“Concentremo-nos no acolhimento”, diz Papa Francisco sobre marginalizados
No “Vídeo do Papa” de setembro, Pontífice convida fieis para rezarem pelos marginalizados, para que não sejam esquecidos e considerados descartáveis
“Como é que deixamos que a ‘cultura do descarte’, na qual milhões de homens e mulheres não valem nada em relação aos benefícios econômicos, como é que deixamos que esta cultura domine as nossas vidas, as nossas cidades, o nosso modo de vida?”
Com esta inquietação, Papa Francisco abriu a edição de setembro do “Vídeo do Papa”, com sua intenção de oração para o mês e alertando para a indiferença que chegamos diante de um irmão que vive à margem da sociedade.
Seja por motivos de pobreza, dependência, doença mental ou deficiência, o Papa pediu “paremos de tornar invisíveis” os que estão à margem da sociedade e ressaltou a importância de investir na “cultura do acolhimento”, de receber, de dar um teto, de dar um abrigo, de dar amor, de dar calor humano.
“Rezemos para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam consideradas descartáveis”, é o apelo final de Francisco.
Números
De acordo com dados das Nações Unidas, mais de 700 milhões de pessoas, 10% da população mundial, vivem em situação de pobreza extrema, com dificuldade para satisfazer as necessidades mais básicas, como a saúde, a educação e o acesso a água e saneamento.
A ONU acrescenta ainda que cerca de 1,6 bilhões de pessoas vivem em condições precárias de habitação e que os países mais industrializados não constituem uma exceção. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam, ainda, que uma em cada oito pessoas no mundo apresenta sintomas de algum tipo de “problema mental”, e que 16% da população mundial tem uma “deficiência significativa”.
Fonte: A12