O pesar do Papa pelas vítimas dos incêndios no Havaí

Francisco enviou um telegrama, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, ao núncio apostólico nos Estados Unidos. O Pontífice assegura a sua oração e sua solidariedade às famílias dos mortos, aos desaparecidos e às equipes de resgate. Enquanto isso, o governador do Havaí declarou estado de emergência na ilha: “Cerca de mil pessoas estão inacessíveis”.


O Papa Francisco expressa seu pesar pelos mortos e vários desaparecidos dos terríveis incêndios na ilha de Maui, no Havaí, que praticamente destruíram a cidade histórica de Lahaina, uma das “pérolas” do oceano e meta turística popular. Num telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, enviado ao núncio apostólico nos Estados Unidos, dom Cristophe Pierre, que será cardeal no Consistório de setembro próximo, o Papa escreve que recebeu “com profunda tristeza” a notícia da “perda de vidas humanas” e da “destruição causada pelos incêndios na ilha havaiana de Maui”.

Solidariedade com quem sofre

Francisco expressa “sua solidariedade aos que sofrem com esta tragédia, em particular aqueles cujos entes queridos estão mortos ou desaparecidos”. Precisamente pelos mortos, feridos e deslocados, o Pontífice assegura suas orações, assim como pelos que trabalham nas operações de socorro. Sobre todos eles, “como sinal de sua proximidade espiritual”, o Papa invoca “as bênçãos de Deus onipotente de força e paz”.

Destruição e desaparecidos

Entretanto, nas últimas horas foi declarado estado de emergência em toda a ilha e as viagens foram desaconselhadas. Segundo as autoridades do Condado de Maui, o número de mortos subiu para 55, nesta sexta-feira (11/08), e 11 mil são as pessoas deslocadas. Em Lahaina, mais de 1.770 edifícios do centro histórico estão devastados e muitas pessoas correram para o mar para fugir das chamas. Testemunhas falam de cenas apocalípticas. O governador do Havaí, Josh Green, disse que cerca de “80%” da cidade foi destruída, “como se tivesse sido atingida por uma bomba”. Green disse ainda que o número de mortos irá aumentar “significativamente” e que, neste momento, existem cerca de mil pessoas inacessíveis.

Fonte: Vatican News

São Lourenço: diante do martírio não perdeu bom humor

A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana.

Nós festejamos hoje, 10 de agosto, a vida de santidade e martírio do Diácono  Lourenço. Nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.

Conta-nos a história que São Lourenço, como primeiro dos Diáconos, tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: “Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?”. E o Papa respondeu: “Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!”. São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos. Todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo – com bom humor – disse: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte.

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou – no Espírito Santo – força para dizer no auge do sofrimento na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.

A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.

 

Fonte: Comunidade Shalom

Apenas a Missa de domingo é válida?

Padre Camilo esclarece esta dúvida e também nos ajuda a refletir sobre o significado de celebrar a Eucaristia na vida do cristão


“Depois, tomando um pão e dando graças a Deus, partiu-o e deu-o a eles, dizendo: ‘Isto é meu corpo, dado por vós: fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança em meu sangue, derramado por vós'”(Lc 22, 19-20)

O próprio Senhor Jesus, na Ceia com os discípulos, revelou que entregaria seu Corpo e Sangue para a salvação da humanidade e nos deixou este pedido! Assim como os primeiros cristãos, a união das comunidades para viver e a partilhar o Evangelho fortalece a fé.

A Santa Missa reproduz o sacrifício de Cristo que celebramos na Páscoa. É a memória de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, assim alimentando o nosso espírito, através da Palavra de Deus e de Jesus Eucarístico.

O Código de Direito Canônico destaca a importância de celebrarmos o Corpo de Cristo:

“Na Assembleia Eucarística, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do Bispo ou, sob a sua autoridade, do presbítero, que faz as vezes de Cristo, e todos os fiéis presentes, quer clérigos quer leigos, com a sua participação para ela concorrem, cada qual a seu modo, segundo a diversidade de ordens e de funções litúrgicas (Canon 899).

Portanto, nós católicos, necessitamos estar em sintonia e em obediência às regras da Igreja, a qual estabelece a importância da participação na Santa Missa, e visando cumprir igualmente um dos 10 mandamentos da Lei de Deus, qual seja, santificar os domingos e festas de guarda, onde somos chamados a guardar o dia do Senhor, onde testemunhamos que pertencemos a Cristo e à sua Igreja.

Luiz Oliveira – A12
Luiz Oliveira - A12

 

Muita gente pergunta se somente a Missa do Domingo é valida, ou seja, se por algum motivo grave (saúde, trabalho em longos horários, algum imprevisto, falta de horários de missa na paróquia, problemas de transporte, etc.) e faltar a celebração neste dia, estaremos pecando ou não.

Já adiantamos aqui o que está descrito no Catecismo da Igreja Católica.

“A Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É por isso que os fiéis estão obrigados a participar na Eucaristia nos dias de preceito, a menos que estejam dispensados, por motivo sério (por exemplo, uma doença, a obrigação de cuidar de crianças de peito) ou pelo seu pastor. Os que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem um pecado grave (CIC 2181)

Então, se de forma deliberada, ou seja, quando tenho condições e escolho não ir para fazer algo mais interessante do que dar prioridade ao encontro com o Cristo, se configura como pecado.

Para refletirmos mais, o missionário redentorista Padre Camilo Júnior dá mais detalhes e esclarece esta dúvida sobre a Missa dominical:

Fonte: A12

A VOCAÇÃO DO PADRE

Neste ano vocacional, com os corações ardentes e os pés a caminho, refletimos sobre a vocação presbiteral – a vocação do padre. Toda vocação se expressa como “história de um inefável diálogo entre Deus e o homem, entre o amor de Deus que chama e a liberdade do homem que, no amor, responde a Deus. Esses dois aspectos indissociáveis da vocação, o dom gratuito de Deus e a liberdade responsável do homem, emergem de modo tão extraordinário quanto eficaz das brevíssimas palavras com as quais o evangelista Marcos apresenta a vocação dos Doze: Jesus “subiu depois ao monte, chamou a si aqueles que quis e eles foram ter com Ele” (Mc 3,13) (Pastoris Dabo Vobis, 36). 

Chamado no meio do Povo Sacerdotal, o padre é escolhido pelo Cristo para cooperar na missão de cuidar do rebanho que ele tanto ama, a ponto de entregar a própria vida.  Cada vocação é acompanhada por sinais, gestos e palavras que vão consolidando e confirmando o chamado e a eleição. Cabe, aqui, mencionar a família, a comunidade de origem, o tempo de seminário, os padres que servem de inspiração nesse caminho, os estudos, a ordenação, o presbitério, os diversos ofícios exercidos, enfim, tudo o que favorece a configuração ao Cristo sacerdote.  

O presbítero é chamado a ser sentinela da esperança e anunciador de um mundo novo que é sinal do Reino de Deus. Ele não pode deixar que o desespero ou a falsa esperança ofusquem o brilho verdadeiro da luz do Cristo que chama, prepara e envia.  

 A missão do padre implica ter a sabedoria da idade e a confiança de uma criança. Firme rumo ao alto e seguro com os pés bem plantados sobre a terra, feito para a alegria do Evangelho é um perito que aprendeu a sofrer por amor. Um homem que fala de Deus para seu povo e fala de seu povo ao seu Deus.  

O presbítero se configura diariamente a Cristo. Reza profundamente, para ter o coração de Bom Pastor. Ele também precisa abraçar a “cruz” de cada dia, pois a Boa- Nova do Evangelho sofre resistência diante daqueles que teimam em matar a força vivificante e libertadora da Palavra de Deus.  

Na consagração eucarística, o padre compreende que precisa oferecer, entregar e derramar sua vida como fez Jesus ao proferir: “Eis meu corpo dado por vós; eis meu sangue derramado por vós.”  

Por presidir o banquete memorial do sacrifício de Cristo, o presbítero é capaz de esperar o Reino que virá com a certeza de sentir sua antecipação em cada Eucaristia. Isso implica relativizar toda presunção mundana que tende a absolutizar o provisório e impele a denunciar, criticamente, toda miopia da realidade que pretenda colocar o penúltimo no lugar que somente ao último compete.   

Finalmente, recordemos um escrito de Santa Teresa Benedita da Cruz, a grande filósofa e mártir Edith Stein, que assim exaltou a missão do padre: “Feliz a cabeça do sacerdote que leva o sinal do Senhor, é a cabeça sobre a qual o Senhor pôs sua mão abençoando-a.  Feliz a mão do sacerdote quando, na força da Trindade, converte um filho da Terra em um cidadão do Céu. Feliz a mão do sacerdote quando uma criança, renovada no Espírito, com a Cruz sobre a sua fronte, é consagrada como soldado de Cristo. Três vezes feliz a mão que toca o corpo do Senhor, que solta as ataduras do pecador e o conduz à mesa do Salvador. Feliz o coração do sacerdote, ao que o coração do Salvador se associa, e escolhe a sabedoria divina como sua mais pura noiva.”  

Fonte: CNBB

Nagasaki, cidade símbolo do catolicismo japonês

No momento da explosão da bomba atômica em 9 de agosto de 1945, cerca de trinta fiéis se confessavam na Catedral da Imaculada em preparação às celebrações da Assunção. A catedral destruída era a maior igreja católica da Ásia, construída ao longo de 30 anos.


Recorda-se neste 9 de agosto o 78º aniversário do bombardeio atômico de Nagasaki, o segundo (e esperamos o último) da história, depois daquele de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945.

Nagasaki era na época o centro mais importante da comunidade católica japonesa, com uma história que remonta ao século XVI e feita de perseguições, mas também de uma comunidade que durante séculos manteve a fé em silêncio, batizando secretamente seus filhos, ainda que não pudessem acessar a Eucaristia por falta de sacerdote.

E é precisamente em Nagasaki, em 1597, que 26 católicos foram martirizados. Também nessa cidade outros 56 fiéis foram mortos em 1622.

A bomba nuclear explodiu a uma altura de 500 metros, a meio quilômetro da catedral de Urakami Tenshudo, a Catedral da Imaculada Conceição, cujos pináculos tinham sido tomados como ponto de referência pelos pilotos do B-29 que lançou a bomba de plutônio, chamada “Fat Man”.

Naquele momento, na catedral, havia cerca de trinta fiéis que se confessavam para se preparar dignamente para as celebrações da Assunção. A catedral destruída era a maior igreja católica da Ásia, construída ao longo de 30 anos.

A bomba atômica de Nagasaki matou 40.000 pessoas instantaneamente e feriu 75.000. E no final de 1945, 74.000 pessoas haviam morrido em consequência da explosão.

Fiéis rezam pelas vítimas do bombardeio atômico de 1945 durante Missa no 78º aniversário do bombardeio de Nagasaki, na Catedral de Urakami em Nagasaki. (Foto: Kyodo via REUTERS)

Fonte: Vatican News

Papa: que o encontro em Belém renove compromisso em prol de progresso sustentável

A IV Cúpula dos países que compõem o bioma Amazônia é realizada no âmbito da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), criada em 1995 e integrada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.


Ao saudar e abençoar os peregrinos de língua portuguesa na Audiência Geral, o Papa Francisco assegurou sua oração ao encontro que se realiza nestes dias em Belém, e que reúne presidentes dos países da região amazônica:

Queridos peregrinos de língua portuguesa, abraço-vos a todos e de coração vos abençoo a vós e às vossas famílias. Que Nossa Senhora vos acompanhe e sempre vos proteja. Aproveito esta ocasião para enviar uma saudação particular aos Presidentes dos países da região amazônica que, nestes dias, estão reunidos em Belém do Pará, no Brasil. Asseguro a minha oração pelo bom êxito do seu encontro, desejando que se renove o compromisso de todos em prol da criação e dum progresso sustentável.

A IV Cúpula dos presidentes que compõem o bioma Amazônia, que teve início na terça-feira, em Belém, é realizada no âmbito da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), criada em 1995 e integrada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Os presidentes dos países que abrigam a floresta amazônica não se reuniam há 14 anos (não estão em Belém os presidentes do Equador, Suriname e Venezuela).

Os líderes dos oito países assinaram a Declaração da Cúpula da Amazônia no primeiro dia do encontro, com propostas para garantir a sobrevivência da maior floresta tropical do planeta e soluções conjuntas para os graves desafios do bioma, como desmatamento, garimpo ilegal e narcotráfico.

Paralelamente à cúpula oficial, cerca de 20 mil indígenas e outros grupos de diferentes países amazônicos movimentam 400 eventos paralelos. Em sessões de uma hora, eles apresentaram demandas a ministros principalmente do Brasil, mas também da Colômbia, Peru e outros países.

O encontro de dois dias em Belém também prepara a conferência global do clima (COP) em novembro em Dubai.

Fonte: Vatican News

Santa Edith Stein: uma vida de coragem e sacrifício

Conheça a vida de Santa Edith Stein: como foi para uma ateia descobrir a beleza do catolicismo a partir da leitura da autobiografia de uma santa?

Foi assim que Santa Edith Stein se voltou para a fé católica, mas antes mesmo de se converter, já era uma mulher que ansiava pela Verdade, buscando-a por meio do estudo da filosofia e possuindo uma alma íntegra, de conduta moral respeitável.

Neste artigo, você conhecerá a história de uma mulher de origem judia que abandonou as crenças de sua família porque acreditou ter encontrado a verdade na fé cristã, pela qual entregou a sua vida no campo de concentração, convertendo o seu povo e doando-se como vítima pelas almas através de seu martírio.

Quem foi Santa Edith Stein?

De família judia, Edith Theresa Hedwig Stein nasceu em 1891, na Polônia. Foi criada nos costumes e tradições da família, mas abandonou a prática da religião judaica logo no início de sua adolescência. Formou-se em filosofia e dizia não acreditar em Deus, declarando-se como ateia.

Edith passou anos de sua vida procurando pela verdade de modo sincero e dedicado, e de fato conseguiu encontrar o que desejava ao ser tocada pela história de Santa Teresa d’Ávila, por meio da qual converteu-se totalmente à fé católica.

Após a sua conversão, tornou-se uma irmã carmelita e entregou-se como vítima a Jesus, ansiando pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Morreu em agosto de 1942 martirizada nas câmaras de gás de Auschwitz.

Deixou um grande legado não apenas como exemplo de uma católica fervorosa, mas também de uma importante filósofa.

A vida impressionante de Santa Edith Stein

Edith Stein foi a 11ª filha de um casal de religião judaica e nasceu na Baixa Silésia, em Breslávia, na Polônia, em 12 de outubro de 1891. O pai de Edith, Siegfried,  faleceu por causa de uma insolação antes dela completar os seus 2 anos de idade e quatro de seus irmãos morreram ainda muito novos, o que era comum em sua época.

A mãe de Edith, Augusta Courant Stein, fez tudo que estava ao seu alcance para que a menina professasse da fé judaica, isso porque Edith nasceu no dia do perdão, conhecido como Yom Kippur, um dia extremamente simbólico e importante para os judeus, e Augusta via isso como um sinal de Deus. Mas mesmo com a insistência da mãe, Edith declarava-se ateia e frequentava a sinagoga apenas como forma de respeito às suas origens e de corresponder ao desejo de sua mãe querida.

Edith dizia não acreditar em Deus, porém, no fundo, um grande vazio em seu coração a encorajava e a impulsionava a buscar a verdade de modo muito sincero. Esse desejo de Edith pela verdade era fruto de seu caráter muito bem formado, de sua conduta repleta de virtudes e integridade. Ainda que fosse declaradamente ateia, Edith possuía uma formação humana e uma educação virtuosa que fazia com que o seu reencontro com Deus fosse apenas uma questão de tempo.

Foi por causa desse anseio por conhecimento e dessa busca autêntica pelo que é verdadeiro que Edith se formou em filosofia, após anos de estudos na Universidade de Breslau. Tornou-se doutora em filosofia e foi convidada por Edmund Husserl, filósofo fenomenólogo de sua época, para ser sua assistente.

Conversão

Santa Edith Stein vivenciou uma espécie de conversão intelectual, em face de sua abertura à verdade, e a forma como isso aconteceu foi extremamente simples, por meio da leitura do livro autobiográfico de Santa Teresa d’Ávila, o “Livro da Vida”. Edith ficou tão fascinada com a escrita da autora e com o conteúdo, que passou a noite toda lendo e, ao terminar, diz ter encontrado a Verdade — “Quando fechei o livro, disse para mim mesma: é esta a verdade”.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” [1] — Santa Edith Stein encontrou a verdade, cujos livros não podem conter, e a verdade que o seu coração tanto ansiava era Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Clausura

Santa Edith Stein, vestida como carmelita.

Santa Edith Stein recebeu o sacramento do batismo na Igreja Católica em 1922, e nos anos seguintes procurou conhecer ao máximo a fé cristã, mais do que isso, esforçou-se para ter uma vida espiritual frutuosa através de um apostolado ativo. A família de Edith cortou os laços com ela durante um período considerável, em face da insatisfação quanto à escolha de se tornar católica.

E enfim, em 1933, aos 42 anos, Edith Stein avisou sua mãe sobre a decisão de entrar para a Congregação das Carmelitas Descalças. E assim sucedeu-se: o seu nome passou a ser Teresa Benedita da Cruz em homenagem à Santa Teresa d’Ávila que foi responsável pela sua conversão de vida. Desta forma, Edith renunciou ao mundo, realizando votos de amor a Jesus através da castidade, pobreza e profunda obediência. Por muitos anos escreveu bilhetes à mãe, que não correspondeu a maioria.

O campo de concentração e o martírio

A perseguição aos judeus na Alemanha nazista apenas se intensificava e, em meio a esse cenário, os superiores de Santa Edith Stein enviaram-na, juntamente com a irmã Rose, ao Carmelo de Echt, que ficava na Holanda.

Quando os nazistas começaram a ocupar a Holanda, a perseguição aos judeus os acompanhou, e começaram a exterminá-los também neste país, o que levou muitos bispos a se revoltarem com a situação e se pronunciarem por meio de uma Carta Pastoral. Tal pronunciamento fez com que a perseguição se intensificasse ainda mais, passando a atingir também os judeus que professavam a fé católica.

E foi assim que nossa Edith Stein começou o seu martírio, ao ser aprisionada no campo de concentração de Auschwitz. Mesmo depois disso, Edith continuou firme com o seu apostolado, empenhando-se em converter o seu povo, os judeus, à fé católica. Em 9 de Agosto de 1942, Edith Stein, aos 52 anos, foi morta na câmara de gás, morreu martirizada em nome do seu povo que tanto sofreu e em nome de Cristo, por quem ofereceu a sua própria vida pela salvação das almas.

São Maximiliano Kolbe e Santa Edith Stein, ambos martirizados em Auschwitz.
São Maximiliano Kolbe e Santa Edith Stein, ambos martirizados em Auschwitz. [Créditos da foto: CNS – Serviço de Notícias Católicas]

Veja também: Como foi o Martírio de São Maximiliano Kolbe.

O legado de Santa Edith Stein

A vida e conversão de Santa Edith Stein, também chamada Santa Teresa Benedita da Cruz, é a prova viva de que a fé é o fruto da inteligência humana, é também o destino certo de quem busca incansavelmente encontrar a verdade, que sabemos que é Nosso Senhor Jesus Cristo.

Santa Teresa Benedita da Cruz

No dia 11 de Outubro de 1998, o Papa São João Paulo II canonizou Edith Stein que passou a ser chamada pelo seu nome de vida religiosa — Santa Teresa Benedita da Cruz ou somente Santa Teresa da Cruz.

E, em 1 de Outubro de 1999, pelo mesmo Papa, Santa Teresa da Cruz foi proclamada como co-padroeira da Europa, ao lado de Santa Brígida da Suécia e de Santa Catarina de Sena, por seu serviço não somente à Santa Igreja de Cristo mas também a todo o povo europeu, através de sua contribuição filosófica.

Obra e pensamento

No ano de 1913, Edith Stein se aproxima da escola fenomenológica, e ao estudar com um filósofo chamado Edmund Husserl, diz ter encontrado na fenomenologia um método para desenvolver os seus estudos. O tema que escolheu para realizar a sua tese de doutorado foi a empatia, com o título de “O problema da empatia”, cuja nota foi máxima.

Santa Edith Stein escreveu ainda muitas obras ao longo de sua vida, desde escritos autobiográficos até mesmo escritos espirituais durante o período que esteve no carmelo. Sua contribuição filosófica foi grandiosa e extremamente frutuosa.

Você pode conferir mais sobre a relação entre fé e razão, tão cara a Santa Edith Stein, neste artigo.

 

Fonte: Minha Biblioteca Católica

Semana dedicada à vocação matrimonial

A família não é atacada somente pelo que ela representa, mas também pelos bons frutos que ela produz.

Isso acontece porque Deus estabeleceu que a família fosse um centro de formação do indivíduo, tanto para a Igreja quanto para o mundo, pois ela é o berço da aquisição das virtudes e do serviço ao próximo.

É muito importante orarmos em família, pois a oração familiar pode amenizar muitas tensões e encher os corações com a paz de Deus, ajudando você e aos demais a se tornarem mais pacientes, bondosos, misericordiosos e humildes.

Rezemos com a seguinte oração à Sagrada Família:

“Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais haja nas famílias
episódios de violência, de fechamento e divisão;
e quem tiver sido ferido ou escandalizado
seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,
fazei que todos nos tornemos conscientes
do carácter sagrado e inviolável da família,
da sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.
Amém.”

(Papa Francisco)

 

Fonte: Pe. Matheus Aquino

ANÚNCIO DO PAPA FRANCISCO: PRÓXIMA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE SERÁ NA COREIA DO SUL, EM 2027

Temos um novo encontro: Seul – Coreia do Sul 2027! A Jornada Mundial da Juventude retorna à Ásia depois de mais de 30 anos. Em 1995, com o papa São João Paulo II, a JMJ aconteceu em Manila, reunindo mais de 4 milhões de jovens na capital das Filipinas, recorde de público em todas as edições.

Apesar de não ter um grupo religioso majoritário, a Correia do Sul possui um considerável aumento do número de cristãos, que representam aproximadamente 29% da população, sendo 11% dela católica. Em 1900, o número de cristãos não passava de 1% da população.

Será a terceira visita de um pontífice ao país. A primeira aconteceu em 1989, por São João Paulo II, por razão do Congresso Eucarístico Internacional; e a última, em 2014, quando o papa Francisco participou do Encontro com a Juventude Asiática.

Seul
A capital da Correia do Sul é caracterizada por ser uma megametrópole com quase 10 milhões de habitantes e com recursos de alta tecnologia, misturando história com modernidade.

Em Roma 2025
Antes do anúncio da próxima JMJ, o papa Francisco fez um convite aos jovens para participarem do Jubileu da Juventude, parte da programação do Ano Santo Ordinário, que será realizado em 2025 com o tema “Peregrinos da Esperança”.

Fonte: Jovens Conectados

CENTRO DE LITURGIA DOM CLEMENTE ISNARD PREPARA 35ª SEMANA DE LITURGIA COM APOIO DE COMISSÃO DA CNBB

O Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard e a Rede Celebra promovem, de 16 a 20 de outubro deste ano, a 35ª Semana de Liturgia. O evento formativo tem o apoio da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e está com inscrições abertas.

Nesta edição, a semana será ocasião de festa, segundo os organizadores, recordando o momento em que a CNBB disponibiliza para todos os fiéis a tradução da terceira edição típica do Missal Romano. Quanto ao aprofundamento, a formação terá como tema “Sacrosanctum Concilium 60 Anos: Sentido Teológico Espiritual na Perspectiva da Desiderio Desideravi”.

“Celebrar os 60 anos da Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium implica em revisitar e, novamente acolher, o grande evento ecumênico da Igreja. Para tanto, esta 35ª Semana de Liturgia quer nos proporcionar um mergulho nesta Constituição, travando um fecundo diálogo com a Carta do Papa Francisco, Desiderio desideravi”, explica o bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Hernaldo Pinto de Farias.

Sobre a carta apostólica Desiderio desideravi, do Papa Francisco, dom Hernaldo explica que é uma atualização da Constituição conciliar “que nos chama, novamente, a celebrar os Mistérios de Cristo na e a partir da liturgia da Igreja e não de ‘ideologias’ subjetivistas, tradicionalistas ou mesmo ‘progressistas’, para contentar um mercado religioso. Esse Mistério deve ser experimentado pelos ritos e pelas preces, fontes de espiritualidade da vida cristã”.

O bispo motiva a participação para que a terceira edição típica do Missal “que estamos para usar, seja fonte genuína da nossa experiência de fé”.

O assessor da Comissão para a Liturgia da CNBB, frei Luis Felipe Marques, ressalta a intuição originária e a dedicação permanente do Centro de Liturgia e dos seus membros que “sempre foi ajudar que as nossas comunidades pudessem beber da fonte da espiritualidade e crescerem na vida cristã. A familiaridade, a partilha das mais diversas realidades e os momentos orantes são características da Semana de Liturgia”, sublinhou.

Para informações sobre a programação, como se inscrever, clique aqui.

Fonte: CNBB

O Papa aos sacerdotes de Roma: trabalhar com os leigos e tomar cuidado com o clericalismo

“Obrigado pelo seu ministério, que muitas vezes se realiza no meio de tanto esforço, incompreensão e pouco reconhecimento”, escreve o Papa Francisco aos sacerdotes da Diocese de Roma. “A mundanidade espiritual é perigosa porque é um modo de vida que reduz a espiritualidade à aparência. Como idoso, e de coração, digo a vocês que me preocupa quando recaímos nas formas do clericalismo”, adverte Francisco.


O Papa Francisco enviou uma carta aos sacerdotes da Diocese de Roma, nesta segunda-feira (07/08).

Na missiva, o Pontífice renova o seu agradecimento aos sacerdotes pelo seu testemunho, pelo seu serviço, pelo bem oculto que fazem, pelo perdão e consolo que dão em nome de Deus. “Obrigado pelo seu ministério, que muitas vezes se realiza no meio de tanto esforço, incompreensão e pouco reconhecimento”, escreve ainda o pontífice.

Segundo o Papa, o “ministério sacerdotal não se mede pelos sucessos pastorais”. No centro da vida sacerdotal está “o permanecer no Senhor para dar frutos” e não “o frenesi da atividade”. “A ternura que nos consola brota da sua misericórdia, da acolhida dos “magis” da sua graça, que nos permite ir adiante no trabalho apostólico, suportar os reveses e fracassos, alegrar-nos com simplicidade de coração, ser mansos e pacientes, e recomeçar sempre, estender as mãos aos outros”, ressalta.

“Os nossos necessários “momentos de recarga” não ocorrem apenas quando descansamos física ou espiritualmente, mas também quando nos abrimos ao encontro fraterno entre nós: a fraternidade conforta, oferece espaços de liberdade interior e não nos faz sentir sozinhos diante dos desafios do ministério”, sublinha o Papa.

A mundanidade espiritual é perigosa

“Neste nosso tempo, o que nos pede o Senhor, para onde nos orienta o Espírito que nos ungiu e nos enviou como apóstolos do Evangelho?” “Na oração, me vem à mente: que Deus nos pede para ir fundo na luta contra a mundanidade espiritual“, ressalta.

De acordo com o Papa, “a mundanidade espiritual é perigosa porque é um modo de vida que reduz a espiritualidade à aparência: nos leva a ser «comerciantes do espírito», homens vestidos de formas sagradas que, na realidade, continuam pensando e agindo segundo as modas do mundo. Isso acontece quando nos deixamos fascinar pelas seduções do efêmero, pela mediocridade e pela rotina, pelas tentações do poder e da influência social, da vanglória e do narcisismo, da intransigência doutrinal e do esteticismo litúrgico, formas e maneiras nas quais a mundanidade «se esconde atrás de aparências de religiosidade e até de amor à Igreja», mas na realidade «consiste em buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal»”.

Ainda segundo Francisco, “a mundanidade espiritual é uma tentação “gentil” e por isso ainda mais insidiosa. Na verdade, ela se insinua sabendo se esconder bem atrás das boas aparências, até mesmo dentro de motivações “religiosas”. E, mesmo que a reconheçamos e a afastemos de nós, mais cedo ou mais tarde ela volta disfarçada de outro modo”.

“Precisamos de vigilância interior, de guardar a mente e o coração, alimentar o fogo purificador do Espírito dentro de nós, porque as tentações mundanas voltam e “batem” de maneira educada. «São os “demônios educados”: entram educadamente, sem que eu perceba»”, escreve ainda o Papa.

Atenção a não cair no clericalismo

A seguir, Francisco se detém num aspecto desta mundanidade: o clericalismo. “Como idoso, e de coração, digo a vocês que me preocupa quando recaímos nas formas do clericalismo; quando, talvez sem perceber, damos às pessoas a impressão de que somos superiores, privilegiados, colocados «no alto» e, portanto, separados do resto do Povo santo de Deus“. “Como me escreveu uma vez um bom sacerdote: “O clericalismo é um sintoma de uma vida sacerdotal e laical tentada a viver na função e não no vínculo real com Deus e com os irmãos”. Em suma, denota uma doença que nos faz perder a memória do Batismo recebido, deixando em segundo plano a nossa pertença ao mesmo Povo santo e levando-nos a viver a autoridade nas várias formas de poder, já não percebendo a duplicidade, sem humildade, mas com comportamentos distantes e soberbos”, frisa o Papa.

“A preocupação centra-se no “eu”: o próprio sustento, as próprias necessidades, o louvor recebido para si e não para a glória de Deus. Isto acontece na vida de quem cai no clericalismo: perde o espírito de louvor porque perdeu o sentido da graça, o estupor pela gratuidade com que Deus o ama, aquela confiante simplicidade de coração que faz estender as mãos ao Senhor”, escreve Francisco na carta aos sacerdotes.

A seguir, o Papa indicou “o antídoto quotidiano contra a mundanidade e o clericalismo: olhar para Jesus crucificado, fixar todos os dias o olhar n’Aquele que se esvaziou e se humilhou até à morte por nós”.

“Este é o espírito sacerdotal: fazer-nos servos do Povo de Deus e não senhores, lavar os pés dos nossos irmãos e não esmagá-los debaixo dos nossos pés. Portanto, permaneçamos vigilantes em relação ao clericalismo”, ressalta o Papa.

Não assumir um “espírito clerical”

A seguir, Francisco recorda que “o clericalismo pode dizer respeito a todos, também aos leigos e aos agentes pastorais“. Segundo o Papa, “pode-se assumir um “espírito clerical” no levar adiante ministérios e carismas, vivendo de maneira elitista o próprio chamado, fechando-se no próprio grupo e erguendo muros para fora, desenvolvendo laços possessivos em relação aos papéis na comunidade, cultivando atitudes presunçosas e arrogantes em relação aos outros”.

De acordo com o Papa, “os sintomas são a perda do espírito de louvor e da gratuidade alegre, enquanto o diabo se insinua, alimentando lamentos, negatividade e insatisfação crônica com o que está mal, ironia que se torna cinismo. Assim, nos deixamos absorver pelo clima de crítica e raiva que se respira ao redor, ao invés de sermos aqueles que, com simplicidade e mansidão evangélica, com bondade e respeito, ajudam nossos irmãos e irmãs a saírem das areias movediças da intolerância”.

“Vamos em frente com entusiasmo e coragem: trabalhemos juntos, entre sacerdotes e com os irmãos e irmãs leigos, iniciando formas e caminhos sinodais, que nos ajudem a despojar-nos de nossas seguranças mundanas e “clericais” para buscar, humildemente, caminhos pastorais inspirados pelo Espírito, para que a consolação do Senhor chegue realmente a todos”, conclui a carta do Papa.

Fonte: Vatican News


O anúncio do Papa: JMJ 2027 em Seul e Jubileu dos Jovens 2025 em Roma

Antes de rezar o Angelus e antes de anunciar o Jubileu dos Jovens e a sede da próxima JMJ, o Papa Francisco expressou toda sua gratidão por tudo o que recebeu em Portugal durante sua visita e convidou todos a colocarem o futuro da humanidade nas mãos da Rainha da Paz.


Antes de rezar o Angelus no final da Eucaristia da JMJ, celebrada no Parque Tejo, em Lisboa, o Papa pronunciou as seguintes palavras:

“Queridos irmãos e irmãs,

Uma palavra ressoou muitas vezes nestes dias: “gracias” ou melhor «obrigado». É muito belo aquilo que o Patriarca de Lisboa acaba de nos dizer: que «obrigado» não expressa só gratidão pelo que se recebeu, mas também o desejo de retribuir o bem. Neste evento de graça, todos nós recebemos, e agora, que nos preparamos para regressar para casa, o Senhor faz-nos sentir a necessidade e partilhar também conosco, testemunhando com alegria a gratuidade de Deus e o que Deus colocou em nossos corações.

Mas, antes de vos enviar, quero também eu dizer «obrigado». Digo-o, em primeiro lugar, ao Cardeal Clemente e, nele, à Igreja e a todo o povo português, obrigado. Obrigado ao Senhor Presidente, que nos acompanhou nos eventos destes dias; obrigado às instituições nacionais e locais pelo apoio e assistência prestados; obrigado aos Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos. E obrigado a ti, Lisboa, que ficarás na memória destes jovens como «casa de fraternidade» e «cidade de sonhos».

Exprimo depois o vivo reconhecimento ao Cardeal Farrell, que rejuvenesceu nestes dias, bem como a quantos as acompanharam com a oração. Obrigado aos voluntários, a eles este aplauso de todos pelo grande serviço prestado! E um agradecimento especial a quem velou pela JMJ a partir do Alto, ou seja, os Santos patronos do evento: e a um em particular, João Paulo II, que deu vida às Jornadas Mundiais da Juventude.

E obrigado a todos vós, queridos jovens! Deus vê inteiramente o bem que sois; só Ele conhece o que semeou nos vossos corações. Vocês se vão daqui com o que Deus semeou em seu coração. Façam-no crescer, guardai-o com cuidado. Quero dizer-vos: recordai, fixai na mente os momentos mais belos. Depois, quando vier algum momento de cansaço e desânimo, que são inevitáveis, e quem sabe, a tentação de parar no caminho ou de vos fechar em vós mesmos, com a recordação reavivai as experiências e a graça destes dias, porque – nunca o esqueçais – esta é a realidade, isto é o que vós sois: o Povo santo fiel de Deus que caminha na alegria do Evangelho. Desejo também gostaria de enviar uma saudação aos jovens que não puderam estar aqui, mas participaram em iniciativas organizadas por seus países pelas respetivas Conferências Episcopais, por Dioceses; e penso, por exemplo, nos irmãos e irmãs subsarianos, reunidos em Tânger.

A todos obrigado, muito obrigado!

E de maneira particular, acompanhemos com o pensamento e a oração aqueles que não puderam vir por causa de conflitos e de guerras. No mundo são muitas as guerras, são muitos os conflitos. Pensando neste continente, sinto grande tristeza pela querida Ucrânia, que continua a sofrer muito.

Amigos, permitam-me também que eu, já idoso, compartilhe convosco, jovens, um sonho que trago cá dentro: é o sonho da paz, o sonho de jovens que rezam pela paz, vivem em paz e constroem um futuro de paz.

Por meio da oração do Angelus, coloquemos nas mãos de Maria, Rainha da Paz, o futuro da humanidade.

E, há um último obrigado que gostaria de destacar no final. Obrigado às nossas raízes, aos nossos avós que nos transmitiram a fé, que nos transmitiram o horizonte de uma vida. Eles são nossas raízes.

E de volta para casa, continuem rezando pela paz. Vocês sõ um sinal de paz para o mundo, um testemunho de como diversas as diversas nacionalidades, as línguas, as histórias, podem unir em vez de dividir. Vocês são a esperança de um mundo diferente. Obrigado. Sigam em frente!

Anúncio da próxima JMJ

E, no final, chega um momento que todos esperam, o anúncio da próxima etapa do caminho. Porém, antes de dizer qual será a sede da 41ª Jornada Mundial da Juventude, gostaria de fazer um convite: convido todos os jovens do mundo, para o 2025, em Roma, para celebrar juntos o Jubileu dos Jovens Aguardo-vos ali,  em 2025 25, para celebrarmos juntos o Jubileu dos Jovens.

E a próxima Jornada Mundial da Juventude acontecerá na Ásia: será na Coreia do Sul. em Seul. E assim, em 2027, da fronteira ocidental da Europa, se deslocará para o Extremo Oriente. E este é um belo sinal da universalidade da Igreja e do sonho de unidade de que sois testemunhas.

Finalmente, um último obrigado, dirigimo-lo a duas pessoas especiais, a dois protagonistas principais deste encontro. Eles estiveram aqui conosco, e estão sempre conosco, não perdem de vista as nossas vidas, amam-nas como ninguém pode fazê-lo: obrigado a Ti, Senhor Jesus; obrigado a Ti, Maria nossa Mãe. E agora rezamos…. “(oração do Angelus).

Apelo após o Angelus

“Quero assegurar minhas orações, e o fazemos também juntos, pelas vítimas da trágica avalanche ocorrida há dois dias na região de Racha, na Geórgia. E acompanho seus familiares com minha proximidade. Que a Santíssima Virgem os conforte, e também apoie o trabalho das equipes de resgate.

E acompanho, estou perto, de meu irmão, meu patriarca, Elías II.”

Fonte: Vatican News