RELAÇÃO FRATERNA

O ser humano é um ente natural, capacitado para praticar relações, e habilitado para atrair seus pares ou até expulsá-los do contexto próprio da convivência comunitária. Isto mostra e revela a capacidade inerente à existência de cada pessoa, que a leva a ser mais ou menos fraterna no relacionamento cotidiano social. O dado da fé pode ser componente a mais na sensibilidade dos indivíduos.

Podemos assim dizer que Deus se apresenta na estrutura de comunidade, que é revelado no relacionamento entre as três Pessoas divinas, no estilo de verdadeira família, sendo o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Então, Ele existe na condição de relação permanente na fraternidade, de modelo para a convivência familiar e comunitária. Em nossas realidades deve existir reflexo da vida divina.

A liberdade é condição importante para uma boa relação entre as pessoas. Exige reconhecimento dos valores de cada um, e não são os mesmos em cada indivíduo e nem em cada povo. Tanto Israelitas quanto Hamas, apesar da agressividade de ambos, têm a marca de grandes valores, mas isso não é reconhecido por eles. Desmoronam a riqueza da história construída com sacrifício.

Na dinâmica espiritual encontramos uma relação do fiel com a Trindade, inclusive reconhecendo-se como filho, podendo chamar a Deus de Pai. Ser filho não é ser escravo, submisso aos parâmetros impostos pela Lei, como acontecia no Antigo Testamento. A relação verdadeiramente fraterna, de coração sensível e aberto, tem pés ancorados no amor, na superação de todo tipo de imposição.

Quando celebramos a Festa da Santíssima Trindade, todos os cristãos são envolvidos por causa do batismo, porque ele marca a vida espiritual das pessoas. O batismo provoca comprometimento de relação fraterna, e ultrapassa todo tipo de individualismo intimista e de insensibilidade, porque não há reconhecimento autêntico do outro. Faltando isto, as relações ficam totalmente comprometidas.

É difícil entender a relação exercida no seio da Santíssima Trindade. Também entre os seres humanos não é fácil compreender essa realidade, porque cada uma das pessoas tem sua forma de ser e atuar, podendo até entrar em choque com as formalidades da outra. O valor das relações está presente justamente nessa capacidade e grandeza de acertar as fronteiras que dificultam a convivência.

Fonte: CNBB

INVOCANDO O ESPÍRITO SANTO PARA A O FUTURO DO PLANETA

Pentecostes e a Casa Comum: Invocando o Espírito Santo para a o futuro do planeta

Estamos na antevéspera de Pentecostes. Existem muitas orações que dirigimos ao Divino Espírito Santo. Creio que, diante de tantas tragédias que afligem e atingem a humanidade e nosso planeta Terra, além dos Sete Dons, temos que pedir, como diz uma das orações, “Renovai a face da terra”.

Claro que “renovar a face da terra” deve ser realizado por nós, humanos, acolhendo o dom da sabedoria, da inteligência, do discernimento, do entendimento, da prudência e da coragem para um Novo Agir. As mudanças climáticas, que podem, em parte, ser naturais, têm grande participação da ação humana, que não ouve o clamor e o grito da Mãe Terra há tantos séculos.

Divino Espírito Santo, esclarecei as mentes dos governantes, esclarecei as mentes dos “construtores”, dos “plantadores”, dos responsáveis por elaborar Planos Diretores de cidades e Planos Inteligentes de Desenvolvimento, inclusive agrícola e pecuário, e exigi o cumprimento dos mesmos.

Divino Espírito Santo, iluminai as mentes das pessoas de poder para que a Ciência, que é um dos vossos sete dons, seja mais valorizada e respeitada que o poder econômico, a avareza, a ganância, a usura e o desejo de lucro a qualquer custo e preço.

Divino Espírito Santo, dai coragem, ousadia e Entendimento para não gastar fortunas em reconstrução de cidade e bairros onde já se sabe que, em futuro próximo ou mais distante, as mesmas tragédias poderão voltar a acontecer. Com sabedoria, reconstruir e realocar as famílias, os comércios, as igrejas, as escolas, os hospitais, enfim, tudo o que for necessário para lugares mais seguros.

Divino Espírito Santo, dai Inteligência e entendimento para que a humanidade possa devolver aos rios as margens, as planícies, os pantanais e possa devolver à Mãe Natureza o direito às matas ciliares, às encostas, às montanhas e à vegtação nativa.

Divino Espírito Santo, dai aos nossos corações e mentes a firme vontade de não repetir tantos erros já cometidos, e que não voltemos ao “normal”, mas ao totalmente novo.

Divino Espírito Santo, dai-nos a Prudência e o amor de não apontar o “dedo acusador” nem para o Pai do Céu, nem para um povo localizado, mas abri nossos olhos para compreendermos que uma Ação Local tem abrangência Universal.

Divino Espírito Santo, abri nossos olhos e mentes para compreendermos que hoje está acontecendo aqui, ontem foi lá e amanhã poderá ser acolá. Somos uma só casa comum!

Divino Espírito Santo Consolador, confortai os corações de todos os atingidos, a maioria absoluta, inocentes da atual tragédia no Rio Grande do Sul, e fazei-nos compreender que é Caridade tanto as doações de emergência, quanto é caridade e amor ainda maior deixarmo-nos guiar pela tua Luz em busca do Novo e da reconstrução. Como diz a Palavra do Pai do Céu: “vou criar um novo céu e uma nova terra”, onde já não se ouvirá choro nem luto (Isaías 65,17-25 e Ap 21).

Oração ao Espírito Santo

“Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis e
acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai o vosso Espírito e tudo será criado,
e renovareis a face da Terra!

Oremos:
Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito,
e gozemos sempre de sua consolação.
Por Cristo, Senhor Nosso. Amém!”

Fonte: CNBB

O Papel de Maria na obra da Salvação

“Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens”. (LG nº 56)


Estamos no mês de maio , mês dedicado a Maria, nossa Mãe Santíssima. Este tempo é, portanto, uma excelente oportunidade para crescer na devoção a Maria e conhecer de uma maneira mais profunda o seu papel na obra da salvação.

A Constituição Dogmática Lumen Gentium dedica o Capítulo VIII, a Maria e seu importante papel como mãe e modelo da vida cristã, intitulando o capítulo como: “A Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no Mistério de Cristo e da Igreja”.

O número 56 da Lumen Gentium nos diz que Maria, ao responder ‘sim’ ao anúncio do Anjo: 

“ Tornou-se Mãe de Jesus e, não retida por nenhum pecado, abraçou de todo o coração o desígnio salvador de Deus , consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e adicionalmente com Ele, operando pela graça de Deus onipotente o mistério da Redenção. Por isso, consideremos com razão os santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperasse livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens. Como diz São Irineu, «obedecendo, ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano» ”.

Este trecho nos traz, de uma forma bela, a importância de Maria no Mistério de Cristo e na vida da Igreja. Como nos dizem os Padres Conciliares, Maria cooperou ativamente, através de seu ‘Sim’, com a obra de Salvação. Através de sua obediência amorosa a Deus, Ela se tornou Mãe Daquele que é a Luz verdadeira e infinita.

A Sagrada Escritura nos mostra como Maria participou de forma ativa em todos os momentos da vida de seu Filho: antes mesmo do nascimento de Jesus, Maria leva-o no seu ventre anunciando Boa Nova a sua prima Isabel.

No dia do nascimento , Ela apresenta com alegria o Filho aos magos e pastores; quando o Menino Jesus aos 12 anos resolve permanecer em Jerusalém , Maria o procura angustiada e ao encontrá-lo no Templo escuta, guarda e medita no coração as suas palavras: “Por que me procuráveis? Não sabia que devo estar na casa do meu Pai?” (Lc 2, 49).

Na vida pública de Jesus, Maria intercede e consegue que Ele realize o seu primeiro milagre nas bodas de Caná e no momento da Cruz, Maria é a mulher forte que está firme ao lado de seu Filho. E é neste momento que Maria recebe de Jesus a missão de ser a Mãe da Igreja: “Mulher, eis o teu filho”, ele diz o Senhor; “Eis a tua mãe!” , fala ao discípulo amado que, em nome de todos os fiéis, acolhe a Mãe de Jesus como sua.

Mas, a sua cooperação continua. Assunta aos céus, Ela coopera na obra da salvação exercendo a sua maternidade espiritual , intercedendo e cuidando de nós, seus filhos. A sua função materna está intimamente associada à mediação de Cristo , o único Mediador entre Deus e os homens (cf. 1Tm 2, 5-6). A Igreja ao dirigir-se a Ela como intercessora, auxiliadora e medianeira, regular que tudo em Maria deriva dos méritos de Cristo (cf. LG 60).

Como vemos, Maria não deve ser, para nós, somente objeto de nossa veneração, mas um exemplo a seguir , pois todos somos chamados a cooperar na obra de Deus. Que junto a Ela, caminhamos ao encontro de Jesus, nosso Salvador e Redentor.

Fonte: A12

 

Qual a origem das palavras “Rosário” e “Terço”?

A12 explica a razão para chamarmos dessa forma, as populares orações cristãs ao pedir a intercessão da Virgem Maria


“Rezem o Rosário todos os dias para alcançar a paz no mundo e o fim da guerra”.

Esta foi a primeira mensagem da Virgem de Fátima no primeiro dia das aparições aos pastorinhos, em 13 de maio de 1917. Na segunda reunião, Nossa Senhora apareceu depois que eles rezaram o Santo Rosário.

E na terceira ocasião, a Mãe de Deus disse:

“Quando rezarem o Rosário, digam depois de cada mistério: ‘Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai todas as almas ao céu, especialmente as mais necessitadas’”.

Desta forma, entendemos que nossa Mãe do Céu sempre desejou que pudéssemos contemplar os mistérios do terço, meditando toda a vida pública de Jesus Cristo, Seu nascimento até Sua morte e ressurreição. Ela apresentou o Rosário a São Domingos de Gusmão em 1214, como forma de enfrentar as heresias da época.

Mas muitos ainda se perguntam: Por que utilizamos as palavras “Rosário” e “Terço” para orar à Virgem Maria?

O significado para “Rosário” tem como origem o traje de alguns povos em oferecer coroas de rosas à sua rainha. Assim, os cristãos transferiram esta ação para Nossa Senhora, a Rainha do Céu e da Terra: oferecemos uma coroa de 150 rosas, as Ave-Marias.

Desta forma, foi atendido o pedido de Maria para que São Domingos rezasse um rosário, pois antigamente era rezado com 150 salmos . Como as pessoas naturalmente sabiam os salmos de cabeça , então começaram a rezar com o Pai-Nosso e as Ave-Marias.

Thiago León
Thiago León

 

Durante muito tempo, apresentamos apenas três grupos de mistérios: os gozosos, dolorosos e gloriosos. É neste contexto que surge o termo “terço”: podíamos rezar o rosário inteiro ou um terço dele a cada dia.  Por isso, foi consolidada a tradição de orarmos em dias específicos: às segundas e sábados, os mistérios da alegria (gozosos); às  terças e sextas, a Paixão e Morte de Cristo (dolorosos);  às quartas e domingos a vitória de Cristo e a participação de Maria nela (gloriosos).

Como ainda não estava sendo abordada a vida pública de Jesus e Sua pregação, São João Paulo II, em 16 de outubro de 2002, acrescentou os cinco mistérios da luz (luminosos). Assim, o Santo Rosário passou a ter 200 Ave-Marias (duzentas rosas) e cada série de cinco mistérios passa a ser um quarto. Mas, pela força da tradição, continuamos a dizer que podemos rezar um Terço ou um Rosário.

Ao final de cada Terço, ou após o Rosário Completo, estamos acostumados a rezar a Salve-Rainha, pois assim dedicamos diariamente flores a Maria, com toda nossa fé, esperança e caridade.  E como neste artigo do Irmão André Luiz, C.Ss.R., da Academia Marial,  pedimos “que Ela os apresenta ao seu divino Filho e, assim, no jardim da virtude humana, o Criador volte a passear (Gn 3, 8) por entre as flores espirituais colhidas pelo Rosário ”.

Por isso, o Rosário é uma devoção mariana legítima, ajudando a todos nós fiéis a adorarem a Deus, venerarem a Mãe e contemplarem os mistérios da vida de seu Filho Jesus. Devemos orar sempre com o coração aberto e com uma boa preparação, para assim oferecermos as rosas à Rainha do Céu e da Terra.

Fonte: A12


Maria como exemplo de fé, coragem e perseverança diante das adversidades

Durante a jornada da vida, nos deparamos, muitas vezes, com dificuldades e adversidades. Os problemas e desafios podem se apresentar de maneira pessoal, na nossa vida cotidiana ou de forma coletiva, como estamos vendo, com muita tristeza, na tragédia que se abateu sobre o Sul do nosso país. Todos estamos profundamente comovidos com o sofrimento de nossos irmãos gaúchos.

Diante de tanta dor, às vezes, perdemos a esperança e nos deixamos levar pelo desespero. Mas Deus não nos abandona e nos dá uma Mãe que nos acompanha, guia e protege. Por isso, em meio as sombras deste mundo, somos convidados a olhar o coração amoroso de nossa Mãe Maria, pois nele encontramos o consolo de uma mulher que, como nós, sofreu as tribulações humanas.

Aprendendo com Maria a confiar em Deus em meio aos sofrimentos

As Sagradas Escrituras nos mostram como a vida terrena de nossa Santíssima Mãe, teve momentos de inseguranças, dificuldades e sofrimentos. Ao receber a visita do Anjo Gabriel e o anúncio do plano divino para sua vida, Maria não hesitou e sua resposta foi imediata: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc1,38). Essa resposta revela total entrega e confiança na vontade de Deus. A profunda fé de Maria lhe deu a coragem necessária para aceitar o plano de Deus apesar das incertezas.

Desde o momento da Anunciação, Os Evangelhos relatam uma série de desafios e provações que aumentaram sua fé e perseverança. Aqui podemos mencionar alguns: A visita a Isabel enfrentando um longo caminho para servir a prima idosa, a necessidade de fugir para o Egito para proteger o Menino Jesus da ira de Herodes, a profecia de Simeão que dizia que uma espada de dor lhe atravessaria o coração, a incompreensão e angústia durante a perda de Jesus no templo, a perseverante constância ao lado de Jesus durante os anos de sua vida pública e a força e coragem no desafio mais difícil: a morte de Cristo na Cruz.

Em meio à escuridão do sofrimento da Cruz, a luz da fé de Maria brilhou com intensidade, sustentando-a durante a paixão e morte de seu Filho. Ao pé da cruz, Maria testemunhou o sacrifício total de Jesus com uma coragem inabalável e uma fé inquebrantável. Embora seu coração estivesse dilacerado pela dor, sua confiança nas promessas divinas a manteve firme na esperança e na certeza da vitória de Jesus. Assim, Maria perseverou aguardando o cumprimento da promessa da Ressurreição, da vida nova e eterna.

A vida de Maria é um exemplo que nos inspira e ajuda a crescer na confiança em Deus, mesmo diante das circunstâncias mais difíceis e dos momentos mais sombrios. Sua fé, coragem e perseverança nos convidam a pôr nossa esperança na providência divina com a certeza de que não estamos sós.

Que Maria, a Mãe Dolorosa, nos ajude a trilhar o caminho da cruz de Cristo, sabendo que o amor tem a última palavra e que por mais escuro que seja o nosso horizonte, a luz de Jesus sempre brilhará. A Ela encomendamos todas as vítimas da tragédia do Rio Grande do Sul. Que a ternura de seu coração de Mãe os ampare e proteja. E que nós, com nossa solidariedade e oração, possamos, como Maria, mostrar o rosto amoroso de Jesus, fonte da vida que não se acaba.

Fonte: A12

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA: A MENSAGEM DE ESPERANÇA E FÉ

No dia 13 de maio celebramos o Dia de Nossa Senhora de Fátima, data de grande significado e importância para todos nós, fiéis devotos da Mãe de Deus. Este dia é sobre a mensagem de esperança, fé e amor que Nossa Senhora trouxe ao mundo por meio das suas aparições em Fátima, Portugal, em 1917.

Há mais de um século, a Virgem Maria apareceu a três humildes crianças – Lúcia, Francisco e Jacinta – com uma mensagem de grande urgência e relevância para os tempos em que vivemos. Em suas aparições, Maria pediu oração, penitência e conversão como meios de alcançar a paz para o mundo e a salvação das almas.

Nossa Senhora de Fátima nos lembra da importância da oração em nossas vidas. Ela nos convida a nos voltarmos para Deus em momentos de alegria, mas também em tempos de dificuldade e tribulação. Assim como as crianças de Fátima responderam ao chamado de Maria com fervor e devoção, também nós devemos cultivar uma vida de oração constante, buscando a intercessão da Mãe de Deus em todas as nossas necessidades.

Além disso, Nossa Senhora de Fátima nos exorta à penitência e conversão. Ela nos lembra que, por meio do arrependimento sincero e da mudança de coração, podemos nos reconciliar com Deus e receber o Seu perdão misericordioso. Que possamos seguir o exemplo das crianças de Fátima, que se sacrificaram e ofereceram suas penitências em reparação pelos pecados do mundo, demonstrando assim um amor profundo por Deus e pelo próximo.

Por fim, Nossa Senhora de Fátima nos oferece a promessa da sua proteção maternal. Assim como ela cuidou das crianças de Fátima e guiou-as pelo caminho da santidade, também ela está sempre ao nosso lado, intercedendo por nós junto a seu Filho, Jesus Cristo. Que possamos confiar na sua poderosa intercessão e nos entregar com confiança à sua maternal bondade.

Neste Dia de Nossa Senhora de Fátima, renovemos o nosso compromisso de seguir as suas instruções e viver de acordo com a sua mensagem. Que possamos ser instrumentos de paz, amor e reconciliação em um mundo que tanto precisa da luz de Cristo. Que Nossa Senhora de Fátima nos guie e proteja sempre, e que possamos um dia desfrutar da alegria eterna do Céu, onde ela nos espera como mãe amorosa e protetora. Amém.

Fonte: CNBB

Nossa Senhora do Socorro

É interessante observar como o amor dos cristãos pela Mãe de Deus ao longo dos séculos, cristalizou o seu culto sob vários títulos, muitas vezes similares, mas com imagens diferentes. Um exemplo é a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, mais antiga e originária da ilha grega de Creta; e a de Nossa Senhora do Socorro nascida depois, na Itália.

O culto à Nossa Senhora sob o título “do Socorro” foi introduzido na tradição cristã italiana no ano 1306, período medieval, pelo prior do convento agostiniano. Acometido por uma grave e dolorosa doença renalinvocava a Virgem com as palavras do fundador da Ordem, Santo Agostinho: “Santa Maria, socorro de misericórdia”, obtendo a completa cura. Depois num sonho Ela lhe apareceu, para agradecer ser invocada com o título “do Socorro”.

A imagem, porém, retrata a sua origem num episódio popular que se propagou do norte ao sul da Itália e depois ultrapassou suas fronteiras. Contam que: uma mãe, desesperada com a excessiva atividade do filho, propôs blasfemando que o demônio o levasse consigo. O Maligno aceitou a oferta e apareceu para buscar o menino. Mas a mãe, estarrecida e arrependida, invocou por Nossa Senhora do Socorro, que afastou o demônio ameaçando-o com uma robusta clava e acobertou o menino sob seu próprio manto.

Os padres agostinianos levaram para a Sicília, especialmente para a cidade de Sciacca uma cópia da venerada imagem da Virgem do Socorro da igreja do Santo Espírito, de Florença, bem como uma estátua, colocada na igreja em 1503. Desde então, são inúmeras as graças e os eventos prodigiosos atribuídos à sua intercessão da Virgem do Socorro. O mais notável ocorreu no final de 1625, quando a peste que se alastrava na Sicília foi controlada, depois que a população, os nobres, as autoridades, o clero invocaram por ela. Assim, Nossa Senhora do Socorro foi reconhecida como Padroeira de Sciacca.

Fonte: A12

Reze a Nossa Senhora pelas vocações

Maria é modelo de resposta ao chamado de Deus. Convidada pelo Pai Celestial a colaborar no projeto de salvação da humanidade, Maria deu seu “sim” com generosidade, dizendo: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a vossa Palavra” (Lucas 1,38). Gerou em seu ventre o Filho de Deus e nosso irmão, Jesus Cristo. Por isso, é chamada “Mãe das Vocações”.

A jovem vocacionada de Nazaré é símbolo da humanidade chamada à comunhão com Deus, mediante a abertura ao Espírito que produz vida e ilumina o caminho dos vocacionados. Maria é Mãe do Senhor e nossa Mãe, ela nos traz Deus e nos eleva até o autor da vocação.

Por isso, peçamos a Maria, a vocacionada do Pai, que nos ajude a realizar sempre a vontade de seu Filho, Jesus, fazendo da nossa vida e vocação uma oblação a Deus e aos mais necessitados de nosso tempo.

Oração a Nossa Senhora das Divinas Vocações

Maria Santíssima, fostes prometida no paraíso aos nossos primeiros pais como a Mãe do Salvador do mundo.
Chegando a plenitude dos tempos, na virgindade concebestes o Filho de Deus; na pobreza O gerastes e educastes; na obediência O levastes para o Egito e Nazaré, e O acompanhastes até a morte na cruz.
Fazei que tudo o que vós fostes outrora sejam hoje, na Igreja e no mundo, os religiosos e religiosas.
Por isso, alcançai esta graça: que muitos de nossa juventude sigam generosos o vosso exemplo.
Em sua virgindade consagrada, tornem-se fecundos na santificação do mundo;
em sua pobreza evangélica, sejam ricos em tesouros do Evangelho;
em sua obediência apostólica, irradiem a alegria da liberdade dos filhos de Deus.
E vós, Virgem santíssima, que sois medianeira de todas as graças, tudo alcançais do coração do Pai, porque sempre o pedis por intermédio do vosso Filho.
Sabemos que é também por vossas preces que na Igreja de Cristo nascem novas vocações para a vida consagrada.
Por isso mesmo, a vós confiamos o cuidado de implorar sempre mais vocações.
Por isso também, felizes, nós vos chamamos a Mãe dos religiosos, a Mãe das religiosas.
Amém.

A devoção a Nossa Senhora das Divinas Vocações é celebrada no dia 11 de maio. Esse título mariano é venerado pelas congregações vocacionistas, que têm o carisma de suscitar e cultivar vocações para a Igreja, de modo bem particular para a Vida Consagrada e para os ministérios ordenados.

Este título de Nossa Senhora das Divinas Vocações foi conferido por D. Giuseppe Petrone, bispo de Pozzuoli, diocese na qual se encontra Pianura, cidade da periferia de Nápoles (Itália), onde nasceram as Congregações Vocacionistas.

Fonte: A12

SECRETÁRIO-GERAL DA CNBB E MINISTRO DA JUSTIÇA CONVERSAM SOBRE A RESOLUÇÃO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA AOS PRESÍDIOS

 

O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, esteve nesta quarta-feira, 8 de maio, na sede do ministério da Justiça e Segurança Pública em audiência com o Ministro Ricardo Lewandowski sobre a resolução nº 34, de 23 de abril de 2024, que define diretrizes e recomendações referentes à assistência socio-espiritual e à liberdade religiosa das pessoas privadas de liberdade.

Na audiência, o Secretário-Geral da CNBB e o Ministro asseguraram a continuidade do trabalho da Pastoral Carcerária de visita pastoral aos presídios para prestar assistência religiosa, em conformidade com o que diz a resolução nº 34. A audiência foi acompanhada pelo assessor de relações institucionais e governamentais (RIG) da CNBB, frei Jorge Luiz Soares da Silva.

Fonte: CNBB

SOB O OLHAR MATERNO DE MARIA, PEREGRINA O POVO DE DEUS

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! As celebrações litúrgicas no mês de maio nos motivam a viver como peregrinos neste mundo, sob o olhar e a ternura materna da Virgem Maria, a mãe de Jesus e nossa. Lembrada e invocada pelo nosso querido povo de Deus com tantos títulos, que recordam ternura, proximidade, amor e esperança. Segundo as Sagradas Escrituras, ela e sua família passaram por muitas provações e momentos difíceis, em que a dor tocou e feriu o seu coração de mãe, mas não silenciou a voz do amor, não matou a ternura, nem tirou a sua disponibilidade para amar e servir o Senhor, como discípula e missionária da paz e da esperança.  

A presença da mulher sempre esteve no projeto de amor de Deus, e a sua participação na missão e na vida da Igreja ajudou a tornar mais visível o amor de Deus, Pai misericordioso, e sua ternura divina e humana na vida das pessoas, em tantas realidades de abandono, de violência e de dor, muitas vezes ignoradas ou desconhecidas por muitos de nós. 

Tendo presente o seu significado na vida do povo de Deus que, em meio a tantas provações, peregrina para a casa do Pai, não podemos deixar de lembrar, no mês de maio, mês das mães, a figura materna da Virgem Maria. Seria uma omissão de nossa parte, como Igreja, comunidade de fé, vivermos este mês sem manifestar gratidão a Deus pela presença materna de Maria no seu projeto de amor, na nossa vida pessoal e na vida da Igreja. Ela foi mãe, servidora e fiel discípula de Jesus. Por isso, é um tempo propício também para refletirmos e reconhecermos “a dignidade da mulher e a sua indispensável contribuição na Igreja e na sociedade, ampliando sua presença, especialmente na formação e nos espaços decisórios”, como nos lembra o documento 105 da CNBB.  

Na sua exortação apostólica Gaudete et Exsultate, o Papa Francisco nos lembra que Maria “viveu como ninguém as bem-aventuranças de Jesus. É aquela que estremecia de júbilo na presença de Deus, aquela que conservava tudo no seu coração e se deixou atravessar pela espada… Ela nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. E, quando caímos, não aceita nos deixar prostrados por terra; às vezes nos leva nos braços, sem nos julgar”. Ela sabe que o amor é o melhor remédio para curar as feridas do coração, que nos afastam de Deus e dos irmãos e irmãs, na família e na comunidade. 

Fonte: CNBB

Nossa Senhora da Oração

O título Nossa Senhora da Oração, veneração também conhecida como Nossa Senhora dos Campos (Madonna dei Campi, em italiano), está ligado à história do Santuário de mesmo nome, construído em Bérgamo, na Itália.

No século XII, um grupo de agricultores italianos edificou uma pequena capela em honra de Nossa Senhora, diante da qual, em momentos de pausa dos extenuantes trabalhos do campo, paravam para oferecer uma oração a Ela.

Conta a história que, algumas décadas após sua edificação, ocorreu uma aparição de Nossa Senhora a uma mulher, seguida por diversos acontecimentos extraordinários que, anos depois, no século XVI, contribuíram para uma crescente devoção e à edificação do Santuário de Nossa Senhora dos Campos, ou Nossa Senhora da Oração.

Uma seguinte aparição a duas jovens italianas, no século XVI, revelou os traços fundamentais da imagem a ser construída: Nossa Senhora tendo na mão um livro, enquanto lança seu olhar aos céus, em atitude de profunda e concentrada oração.

Como dizem os dois nomes atribuídos ao santuário, esta devoção, inicialmente italiana, está ligada à vida de oração e à vida no campo, conectando assim, de maneira belíssima, as ideias da vida espiritual e do trabalho, lembrando-nos do famoso adágio beneditino: Ora et labora.

Com os imigrantes italianos, a devoção, junto com a imagem, foi trazida ao Brasil. Hoje ela é venerada na paróquia Nossa Senhora da Oração, na Diocese de Criciúma, na cidade de Turvo (SC). Na página da paróquia podemos encontrar a seguinte explicação:

«A Estampa de Nossa Senhora da Oração veio da Itália juntamente com os imigrantes italianos que sempre tiveram grande devoção à Santa e rezavam o terço todos os dias. Angelo Manenti veio da Itália para o Brasil em 1887 e em 1914, quando veio com a família morar em Turvo, trouxe a estampa, a qual chamavam de “Madona Dei Campi”.

Desde então, a comunidade turvense dedicou-se à devoção à santa e construiu a atual igreja matriz, uma das mais belas igrejas da região, onde acontecem muitas celebrações e, anualmente, no dia 12 de julho, é comemorado o dia da padroeira, com missa, procissão pela cidade, almoço e confraternização no salão paroquial.

Oração
Não vás à Santíssima Maria só para pedir, vás também para dar! Para dar-Lhe afeto; para dar-Lhe Amor para o seu Filho Divino; para manifestar-Lhe esse carinho com obras de serviço no trato com os outros, que são também filhos Dela. Nossa Senhora dos Campos, Rogai por todos nós! Amém!

Fonte: A12

8 dicas para viver o mês de Maria

Dicas que poderão te ajudar a viver mais intensamente estes dias marianos.

“Grande coisa é o que agrada a Nosso Senhor qualquer serviço que se faça à sua Mãe”, dizia Santa Teresa de Jesus. Por isso, em maio, mês de Maria, selecionamos algumas dicas que poderão te ajudar a viver mais intensamente estes dias marianos.

1. Ambientar um lugar

O primeiro é ambientar a casa, o escritório ou o lugar onde esteja. Há lares ou locais de trabalho católicos que costumam montar um altar, em um lugar especial, com uma imagem ou quadro da Virgem, adornado de flores e tecidos.

No escritório, é possível colocar uma imagem de Nossa Senhora ao lado do teclado ou como fundo de tela do computador e também do celular.

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2. Leitura sobre a Virgem

Para se aprofundar mais nas maravilhas que Deus realizou e segue realizando na Virgem, é recomendável ler algumas passagens bíblicas como a Anunciação, o Nascimento de Jesus, a apresentação do menino no templo e Maria aos pés da cruz.

Por outro lado, um fato que também contém muitas mensagens para o mundo e vem dos lábios da própria Mãe de Deus é a aparição da Virgem de Fátima aos três pastorinhos, cuja festa é celebrado no próximo 13 de maio.

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3. Rezar o Rosário

Como se sabe, a oração do Santo Rosário é uma das prediletas da Igreja que a própria Santíssima Virgem ensinou São Domingos de Gusmão a rezar.

Dentro das promessas da Rainha do Rosário tiradas dos escritos do Beato Alano della Rupe estão: prometo minha especialíssima proteção e grandes benefícios aos que devotamente rezem meu Rosário; a alma que se encomende a mim pelo Rosário não perecerá.

4. Participar de procissões

Um costume que ainda se vive em alguns povos é a oração da aurora, na qual um grupo de fiéis sai em procissão pelas ruas nas primeiras horas com uma imagem da Virgem e invocando o auxílio de Maria com o Rosário, orações marianas e cantos.

5. Receber os sacramentos

Do mesmo modo, não pode haver verdadeira devoção à Virgem se não participar dos sacramentos, especialmente da Reconciliação e da Eucaristia, onde Jesus espera seus irmãos com os braços abertos.

6. Realizar obras de Misericórdia

Convencidos do amor de Maria pela humanidade e fortalecidos com as graças sacramentais de nosso Senhor Jesus Cristo, é tempo de sair em ação ajudando, por exemplo, alguma mãe grávida em necessidade ou visitando o asilo de idosos, nos quais sempre há alguma mulher mais velha que se sente sozinha e incompreendida.

7. Realizar apostolado

É importante transmitir esta fé às futuras gerações. Faz muito bem às crianças, adolescentes e jovens falar com eles sobre como a Virgem os ama muito e ensiná-los a rezar à Mãe de Deus.

8. Dar de presente objetos abençoados

Também se recomenda dar de presente uma Medalha Milagrosa ou o Escapulário da Virgem do Carmo, abençoados por algum sacerdote, para que sempre que virem a imagem, lembrem-se da proximidade da Mãe de Deus e do muito que os estimava quem a deu de presente.

Fonte: Comunidade Shalom