No próximo dia 12 de setembro de 2023, terça-feira, às 19h, a TV Evangelizar irá transmitir uma missa AO VIVO presidida pelo bispo diocesano, Dom Aldemiro Sena dos Santos, diretamente da Catedral Nossa Senhora da Luz, em Guarabira-PB.
Esse é um projeto da própria TV Evangelizar, cuja proposta é realizar a transmissão ao vivo de uma celebração eucarística, com duração de 1h20, em cada (arqui)diocese do Brasil, presidida pelo (arce)bispo da referida Igreja Particular.
Clero, religiosos(as), consagrados(as) e fiéis em geral, todos são convidados a participar ou acompanhar a transmissão pela SKY (Canal 586), Canal no Youtube, Aplicativo Associação Evangelizar (Google Play | App Store) ou pelo site: tvevangelizar.com.br.
Na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo (10), Francisco refletiu sobre a “correção fraterna” proposta no Evangelho do dia e indicou três passos para alcançar aquela que é “uma das expressões mais elevadas do amor e também uma das mais exigentes, porque não é fácil corrigir os outros”. Quando um irmão na fé comete uma falta, “você aponta o dedo ou abre os braços?”, questionou o Pontífice.
O Papa está de volta ao Angelus na Praça São Pedro, já que há exatamente uma semana cumpria agenda na Ásia durante viagem apostólica à Mongólia. Neste domingo (10), ao reencontrar os peregrinos no Vaticano, Francisco refletiu sobre o trecho do Evangelho do dia (cf. Mt 18,15-20) que fala de “correção fraterna”, descrevendo-a como “uma das expressões mais elevadas do amor e também uma das mais exigentes, porque não é fácil corrigir os outros… Quando um irmão na fé comete uma falta contra você, você, sem rancor, o ajuda, o corrije”. Mas nem sempre é assim, recorda o Pontífice:
“Infelizmente, por outro lado, a primeira coisa que geralmente se cria em torno de quem erra é a fofoca, em que todos ficam sabendo do erro, com todos os detalhes, exceto a pessoa em questão! Isso não é correto, irmãos e irmãs, isso não agrada a Deus. Não me canso de repetir que a fofoca é uma praga na vida das pessoas e das comunidades porque leva à divisão, leva ao sofrimento, leva ao escândalo, e nunca ajuda a melhorar, nunca ajuda a crescer.”
O Pontífice, então, recorreu a São Bernardo de Claraval (1090-1153), “um grande mestre espiritual”, educador de gerações de santos que deixou documentos fundamentais e tinha a humanidade de Cristo como o centro de tudo. Ele “dizia que a curiosidade estéril e as palavras superficiais são os primeiros degraus da escada da soberba, que não leva para cima, mas para baixo, precipitando o homem para a perdição e a ruína (cf. Os Graus da Humildade e da Soberba)”.
Os passos para a correção fraterna
O melhor comportamento é ensinado pelo próprio Jesus em três etapas, recorda Francisco. A primeira sugere que, para corrigir o irmão que cometeu o erro, se “converse com ele ‘cara a cara’, converse de forma justa, para ajudá-lo a ver onde está errando”. Uma atitude “para o bem dele”, “que não é aquela de falar mal, mas dizer as coisas na cara dele com mansidão e gentileza”.
Se isso não for suficiente, Jesus aconselha buscar ajuda junto a algumas pessoas que realmente tenham boa intenção. “Mas cuidado: não aquele grupo de tagarelas!”, alerta o Pontífice. Se mesmo assim não entender, “então, diz Jesus, envolva a comunidade”.
“Mas, também aqui, vamos esclarecer: não significa ridicularizar a pessoa, envergonhá-la publicamente, não, mas sim unir os esforços de todos para ajudá-la a mudar. Apontar o dedo contra as pessoas não é bom; na verdade, muitas vezes torna mais difícil para quem errou reconhecer o próprio erro. Em vez disso, a comunidade deve fazer com que ele ou ela sinta que, ao mesmo tempo em que condena o erro, está próxima com a oração e com o carinho à pessoa, sempre pronta a oferecer o perdão, a compreensão e a começar de novo.”
Se não ouvir nem mesmo a comunidade, Jesus diz que o irmão deve se tornar “como se fosse um pagão ou um pecador público” (v. 17). O Papa Francisco conclui a reflexão do Evangelho pedindo a intercessão de Maria “que continuou a amar mesmo quando ouvia as pessoas condenarem seu Filho”. E para buscar o caminho do bem, Francisco assim nos convida a analisar, perguntando-nos:
“Como eu me comporto com quem erra contra mim? Será que guardo isso pra mim e acumulo ressentimentos? ‘Você vai pagar por isso’: essa palavra, que vem com tanta frequência… ‘Você vai pagar por isso’. Será que faço disso um motivo para falar pelas costas? ‘Você sabe o que aquele ali fez?’ Blá blá blá… aquele papo…. Ou sou corajoso, corajosa e tento conversar? Rezo por ele ou por ela, peço ajuda para fazer o bem? E as nossas comunidades cuidam daqueles que caem, para que possam se levantar e começar uma nova vida? Apontam o dedo ou abrem os braços? O que você faz? Você aponta o dedo ou abre os braços? Pensa.”
A Natividade da Virgem Maria é uma das festas marianas mais antigas. Imagina-se que a sua origem esteja ligada à festa da dedicação de uma igreja a Maria. Segundo a tradição, era a casa dos pais de Maria, Joaquim e Ana. É localizada em Jerusalém, construída no século IV: a basílica de Santa Ana, é onde nasceu a Virgem. Em Roma, esta festa começou a ser celebrada no século VIII, durante o pontificado do Papa Sérgio I (†8 de setembro de 701).
A Natividade
A Igreja católica não costuma celebrar o dia de nascimento dos santos, mas de sua morte. Há, contudo, três celebrações de nascimento: de Jesus Cristo (Natal); de São João Batista (ainda no ventre de Isabel, manifestou-se diante da proximidade de Maria, que esperava Jesus e fora visitar sua parente); e o da própria Virgem Santíssima.
A Tradição
Nos Evangelhos não encontramos citações sobre esta festa, tampouco os nomes dos pais de Maria. Só há referências a Virgem Maria quando se trata de ressaltar algum fato que diga respeito ao Salvador. A Palavra de Deus nos mostra, mesmo que de forma discreta, a presença de Maria Santíssima nos momentos centrais da História da Salvação, como na encarnação, a inauguração do ministério de Cristo, a crucifixão, o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo e outros eventos.
Contudo, os Evangelhos não nos dão informações a respeito da família de Maria, de sua infância, de sua formação, de seu temperamento, de seu aspecto físico entre outras características. Mas a tradição faz menção no Protoevangelho de Tiago, apócrifo escrito no século II. Entretanto, o acontecimento fundamental da vida de Maria continua sendo a Anunciação.
Relevância da Festividade
A maravilha deste nascimento não está no que os apócrifos narram com grande detalhe e engenhosidade. Está no significativo passo em frente que Deus leva na realização do seu eterno desígnio de amor. Por isso, a festa de hoje foi celebrada com magníficos louvores por muitos Santos Padres, que se basearam em seu conhecimento da Bíblia e em sua sensibilidade poética e ardor
O Exemplo é Maria
Maria é uma mulher que deve ser imitada pela sua confiança, mormente nos momentos mais obscuros da vida do seu Filho Jesus. Isso e muitas outras coisas explicam o fato do Povo de Deus recorrer a Ela para encontrar refúgio, conforto, ajuda e proteção.
A Igreja considera Maria como a Mãe de Deus, mas também como a discípula. Maria foi exemplo e modelo de vida cristã: pela sua fé, obediência ao seu Filho, caridade com a prima Isabel e nas Bodas de Caná.
A Celebração
A Natividade de Nossa Senhora é celebrada nove meses depois da celebração da solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro). É toda a Igreja que faz o convite:
“Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria! (…) Que a criação inteira se alegre, festeje e cante a natividade de uma santa mulher, porque ela gerou para o mundo um tesouro imperecível de bondade, e porque por ela o Criador mudou toda a natureza humana em um estado melhor!”
(S. João Damasceno – século VIII)
Protetora e Padroeira
Nossa Senhora da Natividade é padroeira e protetora das costureiras. Além dos cozinheiros, dos destiladores, dos fabricantes de alfinetes e panos e da hospedaria.
Minha oração
“No dia do teu aniversário, quero louvar a Deus e celebrar a grande graça que é ter te recebido como Mãe. Obrigado, por tanto carinho e proteção, obrigado por todas as graças que recebo de ti diariamente. Seja hoje e sempre nossa Senhora!”
“Tive a graça de encontrar na Mongólia uma Igreja humilde e feliz, que está no coração de Deus, e posso testemunhar-vos a sua alegria por se encontrarem por alguns dias também no centro da Igreja”, disse o Papa durante a catequese ao recordar os principais momentos de sua 43ª viagem apostólica.
Passados os dias de calor intenso causado pelo verão, a Praça São Pedro voltou a receber milhares de fiéis e peregrinos para a tradicional Audiência Geral.
Durante a catequese desta quarta-feira (06 de setembro), o Papa Francisco relembrou a sua recente viagem à Mongólia, realizada nos dias 31 de agosto a 4 de setembro. O Pontífice começou expressando a sua gratidão a todos aqueles que acompanharam suas atividades no país asiático com orações. E reforçou os seus agradecimentos às autoridades que o acolheram solenemente, em particular ao Presidente Khürelsükh e também ao ex-presidente Enkhbayar, que fez o convite oficial para a visita ao país.
Uma igreja humilde e feliz
Francisco disse recordar com alegria a Igreja local e o povo mongol: um povo nobre e sábio, que me mostrou tanta cordialidade e carinho, “hoje gostaria de levá-los ao coração desta viagem”, destacou.
E alguém poderia se perguntar, observou Francisco:
“Mas por que o Papa vai tão longe para visitar um pequeno rebanho de fiéis? Porque é precisamente ali, distante dos holofotes, que muitas vezes se encontram os sinais da presença de Deus, que não olha para as aparências, mas para o coração. O Senhor não procura o centro do palco, mas o coração simples de quem O deseja e O ama sem aparecer, sem querer destacar-se dos outros. E tive a graça de encontrar na Mongólia uma Igreja humilde e feliz, que está no coração de Deus, e posso testemunhar-vos a sua alegria por se encontrarem por alguns dias também no centro da Igreja.”
Missionários apaixonados pelo evangelho
O Pontífice destacou a emocionante história daquela pequena comunidade cristã, que surgiu, por graça de Deus, e através do zelo apostólico de alguns missionários que, apaixonados pelo Evangelho, foram enviados para aquele país desconhecido.
Ao evidenciar o trabalho árduo e incansável realizado ao longo dos anos pela Igreja, o Papa explicou que a palavra “católica”, significa “universal”, e acrescentou: “não se trata de uma universalidade que homogeneíza, mas de uma universalidade que se incultura. Isto é a catolicidade: uma universalidade encarnada, que percebe o bem ali onde vive e serve as pessoas com quem vive.”
“Assim vive a Igreja: testemunhando o amor de Jesus com mansidão, com a vida antes que com as palavras, feliz pelas suas verdadeiras riquezas: o serviço ao Senhor e aos irmãos.”
O Pontífice fez então memoria da “Casa de Misericórdia”, inaugurada por ele no último dia da viagem, sendo a primeira obra de caridade na Mongólia.
“Aquele espaço expressa todos os componentes da Igreja local: um lugar aberto e acolhedor, onde as misérias de todos podem entrar em contato sem vergonha com a misericórdia de Deus que eleva e cura. Eis o testemunho da Igreja mongol, com missionários de vários países que se sentem um com o povo, felizes em servi-lo e descobrir as belezas que já existem ali”.
“Os missionários não foram lá para fazer proselitismo, isso não é evangélico, eles foram lá para viver como o povo mongol, para falar a língua deles, para assumir os valores daquele povo e pregar o Evangelho no estilo daquela cultura”, completou Francisco.
Há sempre alguma riqueza a descobrir
O Papa sublinhou a beleza do encontro com todo o povo mongol, e disse que ao ouvir as suas histórias, pôde admirar ainda mais a busca religiosa ali vivenciada.
Ao recordar o encontro inter-religioso e ecumênico, Francisco ressaltou que a Mongólia tem uma grande tradição budista, com tantas pessoas que no silêncio vivem a sua religiosidade de forma sincera e radical, por meio do altruísmo e da luta contra as próprias paixões.
“Pensemos em quantas sementes do bem, no escondimento, fazem germinar o jardim do mundo, enquanto habitualmente ouvimos falar somente do som das árvores que caem!”
Para Francisco é crucial saber perceber e reconhecer o bem: “muitas vezes, porém, apreciamos os outros apenas na medida em que correspondem às nossas ideias. Pelo contrário, Deus pede-nos para ter um olhar aberto e benevolente, porque, sem cair em nocivos sincretismos e em fáceis irenismos, há sempre alguma riqueza a descobrir: nas pessoas como nas culturas, nas religiões como nas nações.”
“Por isso é importante, como faz o povo mongol, orientar o olhar para o alto, para a luz do bem. Só assim, a partir do reconhecimento do bem, se constrói o futuro comum; somente valorizando o outro podemos ajudá-lo a melhorar. E isso acontece com as pessoas e também com as populações. Por outro lado, Deus age assim conosco: olha-nos com benevolência, com confiança, com o olhar do coração.”
Um dos momentos da audiência geral desta quarta-feira, 06 de setembro
Ao concluir a catequese, o Santo Padre disse que lhe fez bem estar no coração da Ásia. E destacou como foi importante entrar em diálogo com aquele grande continente, captar suas mensagens, conhecer sua sabedoria, sua maneira de ver as coisas, de abraçar o tempo e o espaço.
“Fez-me bem encontrar o povo mongol, que preserva as suas raízes e tradições, respeita os idosos e vive em harmonia com o meio ambiente: é um povo que perscruta o céu e sente a respiração da criação. Pensando nas extensões ilimitadas e silenciosas da Mongólia, deixemo-nos estimular pela necessidade de alargar os limites do nosso olhar, para que veja o bem que há nos outros e seja capaz de expandir os próprios horizontes.”
O Papa Francisco finalizou exortando a todos: “por favor: ampliem os limites, e não se deixem aprisionar pela pequenez, permitam-se alargar o coração, para estarmos próximos de todas as pessoas e de todas as civilizações”.
Tomada em seu valor simbólico, esta experiência humana torna-se um indicador que aponta para um significado transcendente
O Novo Testamento expressa o mistério da salvação por meio de numerosos símbolos e conceitos: salvação, libertação, justificação, sacrifício, oferta, expiação, perdão, reconciliação, vivificação, filiação adotiva, deificação, etc. A redenção é um deles.
A palavra “redenção” significa, antes de tudo, “libertação de um escravo”. Tomada em seu valor simbólico, esta experiência humana torna-se um indicador que aponta para um significado transcendente: a libertação de toda servidão e limitação que impede o acesso do ser humano à plenitude com Deus. Logo, as lutas humanas por emancipação se apresentam como lugares de revelação de Deus que salva.
A redenção está no cerne da experiência mais fundamental do Antigo Testamento: o Êxodo.
Pela mão de Moisés, Deus redimiu a Israel: Ele fez de um grupo de homens e mulheres escravos, um povo livre. A identidade de Deus é revelada por meio desta redenção histórica: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirou do Egito, casa da escravidão” (cf. Dt 5,6).
Jesus nos comunicou que o poder de Deus não é como o de poderosos deste mundo, que subjugam os povos. Deus em Cristo se revela como um poder não-violento que se coloca a serviço do homem, especialmente dos pobres (cf. Mc 10, 42-45; Jo 13,1-17).
Sua vida entregue na cruz redime a humanidade dos poderes que a oprimem. O amor incomensurável de Deus, expresso na Páscoa de Cristo e na efusão do Espírito Santo, põe em movimento uma dinâmica de liberdade que aponta para uma nova criação.
Os primeiros cristãos se consideravam pessoas redimidas.Cristo os libertou da “escravidão aos elementos do mundo” (Gl 4,3), isto é, da submissão desesperada das relações de dominação nas diferentes áreas da vida (econômica, política e familiar). Ele até lhes deu liberdade sobre a lei religiosa (cf. Rm 3, 21-24). Comunidades onde “não há judeu nem grego, nem nem escravo nem livre, nem homem nem mulher” (cf. Gl 3, 28) tornaram-se sinais de redenção realizada que atraiu novos convertidos.
A luta pela redenção, lugar de revelação
A salvação completa não pode ser menos do que plena comunhão com Deus, porque o destino último do ser humano é o encontro face a face com seu criador. Mas, nas experiências históricas de libertação, podemos gradualmente descobrir esse rosto de Deus.
Acompanhar quem luta pela liberdade em situações concretas de opressão nos coloca naquele lugar privilegiado onde Deus se revela. Um espírito contemplativo nos permite discernir Deus agindo onde homens e mulheres lutam para não se resignar ao desespero.
Redentoristas e Redenção
Os Redentoristas são cooperadores, parceiros e servidores de Jesus Cristo na grande obra da redenção (cf. Const. 2). Pela profissão dos votos se consagram ao mistério de Cristo Redentor, que se submeteu à vontade do Pai para a obra da redenção (Const. 48; 52; 71).
A contemplação dos mistérios da redenção (cf. Const. 31) os mantém vigilantes para descobrir como o Redentor continua a atuar na história. Eles consideram a Virgem Maria como seu modelo e socorro, já que ela cooperou e continua a cooperar no mistério da redenção (cf.Const. 32).
Leituras bíblicas sobre o tema da Redenção
Leia algumas dessas passagens bíblicas e reflita sobre a experiência de redenção que elas apresentam:
Conhecida mundialmente, através dos mais simples gestos de caridade à condecoração global do Prêmio Nobel da Paz, Madre Teresa sempre fez questão de que seu trabalho tivesse uma única finalidade: “para a glória de Deus e em nome dos pobres”.
Toda a vida e obra de Madre Teresa testemunharam a alegria de amar, a grandeza e a dignidade de cada ser humano, o valor das pequenas coisas feitas com fidelidade e amor, e a incomparável riqueza da amizade com Deus. Nesta terça-feira, 5 de setembro, a Igreja celebra a sua memória, data em que a santa dos pobres faleceu, em 1997.
Família e Vocação
Madre Teresa, nasceu no dia 26 de agosto de 1910 em Skopje, e o seu nome de batismo foi Agnes Gonxha. A mais nova dos cinco filhos, recebeu a Primeira Comunhão aos cinco anos e meio e foi crismada em novembro de 1916. Desde o dia da Primeira Comunhão, o amor pelas almas entrou em seu coração. A morte repentina de seu pai, quando Agnes tinha cerca de oito anos, deixou a família em dificuldades financeiras. A mãe viúva criou seus filhos com firmeza e amor, influenciando de certa maneira o caráter e a vocação de sua filha. A educação religiosa de Gonxha foi também fortalecida pela animada paróquia jesuíta do Sagrado Coração, na qual ela esteve ativamente envolvida.
De pequena estatura, mas com fé firme como uma rocha, Madre Teresa de Calcutá foi incumbida da missão de proclamar o amor sedento de Jesus pela humanidade, especialmente para os mais pobres entre os pobres. Sua alma refletiu constantemente a luz de Cristo, e o seu coração, como ela mesma costumava afirmar, ardia de amor por Ele.
“Sou albanesa de sangue, indiana de cidadania. No que diz respeito à minha fé, sou uma freira católica. Segundo a minha vocação, pertenço ao mundo. Mas no que diz respeito ao meu coração, pertenço inteiramente ao Coração de Jesus. […] Deus ainda ama o mundo e envia você e eu para sermos seu amor e compaixão pelos pobres, para saciar a Sua sede de amor e de almas.”
Madre Teresa de Calcutá e sua atenção aos mais necessitados
Um aspecto heróico
Mas havia outra característica desta grande mulher que só se tornou conhecida após a sua morte. Escondida de todos os olhares, e até dos mais próximos, a sua vida interior foi marcada pela experiência de um sentimento profundo, doloroso e permanente de estar separada de Deus, até mesmo rejeitada por Ele, juntamente com um desejo crescente por Ele. Ela chamou sua prova interior de “escuridão”. A “noite dolorosa” da sua alma, que começou no momento em que iniciou o seu apostolado junto dos pobres e durou toda a sua vida, conduziu Madre Teresa a uma união ainda mais profunda com Deus, através das trevas ela participou misticamente da sede de Jesus, ao seu doloroso e ardente desejo de amor e compartilhou a desolação interior dos pobres.
Testemunho e Santidade
Madre Teresa deixou-nos um testamento de fé inabalável, de esperança invencível e de extraordinária caridade. A sua resposta ao pedido de Jesus: “Vem, sê a minha luz”, fez dela uma Missionária da Caridade, “Mãe dos pobres”, símbolo de compaixão pelo mundo e testemunha viva do amor sedento de Deus. Em sua beatificação, em 2002, o Papa João Paulo II, que a considerava também como uma grande amiga, destacou:
“Estou pessoalmente grato a esta mulher corajosa, que senti sempre ao meu lado. Ícone do Bom Samaritano, ela ia a toda a parte para servir Cristo nos mais pobres entre os pobres. Nem conflitos nem guerras conseguiam ser um impedimento para ela. […] Prestemos honra a esta pequena mulher apaixonada por Deus, humilde mensageira do Evangelho e infatigável benfeitora da nossa época. Aceitemos a sua mensagem e sigamos o seu exemplo.”
Papa João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá
Já sua canonização foi celebrada pelo Papa Francisco, no Jubileu da Misericórdia, ocasião em que o Santo Padre enfatizou traços fortes de sua missão e de seu testemunho de santidade:
“Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que «quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável». Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes ― diante dos crimes! ― da pobreza criada por eles mesmos. A misericórdia foi para ela o “sal”, que dava sabor a todas as suas obras, e a luz que iluminava a escuridão de todos aqueles que nem sequer tinham mais lágrimas para chorar pela sua pobreza e sofrimento.”
O legado em prol dos mais necessitados
A obra fundada por Santa Teresa de Calcutá é uma de suas maiores heranças para o mundo. A Congregação das Missionárias da Caridade, que nasceu através do sim corajoso de Madre Teresa, em 1950 em Calcutá, Índia está presente hoje em mais de 100 países. Seu objetivo principal é totalmente dedicado ao serviço dos mais pobres dos pobres, independentemente de classe social, credo, cor ou religião.
Ao definir as linhas gerais da Congregação, Madre Teresa afirmou: “A finalidade das Irmãs Missionárias da Caridade é dedicar-se de corpo e alma e exclusivamente ao bem-estar material e espiritual de todas as pessoas necessitadas, dos pobres indefesos, das crianças negligenciadas, das pessoas abandonadas, dos doentes, leprosos e mendigos – em suma, todos aqueles que, seja por sua própria negligência ou por falta de interesse público, ficam à deriva na vida sem ajuda nem esperança.”
Imagem de Madre Teresa de Calcutá exibida durante sua canonização
Dia Internacional da Caridade
Outro marco importante é o Dia Internacional da Caridade, adotado na Assembleia Geral da ONU em 17 de dezembro de 2012. A data em que se celebra anualmente é justamente 5 de setembro, dia que assinala o aniversário da morte de Madre Teresa de Calcutá. Este evento tem como foco chamar a atenção para a necessidade de erradicar a pobreza e também reconhecer o papel fundamental do setor privado, da sociedade civil, do voluntariado e das iniciativas filantrópicas, dado que contribuem ativamente para a criação de sociedades mais inclusivas e resilientes.
Evangelização, informação e entretenimento enobrecem o trabalho diário da emissora
Fundada pelo Padre Reginaldo Manzotti, entrou no ar em 2011, sob o manto de Nossa Senhora do Carmo. A emissora trabalha com diversos programas voltados para o mundo cristão, buscando primar pela disseminação da palavra de Deus, evangelizando e catequizando seus telespectadores.
No dia 1.º de setembro, o mentor, fundador e presidente da Associação “Evangelizar é Preciso” e pároco-reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, Padre Reginaldo Manzotti, fez a abertura oficial da Rede Católica da Igreja (RCI) – TV Evangelizar.
O anúncio emocionado, feito em meio às comemorações dos 10 anos da Obra Evangelizar é Preciso, aconteceu ao vivo durante o programa Experiência de Deus. O sacerdote contou que, a partir desta data histórica, a TV Evangelizar é geradora de conteúdo para a Rede Católica da Igreja (RCI) e pode ser sintonizada ao vivo em canal aberto para 17 capitais e outras cidades de todo o país.
“O sonho é de Deus, o mandato é de Jesus Cristo e a missão é nossa. Este não é o sonho de um padre, é uma necessidade da Igreja”, afirmou. E reforçou: “Fique atento, porque novos transmissores serão ligados, novas antenas serão transportadas e a próxima cidade a ter a TV pode ser a sua”
Assim elenca em seu site: “A TV Evangelizar trabalha com verdade e clareza para alimentar a fé e a esperança dos telespectadores em todo o Brasil. Diariamente, cumpre o propósito de transmitir a programação de 24 horas, para mais de 2000 cidades e 19 capitais do país, por meio de mais de 430 emissoras de canal aberto e sinal via satélite.”
Em 1º de setembro de 2015, a TV Evangelizar passa a transmitir sua programação em rede nacional em parceria com a TVCi, atual RCI, sendo que em 24 de agosto de 2016, o canal passa a utilizar a marca “Rede Evangelizar de Comunicação”. No entanto, no dia 8 de outubro de 2016, na Festa das Santas Chagas, o canal volta a se chamar TV Evangelizar.
Francisco realizou uma viagem histórica ao país da Ásia Central, que pela primeira vez recebeu um Papa. Tratou-se da 43a peregrinação apostólica do Pontífice.
O encontro com os agentes da caridade foi o último compromisso oficial do Papa na Mongólia. Da “Casa da Misericórdia”, Francisco se transferiu diretamente para o Aeroporto Internacional de Ulan Bator.
A cerimônia de despedida foi realizada numa Sala interna do Aeroporto na presença da mesma representante governamental que acolheu o Pontífice em sua chegada, a ministra do Exterior Batmunkh Battsetseg.
Depois de um breve colóquio, o Papa se despediu do séquito local e da delegação mongol e foi o último a entrar no avião A330 da ITA Airways.
A viagem até Roma tem duração prevista de 11h20, após percorrer 8.230 quilômetros. Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Fiumicino, Francisco irá diretamente para o Vaticano.
Papa com a ministra do Exterior da Mongólia
Paz, diálogo e fé
No total, foram cinco pronunciamentos feitos pelo Pontífice ao longo de três dias em Ulan Bator. O Papa encontrou autoridades civis, eclesiásticas e religiosas, e presidiu à celebração de uma missa.
Nessas ocasiões, reafirmou seu apelo pela paz e falou da responsabilidade das religiões para a pacificação dos conflitos e a importância da coerência no testemunho.
À pequena comunidade católica, Francisco a encorajou a não temer a pequenez e indicou o melhor caminho de todos: a cruz de Cristo; afinal, somos todos “nômades de Deus”, peregrinos à procura da felicidade, viandantes sedentos de amor. E só a fé cristã é a resposta.
Destaque na viagem para dois momentos especiais: o encontro dentro de um “ger”, a tradicional morada dos povos nômades, com a senhora Tsetsege, mãe de onze filhos, que achou no lixo uma imagem de Nossa Senhora. Em 8 de dezembro de 2022, a estátua da Virgem Maria “Mãe do Céu” foi entronizada na Catedral de Ulan Bator e foi abençoada pelo Papa no encontro com os bispos e consagrados.
Outro momento significativo foi ao final da missa no ginásio da capital, em que Francisco pegou pela mão os bispos emérito e o atual bispo de Hong Kong para enviar uma calorosa saudação ao “nobre povo chinês”.
Agora o Pontífice volta para casa com “missão cumprida”, fazendo história ao se tornar o primeiro Papa a visitar a Mongólia.
O carinho do povo mongol na despedida de Francisco
Francisco é o primeiro Pontífice Romano a colocar os pés na terra do eterno céu azul. O Papa vem como peregrino e convidado, testemunha da paz e promotor da fraternidade. Suas palavras certamente serão ouvidas com atenção, como quando um viajante para para se recuperar de uma longa viagem e as pessoas da ger abrem espaço para ele, sentando-se ao redor da estufa para ouvir sua história, com uma xícara de chá fumegante na mão, diz o prefeito apostólico de Ulan Bator, cardeal Giorgio Marengo.
Um ponto na estepe. É assim que nos sentimos quando viajamos pela Mongólia. Aqui, redescobrimos nossa justa posição no mundo e na vida. A fé retorna à sua essencialidade original ou, pelo menos, é provocada a esse retorno. A pessoa se vê pequena, frágil e, por essa mesma razão, torna-se objeto de um amor incondicional que é pura dádiva. A visita do Papa Francisco à Mongólia participa dessa graça e a confirma com um algo a mais que nos torna ainda mais humildes e gratos.
A pequena comunidade católica local (cerca de 1.500 fiéis mongóis) deseja acolher essa graça com toda a intensidade possível. Os fiéis estão se preparando para ela na perspectiva de ajudá-los a crescer na fé, a serem confirmados em sua escolha (que de forma alguma é dada como pressuposta) de serem amigos, discípulos e testemunhas do Senhor que tem no coração cada pessoa, pertencente a qualquer cultura, em qualquer latitude.
Os missionários e missionárias que trabalham aqui com tanta paixão e paciência estão ansiosos para receber o sucessor de São Pedro entre eles. A população da Mongólia em geral também está curiosa para ver esse líder espiritual, do qual se fala há algum tempo.
São João Paulo II esperava vir para aqui em 2003. Mas o Papa Francisco é o primeiro Pontífice Romano a colocar os pés na terra do eterno céu azul, como é chamada por seus habitantes.
O relacionamento direto com os mongóis existe desde a época do Papa Inocêncio IV (século XIII). A primeira missão diplomática, realizada pelo frade da Úmbria Giovanni di Pian del Carpine, data dessa época. A Santa Sé, portanto, mostra uma primazia à qual o Papa Francisco provavelmente se referirá e que o presidente Khurelsukh também conhece muito bem. Talvez seja também por isso que, em julho de 2022, ele decidiu fazer o convite formal, que foi imediatamente aceito com gratidão pelo Santo Padre. O documento foi trazido pessoalmente por uma delegação oficial, que também participou do Consistório. Ele foi escrito em uma caligrafia antiga, de cima para baixo, a marca de um povo que sempre sabe manter-se de pé, mesmo em momentos difíceis. Como as crianças que olham para fora da ger sem medo de encarar até mesmo o hóspede estrangeiro.
O Papa Francisco vem como peregrino e convidado, testemunha da paz e promotor da fraternidade. Suas palavras certamente serão ouvidas com atenção, como quando um viajante para para se recuperar de uma longa viagem e as pessoas da ger abrem espaço para ele, sentando-se ao redor da estufa para ouvir sua história, com uma xícara de chá fumegante na mão.
Acreditamos que o Papa Francisco apreciará a beleza desse país de vastas pastagens, imponentes cadeias montanhosas, lagos alpinos límpidos e extensões desérticas. Um país com duas faces: a da tradição nômade, ainda praticada por cerca de 30% da pequena população (3,2 milhões de habitantes), e a da cidade mutável e às vezes contraditória, com os palácios reluzentes do centro e a periferia desconfortável que pontilha as colinas ao redor da capital Ulan Bator.
Tradição e novidade. Até mesmo para a fé cristã, já conhecida aqui nos tempos antigos e que depois foi se desfazendo até quase se perder. Algo muito positivo pode ser vislumbrado na trama desse fio: uma pequena comunidade crente, vivendo em uma situação de marginalidade, com o desejo de continuar semeando a boa semente do bem; como desde o início da década de 1990, quando a Igreja começou seu trabalho silencioso e frutífero de promoção humana, pesquisa cultural e diálogo, até mesmo fazendo florescer as primeiras comunidades católicas, agora reunidas em 9 paróquias. Sim, a palavra diálogo talvez seja uma das que mais caracterizarão essa viagem apostólica. Diálogo cultural e social, mas também diálogo ecumênico e inter-religioso. Essa é a premissa indispensável para poder construir (ou consolidar) pontes, em um momento particularmente difícil para o planeta, em que parece ser mais fácil destruir do que construir.
De fato, o Papa também é um pai, que se preocupa com todos os filhos e filhas de Deus espalhados pelo mundo. Ele é o Padre Santo, que deseja irradiar a santidade (refletida) da Igreja, a serva do Evangelho, e quer fazê-la brilhar também nesta terra de história tão fascinante e de profunda tradição espiritual. É assim que o recebemos aqui, e é uma grande alegria a desabrochar.
A Virgem Maria quis se mostrar de maneira discreta e forte, sendo encontrada na imagem esculpida de uma estátua que surgiu em um depósito de lixo. À intercessão dela é dedicada este ano, em que a estátua passou por todas as comunidades antes de retornar à Catedral dos Santos Pedro e Paulo, onde o Papa Francisco a encontrará em 2 de setembro. A Sra. Tsetsegee a apresentará a ele, dentro de uma ger. Nos próximos dias, viveremos o convite do profeta Isaías: “Ampliai o espaço da vossa tenda” (Is 54,2), quando o mundo inteiro vier à nossa tenda. Haverá espaço para todos. A visita do Papa Francisco permanecerá memorável e será um sinal de esperança universal: “Esperar juntos”.
*Cardeal, prefeito apostólico de Ulan Bator
(L’Osservatore Romano)
Catedral dos Santos Pedro e Paulo em Ulan Bator, capital da Mongólica (AFP)
O avião tendo a bordo Francisco aterrissou no Aeroporto Internacional Chinggis Khaan, na capital Ulan Bator, às 9h51, horário local, seis horas à frente da Itália, 11 horas à frente do Brasil. Cerimônia de acolhida sóbria entre aplausos e presentes. No sábado, 2 de setembro, o início das atividades públicas.
Uma brisa leve amenizava o forte calor na chegada do Papa Francisco ao Aeroporto Internacional de Ulan Bator, capital da Mongólia onde o Pontífice desembarcou às 9h51 (hora local) e até o dia 4 de setembro participa de encontros e preside uma Celebração Eucarística para o pequeno rebanho local. É a primeira viagem de um Pontífice a esta terra da Ásia Central, como já foi mencionado nos últimos dias e repetido pelas rádios e televisões locais que sublinham o carácter “histórico” da visita.
Uma recepção sóbria, mas com sentimento de gratidão
As informações da mídia chegam em um ciclo contínuo e aumentam a curiosidade da parte não católica da população, portanto majoritária, principalmente budista tibetana, pela chegada de um “personagem” de fama mundial. Nas ruas da cidade é difícil encontrar faixas e cartazes como em outras viagens internacionais do Pontífice, muito menos multidões.
É uma acolhida sóbria aquela reservada ao Papa, mas com um profundo sentido de gratidão, especialmente por parte do “pequeno rebanho” católico: “como para com um familiar querido que sabes que vai visitar a tua casa”, dizem alguns Missionários da Consolata.
Mesmo no Aeroporto Internacional Chinggis Khan, o silêncio parece reinar após a chegada do Papa, silêncio sobre o qual o próprio Papa nos convidou a refletir durante o voo vindo de Roma, com palavras que o jovem cardeal Giorgio Marengo – prefeito apostólico de Ulaanbaatar, na primeira fila para as boas-vindas no aeroporto – diz ter apreciado muito.
Acolhida ao Papa no aeroporto em Ulan Bator
A chegada do Papa
Por volta das 10h, o A330 da ITA Airways estacionou na pista. O encarregado de negócios da Nunciatura Apostólica, monsenhor Fernando Duarte Barros Reis, e o chefe do protocolo embarcaram na aeronave pela escadaria frontal para cumprimentar o Papa, que posteriormente desceu de elevador. Ao pé da escada principal, o aguardava a ministra do Exterior, Sra. Batmunkh Battsetseg. Na Mongólia, quem ocupa este cargo é encarregado de receber os Chefes de Estado estrangeiros.
Outra mulher, uma jovem vestida com um dil vermelho (é o vestido nacional em seda e algodão), ofereceu ao Papa uma xícara de iogurte seco, prato tradicional local de sabor azedo produzido com leite de iaque, um dos animais mais comuns, juntamente com vacas, cabras e cavalos. O Papa tocou o copo com a mão e depois pegou um pedaço de iogurte.
Não houve discursos, mas apenas a Guarda de Honra com os soldados nos tradicionais uniformes vermelho, azul e amarelo (cores da bandeira mongol) e as saudações das respectivas delegações. Presente também dom José Luis Mumbiela Sierra, bispo da Diocese da Santíssima Trindade de Almaty, na qualidade de presidente da Conferência Episcopal da Ásia Central.
O iogurte seco oferecido ao Papa
Acolhida na Prefeitura Apostólica
O Papa e a ministra dirigiram-se então à Sala VIP para uma breve conversa. No final, o deslocamento de carro para a Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar, ao sul da cidade, no distrito de Khan Uul, uma das principais zonas industriais da região. Ao chegar à Prefeitura, o Papa foi recebido por um grupo de idosos e doentes, depois algumas crianças o cumprimentaram na entrada e lhe ofereceram flores.
Neste prédio de tijolos laranja de quatro andares, onde nos últimos dias foi afixada uma faixa azul de boas-vindas, Jorge Mario Bergoglio residirá durante sua estadia na Mongólia.
A cerimônia oficial de boas-vindas terá lugar na manhã de sábado, 2 de setembro, na praça Sukhbaatar, onde se encontra o Palácio do Estado e onde se realizará o encontro com as autoridades civis, primeiro compromisso oficial e público da viagem do Papa Francisco.
Hannah Neeleman, de 33 anos, mãe de sete filhos, dá testemunho pró-vida ao vencer concurso de beleza nos EUA | @ballerinafarm/Instagram – captura de tela
Hannah Neeleman, de 33 anos, mãe de sete filhos, venceu o concurso de beleza Mrs. American na última sexta (25) no Westgate Las Vegas Resort and Casino, em Las Vegas. Hannah e seu marido, Daniel, administram sua própria fazenda em Kamas, Utah, chamada “Ballerina Farms”, onde vendem carne preparada na fazenda e utensílios de cozinha.
Neeleman, que representou o estado da Dakota do Sul no concurso apesar de ser natural de Utah, respondeu no palco a um dos juízes que lhe perguntou: “Quando você se sentiu mais fortalecida?”
“Tive esse sentimento sete vezes ao trazer essas almas sagradas para a Terra”, disse Neeleman. Depois que segurei aquele bebê recém-nascido nos braços, o sentimento de maternidade e de trazê-lo à terra é o sentimento mais poderoso que já senti”, ela respondeu.
Neeleman recebeu aplausos e foi ovacionada em pé pelo público presente.
Ela é ex-miss Nova York e foi miss Utah em 2021. Em 2012, ela se formou na Juilliard School, em Nova York, com bacharelado em artes plásticas em dança.
Nas redes sociais, em uma conta conhecida como “Ballerina Farms”, Neeleman publica sobre a vida familiar com o marido e os filhos, que têm entre um e 11 anos de idade, além de trabalhar na fazenda e promover um estilo de vida agrário tradicional.
Ao morarem quatro anos no Brasil, o casal se inspirou na vasta comunidade agrícola do país e, um dia, ao visitar uma fazenda de gado, ficaram em choque ao ver porcos vagando livremente pelo terreno. A partir de então, eles sonharam em criar seus próprios porcos e gado a pasto e, quando voltaram para os EUA, compraram terras e abriram sua própria fazenda.
No “Vídeo do Papa” de setembro, Pontífice convida fieis para rezarem pelos marginalizados, para que não sejam esquecidos e considerados descartáveis
“Como é que deixamos que a ‘cultura do descarte’, na qual milhões de homens e mulheres não valem nada em relação aos benefícios econômicos, como é que deixamos que esta cultura domine as nossas vidas, as nossas cidades, o nosso modo de vida?”
Com esta inquietação, Papa Francisco abriu a edição de setembro do “Vídeo do Papa”, com sua intenção de oração para o mês e alertando para a indiferença que chegamos diante de um irmão que vive à margem da sociedade.
Seja por motivos de pobreza, dependência, doença mental ou deficiência, o Papa pediu “paremos de tornar invisíveis” os que estão à margem da sociedade e ressaltou a importância de investir na“cultura do acolhimento”, de receber, de dar um teto, de dar um abrigo, de dar amor, de dar calor humano.
“Rezemos para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam consideradas descartáveis”, é o apelo final de Francisco.
Números
De acordo com dados das Nações Unidas, mais de 700 milhões de pessoas,10% da população mundial, vivem em situação de pobreza extrema, com dificuldade para satisfazer as necessidades mais básicas, como a saúde, a educação e o acesso a água e saneamento.
A ONU acrescenta ainda que cerca de 1,6 bilhões de pessoas vivem em condições precárias de habitação e que os países mais industrializados não constituem uma exceção. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam, ainda, que uma em cada oito pessoas no mundo apresenta sintomas de algum tipo de “problema mental”, e que 16% da população mundial tem uma “deficiência significativa”.