Papa telefona para comunidade católica de Gaza

A ligação de Francisco feita ao final de mais um dia dramático na Faixa de Gaza, com o número de mortos que ultrapassou 2600 e quase 10 mil feridos.


“O Papa nos garantiu que estamos em suas orações e que conhece o sofrimento que estamos vivendo”: assim, a Ir. Nabila Saleh, emocionada, contou o telefonema recebido este domingo, 15 de outubro, do Papa Francisco. Uma ligação feita ao final de mais um dia dramático na Faixa de Gaza, com o número de mortos que ultrapassou 2600 e quase 10 mil feridos.

Segundo o Exército israelense, pelo menos 600 mil palestinos abandonaram suas casas. Os cristãos optaram por permanecer na paróquia, onde rezam continuamente o Terço e fazem adoração eucarística, dando refúgio também a famílias muçulmanas.

“O Santo Padre quis saber quantas pessoas estão abrigadas dentro das estruturas paroquiais. Há cerca de 500, entre doentes, famílias, crianças, pessoas com deficiência e palestinos que perderam tudo. O Papa concedeu a sua bênção a todos na paróquia. Eu e o padre Yusuf lhe agradecemos em nome de toda a comunidade e dissemos que oferecemos os nossos sofrimentos pelo fim da guerra, pela paz, pela Igreja e também pelo Sínodo.”

O telefonema do Papa ocorreu depois de outro belo momento, como contou Ir. Nabila: “Batizamos uma criança, a quem foi dada o nome de Gabriel, o anjo das boas notícias, o mensageiro de Deus. Quase um anúncio da proximidade do Papa. Mas esperamos com fé também o anúncio do fim da violência e da guerra”. A religiosa disse ainda que receberam de uma associação do Kuwait alimentos para o almoço, tâmaras e pão. “A Providência nos assiste”, afirmou.

Fonte: Vatican News

Santa Teresa de Jesus e a busca pela santidade com determinada determinação

Neste dia 15 de outubro, a Igreja celebra a sua festa. No mundo inteiro, as ordens carmelitas se alegram com essa data especial.

Santa Teresa de Ávila, também chamada de Santa Teresa de Jesus, ficou conhecida por ser amiga muito próxima de Nosso Senhor. Foi ela, inclusive, que ensinou e continua ensinando muitos cristãos a trilhar um caminho de perfeição rumo ao céu. Neste dia 15 de outubro, a Igreja celebra a sua festa. No mundo inteiro, as ordens carmelitas se alegram com essa data especial.

Bom, mas falar de Santa Teresa de Jesus é falar de amizade com Deus, de adesão plena e radical à vontade dEle e também de contemplação na ação. Há relatos, dela mesma, inclusive, que dão conta de como era a sua relação com Nosso Senhor. Teresa conseguiu colocar nos livros alguns dos muitos ensinamentos que o próprio Jesus a ofereceu ao longo de sua vida.

Santa Teresa de Jesus e a presença na ausência

Teresa de Jesus viveu cerca de 20 anos sem ter gosto na vida de oração. Contudo, seguia cada dia de sua vida fiel à promessa que tinha professado. Mesmo em meio à sua enfermidade, Teresa resolveu permanecer. Por isso, a vida de Teresa é para todos aqueles, que têm a oportunidade de conhecer a sua história, uma semente fecunda de amor e adesão radical ao querer de Deus

Poderíamos citar poemas, trechos de seus livros ou fatos que aconteceram em sua, porém pouco seria para expressar a beleza e a potência da vida dessa mulher que, em tudo, buscou viver santamente. Entretanto, vale sublinhar que Teresa teve também seus desafios. Ela foi muito tentada pela imaginação, contudo na contemplação encontrou o remédio para lidar com a “louca da casa”, a imaginação.

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O ardor missionário e a reforma do Carmelo

Um dos momentos marcantes da vida de Teresa foi a experiência que a religiosa teve diante de um crucifixo. Ao contemplar as chagas de Jesus, Teresa foi profundamente tocada pela graça de Deus. E essa experiência transbordou em seu ardor missionário. Correspondendo a voz do Senhor, Teresa promoveu uma reforma na ordem que participava e, ainda, com a intercessão de São José, chegou a fundar carmelos.

Com seu testemunho fecundo, Teresa nos convida hoje a colaborar com a missão da Igreja contribuindo também para que novos espaços sagrados sejam erguidos. Agora, talvez, você esteja se perguntando: Como ela conseguiu fazer isso em sua época? A resposta é simples e pode ser aplicada ainda hoje: confiando inteiramente em Deus e abandonando-se em sua santa vontade.

Nesse sentido, os momentos da Comunidade Católica Shalom têm abraçado o chamado para construir a Igreja do Ressuscitado que passou pela Cruz. Vale ressaltar que esse chamado é a via pela qual Deus renova a fé de cada missionário e o faz avançar no caminho de santidade.

Oração de Santa Teresa de Jesus

“Ó Santa Teresa de Jesus, vós sois a mestra da genuína oração e nos ensinais a rezar conversando com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Ó Santa Teresa, ajudai-nos a rezar com fé e confiança, sem nunca duvidar da bondade divina. Ajudai-nos a rezar com inteira conformidade de nossa vontade com a vontade de Deus, com insistente perseverança até alcançarmos aquilo que necessitamos.”

Fonte: Comunidade Shalom

Os impactos da revolução digital na saúde mental das crianças: um alerta aos pais

Muitos estudos já estão demonstrando que o vício digital em crianças e adolescentes está relacionado a déficit de atenção, hiperatividade, ansiedade, irritabilidade e depressão. Entenda:

Após o lançamento da primeira geração de iPhone, pela Apple, em 2007, uma revolução digital foi observada e os aparelhos celulares e tablets passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, influenciando quase todos os aspectos da vida humana.

O termo “era digital” foi cunhado para designar este período histórico da sociedade, no qual a tecnologia e a comunicação digital desempenham um papel fundamental na sociedade.

À medida que os dispositivos digitais foram se tornando mais essenciais para as atividades diárias, alguns problemas também começaram a ser observados. Em muitos países, transtornos relacionados ao uso de dispositivos eletrônicos têm se tornado um problema sério para a saúde mental.

Vários estudos encontraram forte relação entre o uso de mídias digitais e outros transtornos como depressão e ansiedade, incluindo o vício digital. Este problema é tão importante que a Associação Americana de Psiquiatria incluiu o “distúrbio de jogos na Internet” (abarcando jogos on-line e off-line) no DSM-5 (um manual de transtornos mentais) e a OMS o reconheceu oficialmente como uma doença médica.

Sabendo dos riscos decorrentes do uso de aparelhos digitais, é importante dar atenção às crianças que, cada vez mais, estão utilizando celulares e tablets. Como as mentes dos jovens ainda estão imaturas, são mais vulneráveis e, portanto, com maior tendência ao vício digital.

Muitos estudos já estão demonstrando que o vício digital em crianças e adolescentes está relacionado a déficit de atenção, hiperatividade, ansiedade, irritabilidade e depressão.

Em 2018, Hermawati publicou um estudo no qual descobriu que crianças menores de 2 anos que usavam mais de 3 horas de tela por dia apresentavam sintomas semelhantes ao autismo, atraso na fala, falta de atenção e irritabilidade (Early electronic screen exposure and autistic-like symptoms. Intractable Rare Dis. Res. 2018).

O maior problema, neste caso, está no fato de que os transtornos decorrentes do uso de aparelhos eletrônicos e digitais são pouco divulgados e ainda é ignorado pela grande mídia. Esta falta de informações faz com que os próprios pais entreguem tablets e celulares às crianças sem saber dos riscos relacionados a este uso. Fato semelhante acontecia no passado quando, por falta de informação, muitos pais ofereciam cerveja ou ensinavam seus filhos a fumar.

A pandemia agravou muito a situação, os casos de dependência digital explodiram com o afastamento social. E muitos jovens que tinham pouco ou nenhum acesso às telas, foram obrigados a assistir aulas e a participar de reuniões de modo on-line.

Mas e agora? Como resolver este impasse, pois os tablets e os celulares são uma realidade cada vez mais presente? Como excluir os filhos deste meio onde todos os outros colegas da mesma idade estão de olho nas telas?

A primeira atitude a ser tomada é a busca de informações: os pais devem ler a respeito e, se possível, conversar com o pediatra sobre esta questão.

Para quem precisa de alguma orientação a respeito, vale a pena conhecer as recomendações sobre o uso de telas da American Academy of Child & Adolescent Psychiatry (Academia Americana de Psiquiatria em Crianças e Adolescentes):

• Menores de 18 meses: Evite outros momentos de tela além de bate-papo por vídeo chamadas.

• Idade de 18 a 24 meses: Encontre programação de alta qualidade (Educativos) e assista ou jogue junto.

• De 2 a 5 anos: Limite o uso da tela a uma hora por dia de programas de alta qualidade. Aos finais de semana, limite de 3 horas por dia.

Vale ressaltar que tão importante quanto o controle do tempo de uso, os pais e responsáveis também devem se atentar ao conteúdo, pois as consequências decorrentes da exposição infantil a conteúdo violento, criminoso, sexual, entre outros são graves.

É importante entender que existe um risco real e que os pais são responsáveis pela saúde e segurança dos filhos. Tal qual nenhum pai ou mãe permitiria que o filho fumasse ou usasse drogas só porque “todos os colegas estão usando”, esta não pode ser a justificativa para permitir o uso de telas pelas crianças sem nenhum controle de uso.

 

Fonte: Aleteia

DOM JAIME SPENGLER: “O SÍNODO É UMA OPORTUNIDADE PRIVILEGIADA PARA TODOS, UM VERDADEIRO KAIRÓS”

 

É hora de “ir além”, de  “ousar”, em direção a um futuro para o qual “somos convidados pelo próprio Senhor”. Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, participa do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade, inaugurado no Vaticano com uma dupla função: presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), que nos últimos anos se empenhou com renovado vigor no caminho da sinodalidade, e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o país com o maior número de católicos do mundo. Nós o entrevistamos no início dos trabalhos sinodais.

Com que espírito você vai participar do Sínodo sobre Sinodalidade?

Participo do Sínodo em espírito de comunhão, desejo de cooperar para que a Igreja possa ser sempre mais sinal do Reino na sociedade e abertura de coração para poder também aprender com outras realidades eclesiais.

Você considera este Sínodo um momento decisivo para a Igreja do futuro? Por quais motivos?

Vivemos uma mudança de época! Historicamente falando, sabemos, por exemplo, que Paulo soube levar o jovem cristianismo aos limites do judaísmo de seu tempo. O tempo presente está solicitando também um salto da modernidade marcada pela ideologia liberal que prometia bem estar para muitos – o que não se tornou realidade, haja visto, por exemplo os conflitos armados e os movimentos migratórios que atingem multidões mundo afora -, para uma presença eclesial na sociedade que traga as marcas de uma forte experiência pessoal de encontro com a pessoa do Crucificado-Ressuscitado capaz de promover e iluminar novas relações no tecido social. Não podemos esquecer que a fé em Cristo é graça; mas é também um salto (segundo Kierkegaard), uma jornada de confiança e coragem, amor e fidelidade, proximidade e solidariedade; é um movimento em direção e construção de um futuro já inaugurado e para o qual somos convidados pelo próprio Senhor!

O senhor é atualmente presidente do CELAM e da maior conferência episcopal nacional da América Latina, a CNBB. Está feliz com o progresso feito nos últimos anos no continente, a começar pela Assembleia da Cidade do México?

O caminho inaugurado em âmbito latino-americano e caribenho encontrou-se – ou foi encontrado! – pelo itinerário sinodal. Este movimento está pondo em destaque os níveis de participação na comunidade eclesial. Há no continente uma prática bem consolidada de participação de todos os batizados na vida eclesial ordinária. É verdade que tal nível de participação varia de país para país, de região para região. Contudo, há de se ressaltar que com as iniciativas destes últimos anos percebe-se em várias realidades uma promoção dos espaços de comunhão e participação no cotidiano das comunidades de fé.

Que contribuição específica pode vir da América Latina e do Caribe?

A riqueza da Igreja está também na sua diversidade. Todos temos algo a aprender com os demais. A América Latina e o Caribe possuem uma trajetória marcada por pequenas comunidades onde, não raramente por falta também de ministros Ordenados, se promove a Leitura da Palavra, a oração do terço, as práticas devocionais… Tal situação foi de auxílio na promoção de ministérios leigos que, de um modo ou de outro, cooperam para manter viva a fé de muitos. Embora a presença do ministro ordenado seja importante, os leigos foram descobrindo sua dignidade batismal e, ao mesmo tempo, seus carismas, suas capacidades. E isto é feito de forma generosa, gratuita, fraterna, autenticamente evangélica! Está poderia ser uma experiência a ser compartilhada com as Igrejas presentes em outros continentes! Certamente também nós temos muito a aprender com as demais Igrejas! Por isso, esse processo inaugurado por iniciativa do Papa Francisco pode ser uma oportunidade privilegiada para todos – diria um verdadeiro kairós, ou se quisemos, a oportunidade de uma novo Pentecostes, quando o Espírito pode fazer novas todas as coisas!

Considera-se que o cristianismo no Ocidente está em crise. Isso também se aplica à América Latina? Quais podem ser as respostas?

Parecer ter chegado um tempo no qual o cristianismo esteja necessitando transcender corajosamente os seus limites mentais e institucionais! Os dados são inocultáveis! Urge buscar meios, métodos e linguagem adequada para a transmissão da mensagem! A fé que nos orienta não é um mero fideísmo emocional, presente em não poucos ambientes; também não é um vago sentimento piedoso, também presente em não poucos espaços eclesiais. A fé implica uma abertura pela qual aquilo que os textos bíblicos apresentam, penetram e transformam a vida do ser humano. Fé é graça! Cada tempo da história traz seus desafios! Cada época da história tem suas exigências. Por isso, a crise está – ou deveria estar! – presente em todos os espaços onde a Igreja está presente! Crise é oportunidade! Oportunidade para avançar, para ir além, para ousar! Considerar a crise como mero perigo ou ameaça, é “suicidio”… São os momentos de crise oportunidades privilegiadas para buscar o novo – não novidade! – que só o Evangelho pode conceder! São oportunidades para achar “água cristalina, fresca” capaz de saciar a sede dos caminhantes e peregrinos de esperança.

Uma sinodalidade vivida e exercida também pode ser uma resposta ao avanço de novas realidades religiosas? Estou pensando particularmente no Brasil e nos neo-evangélicos…

Isto que estamos denominando sinodalidade indica a característica primordial da Igreja! Os primeiros séculos da história cristã o demonstram! A realidade plurirreligiosa que marca a vida do povo brasileiro é fruto de variados e múltiplos fatores. Não podemos aqui entrar em detalhes, pois se trata de um fenômeno complexo! No entanto, ousaria dizer que o clericalismo muito cooperou para o multiplicar-se de denominações ditas religiosas e cristãs. Fato é que as pessoas tem necessidade de alimentar e promover tempos e lugares de possíveis experiência de transcendência. Se trata de uma necessidade para com a qual é necessário cuidado e respeito. Não se pode querer promover “negociar” com o divino, ou o transcende. Por isso, creio que o que o Espírito está solicitando à Igreja pode ser uma oportunidade privilegiada para repropor a mensagem de uma forma ainda mais incisiva. Creio também que os processos de Iniciação à Vida Cristã, a prática da Leitura Orante da Palavra e a promoção de pequenas comunidades podem cooperar vigorosamente na promoção da obra da evangelização. As comunidades precisam promover espaços de acolhida, de escuta, de solidariedade e de prece! Isto tem haver com aquilo que o Documento de Aparecida denominou “conversão pastoral”, mas que no cotidiano das atividades pastorais não é algo simples! Passar de um grupo de adeptos para uma comunidade de discípulos e discípulas, requer abertura de coração, coragem, ousadia, caridade…

Você também espera reformas visíveis deste e do próximo Sínodo? Em que esfera?

Há tempos se ouvia falar da necessidade de um sínodo sobre a Igreja. Quais caminhos serão inaugurados? O que virá pela frente? Que indicações serão oferecidas ao Santo Padre a partir dos debates, diálogos, estudos e oração a partir das duas sessões ou etapas do Sínodo, não sabemos! É o Espírito que guia os trabalhos! Importância fundamental é cultivar a abertura de mente e coração para verdadeiramente colher o que o Espirito está sugerindo para a Igreja de hoje e de amanhã! O caminho realizado até o momento já está produzindo frutos! Há quem manifeste medo! Outros, talvez, indiferença! Outros ainda, talvez, sintam saudades de um tempo que já passou! Mas há muitos atentos aos sinais dos tempos, dispostos a colaborar para que a vida de muitos possa continuar tendo sabor de Evangelho; desejosos de responder à altura dos desafios da cultura atual. Não podemos esquecer que se a cultura é o meio de busca de sentido, então ela pode ser considerada matéria de legítima pesquisa teológica e espiritual. Neste caminho sinodal muito se tem falado da necessidade de silenciar, de escutar! Fazer silêncio, escutar, tentar entender e compreender, perseverar na busca de respostas autênticas às inquietações do ser humano atual. A verdade que buscamos, para nós cristãos não é um conceito, é uma pessoa! É uma pessoa viva! Neste sentido, a verdade viva necessita sempre e de novo, isto é, sempre é de forma nova ser buscada, desejada, amada! Você me pergunta sobre reformas visíveis depois do sínodo. Bem, o próprio processo sinodal já expressa algo novo. Para dizer mais: creio que a linguagem utilizada para a transmissão da mensagem esteja também em crise. Encontrar uma linguagem que vá de encontro, por exemplo, aos adolescentes e jovens atuais representa uma necessidade premente. Eles são nativos digitais, estão sendo marcados por aquilo que se está denominando inteligência artificial, o que requer abordagem característica. Imagino que se chegue a aprofundar as instâncias de participação na vida eclesial ordinária; me refiro aos diversos conselhos já previstos, à questão ministerialidade no seio das comunidades e, num sentido mais amplo, a identidade, missão, competência dos Conselhos Eclesiais, Conferências Episcopais, Províncias Eclesiásticas.

Fonte: CNBB

O Papa: parem as armas, o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução

Nas palavras de Francisco após o Angelus deste domingo, a sua dor pelo que está ocorrendo em Israel. A sua oração é pelas famílias das vítimas e por aqueles que vivem horas de terror e angústia. “Haja paz em Israel e na Palestina!”, o seu apelo, porque “toda guerra é uma derrota”. Dirigindo o seu pensamento a todos os países em conflito, recorda a “martirizada” Ucrânia “que todos os dias sofre tanto”.


“A guerra é uma derrota: toda guerra é uma derrota! Rezemos pela paz em Israel e na Palestina!”

Após a oração mariana deste primeiro domingo de outubro, o Papa Francisco expressou a sua apreensão e a dor com que acompanha o que está ocorrendo em Israel onde, afirma, “a violência explodiu ainda mais ferozmente, causando centenas de mortos e feridos”.

“Expresso a minha proximidade às famílias das vítimas, rezo por elas e por todos aqueles que vivem horas de terror e angústia. Por favor, parem com os ataques e as armas! e se compreenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, mas apenas à morte e ao sofrimento de muitas pessoas inocentes”.

Invoquemos a paz sobre os muitos países marcados por conflitos

Depois do Angelus, o Pontífice recorda também que este mês de outubro é dedicado, além das missões, à oração do Terço. Precisamente a Maria o Papa pede para nos dirigirmos a ela, sem parar:

“Não nos cansemos de invocar, por intercessão de Maria, o dom da paz sobre os numerosos países do mundo marcados por guerras e conflitos; e continuemos a recordar a querida Ucrânia, que todos os dias sofre tanto, tão martirizada”.

O apelo do Patriarcado de Jerusalém à comunidade internacional

Numa nota publicada no site do Patriarcado Latino de Jerusalém lemos que a improvisa explosão de violência “é muito preocupante pela sua extensão e intensidade. A operação lançada a partir de Gaza e a reação do exército israelense estão a levar-nos de volta aos piores períodos da nossa história recente. As demasiadas vítimas e demasiadas tragédias que as famílias palestinas e israelenses têm de enfrentar criarão ainda mais ódio e divisão e destruirão cada vez mais qualquer perspectiva de estabilidade”. Daí o apelo à comunidade internacional, aos líderes religiosos da região e do mundo, para “fazerem todos os esforços para ajudar a acalmar a situação, restaurar a calma e trabalhar para garantir os direitos fundamentais das pessoas na região”. Acrescenta-se também que “as declarações unilaterais relativas ao status dos locais religiosos e dos locais de culto fazem vacilar o sentimento religioso e alimentam ainda mais o ódio e o extremismo. É, portanto, importante preservar o Status Quo em todos os Lugares Santos na Terra Santa e em Jerusalém em particular”. A nota conclui: “o contínuo derramamento de sangue e as declarações de guerra lembram-nos mais uma vez da necessidade urgente de encontrar uma solução duradoura e abrangente para o conflito palestino-israelense nesta terra, que é chamada a ser uma terra de justiça, paz e reconciliação entre os povos. Pedimos a Deus que inspire os líderes mundiais na sua intervenção para a implementação da paz e da concórdia, para que Jerusalém seja uma casa de oração para todos os povos”.

Depois do longo dia de ontem, 7 de Outubro, que encerrou as festividades judaicas de Sucot – quando, às primeiras luzes da madrugada, milhares de foguetes começaram a cair de Gaza sobre Israel, apanhados completamente de surpresa – os lançamentos de mísseis e os ataques terrestres continuam a se verificarem a partir da fronteira sul de Israel. Tel Aviv e Jerusalém foram atingidas. As vítimas israelenses seriam mais de 500, 1.400 os feridos. O Ministério da Saúde de Gaza relata 250 palestinos mortos e 1.700 feridos.

Fonte: Vatican News

Rotas de devoção: Por que peregrinar?

 

Vindo de diversas partes do Brasil, inúmeros peregrinos, devotos de Nossa Senhora Aparecida percorrem frequentemente um percurso a pé ou de bicicleta até Aparecida (SP), por meio das Rotas de Devoção.

Mas com a proximidade da Festa da Padroeira, no próximo dia 12 de outubro cresce o número de pessoas que decidem peregrinar.

Ao todo há sete caminhos que são opções para quem decide peregrinar: o Caminho da Fé, o Caminho de Aparecida, o Caminho de Nossa Senhora, o Caminho Religioso da Rota Real, a Rota da Luz, o Caminho da Padroeira e o Caminho da Graça. Eles têm início nos estados de São Paulo, Minas Gerais ou Rio de Janeiro.

Esses trajetos permitem que cada pessoa vivencie momentos de oração, contemplação, silêncio, desprendimento de si mesmo, ou seja, uma experiência profunda de fé.

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

 

A importância de peregrinar

palavra peregrino diz respeito aqueles que se colocam numa grande jornada, fazem viagem a um lugar santo ou de devoção.

Nesse sentido, não podemos esquecer de que o próprio Jesus nos convida a caminhar com Ele, por isso peregrinar é também um encontro o centro da fé.

“E vós conheceis o caminho do lugar para onde vou. ‘Senhor’ – disse-lhe Tomé – ‘não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?’. Jesus respondeu-lhe: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém chega ao Pai senão por mim’.” (São João 14,6)

Como peregrinos que somos, rumo ao céu junto à Igreja, podemos dar testemunhos ao caminharmos para a Casa da Mãe de que Cristo Jesus está conosco e é Ele quem motiva a nossa fé e o desejo de prosseguir.

Fonte: A12

Papa: se deixarmos espaço para o Espírito Santo, o Sínodo correrá bem

Na abertura dos trabalhos da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo sobre a Sinodalidade, que começou hoje (04) no Vaticano, o Papa Francisco recordou que “se o Espírito Santo estiver no comando, será um bom sínodo, e se Ele não estiver, não será”.


Na tarde desta quarta-feira, 04 de outubro, na Sala Paulo VI, no Vaticano, teve inicio a primeira Congregação Geral da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, com a presença do Papa, que de forma espontânea discursou aos participantes.

Francisco iniciou recordando “que foi São Paulo VI quem disse que a Igreja no Ocidente tinha perdido esta ideia de sinodalidade, e por isso criou o secretariado do Sínodo dos Bispos, que realizou muitos encontros, muitos sínodos sobre temas diferentes”.

Ao discorrer sobre o conceito de sinodalidade, o Santo Padre observou que este ainda não atingiu pleno amadurecimento e não é amplamente compreendido dentro da Igreja. No entanto, ele destacou que ao longo de quase seis décadas, a Igreja tem gradualmente trilhado esse caminho, “e hoje podemos chegar a este Sínodo com este tema”. De acordo com o Pontífice, esse enfoque surgiu através dos bispos de todo o mundo. Após o Sínodo da Amazônia, um questionário foi enviado às dioceses, e a questão da sinodalidade emergiu como um tema amplamente evidenciado e apoiado pela grande maioria dos bispos.

Não somos um parlamento

“O Sínodo não é um parlamento, é outra coisa; o Sínodo não é uma reunião de amigos para resolver algumas questões atuais ou dar opiniões, é outra coisa. Não esqueçamos, irmãos e irmãs, que o protagonista do Sínodo não somos nós: é o Espírito Santo”, enfatizou Francisco.

O Papa então sublinhou a importância da presença do Espírito Santo, que traz harmonia a comunidade eclesial, e que deve guiar o Sínodo. E em seguida fez um alerta aos participantes: “se entre nós houver outras formas de avançar pelos interesses humanos, pessoais, ideológicos, não será um Sínodo, será uma reunião parlamentar”.

A harmonia do Espirito Santo

“Se neste Sínodo chegarmos a uma declaração que é tudo igual, sem nuances , o Espírito não está aqui, ficou do lado de fora” destacou o Santo Padre ao afirmar que  a Igreja é composta de uma única harmonia de vozes que são conduzidas pelo Espírito Santo: “é assim que devemos conceber a Igreja, cada comunidade cristã, cada pessoa tem a sua peculiaridade, mas estas particularidades devem ser incluídas na sinfonia da Igreja, e esta sinfonia é criada somente pelo Espírito”.

Francisco destacou ainda que o Espírito Santo nos conduz pela mão e nos consola: “a presença do Espírito é assim – permitam-me a palavra – quase materna, como uma mãe nos conduz, nos dá esta consolação. Devemos aprender a ouvir as vozes do Espírito: são todas diferentes. Aprendamos a discernir”.

Atenção às palavras

Outro alerta do Papa foi sobre as palavras vazias e mundanas: “a tagarelice é contrária ao Espírito Santo e é uma doença muito comum entre nós. Palavras vazias entristecem o Espírito Santo, e se não permitirmos que Ele nos cure dessa enfermidade, será difícil seguir um caminho sinodal adequado. Pelo menos aqui: se você discorda do que um bispo, uma freira ou um leigo estão dizendo, seja franco com eles. Isso é o que significa um Sínodo: falar a verdade, não ter conversas por baixo da mesa.”

“Cuidado com isso: não devemos ocupar o lugar do Espírito Santo com coisas mundanas, mesmo que sejam boas, como o bom senso. Isso é útil, mas o Espírito Santo vai além. Devemos aprender a viver em nossa Igreja com a orientação do Espírito Santo.”

Mensagem aos jornalistas

Francisco relembrou como a controvérsia e a pressão da mídia se sobrepuseram às discussões em Sínodos anteriores. “Quando ocorreu o Sínodo sobre a família, houve uma opinião pública de que a comunhão deveria ser concedida aos divorciados, e isso influenciou o Sínodo. Quando aconteceu o Sínodo para a Amazônia, havia pressão e opiniões públicas sobre a ordenação de homens casados.”

Agora”, disse o Papa, “existem algumas suposições sobre este Sínodo: ‘O que eles vão fazer? Talvez permitir o sacerdócio para as mulheres.’ Eu não sei, essas são as coisas que estão sendo ditas lá fora. E essas coisas são ditas com tanta frequência que os bispos às vezes têm medo de comunicar o que está acontecendo.” Por isso, o Pontífice se dirigiu diretamente aos “comunicadores”, pedindo que desempenhem bem o seu papel, com integridade e imparcialidade.

“Portanto, peço a vocês, comunicadores, que cumpram bem o seu papel, com integridade, para que a Igreja e as pessoas de boa vontade, compreendam que também na Igreja a prioridade é a escuta. Transmitam essa mensagem, pois é de extrema importância.”

Francisco encerrou seu discurso expressando profunda gratidão a todos que contribuem para este momento de pausa e reflexão, onde a Igreja se dedica à escuta durante o Sínodo, enfatizando que, em sua perspectiva, isso representa o aspecto mais significativo e essencial do processo sinodal.

 

Fonte: Vatican News

Papa à Fazenda da Esperança: é tão belo o vosso carisma

A audiência que marca as celebrações dos 40 anos de fundação da Fazenda da Esperança aconteceu nesta manhã (29), no Vaticano. Aos participantes, Francisco destacou: “vocês nunca devem abandonar essa vocação à esperança!”

papa
Audiência do Papa com os membros da Fazenda Esperança

O Papa Francisco encontrou-se na sexta-feira, 29 de setembro, com os membros da Fazenda da Espereança. O encontro aconteceu no Pátio São Damaso, dentro do Palácio Apostólico, com aproximadamente 1200 participantes, entre eles os fundadores, membros da presidência, padres, consagrados, religiosos, voluntários e vários ex-acolhidos da comunidade, ou seja, pessoas que, ao longo de quatro décadas, se recuperaram da dependência química e tiveram suas vidas transformadas através do método de acolhimento proposto pela Associação Fazenda da Esperança. As festividades dos 40 anos de fundação estão sendo celebradas desde o início da semana, com uma peregrinação especial em Roma e na Itália.

O ápice da comemoração foi marcado pelo encontro com o Santo Padre. No início da audiência, o presidente da Fazenda da Esperança, Pe. José Luiz de Menezes, dirigiu palavras de gratidão ao Papa pelo encontro e expressou a alegria por colaborar com a missão da Igreja. Em seguida, três testemunhos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas ilustraram o carisma da comunidade de forma muito concreta.

O Papa iniciou seu discurso agradecendo pela visita, em ocasião dos 40 anos que receberam seu chamado específico: “É tão belo esse carisma: o carisma da esperança! Vocês nunca devem abandonar essa vocação à esperança!”, ressaltou Francisco.

Um chamado de Deus

O Santo Padre recordou o trecho do Evangelho de Mateus em que Jesus se apresenta da seguinte forma: “Eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me” (Mt 25, 35-36) e sublinhou que “o Senhor se identifica com nossos irmãos e irmãs mais pobres, mais necessitados e mais sofredores”.

“Há quarenta anos, o carisma de vocês nasceu do pedido de ajuda de um jovem que queria se libertar da dependência das drogas: nele – e em todos os que vieram depois dele – vocês reconheceram a Cristo que lhes dizia: Eu era escravo das drogas e vocês me acolheram, para me dar novamente esperança e me fazer entender que uma nova vida é possível. O chamado que Deus lhes faz, para trazer esperança àqueles que talvez não tenham mais sentido em suas vidas, é um chamado para amá-Lo incondicionalmente nas pessoas que estão em situações de vulnerabilidade social.”

A resposta contra a indiferença

Ao falar sobre o carisma específico da Fazenda da Esperança, Francisco recordou que um dos grandes problemas do mundo de hoje é a indiferença; contudo, a Comunidade não ficou imparcial à dor que viram no rosto de tantos jovens, afligidos por grandes sofrimentos existenciais, especialmente no rosto daqueles cujas vidas estavam destruídas pelas drogas e outros vícios.

“Vocês se tornaram ‘próximos’, e mais, ‘irmãos’ de tantas pessoas que recolheram pelas ruas e, como na parábola do Bom Samaritano, as acompanharam para tratá-las, curá-las e ajudá-las a recuperar sua dignidade”, enfatizou o Pontífice, “vocês sabem muito bem que trazer esperança não significa apenas ajudar a superar vícios, a suplantar traumas, a encontrar seu lugar na família e na sociedade”.

O Papa fez questão de mencionar as palavras do Papa Bento XVI durante a visita que realizou na sede da Fazenda da Esperança em Guaratinguetá, no ano de 2007: “A reinserção na sociedade constitui, sem dúvida, uma prova da eficácia da iniciativa de vocês. Mas o que mais chama atenção, e confirma a validade do trabalho, são as conversões, o reencontro com Deus e a participação ativa na vida da Igreja”, e completou: “o carisma de esperança, como um dom suscitado no meio de vocês pelo Espírito Santo, leva-os a cuidar das pessoas em sua integridade material e espiritual, corpo e alma”.

Um carisma de todos

O Pontífice enfatizou que o carisma foi confiado a todos: “os fundadores foram instrumentos providenciais para que esse dom tomasse forma, se consolidasse, encontrasse o seu lugar na Igreja e alcançasse a tantas pessoas. Depois de 40 anos, na fidelidade à inspiração original, novas pessoas são chamadas a assumir a responsabilidade de preservar e fazer frutificar esse patrimônio espiritual que o Senhor lhes confiou”. Ao encorajar a nova geração, o Papa sublinhou que não é preciso ter medo dessa nova fase, é necessário apenas viver com humildade, com confiança e preservar a comunhão espiritual entre os membros.

Por fim, Francisco expressou sua gratidão pelo testemunho de vida e oferta, que reflete nas diversas obras da associação, espalhadas por todo o território brasileiro desde 1998, e presentes também em outros países. “Reconheço com muita gratidão o trabalho que vocês realizam com padres, seminaristas, religiosos e religiosas, ajudando-os a superar os desafios e problemas psicológicos que afetam algumas pessoas consagradas a Deus. Continuem com esse belo trabalho, que é tão necessário para a Igreja”, disse o Papa.

Ao final da audiência, o Santo Padre abençoou os presentes, que, em seguida, através de aplausos e cânticos, expressaram sua gratidão e emoção por estarem com o Pontífice.

Fonte: Vatican News

COMISSÃO ESPECIAL DE BIOÉTICA REPUDIA AÇÃO QUE PRETENDE DESCRIMINALIZAR O ABORTO NO BRASIL

 

A Comissão Especial de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota qual afirma condenar e acompanhar “atentamente” a tramitação da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 442 (ADPF 442). A ação pede a descriminalização do aborto no Brasil até a 12ª semana de gestação. Para o grupo, a eliminação voluntária e consciente de uma criança, fere o princípio da inviolabilidade da vida humana garantido pela Constituição Federal de 1988. O texto é assinado pelo bispo auxiliar de Curitiba (PR) e presidente da Comissão, dom Reginei José Modolo, e pelos assessores e especialistas colaboradores.

No texto, recordam que a sociedade brasileira tem como base o entendimento de que “toda vida humana é preciosa, tem seu valor intrínseco irrenunciável e inviolável”. Por isso, reforçam: “deve ser protegida com o máximo cuidado, desde a concepção”.

Frente ao argumento que baseia o processo no Supremo Tribunal Federal, de que o feto de 12 semanas não é um ser de direitos, a comissão ressalta que “o ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a sua concepção” e desde esse mesmo momento lhe devem ser reconhecidos os direitos da pessoa, “entre os quais e antes de tudo, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida”.

Confira a nota na íntegra:

NOTA PELA VIDA E EM REPÚDIO À ADPF 442

 

A Comissão Especial de Bioética da CNBB condena e acompanha atentamente a proposta de abrigamento jurídico do aborto até à 12ª semana de gravidez, trazido pela ADPF 442, pelo fato de tratar sobre um aspecto ético extremo, a eliminação voluntária e consciente de vidas humanas, ferindo o princípio da inviolabilidade da vida humana, garantido pela nossa Constituição Brasileira, no seu artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade…”

No Brasil, é ponto basilar e, até então pacífico, que toda vida humana é preciosa, tem seu valor intrínseco irrenunciável e inviolável. Por isso, deve ser protegida com o máximo cuidado, desde a concepção. Na realidade, o respeito pela vida humana impõe-se desde o momento em que começou o processo da geração. Desde a fecundação do óvulo, encontra-se inaugurada uma vida, que não é a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano, que se desenvolve por si mesmo. Seria impossível descrever o desenvolvimento humano iniciando-se em outro ponto, como se houvesse a geração espontânea de um ser pluricelular. Trazemos uma breve citação de um dos livros de Embriologia mais adotados nas Universidades brasileiras:

O desenvolvimento humano é um processo contínuo que se inicia quando um oócito de origem feminina é fecundado por um espermatozoide, de origem masculina.
(Moore, Persaud, Torchia, 2016b, p. 1).

A fertilização é o referencial inegável para todas as etapas do desenvolvimento  desse novo ser humano. Afinal, é a partir dela que se contam as 12 semanas. Nenhum ser começa com 12 semanas, como nenhum mês começa no dia 12. Portanto, o mínimo que se pode dizer é que a ciência atual, no seu estado mais evoluído, não dá apoio algum substancial aos defensores do aborto.

Não se pode fazer qualquer distinção relevante, científica ou ética, entre um feto com menos 12 semanas e um outro com mais semanas de idade gestacional ou anos de vida. Somente a arbitrariedade pode explicar os diversos limites gestacionais dentro dos quais o aborto é permitido em diferentes países ou mesmo em diferentes Estados de um mesmo país. O fruto da geração humana, desde o primeiro momento da sua existência, isto é, a partir da constituição do zigoto, exige o respeito incondicional que é moralmente devido ao ser humano na sua totalidade corporal e espiritual. O ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento devem ser-lhe reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e antes de tudo, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida.

Portanto, repudiamos o proposto pela ADPF 442, pois nenhuma circunstância, nenhum fim, nenhuma lei no mundo poderá jamais tornar lícito um ato que é  intrinsecamente ilícito no seu conteúdo, a morte voluntária e consciente de vidas humanas, através do aborto. Aliás, o valor em jogo é tal que, sob o perfil moral, bastaria a simples probabilidade de encontrar-se em presença de uma pessoa para se justificar a mais categórica proibição de qualquer intervenção tendente a eliminar o embrião humano (JOÃO PAULO II – CARTA ENCÍCLICA EVANGELIUM VITAE – Sobre o Valor e a Inviolabilidade da Vida Humana, n. 60).

Brasília – DF, 28 de setembro de 2023

Dom Reginei José Modolo
Bispo Auxiliar de Curitiba – PR
Presidente da Comissão Especial de Bioética da CNBB

Diác. Dr. João Vicente da Silva
Diácono da Arquidiocese de Campinas – SP
Eixo Família

Pe. Dr. Sérgio Lucas Câmara
Presbítero da Arquidiocese de São Paulo – SP
Eixo Final de Vida

Pe. Dr. Tiago Gurgel do Vale
Presbítero da Arquidiocese de São Paulo – SP
Assessor da Comissão Especial de Bioética

Frei Jorge Luiz Soares da Silva
Religioso da Ordem dos Frades Menores Conventuais
Província São Maximiliano Maria Kolbe Assessor de Relações Institucionais e Governamentais da CNBB

Dra. Maria Emília de Oliveira Schpallir Silva
Leiga da Arquidiocese de Campinas – SP
Eixo Família

Dr. João Batista Lima Filho
Leigo da Diocese de Cornélio Procópio – PR
Eixo Final de Vida

Dra. Lenise Aparecida Martins Garcia
Leiga da Arquidiocese de Brasília – DF
Eixo Início da Vida

Dr. André Luiz de Oliveira
Leigo da Diocese de Uberlândia – MG
Eixo Políticas Públicas

Dr. Pedro Pimenta de Mello Spineti
Leigo da Arquidiocese do Rio de Janeiro – RJ
Associação dos Médicos Católicos

Dra. Ângela Vidal Gandra da Silva Martins
Leiga da Arquidiocese de São Paulo – SP
Associação dos Juristas Católicos

Dr. Sávio Renato Bittencourt Soares Silva
Leigo da Arquidiocese do Rio de Janeiro – RJ
Procurador

Dr. Lucas F. V. Maia
Leigo da Arquidiocese de Brasília – DF
Advogado da CNBB

Fonte: CNBB

O Sínodo, história e rostos de uma instituição

No L’Osservatore Romano, um artigo repercorre a evolução da assembleia dos bispos, desde a ideia inicial de Paulo VI, há cerca de 60 anos, à nova concepção de Francisco, até a chegada da próxima assembleia em outubro


O Sínodo dos Bispos nasceu em 1965 por iniciativa de Paulo VI que, no “motu proprio” Apostolica sollicitudo, o definiu como “um conselho permanente de Bispos para a Igreja universal”. Assim, ele implementou uma solicitação formulada pelo Concílio, que naquela época estava quase no fim, especialmente durante o debate sobre a colegialidade. Desde então, Paulo VI estava ciente de que o Sínodo mudaria com o tempo. De fato, no “motu proprio” ele escreveu: “Como toda instituição humana, com o passar do tempo ele será aperfeiçoado”.

A evolução do Sínodo andou de mãos dadas com a recepção progressiva do Concílio, em particular com a visão eclesiológica na qual está enraizada a relação entre o povo de Deus, o colégio dos bispos e o Bispo de Roma. O Papa Francisco dá expressão a isso, refletindo sobre a dimensão sinodal constitutiva da Igreja por ocasião do quinquagésimo aniversário da instituição do Sínodo (2015): “Uma Igreja sinodal é uma Igreja da escuta, […] uma escuta mútua na qual cada um tem algo a aprender”. Povo fiel, Colégio episcopal, Bispo de Roma: um ouvindo o outro; e todos ouvindo o Espírito Santo”.

Em 2018, a constituição apostólica Episcopalis communio prossegue na linha de aperfeiçoar o Sínodo: de um evento pontual – uma assembleia de bispos dedicada a tratar de uma questão – o transforma em um processo articulado em várias etapas, no qual toda a Igreja e todos na Igreja são convidados a participar. É sobre essa base renovada que foi concebido o processo do Sínodo 2021-2024, intitulado Por uma Igreja Sinodal. Comunhão, participação, missão. Isso explica sua articulação, que é muito mais complexa do que a dos sínodos anteriores.

Em primeiro lugar, esta previu uma longa fase de consulta e escuta do povo de Deus em todas as Igrejas do mundo, que ocorreu em várias etapas: começou em nível local (paroquial e depois diocesano), depois passou para o das conferências episcopais nacionais e terminou com o nível continental. Nesse processo, a escuta se tornou uma oportunidade de encontro e de diálogo, dentro de cada Igreja local e entre elas, especialmente entre as que pertencem à mesma região, e também em nível de Igreja universal, graças também aos estímulos do Documento preparatório e do Documento de trabalho para a etapa continental, elaborados pela Secretaria Geral do Sínodo, em particular, com base nos elementos colhidos na escuta do povo de Deus.

A dinâmica eclesial em nível continental, que esse sínodo enfatiza fortemente, também encontra inspiração no Concílio, particularmente no decreto Ad gentes, que afirma no n. 22: “É, portanto, desejável, para não dizer sumamente conveniente, que as conferências episcopais se reúnam dentro de cada vasto território sociocultural, a fim de poderem realizar esse plano de adaptação em plena harmonia entre si e na uniformidade das decisões”.

A fase de discernimento, tarefa que cabe em primeiro lugar aos pastores, acentua também o seu caráter processual, graças ao fato de que a xvi Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos será realizada em duas sessões, intercaladas com um tempo para os devidos aprofundamentos e, sobretudo, para interpelar novamente o Povo de Deus. A maior articulação do processo não pode deixar de reverberar na composição da assembleia sinodal. Ela mantém seu caráter episcopal fundamental, já que três quartos de seus membros são bispos. A eles se juntam sacerdotes e diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas, escolhidos entre aqueles que se comprometeram mais intensamente com as várias etapas do processo sinodal. Sua tarefa é justamente trazer o testemunho e a memória da riqueza desse processo para a assembleia responsável pelo discernimento. Reconhecendo a importância de seu serviço, damos espaço – nesta edição da Religio – às vozes de alguns deles.

Fonte: Vatican News

Conheça a história dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu

Os Santos foram vítimas de dois assassinatos em massa cometidos em 1645, durante as invasões holandesas no Brasil.

No dia 3 de outubro comemora-se a festa litúrgica dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, padroeiros do Rio Grande do Norte. Os Santos foram vítimas de dois assassinatos em massa cometidos em 1645, durante as invasões holandesas no Brasil. Por serem católicos, pagaram com a própria vida o preço da fé devido à intolerância dos invasores calvinistas.

O que é um mártir?

A palavra mártir vem do grego martys, martyros, que significa testemunha. O mártir é uma testemunha qualificada que chega ao derramamento do próprio sangue. O Papa Bento XIV assim se exprime: “O martírio é a morte voluntariamente aceita por causa da fé cristã ou por causa do exercício de outra virtude relacionada com a fé”.

O Catecismo da Igreja Católica (§ 2473) retoma o conceito: “O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte”.

Massacre de Cunhaú

O primeiro massacre aconteceu no dia 16 de julho de 1645, durante a celebração a Santa Missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho de Cunhaú, no atual município de Canguaretama (RN).

De acordo com os relatos históricos, após o padre André de Soveral  realizar elevação da hóstia e do cálice, erguendo o Corpo do Senhor para a adoração dos presentes, Jacob Rabbi, um alemão a serviço da Companhia das Índias Ocidentais Holandesas, trancou as portas da capela e, com uma tropa de índios Tapuias e soldados, ordenou a matança de todos os fiéis.

Massacre de Uruaçu

O segundo massacre aconteceu três meses depois, no dia 3 de outubro, em Uruaçu, hoje parte do município de São Gonçalo do Amarante (RN).

Com as notícias sobre o ocorrido em Cunhaú, alguns católicos buscaram refúgio na Fortaleza dos Reis Magos e numa fortificação construída no pequeno povoado de Potengi, que ficava próximo da Fortaleza, mas foram atacados pelas tropas de Rabbi.

Eles resistiram, mas acabaram se rendendo e foram massacrados às margens do rio Uruaçu. Entre os mortos estavam o padre Ambrósio Francisco Ferro e o camponês Mateus Moreira. De acordo com os relatos históricos, os invasores holandeses ofereceram aos fiéis católicos a opção de conversão ao calvinismo, mas eles escolheram o martírio, e o acolheram entre orações e exaltação a Deus.

A disposição dos fiéis à hora da morte era a de verdadeiros mártires, ou seja, aceitando voluntariamente o martírio por amor a Cristo. Os assassinos agiam em nome de um governo que hostilizava abertamente a Igreja Católica, a religião do governo português, do qual eram adversários.

Foram dezenas de mortos nos dois episódios, mas apenas 30 foram canonizados, sendo 28 leigos e dois sacerdotes, isso porque devido a violência com que foram mortos, muitos não puderam ser identificados.

Amor ao Santíssimo Sacramento

Uma das vítimas do martírio de Uruaçu foi o camponês Mateus Moreira, que teve o coração arrancado pelas costas, enquanto repetia a frase “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. A 43ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Itaici/SP, em 2005, aprovou o então Bem aventurado Mateus Moreira como “Patrono dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística”.

Canonização e festejos

Os Mártires de Cunhaú e Uruaçu foram beatificados pelo Papa João Paulo II, em 5 de março de 2000, e foram canonizados pelo Papa Francisco, em 15 de outubro de 2017. Na ocasião da canonização, o Papa Francisco ressaltou que o sangue dos mártires regou o solo para a geração de novos cristãos: “Seu sangue regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos”, afirmou Francisco.

Todos os anos, milhares de fiéis se reúnem nos monumentos erguidos em honra aos Santos Mártires no município de São Gonçalo do Amarante, para os festejos litúrgicos, que têm a culminância no dia 3 de outubro. Também na cidade do Natal, no bairro de Nossa Senhora de Nazaré, onde se encontra o Santuário dedicado aos Santos Mártires, os devotos se encontram para celebrar o exemplo de amor deixado por eles. Este ano de 2023, o Santuário está celebrando 14 anos de dedicação e contará com uma vasta programação, que se estenderá até o dia 12 de outubro.

 

Fonte: Comunidade Shalom

Henri Pranzini, o sentenciado que Santa Teresinha clamou por misericórdia

Quantos e quantos crimes não são, dia após dia, anunciados, gerando em nós um verdadeiro pavor? Quantas sentenças não são pronunciadas nas páginas da internet, na mídia e nas folhas do jornal? Entretanto, quão maiores são as oportunidades que a Providência quer nos dar de sermos testemunhas da salvação das almas.

teresinha

Em Paris, França, há exatos 134 anos, no mês de julho, deu-se início a um julgamento de evidências brutais. Em um tribunal lotado, uma história de cortesãs e criminosos foi exibida para todos ouvirem. O réu era Gaston Geissler, acusado de um triplo assassinato no terceiro andar da Avenida Montaigne. As vítimas foram a cortesã Claudine-Marie Regnault, 40 anos, conhecida como Régine de Montille, Anette Grémeret, 38, e Marie-Louise, 12.

O acusado, nascido em 1857, na Alexandria, filho de imigrantes, cujo pai trabalhava nos arquivos dos correios e a mãe era florista, era um homem de bons estudos, que trabalhava como intérprete em navios de cruzeiro como funcionário do Posto Egípicio. Nas viagens de trabalho, passou a frequentar cassinos e a conhecer muitas mulheres e, após a demissão devido a roubos, tornou-se aventureiro, ingressando no exército indiano e, posteriormente, prestando serviço aos russos, participando também da guerra no Afeganistão. Por ter conhecimento fluente em oito idiomas, em 1884, alistou-se no exército britânico, tornando-se o principal intérprete dos ingleses. Após certas aventuras, instalou-se na França, onde ocorreu seu julgamento.

Parecem relatos de um ótimo livro ou de uma excelente trama de filme dramático, não é verdade? Daqueles que ganham Oscar em Hollywood…

Entretanto, o personagem e a história que você acabou de ler são bem reais. Gaston Geissler era o pseudonimo italiano de Henri Pranzini, acusado por terrorismo, assassinato e proxenetismo, que o levaram à pena de morte no dia 31 de agosto de 1887, aos trinta anos de idade.

É bem verdade que o triplo assassinato bastante brutal, consequência maior de uma tentativa de assalto a um cofre no valor avaliado de 200.000f., chamou a atenção de toda a imprensa, tendo destaque na primeira página do famoso “The Times”. A investigação do crime passou a circular por toda a França, já que as únicas pistas deixadas foram um cinto e uma carta assinada pelo suposto “Geissler”, e a fama do assassino solto pelas ruas francesas passou a ser de imensa repercussão.

Mas, para além de todo o sensacionalismo e notícias da época, Henri Pranzini tornou-se conhecido e teve seu marco na história, não pela impressionante biografia e pelos crimes cometidos – esses o colocaram nas páginas de jornal da época e renderam alguns esboços e literaturas sobre o caso de assassinato -, mas sim pelo olhar e ato misericordioso de uma pequena jovem francesa, Marie-Françoise-Thérèse Martin, Santa Teresinha de Lisieux, que, ao ler as notícias no jornal, encontrou uma via de intercessão e oferta de vida, clamando a Deus misericórdia pela salvação de sua alma.

“(…) Ouvi falar de um grande criminoso que acabara de ser condenado à morte por crimes horríveis; tudo nos levou a acreditar que ele morreria por impenitência. Eu queria a todo custo impedir que caísse no inferno; para alcançá-lo, usei todos os meios imagináveis: sentindo que por mim mesmo não podia fazer nada, ofereci a Deus todo o infinitos méritos de Nosso Senhor, os tesouros da Santa Igreja, (…) gostaria que todas as criaturas se unissem comigo para implorar a graça dos culpados. (…) A fim de me dar coragem para continuar orando pelos pecadores, disse a Deus que tinha muita certeza de que Ele perdoaria o pobre Pranzini, (…), confiei tanto na infinita misericórdia de Jesus, mas pedi a Ele apenas “um sinal” de arrependimento por minha mera consolação”.

Eis a mudança na história do nosso aventureiro egípcio: de réu bárbaro, condenado sem qualquer oportunidade de clemência, já diante de seu algoz na guilhotina, a uma pessoa digna de compaixão e misericórdia, salva pela intercessão de uma filha de Deus.

Contam os relatos que, após passar pelos portões de La Roquette, diante de uma praça pública com um andaime à sua espera no centro, recusando todo tipo de ajuda e negando o crime, Pranzini começou a andar para a frente. Após ver as espadas desembainhadas, começou a cambalear, antes de virar-se em direção ao capelão, pedir o crucifixo e beijá-lo.

“No dia seguinte à sua execução, encontro em minhas mãos o jornal: “La Croix”. Abro ansiosamente e o que vejo? … Ah! minhas lágrimas traíram minha emoção, e fui obrigada a me esconder. Pranzini não confessou, ele subiu no cadafalso e se preparava para passar a cabeça no buraco sombrio, quando de repente, tomado por um De repente, ele se vira, pega um crucifixo apresentado a ele pelo padre e beija suas feridas sagradas três vezes! “A cruz”. Abro ansiosamente e o que vejo? … Ah! minhas lágrimas traíram minha emoção, e fui obrigada a me esconder. Então sua alma foi receber a sentença misericordiosa daquele que declara que no Céu haverá mais alegria para um pecador que faz penitência do que para 99 homens justos que não precisam de penitência! … “.

Quanta alegria não há, no Céu, pela conversão sincera de um pecador (Luc, 15,7)! Essa palavra é eterna e não passa. Essa Palavra é para nós esperança. Essa palavra, sim, merece festejo e fogos como uma grande celebração.

Quantos e quantos crimes não são, dia após dia, anunciados, gerando em nós um verdadeiro pavor!? Quantas sentenças não são pronunciadas nas páginas da internet, na mídia e nas folhas do jornal? Entretanto, quão maiores são as oportunidades que a Providência quer nos dar de sermos testemunhas da salvação das almas.

O fato de as más notícias chegarem a nós, muitas vezes de forma massiva, não deve passar despercebido, sendo visto apenas como um mal que acumula sobre nós estresse, medo, pânico e tensão. Na verdade, tendo sido alvos da misericórdia divina, as notícias devem nos colocar em um movimento de encontro a Deus e ao outro, nosso irmão, que sofre e padece, muitas vezes escravo de seus próprios pecados.

Sabemos em quem colocamos a nossa confiança: “Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus.” (2Cor 5, 19-21)

Peçamos, pela intercessão de Santa Teresinha a graça de, pelos méritos do sangue de Cristo, repararmos tantos pecados e de alcançarmos, pela oração sincera a Deus, a salvação das almas que mais necessitam de misericórdia.

 

Fonte: Comunidade Shalom