Conhecida mundialmente, através dos mais simples gestos de caridade à condecoração global do Prêmio Nobel da Paz, Madre Teresa sempre fez questão de que seu trabalho tivesse uma única finalidade: “para a glória de Deus e em nome dos pobres”.
Toda a vida e obra de Madre Teresa testemunharam a alegria de amar, a grandeza e a dignidade de cada ser humano, o valor das pequenas coisas feitas com fidelidade e amor, e a incomparável riqueza da amizade com Deus. Nesta terça-feira, 5 de setembro, a Igreja celebra a sua memória, data em que a santa dos pobres faleceu, em 1997.
Família e Vocação
Madre Teresa, nasceu no dia 26 de agosto de 1910 em Skopje, e o seu nome de batismo foi Agnes Gonxha. A mais nova dos cinco filhos, recebeu a Primeira Comunhão aos cinco anos e meio e foi crismada em novembro de 1916. Desde o dia da Primeira Comunhão, o amor pelas almas entrou em seu coração. A morte repentina de seu pai, quando Agnes tinha cerca de oito anos, deixou a família em dificuldades financeiras. A mãe viúva criou seus filhos com firmeza e amor, influenciando de certa maneira o caráter e a vocação de sua filha. A educação religiosa de Gonxha foi também fortalecida pela animada paróquia jesuíta do Sagrado Coração, na qual ela esteve ativamente envolvida.
De pequena estatura, mas com fé firme como uma rocha, Madre Teresa de Calcutá foi incumbida da missão de proclamar o amor sedento de Jesus pela humanidade, especialmente para os mais pobres entre os pobres. Sua alma refletiu constantemente a luz de Cristo, e o seu coração, como ela mesma costumava afirmar, ardia de amor por Ele.
“Sou albanesa de sangue, indiana de cidadania. No que diz respeito à minha fé, sou uma freira católica. Segundo a minha vocação, pertenço ao mundo. Mas no que diz respeito ao meu coração, pertenço inteiramente ao Coração de Jesus. […] Deus ainda ama o mundo e envia você e eu para sermos seu amor e compaixão pelos pobres, para saciar a Sua sede de amor e de almas.”
Um aspecto heróico
Mas havia outra característica desta grande mulher que só se tornou conhecida após a sua morte. Escondida de todos os olhares, e até dos mais próximos, a sua vida interior foi marcada pela experiência de um sentimento profundo, doloroso e permanente de estar separada de Deus, até mesmo rejeitada por Ele, juntamente com um desejo crescente por Ele. Ela chamou sua prova interior de “escuridão”. A “noite dolorosa” da sua alma, que começou no momento em que iniciou o seu apostolado junto dos pobres e durou toda a sua vida, conduziu Madre Teresa a uma união ainda mais profunda com Deus, através das trevas ela participou misticamente da sede de Jesus, ao seu doloroso e ardente desejo de amor e compartilhou a desolação interior dos pobres.
Testemunho e Santidade
Madre Teresa deixou-nos um testamento de fé inabalável, de esperança invencível e de extraordinária caridade. A sua resposta ao pedido de Jesus: “Vem, sê a minha luz”, fez dela uma Missionária da Caridade, “Mãe dos pobres”, símbolo de compaixão pelo mundo e testemunha viva do amor sedento de Deus. Em sua beatificação, em 2002, o Papa João Paulo II, que a considerava também como uma grande amiga, destacou:
“Estou pessoalmente grato a esta mulher corajosa, que senti sempre ao meu lado. Ícone do Bom Samaritano, ela ia a toda a parte para servir Cristo nos mais pobres entre os pobres. Nem conflitos nem guerras conseguiam ser um impedimento para ela. […] Prestemos honra a esta pequena mulher apaixonada por Deus, humilde mensageira do Evangelho e infatigável benfeitora da nossa época. Aceitemos a sua mensagem e sigamos o seu exemplo.”
Já sua canonização foi celebrada pelo Papa Francisco, no Jubileu da Misericórdia, ocasião em que o Santo Padre enfatizou traços fortes de sua missão e de seu testemunho de santidade:
“Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que «quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável». Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes ― diante dos crimes! ― da pobreza criada por eles mesmos. A misericórdia foi para ela o “sal”, que dava sabor a todas as suas obras, e a luz que iluminava a escuridão de todos aqueles que nem sequer tinham mais lágrimas para chorar pela sua pobreza e sofrimento.”
O legado em prol dos mais necessitados
A obra fundada por Santa Teresa de Calcutá é uma de suas maiores heranças para o mundo. A Congregação das Missionárias da Caridade, que nasceu através do sim corajoso de Madre Teresa, em 1950 em Calcutá, Índia está presente hoje em mais de 100 países. Seu objetivo principal é totalmente dedicado ao serviço dos mais pobres dos pobres, independentemente de classe social, credo, cor ou religião.
Ao definir as linhas gerais da Congregação, Madre Teresa afirmou: “A finalidade das Irmãs Missionárias da Caridade é dedicar-se de corpo e alma e exclusivamente ao bem-estar material e espiritual de todas as pessoas necessitadas, dos pobres indefesos, das crianças negligenciadas, das pessoas abandonadas, dos doentes, leprosos e mendigos – em suma, todos aqueles que, seja por sua própria negligência ou por falta de interesse público, ficam à deriva na vida sem ajuda nem esperança.”
Dia Internacional da Caridade
Outro marco importante é o Dia Internacional da Caridade, adotado na Assembleia Geral da ONU em 17 de dezembro de 2012. A data em que se celebra anualmente é justamente 5 de setembro, dia que assinala o aniversário da morte de Madre Teresa de Calcutá. Este evento tem como foco chamar a atenção para a necessidade de erradicar a pobreza e também reconhecer o papel fundamental do setor privado, da sociedade civil, do voluntariado e das iniciativas filantrópicas, dado que contribuem ativamente para a criação de sociedades mais inclusivas e resilientes.
Evangelização, informação e entretenimento enobrecem o trabalho diário da emissora
Fundada pelo Padre Reginaldo Manzotti, entrou no ar em 2011, sob o manto de Nossa Senhora do Carmo. A emissora trabalha com diversos programas voltados para o mundo cristão, buscando primar pela disseminação da palavra de Deus, evangelizando e catequizando seus telespectadores.
O anúncio emocionado, feito em meio às comemorações dos 10 anos da Obra Evangelizar é Preciso, aconteceu ao vivo durante o programa Experiência de Deus. O sacerdote contou que, a partir desta data histórica, a TV Evangelizar é geradora de conteúdo para a Rede Católica da Igreja (RCI) e pode ser sintonizada ao vivo em canal aberto para 17 capitais e outras cidades de todo o país.
“O sonho é de Deus, o mandato é de Jesus Cristo e a missão é nossa. Este não é o sonho de um padre, é uma necessidade da Igreja”, afirmou. E reforçou: “Fique atento, porque novos transmissores serão ligados, novas antenas serão transportadas e a próxima cidade a ter a TV pode ser a sua”
Assim elenca em seu site: “A TV Evangelizar trabalha com verdade e clareza para alimentar a fé e a esperança dos telespectadores em todo o Brasil. Diariamente, cumpre o propósito de transmitir a programação de 24 horas, para mais de 2000 cidades e 19 capitais do país, por meio de mais de 430 emissoras de canal aberto e sinal via satélite.”
Em 1º de setembro de 2015, a TV Evangelizar passa a transmitir sua programação em rede nacional em parceria com a TVCi, atual RCI, sendo que em 24 de agosto de 2016, o canal passa a utilizar a marca “Rede Evangelizar de Comunicação”. No entanto, no dia 8 de outubro de 2016, na Festa das Santas Chagas, o canal volta a se chamar TV Evangelizar.
Francisco realizou uma viagem histórica ao país da Ásia Central, que pela primeira vez recebeu um Papa. Tratou-se da 43a peregrinação apostólica do Pontífice.
O encontro com os agentes da caridade foi o último compromisso oficial do Papa na Mongólia. Da “Casa da Misericórdia”, Francisco se transferiu diretamente para o Aeroporto Internacional de Ulan Bator.
A cerimônia de despedida foi realizada numa Sala interna do Aeroporto na presença da mesma representante governamental que acolheu o Pontífice em sua chegada, a ministra do Exterior Batmunkh Battsetseg.
Depois de um breve colóquio, o Papa se despediu do séquito local e da delegação mongol e foi o último a entrar no avião A330 da ITA Airways.
A viagem até Roma tem duração prevista de 11h20, após percorrer 8.230 quilômetros. Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Fiumicino, Francisco irá diretamente para o Vaticano.
Paz, diálogo e fé
No total, foram cinco pronunciamentos feitos pelo Pontífice ao longo de três dias em Ulan Bator. O Papa encontrou autoridades civis, eclesiásticas e religiosas, e presidiu à celebração de uma missa.
Nessas ocasiões, reafirmou seu apelo pela paz e falou da responsabilidade das religiões para a pacificação dos conflitos e a importância da coerência no testemunho.
À pequena comunidade católica, Francisco a encorajou a não temer a pequenez e indicou o melhor caminho de todos: a cruz de Cristo; afinal, somos todos “nômades de Deus”, peregrinos à procura da felicidade, viandantes sedentos de amor. E só a fé cristã é a resposta.
Destaque na viagem para dois momentos especiais: o encontro dentro de um “ger”, a tradicional morada dos povos nômades, com a senhora Tsetsege, mãe de onze filhos, que achou no lixo uma imagem de Nossa Senhora. Em 8 de dezembro de 2022, a estátua da Virgem Maria “Mãe do Céu” foi entronizada na Catedral de Ulan Bator e foi abençoada pelo Papa no encontro com os bispos e consagrados.
Outro momento significativo foi ao final da missa no ginásio da capital, em que Francisco pegou pela mão os bispos emérito e o atual bispo de Hong Kong para enviar uma calorosa saudação ao “nobre povo chinês”.
Agora o Pontífice volta para casa com “missão cumprida”, fazendo história ao se tornar o primeiro Papa a visitar a Mongólia.
Francisco é o primeiro Pontífice Romano a colocar os pés na terra do eterno céu azul. O Papa vem como peregrino e convidado, testemunha da paz e promotor da fraternidade. Suas palavras certamente serão ouvidas com atenção, como quando um viajante para para se recuperar de uma longa viagem e as pessoas da ger abrem espaço para ele, sentando-se ao redor da estufa para ouvir sua história, com uma xícara de chá fumegante na mão, diz o prefeito apostólico de Ulan Bator, cardeal Giorgio Marengo.
Um ponto na estepe. É assim que nos sentimos quando viajamos pela Mongólia. Aqui, redescobrimos nossa justa posição no mundo e na vida. A fé retorna à sua essencialidade original ou, pelo menos, é provocada a esse retorno. A pessoa se vê pequena, frágil e, por essa mesma razão, torna-se objeto de um amor incondicional que é pura dádiva. A visita do Papa Francisco à Mongólia participa dessa graça e a confirma com um algo a mais que nos torna ainda mais humildes e gratos.
A pequena comunidade católica local (cerca de 1.500 fiéis mongóis) deseja acolher essa graça com toda a intensidade possível. Os fiéis estão se preparando para ela na perspectiva de ajudá-los a crescer na fé, a serem confirmados em sua escolha (que de forma alguma é dada como pressuposta) de serem amigos, discípulos e testemunhas do Senhor que tem no coração cada pessoa, pertencente a qualquer cultura, em qualquer latitude.
Os missionários e missionárias que trabalham aqui com tanta paixão e paciência estão ansiosos para receber o sucessor de São Pedro entre eles. A população da Mongólia em geral também está curiosa para ver esse líder espiritual, do qual se fala há algum tempo.
São João Paulo II esperava vir para aqui em 2003. Mas o Papa Francisco é o primeiro Pontífice Romano a colocar os pés na terra do eterno céu azul, como é chamada por seus habitantes.
O relacionamento direto com os mongóis existe desde a época do Papa Inocêncio IV (século XIII). A primeira missão diplomática, realizada pelo frade da Úmbria Giovanni di Pian del Carpine, data dessa época. A Santa Sé, portanto, mostra uma primazia à qual o Papa Francisco provavelmente se referirá e que o presidente Khurelsukh também conhece muito bem. Talvez seja também por isso que, em julho de 2022, ele decidiu fazer o convite formal, que foi imediatamente aceito com gratidão pelo Santo Padre. O documento foi trazido pessoalmente por uma delegação oficial, que também participou do Consistório. Ele foi escrito em uma caligrafia antiga, de cima para baixo, a marca de um povo que sempre sabe manter-se de pé, mesmo em momentos difíceis. Como as crianças que olham para fora da ger sem medo de encarar até mesmo o hóspede estrangeiro.
O Papa Francisco vem como peregrino e convidado, testemunha da paz e promotor da fraternidade. Suas palavras certamente serão ouvidas com atenção, como quando um viajante para para se recuperar de uma longa viagem e as pessoas da ger abrem espaço para ele, sentando-se ao redor da estufa para ouvir sua história, com uma xícara de chá fumegante na mão.
Acreditamos que o Papa Francisco apreciará a beleza desse país de vastas pastagens, imponentes cadeias montanhosas, lagos alpinos límpidos e extensões desérticas. Um país com duas faces: a da tradição nômade, ainda praticada por cerca de 30% da pequena população (3,2 milhões de habitantes), e a da cidade mutável e às vezes contraditória, com os palácios reluzentes do centro e a periferia desconfortável que pontilha as colinas ao redor da capital Ulan Bator.
Tradição e novidade. Até mesmo para a fé cristã, já conhecida aqui nos tempos antigos e que depois foi se desfazendo até quase se perder. Algo muito positivo pode ser vislumbrado na trama desse fio: uma pequena comunidade crente, vivendo em uma situação de marginalidade, com o desejo de continuar semeando a boa semente do bem; como desde o início da década de 1990, quando a Igreja começou seu trabalho silencioso e frutífero de promoção humana, pesquisa cultural e diálogo, até mesmo fazendo florescer as primeiras comunidades católicas, agora reunidas em 9 paróquias. Sim, a palavra diálogo talvez seja uma das que mais caracterizarão essa viagem apostólica. Diálogo cultural e social, mas também diálogo ecumênico e inter-religioso. Essa é a premissa indispensável para poder construir (ou consolidar) pontes, em um momento particularmente difícil para o planeta, em que parece ser mais fácil destruir do que construir.
De fato, o Papa também é um pai, que se preocupa com todos os filhos e filhas de Deus espalhados pelo mundo. Ele é o Padre Santo, que deseja irradiar a santidade (refletida) da Igreja, a serva do Evangelho, e quer fazê-la brilhar também nesta terra de história tão fascinante e de profunda tradição espiritual. É assim que o recebemos aqui, e é uma grande alegria a desabrochar.
A Virgem Maria quis se mostrar de maneira discreta e forte, sendo encontrada na imagem esculpida de uma estátua que surgiu em um depósito de lixo. À intercessão dela é dedicada este ano, em que a estátua passou por todas as comunidades antes de retornar à Catedral dos Santos Pedro e Paulo, onde o Papa Francisco a encontrará em 2 de setembro. A Sra. Tsetsegee a apresentará a ele, dentro de uma ger. Nos próximos dias, viveremos o convite do profeta Isaías: “Ampliai o espaço da vossa tenda” (Is 54,2), quando o mundo inteiro vier à nossa tenda. Haverá espaço para todos. A visita do Papa Francisco permanecerá memorável e será um sinal de esperança universal: “Esperar juntos”.
O avião tendo a bordo Francisco aterrissou no Aeroporto Internacional Chinggis Khaan, na capital Ulan Bator, às 9h51, horário local, seis horas à frente da Itália, 11 horas à frente do Brasil. Cerimônia de acolhida sóbria entre aplausos e presentes. No sábado, 2 de setembro, o início das atividades públicas.
Uma brisa leve amenizava o forte calor na chegada do Papa Francisco ao Aeroporto Internacional de Ulan Bator, capital da Mongólia onde o Pontífice desembarcou às 9h51 (hora local) e até o dia 4 de setembro participa de encontros e preside uma Celebração Eucarística para o pequeno rebanho local. É a primeira viagem de um Pontífice a esta terra da Ásia Central, como já foi mencionado nos últimos dias e repetido pelas rádios e televisões locais que sublinham o carácter “histórico” da visita.
Uma recepção sóbria, mas com sentimento de gratidão
As informações da mídia chegam em um ciclo contínuo e aumentam a curiosidade da parte não católica da população, portanto majoritária, principalmente budista tibetana, pela chegada de um “personagem” de fama mundial. Nas ruas da cidade é difícil encontrar faixas e cartazes como em outras viagens internacionais do Pontífice, muito menos multidões.
É uma acolhida sóbria aquela reservada ao Papa, mas com um profundo sentido de gratidão, especialmente por parte do “pequeno rebanho” católico: “como para com um familiar querido que sabes que vai visitar a tua casa”, dizem alguns Missionários da Consolata.
Mesmo no Aeroporto Internacional Chinggis Khan, o silêncio parece reinar após a chegada do Papa, silêncio sobre o qual o próprio Papa nos convidou a refletir durante o voo vindo de Roma, com palavras que o jovem cardeal Giorgio Marengo – prefeito apostólico de Ulaanbaatar, na primeira fila para as boas-vindas no aeroporto – diz ter apreciado muito.
A chegada do Papa
Por volta das 10h, o A330 da ITA Airways estacionou na pista. O encarregado de negócios da Nunciatura Apostólica, monsenhor Fernando Duarte Barros Reis, e o chefe do protocolo embarcaram na aeronave pela escadaria frontal para cumprimentar o Papa, que posteriormente desceu de elevador. Ao pé da escada principal, o aguardava a ministra do Exterior, Sra. Batmunkh Battsetseg. Na Mongólia, quem ocupa este cargo é encarregado de receber os Chefes de Estado estrangeiros.
Outra mulher, uma jovem vestida com um dil vermelho (é o vestido nacional em seda e algodão), ofereceu ao Papa uma xícara de iogurte seco, prato tradicional local de sabor azedo produzido com leite de iaque, um dos animais mais comuns, juntamente com vacas, cabras e cavalos. O Papa tocou o copo com a mão e depois pegou um pedaço de iogurte.
Não houve discursos, mas apenas a Guarda de Honra com os soldados nos tradicionais uniformes vermelho, azul e amarelo (cores da bandeira mongol) e as saudações das respectivas delegações. Presente também dom José Luis Mumbiela Sierra, bispo da Diocese da Santíssima Trindade de Almaty, na qualidade de presidente da Conferência Episcopal da Ásia Central.
Acolhida na Prefeitura Apostólica
O Papa e a ministra dirigiram-se então à Sala VIP para uma breve conversa. No final, o deslocamento de carro para a Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar, ao sul da cidade, no distrito de Khan Uul, uma das principais zonas industriais da região. Ao chegar à Prefeitura, o Papa foi recebido por um grupo de idosos e doentes, depois algumas crianças o cumprimentaram na entrada e lhe ofereceram flores.
Neste prédio de tijolos laranja de quatro andares, onde nos últimos dias foi afixada uma faixa azul de boas-vindas, Jorge Mario Bergoglio residirá durante sua estadia na Mongólia.
A cerimônia oficial de boas-vindas terá lugar na manhã de sábado, 2 de setembro, na praça Sukhbaatar, onde se encontra o Palácio do Estado e onde se realizará o encontro com as autoridades civis, primeiro compromisso oficial e público da viagem do Papa Francisco.
Hannah Neeleman, de 33 anos, mãe de sete filhos, venceu o concurso de beleza Mrs. American na última sexta (25) no Westgate Las Vegas Resort and Casino, em Las Vegas. Hannah e seu marido, Daniel, administram sua própria fazenda em Kamas, Utah, chamada “Ballerina Farms”, onde vendem carne preparada na fazenda e utensílios de cozinha.
Neeleman, que representou o estado da Dakota do Sul no concurso apesar de ser natural de Utah, respondeu no palco a um dos juízes que lhe perguntou: “Quando você se sentiu mais fortalecida?”
“Tive esse sentimento sete vezes ao trazer essas almas sagradas para a Terra”, disse Neeleman. Depois que segurei aquele bebê recém-nascido nos braços, o sentimento de maternidade e de trazê-lo à terra é o sentimento mais poderoso que já senti”, ela respondeu.
Neeleman recebeu aplausos e foi ovacionada em pé pelo público presente.
Ela é ex-miss Nova York e foi miss Utah em 2021. Em 2012, ela se formou na Juilliard School, em Nova York, com bacharelado em artes plásticas em dança.
Nas redes sociais, em uma conta conhecida como “Ballerina Farms”, Neeleman publica sobre a vida familiar com o marido e os filhos, que têm entre um e 11 anos de idade, além de trabalhar na fazenda e promover um estilo de vida agrário tradicional.
Ao morarem quatro anos no Brasil, o casal se inspirou na vasta comunidade agrícola do país e, um dia, ao visitar uma fazenda de gado, ficaram em choque ao ver porcos vagando livremente pelo terreno. A partir de então, eles sonharam em criar seus próprios porcos e gado a pasto e, quando voltaram para os EUA, compraram terras e abriram sua própria fazenda.
No “Vídeo do Papa” de setembro, Pontífice convida fieis para rezarem pelos marginalizados, para que não sejam esquecidos e considerados descartáveis
“Como é que deixamos que a ‘cultura do descarte’, na qual milhões de homens e mulheres não valem nada em relação aos benefícios econômicos, como é que deixamos que esta cultura domine as nossas vidas, as nossas cidades, o nosso modo de vida?”
Com esta inquietação, Papa Francisco abriu a edição de setembro do “Vídeo do Papa”, com sua intenção de oração para o mês e alertando para a indiferença que chegamos diante de um irmão que vive à margem da sociedade.
Seja por motivos de pobreza, dependência, doença mental ou deficiência, o Papa pediu “paremos de tornar invisíveis” os que estão à margem da sociedade e ressaltou a importância de investir na“cultura do acolhimento”, de receber, de dar um teto, de dar um abrigo, de dar amor, de dar calor humano.
“Rezemos para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam consideradas descartáveis”, é o apelo final de Francisco.
Números
De acordo com dados das Nações Unidas, mais de 700 milhões de pessoas,10% da população mundial, vivem em situação de pobreza extrema, com dificuldade para satisfazer as necessidades mais básicas, como a saúde, a educação e o acesso a água e saneamento.
A ONU acrescenta ainda que cerca de 1,6 bilhões de pessoas vivem em condições precárias de habitação e que os países mais industrializados não constituem uma exceção. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam, ainda, que uma em cada oito pessoas no mundo apresenta sintomas de algum tipo de “problema mental”, e que 16% da população mundial tem uma “deficiência significativa”.
No final de agosto, mês vocacional, é celebrado o Dia do Catequista, os discípulos missionários das comunidades que têm uma nobre missão, definida assim pelo Papa Francisco:
“Ser catequista é uma vocação de serviço na Igreja; que se recebeu como um dom do Senhor que, por sua vez, será transmitido aos demais” (Simpósio Internacional sobre Catequese – 2017).
Dada a importância do trabalho desenvolvido por eles, que são os responsáveis por acompanhar crianças, jovens ou adultos para que se encontrem com Deus ou se aproximem mais da presença divina, em suas vidas, o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convidou o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, padre Wagner Francisco de Sousa Carvalho, a escrever um artigo sobre a identidade e a vocação do catequista.
Confira, abaixo, o artigo na íntegra:
“A comunidade é a principal responsável pelo ministério da catequese. Porém, dentro dela e em nome dela, alguns dos seus membros são chamados e formados para exercer uma vocação específica do anúncio da Palavra e da transmissão da fé. Esses catequistas possuem tal vocação enraizada na “vocação comum do povo de Deus, chamado a servir o desígnio salvífico de Deus em favor da humanidade” (DC, n. 110).
Em razão disso, deve a comunidade conscientizar-se de sua importância e buscar promover o real sentido desse chamado, em vista da missão a ser realizada. Ao mesmo tempo, deve discernir sobre quem tem o carisma para tal ministério. Os bispos do Brasil sugerem, nesse sentido, que haja, em nossas dioceses, planos formativos que possam promover “a cultura vocacional dos catequistas, elaborando passos para sensibilização, discernimento, acompanhamento e adesão à vocação” (CIIMC, n. 20).
Esse zelo significa que a Igreja almeja não só cuidar dos catecúmenos ou catequizandos, mas, igualmente, cuidar dos cuidadores, pois “tais ministérios, novos na aparência, mas muito ligados a experiências vividas pela Igreja ao longo da sua existência — por exemplo, o de Catequista […] —, são preciosos para a implantação, a vida e o crescimento da Igreja e para a sua capacidade de irradiar a própria mensagem à sua volta e para aqueles que estão distantes” (AM, n. 7).
Portanto, o catequista é aquele convocado a se preparar — não em vista de uma profissão, para executá-la em uma determinada empresa, e sim como um convocado por Deus a exercer uma vocação que Ele suscita e que serve para chamar a Seu serviço, por meio da Igreja. Sendo assim, o catequista participa da missão de Jesus, une-se ao Espírito Santo, protagonista da autêntica catequese, e torna-se testemunha e mediador que facilita a inserção dos novos discípulos de Cristo em seu Corpo Eclesial (DC, n. 112).
A sublimidade do exercício desse ministério nos faz rever alguns critérios ou atitudes pastorais acerca das escolhas dos candidatos para tal missão, pois, diante da carência pastoral e formativa, muitos deles são convocados, apesar das suas boas intenções, simplesmente pela necessidade e urgência diante da falta de alguém para essa função em uma determinada realidade paroquial. Noutras situações, persiste-se naquele estilo tradicional da catequese devido à inoperância e à decisão pessoal do catequista atuante em aderir ao estilo catecumenal. Outros, ainda, insistem em um salto automático de catequizando para catequista, após a recepção dos sacramentos, mas sem uma devida formação que possa dar credibilidade e autenticidade ao anúncio e educação da fé. Por fim, há a rotatividade entre os catequistas, uma vez que muitos assumem esse serviço, mas, em seguida, são desafiados a saírem da comunidade e residirem em ambientes geográficos distantes de seu território local, em virtude dos seus estudos, trabalhos ou outras atividades.
Consequentemente, a realização da catequese, nessas condições, permanece em um eterno recomeço, que enfraquece o processo, descontinua a caminhada, retarda os resultados e envelhece a comunidade. Diante disso, é necessário levarmos a sério o discernimento e a sinodalidade nas escolhas dos catequistas, envolvermos os demais membros das pastorais, realçarmos, em seguida, a formação integral, a fim de consolidar a identidade para a qual ele deve ser formado.
A propósito da construção da identidade do catequista, ao menos três aspectos nos chamam atenção, conforme o Diretório para a catequese. Ele deve ser “testemunha de fé e guardião da memória de Deus, mestre e mistagogo, acompanhador e educador” (DC, n. 113). De fato, uma comunidade sem catequista atuante é uma comunidade propensa a desaparecer, tornar-se inoperante e descaracterizada do anúncio, pois desapareceram, do seu meio, pessoas capazes de manter viva a memória de Deus, de narrar a história da salvação, de vigiar e transmitir para as gerações seguintes o amor de Deus e a sua misericórdia. Faltou, então, alguém para “plantar o trigo”.
Como mestre e mistagogo, o catequista é aquele que transmite o que antes experimentou. Se ele foi capaz de conhecer e fazer verdadeiramente uma experiência com nosso Senhor, ele se torna capaz de inserir seus catequizandos e catecúmenos nessa mesma experiência. Dessa forma, o conhecimento adquirido o direciona a querer sempre que o outro conheça e viva a alegria plena, porque, antes, ele está seguro e convicto de que é real. Sua vida é o próprio testemunho necessário que fala por gestos e palavras, lança fascínio, desperta interesse e atrai o outro para a mesma experiência. Ao final do processo, por razão da palavra testemunhada, os envolvidos poderão dizer: acreditamos por causa da sua palavra, mas nós mesmos ouvimos e sabemos que Jesus é o Salvador do mundo (Jo, 4, 42). Como mestre e mistagogo, o catequista, então, passa do “eu” para o “nós”, da mensagem para a assembleia, do conteúdo para a liturgia, de tal forma que aquilo que ele ensinou torna a ser agora celebrado e testemunhado.
Além disso, o catequista se torna aquele que acompanha os demais na proximidade, na escuta, como um especialista em humanidade capaz de conhecer as alegrias e tristezas, esperanças e angústias de cada pessoa e sabe colocá-las em relação com o Evangelho de Jesus (DC, n. 113c). Tal percepção lhe permite perceber a gradualidade do processo de cada catequizando ou catecúmeno, simultaneamente com a experiência com Deus. Ao mesmo tempo, permite-lhe identificar que nem todos chegam a esse fim com a mesma aptidão, segurança e adesão. O catequista capaz de fazer o caminho junto sente, então, quando um aquece o coração enquanto o outro “permanece com os olhos fechados”. Por isso, a sua vocação, sua identidade e sua missão não se localizam apenas na sala de catequese, estão para além dessas estruturas e desses ambientes, estão dentro da comunidade. No interior de um determinado grupo de catequistas está a condivisão do múnus de ensinar confiado ao pároco, está a continuidade daquilo que os pais, eficazmente, ensinaram como valores e conteúdos da fé aos seus filhos. Está o presente e o futuro de uma comunidade”.
No encontro com a Delegação do Prêmio “É jornalismo”, o Papa fez um pedido: “A esperança é que, hoje – um tempo em que todos parecem comentar tudo, prescindindo dos fatos e, muitas vezes, até antes de se informar, – o ‘princípio da realidade’ seja cada vez mais redescoberto e cultivado: a realidade e o dinamismo dos fatos, que nunca são imóveis, mas evoluem sempre para o bem ou para o mal, apara não correr o risco de a sociedade da informação se transformar em uma sociedade da desinformação”
O Santo Padre recebeu no Vaticano, na manhã deste sábado, 26, uma delegação que lhe conferiu o Prêmio “Jornalismo”. Em sua saudação, o Papa confessou aos presentes que “antes de se tornar Bispo de Roma, recusava o oferecimento de prêmios, que continuou a fazê-lo também como Papa”. No entanto, explicou o motivo que o levou a aceitar este prêmio: “A urgência de uma comunicação construtiva que favoreça a cultura do encontro e não do desencontro, da paz e não da guerra, da abertura aos outros e não do preconceito”.
“Princípio da realidade” seja cada vez mais redescoberto
Aos ilustres expoentes do jornalismo italiano, Francisco confiou sua esperança e, ao mesmo tempo, fez-lhes um pedido de ajuda. Sobre a esperança, disse:
“A esperança é que, hoje – um tempo em que todos parecem comentar tudo, prescindindo dos fatos e, muitas vezes, até antes de se informar, – o ‘princípio da realidade’ seja cada vez mais redescoberto e cultivado: a realidade e o dinamismo dos fatos, que nunca são imóveis, mas evoluem sempre para o bem ou para o mal, para não correr o risco de a sociedade da informação se transformar em uma sociedade da desinformação”.
Desinformação, calúnia, difamação e coprofilia
A desinformação é um dos pecados do jornalismo, que são quatro, acrescentou o Santo Padre: a desinformação, quando o jornalismo não informa ou informa mal; a calúnia – tantas vezes usada; a difamação, que é diferente da calúnia, mas destrói; e o quarto é a coprofilia, ou seja, o amor pelo escândalo, pela sujeira. O escândalo vende. E a desinformação é o primeiro dos pecados, os erros – digamos assim – do jornalismo.
É preciso difundir uma cultura do encontro, do diálogo, da escuta do outro e das suas razões. A cultura digital oferece-nos tantas novas possibilidades de intercâmbio, mas também corre o risco de transformar a comunicação em slogans. Aqui, Francisco expressou sua preocupação, por exemplo, pelas manipulações dos que propagam, de modo egoístico, falsas notícias para orientar a opinião pública. Por isso, pediu, encarecidamente, o favor de não ceder à lógica da contraposição e não se deixar condicionar pelas linguagens do ódio. E acrescentou:
“Na atual conjuntura dramática, atravessada pela Europa, devido à continuação da guerra na Ucrânia, somos chamados a um salto de responsabilidade. A minha esperança é que seja dado mais espaço aos que defendem a paz; aos que estão comprometidos em pôr um ponto final neste, mas também em tantos outros conflitos; aos que não se rendem à lógica perversa da guerra, mas continuam a acreditar, apesar de tudo, na paz, no diálogo e na diplomacia”.
Sinodalidade que possa se tornar um costume diário
Após expressar a sua “esperança” aos líderes do jornalismo italiano, Francisco referiu-se ao seu “pedido de ajuda”, sobretudo, neste tempo, em que se fala muito e se escuta pouco, em que o sentido do bem comum corre o risco de enfraquecer. E o Papa explicou:
“Toda a Igreja empreendeu um caminho para redescobrir a palavra ‘juntos: caminhar juntos, interrogar-se juntos, assumir juntos um discernimento comunitário, que, para nós, é oração, como fizeram os primeiros Apóstolos: sinodalidade, que pudesse se tornar um costume diário, em todas as suas expressões. Por isso, em um pouco mais de um mês, Bispos e leigos do mundo inteiro vão se reunir aqui em Roma para a realização de um Sínodo sobre a sinodalidade”.
Contar o Sínodo deixando de lado a lógica dos slogans
Falar de um “Sínodo sobre a sinodalidade”, disse o Papa, pode parecer algo complicado, autorreferencial, excessivamente técnico e pouco interessante para o público em geral. Mas, o que aconteceu no ano passado, que continuará com a Assembleia sinodal no próximo mês de outubro e, depois, com a segunda etapa do Sínodo em 2024, é algo muito importante para a Igreja. A Igreja propõe este evento ao mundo, por vezes, incapaz de tomar decisões, mesmo quando a nossa sobrevivência está em jogo. E Francisco acrescentou:
“Estamos tentando aprender um novo modo de nos relacionar, ouvir uns aos outros para ouvir e seguir a voz do Espírito. Por isso, abrimos as portas, oferecendo a todos a oportunidade de participar, levando em conta as diversas necessidades e sugestões de todos. Queremos contribuir juntos para a construção de uma Igreja, onde todos se sintam em casa, onde ninguém esteja excluído”.
Para que isso seja possível, o Santo Padre pediu a ajuda dos mestres do jornalismo: ajudá-lo a falar deste processo como ele realmente é, deixando de lado a lógica dos slogans e das histórias pré-confeccionadas. Todos trarão benefício disso; isso também “é jornalismo”!
Foi publicada pela La Civiltà Cattolica a conversação completa de Francisco com os jesuítas de Lisboa, durante sua viagem a Portugal para a JMJ. Uma conversa espontânea, intercalada com perguntas, na qual o Pontífice expressa preocupação com as guerras, reitera o apelo para dar a “todos” um lugar na Igreja, incluindo homossexuais e pessoas trans, e reitera que o Sínodo não é uma “invenção” sua nem uma “busca de votos”
“Todos, todos, todos”. O apelo lançado e relançado ao longo da JMJ de Lisboa por uma Igreja acolhedora, onde haja espaço para “todos, todos, todos”, incluindo pessoas homossexuais e transexuais, o Papa Francisco reiterou e aprofundou em sua conversa com os jesuítas de Portugal. O Papa se reuniu com seus confrades em 5 de agosto no Colégio de São João de Brito, uma escola dirigida pela Companhia de Jesus, durante sua viagem à capital lusitana para a Jornada Mundial da Juventude.
Preocupação com as guerras
A conversa – publicada na íntegra pela prestigiosa revista jesuíta La Civiltà Cattolica – foi direta e espontânea, incitada pelo próprio Papa, que disse: “Perguntem o que quiserem. Não tenham medo de ser imprudentes ao perguntar”. Vários tópicos foram abordados: dos desafios geracionais ao testemunho dos religiosos, das questões sobre a sexualidade humana ao desenvolvimento da doutrina, às preocupações com as guerras: “Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, as guerras têm sido incessantes em todo o mundo. E hoje vemos o que está acontecendo no mundo”.
Resistências e atitudes reacionárias
As tensões intra-eclesiais foram outro tema principal da conversa. Portanto, o “indietrismo” (voltar-se para o passado, ndr), a “atitude reacionária” em algumas realidades eclesiais e a resistência ao Concílio Vaticano II. “Muitos colocam em discussão o Vaticano II sem nomeá-lo. Questionam os ensinamentos do Vaticano II”, diz o Papa. Em seguida, ele responde a um religioso que conta ter estado nos Estados Unidos por um ano e ter ficado impressionado por ter visto “tantos, até mesmo bispos, criticando sua maneira de conduzir a Igreja”. “O senhor verificou que nos Estados Unidos a situação não é fácil: há uma atitude reacionária muito forte, organizada, que estrutura uma adesão até mesmo afetiva”, diz o Pontífice. E “a essas pessoas” ele lembra “que o indietrismo é inútil” e que há “uma justa evolução” na compreensão das questões de fé e moral: “Também a doutrina progride, se consolida com o tempo, se expande e se torna mais firme, mas sempre progredindo”. Os exemplos da história são concretos: “Hoje é pecado possuir bombas atômicas; a pena de morte é um pecado, não pode ser praticada, e antes não era assim; quanto à escravidão, alguns Pontífices antes de mim a toleravam, mas hoje as coisas são diferentes. Então se muda, se muda, mas com esses critérios”.
Uma doutrina em evolução
“Para cima”, é a imagem que o Papa usa em seguida. “A mudança é necessária”, repete ele; depois acrescenta: “A visão da doutrina da Igreja como um monólito está errada. Mas alguns saem fora, voltam para trás, são o que eu chamo de ‘indietristas’. Quando se retrocede, forma-se algo fechado, desconectado das raízes da Igreja e perde-se a seiva da revelação”.
A advertência do Papa é clara: “Se você não muda para cima, você retrocede, e então assume critérios de mudança diferentes daqueles que a própria fé lhe dá para crescer e mudar. E os efeitos sobre a moral são devastadores”. Os problemas que os “moralistas” devem examinar hoje são, para o Pontífice, “muito sérios”; o risco é ver a ideologia suplantar a fé: “Pertencer a um setor da Igreja substitui a pertença à Igreja… E quando na vida você abandona a doutrina para substituí-la por uma ideologia, você perdeu, perdeu como na guerra”.
O mundanismo, o pior mal
Na conversação, o Papa amplia seu olhar para a sociedade atual, que ele vê como excessivamente “mundanizada”, algo que o preocupa muito, sobretudo “quando a mundanidade entra na vida consagrada”. Jorge Mario Bergoglio se refere à sua recente carta aos sacerdotes de Roma, na qual adverte contra o clericalismo e o mundanismo espiritual como armadilhas nas quais se deve evitar cair. “Uma coisa é se preparar para dialogar com o mundo… outra coisa é se comprometer com as coisas do mundo, com a mundanidade”, enfatiza, exortando mais uma vez para ler as quatro páginas finais da Meditação sobre a Igreja, na qual de Lubac afirma que a mundanidade espiritual “é o pior mal que pode penetrar na Igreja, pior até do que a época dos Papas ‘libertinos'”.
Sociedade erotizada
Não ceder ao mundanismo, entretanto, não significa não dialogar com o mundo: “Não se pode viver em conserva”, recomenda o Papa. “Vocês não devem ser religiosos introvertidos, sorrindo para dentro, falando para dentro, protegendo seu ambiente sem convocar ninguém”. Pelo contrário, é preciso “sair para este mundo”, com os valores e desvalores que ele tem. Entre eles, o de uma vida demasiadamente “erotizada”. A esse respeito, Francisco reitera o problema da pornografia e seu fácil acesso por meio de celulares, convidando os sacerdotes a pedir ajuda e a falar sobre esses problemas, porque, ao contrário do passado, quando essas questões não eram tão agudas e eram até mesmo escondidas, “hoje a porta está escancarada, e não há razão para que os problemas permaneçam escondidos”. “Se você esconde seus problemas, é porque escolhe fazer assim, mas não é culpa da sociedade, e nem mesmo de sua comunidade religiosa”, afirma.
Acolhimento a “todos”
Ainda sobre a questão da sexualidade, o Papa reitera o apelo para acolher as pessoas homossexuais na Igreja. “É evidente que hoje a questão da homossexualidade é muito forte, e a sensibilidade a esse respeito muda de acordo com as circunstâncias históricas”, esclarece. “Mas o que não me agrada nem um pouco, em geral, é que olhemos para o chamado ‘pecado da carne’ com uma lupa, assim como se fez por tanto tempo com relação ao sexto mandamento. Se se explorava os trabalhadores, se mentia ou trapaceava, isso não importava e, em vez disso, os pecados abaixo da cintura eram relevantes.”
“Todos são convidados” na Igreja, repete Francisco, “a atitude pastoral mais apropriada deve ser aplicada a cada um. Não se deve ser superficial e ingênuo, forçando as pessoas a fazer coisas e adotar comportamentos para os quais elas ainda não estão maduras ou não são capazes. Acompanhar as pessoas espiritualmente e pastoralmente requer muita sensibilidade e criatividade. Mas todos, todos, são chamados a viver na Igreja: nunca se esqueçam disso”.
O encontro com um grupo de pessoas transgênero
Em uma entrevista recente a uma revista espanhola, o Papa Francisco também relembra seu encontro com um grupo de pessoas transgênero, trazido pela primeira vez e depois várias outras vezes à audiência geral de quarta-feira pela irmã Geneviève, de 80 anos, “capelã” do Circo de Roma com outras duas irmãs. “A primeira vez que vieram, estavam chorando. Eu lhes perguntei o motivo. Uma das mulheres me disse: ‘Eu achava que o Papa não poderia me receber! Então, depois da primeira surpresa, adquiriram o hábito de vir. Algumas me escrevem, e eu as respondo por e-mail. Todos são convidados! Percebi que essas pessoas se sentem rejeitadas, e isso é muito difícil”.
A “alegria” pelo Sínodo
Não faltam perguntas mais pessoais na conversação, como: “Santo Padre… o que está pesando em seu coração e que alegrias o senhor está experimentando neste período?” Francisco responde de imediato: “A alegria que mais tenho em mente é a preparação para o Sínodo, mesmo que às vezes eu veja, em algumas partes, que há falhas na maneira como está sendo conduzida. A alegria de ver como, a partir dos pequenos grupos paroquiais, dos pequenos grupos de igrejas, surgem reflexões muito bonitas e há um grande fermento. É uma alegria”.
“O Sínodo não é uma invenção minha”, o Papa Francisco faz questão de dizer, lembrando que foi Paulo VI, no final do Concílio, “que percebeu que a Igreja católica havia perdido a sinodalidade”. Desde então, houve um “progresso lento” e, às vezes, “de maneira muito imperfeita”. Hoje, portanto, há uma tentativa de dar novo vigor à sinodalidade, que, esclarece o Pontífice, “não está indo em busca de votos, como faria um partido político, não é uma questão de preferências, de pertencer a este ou àquele partido”. Em um Sínodo – insiste – o protagonista é o Espírito Santo. Ele é o protagonista. Portanto, devemos nos assegurar de que é o Espírito que guia as coisas”.
Aurélio Agostinho de Hipona, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo, cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental.
Hoje é dia de Santo Agostinho, conhecido também como Agostinho de Hipona. Este santo nasceu no dia 13 de novembro de 354 em Tagaste, na cidade da Numídia (hoje, Argélia), no norte da África. Essa região era uma entre tantas dominadas pelo Império Romano. Seu pai era pagão e sua mãe uma fiel cristã que exerceu grande influência sob sua conversão. Seus estudos ocorreram na mesma cidade onde nasceu, porém, um tempo depois, foi para Madaura, onde iniciou estudos de retórica.
Agostinho era dotado de uma inteligência muito aguçada, estudou música, física, matemática e filosofia. Em 371, transferiu-se para Cartago, a maior cidade do Ocidente Latino depois de Roma, na época um grande centro do paganismo. Assim, deixou-se cativar pelo esplendor das cerimônias em honra dos milenares deuses pagãos do império. No ano de 373, nasceu Adeodato, seu filho, fruto de um romance com uma cartaginense. Agostinho também dedicou-se ao estudo das Escrituras, mas logo ficou desiludido diante do estilo da Bíblia, que considerou simples.
Depois de três anos, terminou o estudo superior em retórica e eloquência. De volta a sua cidade natal, abriu uma escola particular onde ensinou gramática e retórica. Em 374, foi para Cartago e, mais uma vez, dedicou-se ao ensino da retórica. Em 383, seguiu para Roma e, no ano seguinte, foi nomeado mestre de eloquência em Milão. Inquieto, numa busca permanente pela verdade, aderiu ao maniqueísmo. Esta filosofia pretendia ter como única base de pensamento a razão.
Por 12 anos, foi seguidor de Mani, profeta persa que pregava uma doutrina na qual se misturavam princípios cristãos, ocultismo e astrologia. Porém, nenhuma destas filosofias deixaram- lhe satisfeito, tanto que mergulhou num profundo ceticismo, duvidando de tudo e de todos.
UM ENCONTRO PROVIDENCIAL
Em 386, Agostinho encontrou-se com Ambrósio, na época, um influente bispo católico. Então, descobriu a seu lado profundas colocações, típicas de um verdadeiro mestre. Passou a assistir seus sermões, que eram inspirados, sobretudo, no Antigo Testamento. Ambrósio foi essencial para sua conversão à fé cristã. A mudança de coração foi tão profunda, que em 387, Agostinho pediu e recebeu o santo batismo.
No ano seguinte, retornou definitivamente para Tagaste, dedicando-se à vida monástica, vendendo a propriedade que herdou do pai e distribuindo o dinheiro aos pobres. Conservou apenas uma pequena porção de terra onde, ao lado dos amigos Alípio e Ovídio, fundou o primeiro mosteiro agostiniano. Em 391, foi ordenado sacerdote. Em 396, foi sagrado bispo auxiliar e foi ali que se tornou, por suas pregações e escritos, um dos maiores nomes da teologia na Igreja.
HERANÇA TEOLÓGICA E ESPIRITUAL DESSE GIGANTE
Entre 397 e 398, Agostinho escreveu a obra que se tornou um transbordamento da maturidade e profundidade de sua fé. Trata-se da obra Confissões. Ali, narrou sua trajetória de vida, da juventude até sua conversão, revelando, desse modo, os caminhos da fé em meio às angústias do mundo. Essa obra é uma autobiografia que também imprimiu seu pensamento filosófico.
Criou também a noção de espaço interior como campo da verdade essencial do homem: “A verdade e Deus devem ser buscados na alma, e não no mundo exterior.” Em 413, começou a obra A Cidade de Deus, escrita para consolar os cristãos após Roma ser saqueada pelos bárbaros visigodos, em 410. Nesta obra, Agostinho apresentou a defesa da fé e convidou seus contemporâneos a compreender o sentido profundo da história. Já não se trata de um reino de Deus que sucede à vida terrena.
A cidade de Deus e a dos homens coexistem: a primeira, antes simbolizada por Jerusalém, é agora a comunidade dos cristãos. A cidade dos homens tem poderes políticos, morais e existenciais próprios.
“As duas cidades permanecerão lado a lado até o fim dos tempos, mas depois a divina triunfará, para participar da eternidade.”
Sem dúvidas, Agostinho deixou-nos importantes contribuições sobre a doutrina da igreja, apresentadas em tratados filosóficos, teológicos, comentários, sermões e cartas. Exerceu grande influência em várias áreas do conhecimento. Teve papel importante na compreensão da Igreja Católica e fez uma síntese entre a filosofia grega e o pensamento cristão. Fixou a ideia da vida interior do homem como o palco essencial da construção de sua identidade.
Ele fez sua páscoa definitiva em Hipona, África, no dia 28 de agosto de 430. Foi canonizado por aclamação popular e reconhecido como Doutor da Igreja em 1292, pelo Papa Bonifácio VIII. Que Deus abençoe toda a Igreja, o Papa, os bispos, sacerdotes e todos os leigos, que atuam de alguma forma na orientação e formação do povo de Deus. Que a seu exemplo, possamos ser defensores profundos e convincentes da fé.
Não tem como pensar na Coreia e não lembrar automaticamente dos doramas. Se você ainda tem preconceitos ou não sabe nada a respeito, vamos te dar bons motivos para começar a assistir.
Com o anúncio da próxima Jornada Mundial de Juventude pelo Papa Francisco em Portugal, o mundo se volta para a Coreia do Sul para acompanhar os preparativos dos próximos quatro anos para acolher a 41ª edição da JMJ em 2027.
A Coreia do sul é o segundo país asiático a sediar uma edição da Jornada Mundial da Juventude. Em 1995, as Filipinas contou com a presença de cerca de 4 milhões de peregrinos na JMJ e com a presença de São João Paulo II.
Sabendo disso, apresentaremos algumas características da cultura e da sociedade coreana e sua relação com a fé católica, que apresentou um novo crescimento no país após a visita do Papa Francisco na 6ª Jornada Asiática da Juventude em 2014.
Não tem como pensar na Coreia e não lembrar automaticamente dos doramas. Quem se aventura no mundo das séries asiáticas provavelmente acaba se surpreendendo com as histórias e com alguns valores cristãos presentes nessas obras. Se você ainda tem preconceitos ou não sabe nada a respeito, vamos te dar cinco bons motivos para começar a assistir.
Idioma
Muitas pessoas tem dificuldades com os doramas por conta do idioma. É algo estranho e diferente mas a graça está justamente em ver algo novo. É preciso um pouco de paciência para acostumar e depois de um certo tempo você começa a pegar algumas palavras sem a ajuda da legenda. O diretor Joon-Ho de Parasita, filme sul coreano vencedor doOscar 2020 e vencedor da Palma de Ouro em Cannes e do Globo de Ouro como melhor filme fez surgir um debate sobre as produções faladas em outras línguas: “uma vez superada a barreira das legendas, vocês conhecerão a muitos filmes incríveis”.
Parasita (2019)
Cultura
Os doramas proporcionam uma verdadeira imersão no mundo asiático: lugares, relacionamentos, culinária, questões históricas e sociais e as quebras de alguns tabus. Em Mr. Sunshine é mostrado como se deu o imperialismo na Ásia em plena 2ª Fase da Revolução Industrial, em meio a discussões sobre xenofobia, escravidão, senso de identidade e justiça. Além de uma fotografia excepcional esse épico de guerra mostra a nua e crua realidade dos conflitos. Na guerra é matar ou morrer. Sem dó nem piedade.
Eugene e Ae Shin em Mr Sunshine (2018)
Em O Rei Eterno, um imperador coreano passa por um portal misterioso e entra em um mundo paralelo onde seu país é uma república. Neste mundo totalmente diferente do seu, ele conhece uma detetive obstinada e decide partir em busca de respostas sobre esse fenômeno. Essa mistura do passado com o mundo atual revela muitos aspectos da cultura, da sociedade coreana e também da religião. A fé e a ciência são componentes essenciais na sua busca pela verdade.
Algumas cenas se passam dentro e fora de duas catedrais, uma a Gyesan Cathedral (a Catedral de Nossa Senhora de Lourdes, conhecida como Catedral de Daegu) e a Catedral de Munsang, em Jinju.
Catedral Nossa Senhora de Lourdes em O Rei Eterno (2020)
Trama
É verdade que andamos um pouco decepcionados com a indústria cinematográfica e ainda passamos muito tempo para escolher um bom filme, porque queremos histórias que possam trazer algo de bom para nossa vida. Com certeza você deve ter se identificado com isso. Se pensa que os doramas mostram apenas conflitos escolares de adolescentes está muito enganado.
Os personagens são sempre muito bem construídos, nada é feito de forma banal e todas as histórias são tão bem trabalhadas, sem pressa e passando a verdade e a emoção que cada cena exige. A tensão é algo que os diretores são especialistas em ressaltar fazendo a gente ter picos de adrenalina e ansiedade em todos os episódios.
Os romances são um prato cheio para quem deseja saber como os asiáticos tratam dos relacionamentos a dois, pois tem uma inteligência emocional muito profunda e o entendimento sobre amizade, respeito e amor é sublime. Um fato bem importante é que você não encontra malícia na grande maioria das histórias.
O beijo mais do que um ato meramente físico como nós vemos muito por aí é um elemento importantíssimo nelas, porque marca a conquista real do amor e da confiança por parte dos personagens. Passam-se vários vários capítulos até que aconteça a cena do beijo e quando acontece é sempre emocionante.
Descendants of the Sun (2016)
Outro ponto crucial é que os homens em sua maioria são sempre muito gentis e tão sensíveis quanto as mulheres, sem passar uma imagem ruim ou estereótipo de que homem sensível é gay. Todos tem suas fragilidades mas isso faz parte constituinte do crescimento de cada personagem na história.
Como a Coréia é um país onde a fé católica é muito presente em vários ambientes, muitos doramas retratam também essa realidade, seja através do cotidiano das pessoas, seja mostrando a importância de uma vocação em suas narrativas.
Apostando Alto conta a história de uma jovem empreendedora que encara vários desafios nos negócios e acompanha a trajetória de outros jovens que atuam no mercado de tecnologia sul-coreanos. Suas histórias se cruzam enquanto aspiram por uma vida melhor.
Na série, podemos conferir cenas importantes que retratam a importância da fé. Embora Dal Mi não seja uma católica fervorosa, ela se junta a sua vó para rezar na Igreja. Em um de seus momentos de fé e determinação ela diz ao seu amigo Do San: “reze primeiro, depois faça acontecer.”
Acreditamos que a oração é esse relacionamento com Deus onde podemos conversar abertamente com Ele. As palavras de Dal Mi expõem muito mais, pois nos convidam a perceber que a oração requer nossa ação também, nossa participação ativa na realização da vontade de Deus. Como São Bento sempre dizia: “Ora et Labora” (Ora e Trabalha).
Apostando Alto (2020)
Diversidade
Existem doramas de todos os tipos: ação, romance, históricos, guerra, suspense, terror, ficção científica, aventura, até mesmo vocacionais e por aí vai. Você com certeza não vai ficar entediado porque eles são muito variados e tem para todas as idades. Não muito longos, eles se resolvem logo e os finais geralmente são fechados. Além da Coréia do Sul, Japão, China e Taiwan também produzem excelentes filmes e séries. Se você é acostumado com animes vale a pena ver um dorama japonês. Lembrando que a diversão é mesmo ver algo diferenciado, como uma comédia.
Em Beleza interior, temos um personagem que deseja ser padre e, para descobrir sua vocação trabalha em diversas atividades. Com uma determinada determinação ele vai em busca de seu objetivo, sempre demonstrando muitas virtudes, sobretudo a pureza e a temperança.
Em The Good Bad Mother, um acidente trágico deixa um ambicioso promotor com a mente de uma criança, e agora, ele e a mãe precisam viver uma jornada de reaproximação. Nele temos uma cena tocante, onde a mãe Yung-Soon recorre a Nossa Senhora pedindo socorro e auxílio para o seu filho dizendo: “a Senhora também é mãe, sei que me entende”.
The Good Bad Mother (2023)
O Sacerdote Impertuoso (2019) tem como personagem principal um padre chamado Kim Hae-il que vai em busca de justiça pela morte de seu mentor, o Monsenhor Lee Young. Para isso ele precisa lidar com sua raiva constante que o leva a muitos atos imprudentes. Contudo vale ressaltar que é um dorama importante sobre vocação, pois sua história revela a beleza e o mistério de sermos chamados por Deus que não chama os mais qualificados, mas qualifica aqueles a quem Ele chama.
O Sacerdote Impetuoso (2019)
Trilha Sonora
Quem não gosta de um filme ou série embalada por uma trilha sonora perfeita? Se você gosta de música e corre pra baixar as suas favoritas depois dela ter grudado na sua mente, os doramas são a prova perfeita de que os asiáticos mandam muito bem na escolha das canções que exaltam seus personagens. E não é só K-Pop que se ouve não. Diversas bandas e cantores já se renderam a essas obras. Vários músicos e compositores lançam vários OST (faixas originais de música) para jogos, filmes e doramas é claro.
Sintonizada em Você é uma boa pedida para quem gosta de um filme recheado de boa música. O longa como o próprio nome entrega se passa na era das rádios FM, no início dos anos 90 e oferece uma experiência sonora fascinante. Nele você viaja no tempo, ao longo da evolução da comunicação na era digital. A cena final eternizada com a música Fix You do Coldplay fecha o pacote desse filmão.
Sintonizada em Você (2019)
Espero que tenha gostado das dicas e feito você pensar também em curtir um bom dorama. Uma última dica: saiba sempre separar a realidade da ficção e aproveite para ver algo novo e interessante.
Outros doramas com temática católica:
Full House (2004), A Última Missão do anjo: Amor (2019), Island (2022)