (cfr. Jo. 21, 15-17).” (LG n. 19) “A missão divina confiada por Cristo aos Apóstolos durará até ao fim dos tempos (cfr. Mt. 28,20), uma vez que o Evangelho que eles devem anunciar é em todo o tempo o princípio de toda a vida na Igreja. Pelo que os Apóstolos trataram de estabelecer sucessores, nesta sociedade hierarquicamente constituída. Assim, não só tiveram vários auxiliares no ministério mas, para que a missão que lhes fora entregue se continuasse após a sua morte, confiaram a seus imediatos colaboradores, como em testamento, o encargo de completarem e confirmarem a obra começada por eles, recomendando-lhes que velassem por todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo os restabelecera para apascentarem a Igreja de Deus (cfr. At. 20, 28). […] Portanto, os Bispos receberam, com os seus colaboradores os presbíteros e diáconos, o encargo da comunidade, presidindo em lugar de Deus ao rebanho de que são pastores como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros do governo.” “A Igreja é una pela sua fonte. […] A Igreja é una pelo seu fundador.” Como instituição, “Deus a congrega” na “multiplicidade das pessoas”, na diversidade de seus dons, encargos, condições e modos de vida. Esta nota distintiva da Igreja, ser católica, tem um duplo sentido conforme o ensinamento de seu Catecismo: “Ela é católica porque nela Cristo está presente.” […] Ela é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do gênero humano.” “A Igreja é apostólica por ser fundada sobre os apóstolos” e “continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos apóstolos”, “graças aos que a eles sucedem na missão pastoral: o colégio dos bispos, ‘assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja.”  

No término/passagem do segundo milênio e início do terceiro, destaca-se no ministério de João Paulo II, sucessor de Pedro, a celebração de um Ano Jubilar na Igreja Católica, o Ano Santo, um especial tempo de “graça, perdão e renovação espiritual” na vida dos fiéis. O “Grande Jubileu do Ano 2000” foi proclamado por São João Paulo II na Bula “Incarnationis mysterium”: “O nascimento de Jesus em Belém não é um fato que se possa relegar para o passado. Diante d’Ele, com efeito, está a história humana inteira: o nosso tempo atual e o futuro do mundo são iluminados pela sua presença.” O Jubileu, precedido por um triênio bem preparado, nos termos da Carta Apostólica “Tertio Millennio adveniente” foi vivido sob a inspiração do tema “Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre”. A participação no Jubileu propiciou aos fiéis a graça de receber a Indulgência, observadas as normas previstas: “confissão, Eucaristia, oração para o papa e da renúncia do apego ao pecado”. Na preparação e na celebração do Ano Santo os fiéis rezaram a Oração do Jubileu. São João Paulo II viveu o Jubileu do ano 2000 intensamente, com zelo, doação e amor à Igreja, experimentando o peso do ofício, a limitação da idade e a fragilidade da saúde, como se pôde constatar. 

Já no curso do terceiro milênio do cristianismo, o Papa Francisco, o 265º sucessor de Pedro, convocou a Igreja para celebrar o Jubileu Ordinário de 2025, o Jubileu da Esperança, ao publicar a Bula “Spes non confundit”. Assim começa o texto: “‘Spes non confundit – a esperança não engana’ (Rm 5, 5). Sob o sinal da esperança, o apóstolo Paulo infunde coragem à comunidade cristã de Roma. A esperança é também a mensagem central do próximo Jubileu, que, segundo uma antiga tradição, o Papa proclama de vinte e cinco em vinte e cinco anos. Penso em todos os peregrinos de esperança, que chegarão a Roma para viver o Ano Santo e em quantos, não podendo vir à Cidade dos apóstolos Pedro e Paulo, vão celebrá-lo nas Igrejas particulares. Possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação (cf. Jo 10, 7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como sendo a ‘nossa esperança’ (1 Tm 1, 1).” Como em qualquer Ano Santo, os fiéis recebem as graças da Indulgência Plenária indo, em peregrinação, a Roma e aos santuários e outros lugares sagrados, indicados em cada Diocese do mundo. A oração do Jubileu mantém os fiéis unidos a Deus e à Igreja ao longo deste tempo de bençãos. No Jubileu da Esperança, o Papa Francisco está revelando um grande amor à Igreja, como Peregrino Esperança, de modo especial, nesse momento de hospitalização, devido à preocupação com o estado de sua saúde. A comunidade cristã, pessoas de outras inspirações religiosas e não crentes o acompanham com proximidade, empatia, afeto, esperança. 

Que São João XXIII, São Paulo VI e São João Paulo II intercedam junto ao Deus da vida para que o Papa Francisco possa continuar servindo à Igreja e à humanidade, com sua simplicidade, generosidade, autenticidade, verdade. 

Fonte: CNBB

Santa Sé divulga mensagem do papa para a Quaresma 2025

O papa Francisco pediu em mensagem para Quaresma divulgada hoje (25) pela Santa Sé que os fiéis confrontem “a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele”.

O texto, escrito em 6 de fevereiro, oito dias antes da internação (link do úkltimo boletim que demos) do papa, diz que esse pode ser “um bom exercício quaresmal” para ajudar a descobrir o que Deus pede de cada um.

O papa Francisco disse que o tema do Jubileu 2025 é Peregrinos da Esperança, que lembra “a longa travessia do povo de Israel em direção à Terra Prometida, narrada no livro do Êxodo”.

“E não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos”, disse também o papa.

“Aqui, surge um primeiro apelo à conversão, porque todos nós somos peregrinos na vida, mas cada um pode perguntar-se: como me deixo interpelar por esta condição? Estou realmente a caminho ou estou paralisado, estático, com medo e sem esperança, acomodado na minha zona de conforto? Busco caminhos de libertação das situações de pecado e falta de dignidade?”, disse Francisco.

O papa Francisco faz assim algumas reflexões sobre o significado do lema do Ano Jubilar, dizendo que o sinal penitencial das cinzas marca o início da peregrinação anual da Quaresma “na fé e na esperança”.

“A Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte, como exclamava São Paulo: «A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» ( 1Cor 15, 54-55). Realmente, Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna (cf. Jo 10, 28; 17, 3)”, diz também a mensagem.

O papa enfatiza que os cristãos são chamados a caminhar juntos, “jamais como viajantes solitários”.

“O Espírito Santo impele-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos”, destaca Francisco.

 

Fonte: ACI Digital

Cardeal Dom Orani Tempesta realiza visita à Catedral da Luz em Guarabira

Na data de ontem(19/02), em um momento de grande significado para a comunidade católica de nossa cidade, a Catedral da Luz, recebeu  a ilustre visita do Cardeal Dom Orani Tempesta. O arcebispo do Rio de Janeiro foi acolhido com entusiasmo por fiéis, autoridades e membros do clero, reafirmando os laços de fé e comunhão da Igreja.

A visita, realizada no dia 19 de fevereiro por ocasião dos 142 anos de falecimento do Padre Ibiapina, foi marcada por celebrações e reflexões espirituais, contando com uma Santa Missa presidida por Dom Orani, no Santuário de Santa Fé, na cidade de Arara. A visita foi acompanhada por fiéis, autoridades e do clero, que lotaram a Catedral para receber a bênção do cardeal.

A presença de Dom Orani Tempesta na Catedral ficará marcada na memória dos fiéis como um sinal de renovação da fé e esperança. A Catedral da Luz, é o principal templo religioso de nossa Diocese, segue sendo um ponto de referência para a espiritualidade e o acolhimento, fortalecendo a identidade da Igreja na Paraíba. A visita do cardeal, sem dúvida, se insere na história da cidade como um marco de fé e comunhão.

Veja abaixo algumas fotos:

Pascom Luz

Francisco: O Papa da alegria, da esperança e da ternura

A Festa da Cátedra de Pedro, uma das primeiras encontrada nos calendários anteriores ao século IV com o título de Natale Petri de Cathedral, o dia da Instituição ou começo do Pontificado de Pedro como Bispo de Roma. Temos uma cadeira de madeira coberta de bronze e ouro, conservada no grande monumento chamado a glória de Bernini.  

A cátedra era sede onde se assentava Pedro para numa conversa fraterna guiar e pastorear as comunidades eclesiais da urbe de Roma. Os orientais chamam ainda de pope aos padres, nome afetuoso que evoca paternidade espiritual, como certamente o Pater Patrum o Pai dos Padres e da família católica faz lembrar. Ofício de amor ou do amor ou como dizia santo Inácio de Antioquia, a Igreja que tem a primazia ou o primado do amor.  

Tudo isso encontramos no Papa Francisco, que na sua espontaneidade e simplicidade nos dá um testemunho de alegria, esperança e firme ternura. Nos comunicou na Evangelium Gaudium sua encíclica programática, a alegria de evangelizar, de entregar-se por inteiro na missão de fazer acontecer o Evangelho no mundo e na vida das pessoas, da alegria de ser povo e viver intensamente o encontro com os pobres. Alegria transbordante que gera esperança, e consegue como afirma Paulo Freire esperançar todas as situações fechadas de opressão e miséria, despertando para a solidariedade, soerguendo e restaurando vidas e comunidades, fazendo-as acreditar no poder do perdão e da reconciliação construindo um novo modelo civilizatório a partir da amizade social e da fraternidade com todos os povos, culturas e criaturas. Mas nunca esquecendo da ternura, do abraço e conforto aos pequenos, incluindo e abrindo janelas e portas para todos(as), acolhendo no diálogo as pessoas frágeis, quebrantadas e vítimas da rejeição e do preconceito.  

Nestas horas em que vemos o nosso querido Pai sofrer o declínio das forças e da própria saúde, manifestamos além da nossa obediência incondicional, nossa admiração, gratidão e imensa estima de estarmos sob o seu pastoreio, amor e bondade. Dizemos uma vez mais: “O Senhor o conserve e o vivifique e o faça feliz na terra, e não permita que caia nas mãos dos seus inimigos”! Deus salve o Papa!

Fonte: CNBB

É feliz quem a Deus se confia!

Celebramos neste domingo o sexto do Tempo Comum. Este ano, a primeira parte do Tempo Comum vai até a oitava semana, dia 2 de março, e, na quarta-feira, 5 de março, iniciaremos o tempo da Quaresma com a celebração da Quarta-Feira de Cinzas. O Tempo Comum retoma após a Solenidade de Pentecostes e permanece até o fim do ano.

Todo domingo é dia do Senhor, dia de fazer memória de sua Páscoa, paixão, morte e ressurreição. Por isso, é o dia em que a família deve participar da Santa Missa e ouvir o que o Senhor tem a nos dizer. O domingo é o dia por excelência, dia de preceito, em que devemos escolher um horário e participar da Santa Missa. Celebramos o Senhor vivo e ressuscitado, que está presente no meio de nós por meio do Espírito Santo.

Estamos no ano jubilar da esperança; confiemo-nos à misericórdia do Senhor e comecemos por participar da Santa Missa aos domingos. Sejamos também portadores da esperança, animando aqueles que estão tristes e convidando para a Igreja aqueles que estão afastados.

Que a liturgia de hoje nos ajude a refletir e a confiar sempre no Senhor. Ele tem o melhor para nós. Confiemos somente em Deus, pois é dele que nos vem a salvação. Sejamos pobres de espírito para alcançarmos mais facilmente o Reino dos Céus. Partilhemos sempre aquilo que temos a mais com aqueles que pouco ou nada têm. Que possamos sempre preferir o caminho da humildade, pois os humildes herdarão o Reino dos Céus.

A primeira leitura da missa deste domingo é do livro do profeta Jeremias (Jr 17,5-8). O profeta usa até uma palavra forte para nos dizer que devemos confiar somente em Deus. É somente em Deus que está nossa vida e felicidade. Nele devemos colocar nossa segurança.

O profeta Jeremias diz que bendito é aquele homem que confia sua vida a Deus. Temos que acreditar e confiar que aquilo que queremos Deus vai nos conceder, sempre em seu tempo, não no nosso. Quem confia sempre no Senhor terá prosperidade, e a vida seguirá em abundância.

O salmo responsorial é o (01), que diz em seu refrão: “É feliz quem a Deus se confia”. Esse salmo é, de fato, uma resposta ao que o profeta Jeremias diz na primeira leitura. Devemos confiar sempre em Deus e, dessa forma, seremos felizes. Escolhamos, pois, o caminho que agrada ao Senhor, que é o da justiça, paz, perdão e amor.

A segunda leitura é da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 15,12.16-20). Paulo explica à comunidade de Corinto que Cristo ressuscitou dos mortos e que todos precisam crer na ressurreição, pois, se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé. Ele ressuscitou como primícias, ou seja, venceu a morte e abriu o caminho para todos nós. A razão da nossa fé é a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, e, com certeza, o Pai do Céu tem uma morada preparada para nós.

O Evangelho deste domingo é de Lucas (Lc 6,17.20-26). Esse trecho do Evangelho de Lucas inicia o conhecido texto sobre as bem-aventuranças. Em Mateus, esse texto é mais completo, e, em Lucas, mais sucinto. Bem-aventurado significa alguém que é feliz ou que foi alcançado pela graça de Deus. Nós todos seremos bem-aventurados quando estendermos a mão ao necessitado, quando visitarmos o doente e, ainda, quando praticarmos o Reino de Deus aqui na Terra. O Reino de Deus é paz, justiça, perdão e misericórdia. Somos convidados a viver o Reino de Deus aqui na Terra para depois contemplá-lo de maneira definitiva no Céu, pois, se o vivermos aqui, seremos bem-aventurados e poderemos adentrar mais facilmente no Reino dos Céus.

Neste Evangelho, Jesus “condena” os ricos. Ele não condena a riqueza em si, mas condena aqueles que muito têm e não partilham nada com quem nada tem. Em primeiro lugar, independentemente da classe social, temos que amar nosso próximo; não devemos tratar o outro com indiferença por ter menos condições que nós. Quanto mais amarmos e servirmos o nosso próximo, mais Deus se alegrará conosco, e a nossa recompensa será eterna.

Estamos no ano jubilar da esperança, um ano propício para praticarmos atitudes de caridade, justiça e misericórdia. Dessa forma, nos tornaremos bem-aventurados e mais próximos do Reino dos Céus. A partir do nosso batismo, nos tornamos discípulos e missionários de Jesus e somos convidados a trilhar o caminho da santidade. Ou seja, desde o nosso batismo, somos chamados a ser bem-aventurados para que, ao final da nossa vida, sejamos merecedores do Reino dos Céus.

Fonte: CNBB

ÉS MARIA, ÉS NOSSA ESPERANÇA: CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA FESTA DE NOSSA SENHORA DA LUZ

A Catedral da Luz, Sé da Diocese de Guarabira, se prepara para festejar sua padroeira, com o tema: “Com a Virgem da Luz, peregrinos na comunhão e na esperança.”, pautando-se no tema do Jubileu de 2025. Este momento, não só reflete a fé do povo na Senhora da Luz, mas a união de toda uma comunidade episcopal; caracteriza-se pela devoção, afeto e amor, de geração em geração, de inúmeros filhos e filhas, vindos dos locais mais longínquos do nosso País.

Diante disto, a Novena, ato de veneração à Santíssima Soberana da Luz, tornou-se um momento de júbilo, uma união entre vozes para entoar hinos, ladainhas e diversos momentos marianos, categoricamente emocionante. Confira a programação:

DIA 23.01 (QUI) – ABERTURA – Com a Virgem da Luz, peregrinos na comunhão e na esperança.
18h. Carreata saindo da Igreja Matriz de Santo Antônio
19h. Hasteamento das Bandeiras
19h30. Santa Missa de Abertura | Celebrante: Dom Francisco Lucena

DIA 24.01 (SEX) – A esperança que renova as forças e alivia o fardo.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. João Bosco
19h. Novena | Celebrante: Pe. José André

DIA 25.01 (SÁB) – O Espírito Santo renova nossa Esperança e nos faz testemunhas de Cristo.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Reinaldo Miguel
19h. Novena | Celebrante: Pe. José Arimatéia

DIA 26.01 (DOM) – Liturgia Dominical
06h30. Corrida Luz
12h. Santa Missa
16h. Santa Missa | Celebrante: Pe. Gaspar Rafael
19h. Santa Missa | Celebrante: Dom Luís Pepeu

DIA 27.01 (SEG) – Esperança que impulsiona: a missão de testemunhar o céu na terra.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Damião Gonçalves
19h. Novena | Celebrante: Pe. Elias Sales

DIA 28.01 (TER) – A esperança que guia os passos do povo e abre os olhos do coração para a salvação.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. José Fabiano
19h. Novena | Celebrante: Dom Dulcênio Fontes
20h. Jantar com Nossa Senhora

DIA 29.01 (QUA) – Na esperança, Deus renova nossas forças e alivia nossos fardos.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Demétrio de Morais
19h. Novena | Celebrante: Dom Manoel Delson

DIA 30.01 (QUI) – A esperança brota do amor e da presença do Espírito Santo.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Adauto Tavares
19h. Novena | Celebrante: Pe. Jailson Rufino

DIA 31.01 (SEX) – Em Cristo, a esperança transcende fronteiras e vence a morte.
12h. Santa Missa
16h. Novena | Celebrante: Pe. Joanderson Marinho
19h. Novena | Celebrante: Dom Egídio Bisol

DIA 01.02 (SÁB) – Guiados pela esperança, encontramos em Jesus o caminho para a vida eterna.
12h. Santa Missa
15h. Procissão das crianças
16h. Novena | Celebrante: Pe. Daniel Lima
19h. Novena | Celebrante: Pe. Severino Júnior

DIA 02.02 (DOM) – SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DA LUZ
08h30. Santa Missa Solene | Celebrante: Dom Alcivan Tadeus
12h. Queima de fogos
16h. Procissão e Missa de Encerramento | Celebrante: Dom Aldemiro Sena

São Sebastião: exemplo de fé e coragem

O dia 20 de janeiro é dedicado a São Sebastião, um dos santos mais venerados na Igreja Católica, especialmente no Brasil. Conhecido como o santo protetor contra pestes, guerras e fome, São Sebastião é celebrado como um exemplo de fé inabalável, coragem diante das adversidades e amor a Cristo. Sua vida e martírio continuam a inspirar milhões de fiéis a enfrentar os desafios da vida com confiança em Deus. 

São Sebastião nasceu no século III, em Narbonne, na França, mas foi criado em Milão, na Itália. Era soldado do exército romano e ocupava uma posição de destaque como capitão da guarda pretoriana. Apesar de sua função militar, Sebastião era cristão em uma época em que a fé cristã era severamente perseguida pelo Império Romano. 

Sebastião usava sua posição de influência para encorajar os cristãos perseguidos, fortalecendo sua fé e ajudando-os a permanecer firmes diante das provações. Ele também convertia muitos ao cristianismo, incluindo prisioneiros e companheiros de armas, demonstrando sua coragem e compromisso com a missão de evangelizar. 

Quando sua fé foi descoberta, Sebastião foi levado diante do imperador Diocleciano, que ordenou sua execução. Amarrado a um tronco, foi alvo de flechas, mas sobreviveu milagrosamente. Resgatado por Santa Irene, foi tratado e recuperou sua saúde. Contudo, São Sebastião não se intimidou. Retornou ao imperador para exortar o arrependimento e a conversão. 

Por sua ousadia, foi novamente condenado, desta vez sendo espancado até a morte. Seu martírio tornou-se símbolo de fidelidade a Cristo até o fim, inspirando os cristãos a permanecerem firmes em sua fé, mesmo diante das maiores adversidades. 

No Brasil, São Sebastião é particularmente venerado no Rio de Janeiro, onde é padroeiro da cidade. Sua devoção remonta ao período colonial, quando os primeiros portugueses o escolheram como protetor contra doenças e invasões. A Basílica de São Sebastião, na Tijuca, é um dos principais centros de peregrinação em sua homenagem. 

Imagem de São Sebastião, da cidade de Pilõezinhos/PB, por Gabriel Araújo.

 

Por outro lado, São Sebastião é o padroeiro da agricultura e pecuária. Os fazendeiros e sitiantes confiam a poderosa proteção de São Sebastião para a abundância da colheita e para a proteção para os seus rebanhos. O glorioso Mártir é ainda patrono contra a peste, a fome e a guerra. Poderosa a sua intercessão a nos livrar da doença, da falta de pão nas nossas mesas e da ausência de paz. 

A vida de São Sebastião nos convida a refletir sobre a coragem de testemunhar a fé em um mundo que muitas vezes se opõe aos valores cristãos. Ele nos ensina a perseverar nas dificuldades, confiando na providência divina. Sua dedicação ao próximo e seu compromisso com a evangelização nos lembram da importância de viver o Evangelho com autenticidade e amor. 

Nestes dias estou visitando meus parentes no Rio Grande do Sul aonde na década de 60 do século passado meus pais migraram para Tupãssi, PR. Celebrei a Festa de São Sebastião na Capela de Alto Honorato, Município de Progresso, RS, junto com os meus parentes pedindo que São Sebastião proteja a eles e a todos os homens de boa vontade contra a peste, a fome e a guerra! 

Em tempos de desafios, São Sebastião nos inspira a sermos sinais de esperança, enfrentando as adversidades com fé e coragem. Que sua intercessão nos ajude a trilhar o caminho de Cristo, fortalecendo nossa confiança no amor de Deus e na vitória da vida sobre a morte. 

São Sebastião, rogai por nós! 

Fonte: CNBB

Jubileu 2025: descubra os principais eventos, comemorações e atividades que marcarão o Ano Santo

O Jubileu de 2025 promete ser um marco histórico para os fiéis católicos de todo o mundo. Celebrado a cada 25 anos, a iniciativa reúne milhares de pessoas para um tempo de renovação espiritual, perdão e peregrinação. O Papa Francisco convocou oficialmente o Jubileu de 2025, com o tema “Peregrinos de Esperança”, para convidar os fiéis a uma jornada de fé, oração e reconciliação. A seguir, destacamos os principais eventos que ocorrerão durante esse período de celebração.

O Jubileu 2025 começou oficialmente com uma missa de abertura no final de 2024. A cerimônia ocorreu em Roma, na Praça de São Pedro, e foi presidida pelo Papa Francisco. Este momento marcou o início de uma jornada de reflexão e penitência para os católicos ao redor do mundo, sendo a primeira grande oportunidade para os fiéis participarem do Ano Santo.

Durante o Jubileu, a Igreja Católica abre as Portas Santas das basílicas romanas, como São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros. A tradição de atravessar a Porta Santa é um símbolo de penitência e renovação espiritual. Espera-se que milhões de peregrinos, de diversas partes do mundo, se desloquem a Roma para atravessar essas portas e receber a indulgência plenária, um dos principais objetivos do Jubileu.

Grandes eventos

Mundo das Comunicações

De 24 a 26 de janeiro ocorrerá o primeiro dos 36 grandes eventos do Ano Jubilar, o 𝐉𝐮𝐛𝐢𝐥𝐞𝐮 𝐝𝐨 𝐌𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐂𝐨𝐦𝐮𝐧𝐢𝐜𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬, que reunirá em Roma profissionais da comunicação de todo o mundo. Espera-se que o evento incorpore uma série de atividades que reflitam sobre o papel das comunicações na Igreja e no mundo contemporâneo.

Foram convocados a participar todos os profissionais do mundo da comunicação (jornalistas, operadores de mídia, executivos e editores, membros do Conselho de Administração, videomakers, designers gráficos, redatores, relações públicas, gerentes de mídia social, técnicos de áudio e vídeo, tipógrafos, cientistas da computação, etc.). Do Brasil são esperados que 40 profissionais participem, segundo balanço da CNBB.

Encontro com jovens comunicadores profissionais –  No âmbito do Jubileu das Comunicações haverá um encontro, organizado pelo Dicastério para a Comunicação, do Vaticano, que reunirá cerca de 200 jovens representantes das Conferências Episcopais, com idades de até 35 anos, todos com experiência na área de comunicação e meios digitais. Do Brasil participam representantes da Signis Jovem, Edições CNBB, do Movimento Laudato Si’, da Ascom da CNBB, Rede Vida, e membros da redação brasileira do Vatican News.

Encontro com os presidentes das Comissões Episcopais e Diretores dos Gabinetes de Comunicação Social – Foram convidados pelo Dicastério para a Comunicação, do Vaticano, também os presidentes das Comissões Episcopais e Diretores dos Gabinetes de Comunicação Social para um encontro presencial nos dias 27, 28 e 29 de janeiro. Do Brasil, participam o padre Arnaldo Rodrigues, assessor de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o bispo de Campo Limpo (SP) e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação Social da CNBB, dom Valdir José de Castro.

Forças Armadas, Polícia e Segurança

Jubileu das Forças Armadas, Polícia e Segurança (8 a 9 de fevereiro de 2025) é dirigido a todos os membros das forças militares e policiais, polícias de trânsito, operadores de segurança, veteranos, associações militares diversas, academias militares, capelanias e ordinariatos militares.

Diáconos e o Mundo do Voluntariado

Jubileu dos Diáconos (21-23 de fevereiro de 2025) é para todos os diáconos permanentes, e o Jubileu do Mundo do Voluntariado (8-9 de março de 2025) para os voluntários de cada associação, membros de organizações sem fins lucrativos, operadores de ONGs e assistentes sociais.

Missionários da Misericórdia e outros

O Jubileu dos Missionários da Misericórdia acontece de 28 a 30 de março. Dele participam os sacerdotes selecionados de todo o mundo que receberam do Papa as suas próprias faculdades de absolver os pecados, que são da estrita competência da Sé Apostólica e de um mandato especial como pregadores durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia de 2016.

O Jubileu dos Enfermos e o Mundo da Saúde (5-6 de abril de 2025) é dirigido a todos os doentes e profissionais ligados ao mundo da saúde; o Jubileu das Pessoas com Deficiência (28-29 de abril de 2025) dirigido a todas as pessoas com deficiência, juntamente com os seus acompanhantes; o Jubileu dos Trabalhadores (1 a 4 de maio de 2025) dirigido a todos os trabalhadores de todas as categorias; o Jubileu dos Empresários (4 a 5 de maio de 2025) e o Jubileu das Bandas Musicais (10 a 11 de maio de 2025) para todos os membros de bandas militares, institucionais, amadoras, folclóricas, de cidades, desportivas, escolares e universitárias.

O Jubileu das Irmandades (16-18 de maio de 2025) acontece com os membros pertencentes às irmandades religiosas; o Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos (30 de maio de 2025 – 1 de junho de 2025), o Jubileu dos Movimentos, Associações e novas Comunidades (7 a 8 de junho de 2025) que envolverá todos os membros dos movimentos eclesiais, associações, novas comunidades e grupos de oração.

Entre os eventos, por fim, o Jubileu Santa Sé (9 de junho de 2025); o Jubileu do Desporto (14-15 de junho de 2025); o Jubileu dos Seminaristas (23-24 de junho de 2025); o Jubileu dos Bispos (25 de junho de 2025); o Jubileu dos Sacerdotes (25-27 de junho de 2025); Jubileu dos Jovens (28 de julho a 3 de agosto); o Jubileu da Consolação (15 de setembro de 2025), dirigido a todos aqueles que vivem um momento de dor e aflição, devido a doenças, lutos, violências e abusos sofridos.

Serão realizados ainda o Jubileu dos Operadores de Justiça (20 de setembro de 2025), destinado às pessoas envolvidas no mundo da justiça secular, canônica e eclesiástica; o Jubileu dos Catequistas (26-28 de setembro de 2025); o Jubileu dos Migrantes (4-5 de outubro de 2025); o Jubileu da Vida Consagrada (8-9 de outubro de 2025) que terá como protagonistas todos os religiosos e religiosas, monges e monjas, noviços e noviças. Além disso, o Jubileu da Espiritualidade Mariana (11-12 de outubro de 2025) para todos os membros dos movimentos marianos, irmandades e diversos grupos de oração. Finalmente, o Jubileu dos Coros (21-23 de novembro de 2025) e o Jubileu dos Reclusos (14 de dezembro de 2025).

Encontro Mundial das Famílias

Um dos eventos mais esperados dentro do Jubileu 2025 será o Encontro Mundial das Famílias, que ocorrerá em Roma no mês de junho. O Papa Francisco já anunciou a realização de uma grande celebração para reunir famílias de todas as partes do mundo, com ênfase em fortalecer os laços familiares e promover a reflexão sobre os desafios contemporâneos enfrentados pelas famílias católicas. O evento será uma oportunidade para renovar a importância da família no contexto da Igreja e da sociedade.

Congresso Internacional de Teologia e Espiritualidade

A teologia e a espiritualidade terão destaque no Jubileu de 2025 com o Congresso Internacional que reunirá estudiosos e teólogos de todo o mundo. O objetivo do congresso será refletir sobre a misericórdia divina, o perdão e a fraternidade, temas centrais do Ano Santo. Esse evento será uma plataforma para discussões teológicas profundas, além de ser uma oportunidade para compartilhar e aprofundar o conhecimento da fé católica.

Celebração de Vésperas e Missas Solenes

Durante o Jubileu, serão celebradas diversas missas solenes e vésperas especiais em várias cidades ao redor do mundo, com uma concentração particular em Roma. O Papa Francisco e outros líderes eclesiásticos liderarão estas celebrações, que serão marcadas por momentos de oração, cânticos e pregações que enfatizam os temas de perdão e esperança.

Beatificação de Novos Santos

Dentro do contexto do Jubileu, também são esperados novos passos na canonização de santos e beatos. Como já ocorreu em edições anteriores, o Papa Francisco pode anunciar a beatificação de novos mártires e santos, que servirão como exemplos de vida cristã e inspiração para os fiéis. A cerimônia de beatificação será um dos momentos de grande júbilo e reflexão.

Encerramento do Jubileu

O Jubileu de 2025 será encerrado, em dezembro, com uma grande missa de agradecimento na Praça de São Pedro, presidida pelo Papa Francisco. Durante a cerimônia, haverá um momento de renovação dos compromissos espirituais e de renovação do compromisso com a missão da Igreja no mundo. Este evento simbólico marcará o fechamento do Ano Santo e o início de um novo ciclo de fé.

Conheça o site oficial do Jubileu: Giubileo 2025

Fonte: CNBB

O desafio de ser cristãos

Jesus foi visitado pelos pobres pastores dos arredores de Belém, e nós contemplamos este mistério com serenidade e alegria. Surpreendeu a todos, a seu tempo, a misteriosa visita daqueles Magos, Sábios chegados do Oriente, que estudavam a posição das estrelas, trazendo presentes muito significativos àquele que é Deus, Rei e plenamente homem, tanto que passaria pelo sofrimento e pela morte. Passam os anos e Jesus é proclamado publicamente pelo Pai Eterno como o Filho amado, sobre o qual repousa o Espírito Santo. E no início de seu ministério, a água transformada em vinho, nas Bodas de Caná, conduz à fé discípulos titubeantes, noivos e humanidade. Depois de tais manifestações, resta a todos nós a coragem da decisão diante dele, em quem se cumprem promessas antigas e novas, assim como os sonhos de realização e felicidade de toda a humanidade. 

Temos a clareza de que Deus nos constituiu como um corpo o Povo de Deus, que age e testemunha a própria fé. De fato, se “Deus aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença” (cf. At 10,35), aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que o conhecesse na verdade e o servisse santamente. Escolheu, por isso, a nação israelita para seu povo. Com ele estabeleceu uma aliança; a ele instruiu gradualmente, manifestando-se a si mesmo e ao desígnio da própria vontade na sua história, e santificando-o para si. Todas estas coisas aconteceram como preparação e figura da nova e perfeita Aliança que em Cristo havia de ser estabelecida e da revelação mais completa que seria transmitida pelo próprio Verbo de Deus feito carne. Esta nova aliança instituiu-a Cristo, o novo testamento no seu sangue (cf. 1 Cor 11,25), chamando o seu povo de entre os judeus e os gentios, para formar um todo, não segundo a carne mas no Espírito, e tornar-se o Povo de Deus. Com efeito, os que creem em Cristo, regenerados não pela força de germe corruptível mas incorruptível por meio da Palavra de Deus vivo (cf. 1 Pd 1,23), não pela virtude da carne, mas pela água e pelo Espírito Santo (cf. Jo 3, 5-6), são finalmente constituídos em raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo conquistado, que outrora não era povo, mas agora é povo de Deus» (1 Pd 2, 9-10)” (Cf. Lumen gentium 9).  

E agora, passados os séculos, está em nossas mãos a responsabilidade de, como povo escolhido, dar testemunho de Jesus, sendo sal, luz e fermento nos tempos que correm, sem discriminar as outras pessoas, mas atraí-las com amor ao amor de Cristo. Em nosso coração e em nossas mãos estão os instrumentos oferecidos pela Igreja: a Palavra de Deus, a Vida em Comunidade, a Fé, a Esperança e a Caridade, e os Sacramentos, que nos mergulharam na vida da Santíssima Trindade. 

Ser cristão hoje equivale a ser testemunhas em todos os ambientes de nossa fé em Jesus Cristo Ressuscitado, Salvador do mundo. Como testemunhas, haveremos de mostrar em nossa vida de batizados, redimidos, que Jesus venceu o pecado em nossa própria vida, porque nos fez filhos de Deus e adotamos seus sentimentos e as atitudes evangélicas expressas nas bem-aventuranças: pobreza de espírito, mansidão, fome e sede de justiça, misericórdia, pureza de coração, solidariedade, reconciliação e fraternidade. Se queremos demonstrar de verdade que nós encontramos o Messias, aquele que dá sentido à história humana e dá esperança a toda a humanidade e à vida de cada um de nós, devemos proclamar, com a palavra e as obras, que Jesus, na plenitude do Espírito Santo, é luz para todas as áreas escuras da história humana e de cada pessoa, e que ele, com sua Ressurreição, torna possível a esperança num futuro melhor, a confiança nas pessoas e a transformação do mundo, através da única revolução eficaz, a conversão pessoal ao amor e à justiça, que vêm de Deus (cf. La Parola per ogni giorno, Basilio Caballero, Pauline, 1991). Há alguns anos houve pessoas que pensavam estar diante de um cristianismo anônimo, perdido no meio da massa, e sabemos como cresceu esta massa! Não se trata disso! Hoje, devemos nos perguntar como responder com identidade própria e clareza aos desafios que se apresentam, sem fanatismos, opções ideológicas de qualquer lado, cujo desenrolar se revela estéril, ou tentativas anacrônicas, igualmente estéreis, de volta a um clima de cristandade! Abertura ao Espírito Santo, intensa vida de oração, processos claros de discernimento, criatividade, espírito apostólico e missionário, esta é a estrada para viver como cristãos em nosso tempo. 

Respostas? Eis algumas propostas, destinadas a provocar continuidade na reflexão e o inadiável compromisso pessoal. A primeira delas é olhar ao nosso redor, identificando pessoas e situações, estabelecendo conexões com quem tem as mesmas inquietações e o desejo de superar uma prática religiosa de fachada ou um tentador indiferentismo. Quem está rezando seriamente? Que pessoas estão comprometidas diretamente com a caridade? Já descobriu em seu ambiente de trabalho gente que não suja as mãos com o egoísmo, a corrupção e a imoralidade? Será que não chama a sua atenção aquelas pessoas que sempre se dispõem a algum serviço na Comunidade? 

Justamente aqui surge uma outra ideia! Tomar iniciativa! Se muitos não frequentam a Missa, sua presença mostrará o quanto constrói o Corpo de Cristo, que é a Igreja, sua participação Eucarística, a busca do Sacramento da Reconciliação! E se muitos não praticam a justiça, comece por você mesmo! 

E se queremos ampliar nosso horizonte, a pessoas que tomam decisões semelhantes, caberá também a disposição para o diálogo com quem pensa diferente, na diversidade de nosso mundo. Tal atitude contribuirá para que o senso do bem comum, suscitado pelo Espírito Santo além de todas as fronteiras, seja redescoberto e promova gestos e programas de ação no conjunto da sociedade. 

À nossa capacidade de reflexão, à inteligência da fé concedida nos Sacramentos da Iniciação Cristã e, mais ainda, à ação do Espírito Santo que nos conduz, lançamos o desafio de continuar esta lista de propostas para sermos, diante do mundo que clama por sentido, os peregrinos da Esperança, a fim de que o Jubileu que vivemos seja tempo de graça, perdão, reconciliação e acolhida para muitos! 

Fonte: CNBB

A conversão promovida pelo Jubileu

Este ano se constitui um importante momento de celebração dos 2025 anos do nascimento de Jesus Cristo. A celebração do Jubileu de um Ano Santo estende-se para toda a Igreja Católica, desde Roma até a mais simples comunidade, na qual os fiéis se reúnem devotamente para celebrar a Palavra e a Eucaristia.

O tema deste Ano Santo é a Esperança, por isso, o pedido do Papa Francisco, para que sejamos todos “peregrinos de esperança”, recordando-nos assim que “a esperança não decepciona”.

O Jubileu, segundo o Papa Francisco, deve ser celebrado não apenas em Roma, mas em todas as dioceses no mundo. Na Arquidiocese de Santa Maria, o início do Jubileu foi no dia 29 de dezembro de 2024, onde realizamos uma peregrinação que partiu da Paróquia do Bom Fim, às 15h, até a Catedral. Todas as paróquias tiveram representantes nessa celebração inaugural, manifestando a comunhão.

Ao longo de 2025 acontecerão, em nossa Arquidiocese, as iniciativas do Jubileu propostas na Bula papal, envolvendo as paróquias, comunidades religiosas, pastorais e outras organizações e expressões da vida eclesial e social.

Designamos o Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira, para que, depois de nossa Catedral Metropolitana, seja a igreja onde se celebrem os jubileus ao longo de 2025. As peregrinações, as confissões, as celebrações eucarísticas e a indulgência plenária do Jubileu serão ali celebradas com todo zelo e devoção exigidos para a aquisição dos bens jubilares. Divulgaremos em tempo o cronograma das peregrinações e celebrações.

Conforme a Bula, em cada celebração jubilar, muitas iniciativas mostrem sinais de esperança. A mais contundente será a postura de toda a nossa Arquidiocese em não promover ‘reuniões dançantes’ nas festas dos santos padroeiros das comunidades, bem como a não comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja Católica na Arquidiocese. Sobre a não comercialização de álcool a Igreja no Brasil já orientou desde 2013 no documento 100. Vamos concretizar essa diretriz agora. Apontando, com isso, que uma nova forma de celebração e valorização da vida é possível garantindo a dignidade humana e da família.

Desejamos ardentemente que este Jubileu seja verdadeiramente um “ano da graça do Senhor” e um despertar de todos os cristãos para o verdadeiro seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, que a 2025 anos, encarnou-se por nós seres humanos e para nossa salvação.

Fonte: CNBB

Peregrinos de todo o mundo cruzam a porta santa da basílica de São Pedro

Peregrinos de todo o mundo cruzam a porta santa da basílica de São Pedro, no Vaticano, que o papa Francisco abriu ontem (24), na véspera de Natal, para dar início ao Jubileu 2025.

Fiéis de várias partes do mundo e vários estados de vida já cruzaram a porta santa, que simboliza Cristo.

O papa Francisco disse hoje (25), Solenidade de Natal, que “a porta do coração de Deus está sempre aberta, voltemos para Ele”.

“Voltemos para Ele! Regressemos ao coração que nos ama e perdoa! Deixemo-nos perdoar por Ele, deixemo-nos reconciliar com Ele! Deus perdoa sempre! Deus perdoa tudo! Deixemo-nos perdoar por Ele!”, exortou o papa.

“Este é o significado da Porta Santa do Jubileu, que abri ontem à noite aqui em São Pedro: representa Jesus, a Porta da salvação aberta a todos”, disse Francisco.

“Jesus é a Porta; é a Porta que o Pai misericordioso abriu no meio do mundo, no meio da história, para que todos possamos voltar para Ele”.

“Irmãos e irmãs, não tenhais medo! A Porta está aberta, a porta está escancarada! Não é necessário bater à porta. Ela está aberta! Vinde!”, disse o papa Francisco.

Nos próximos dias, outras portas santas serão abertas em Roma: amanhã (26), festa de santo Estevão, será aberta a porta santa da prisão de Rebibbia, na periferia de Roma.

As portas santas nas outras três basílicas papais em Roma: são João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros serão abertas, respectivamente, em 29 de dezembro; em 1º de janeiro, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus; e em 5 de janeiro.

O Jubileu da Esperança, que celebra o 2025º aniversário do nascimento do Menino Jesus, vai terminar oficialmente em 6 de janeiro de 2026, solenidade da Epifania do Senhor.

Fonte: ACI Digital