A curiosidade de uma devoção perpetuada no seio do nordeste brasileiro.
A fé do povo nordestino demonstra sua exemplar coragem diante das adversidades cotidianas, caracterizando tal ato como um invólucro que sustenta sua coragem, confiança e esperança no divino. A Paraíba, berço do heroísmo pátrio, carrega consigo uma simbologia que merece ser observada e notada: todas as quatro Dioceses, e a Arquidiocese de João Pessoa, exibe como porto seguro da sua população a Mãe de Deus, Nossa Senhora.
Fato notável, Nossa Senhora das Neves se tornou padroeira da Arquidiocese de João Pessoa; Nossa Senhora da Conceição robustece a fé da Diocese de Campina Grande; Nossa Senhora da Piedade, sendo sua imagem primitiva, fortalece a esperança da Diocese de Cajazeiras; Nossa Senhora da Guia, com suas dignas sete foranias, enaltece a Diocese de Patos; e, sendo a “Soberana da Grande Esplendor” da Diocese de Guarabira, Nossa Senhora da Luz coroa a “caçula da Paraíba”.
A “Casa da Mãe de Deus”, exibe a simbologia de que Nossa Senhora mora no coração do povo Paraibano, sendo estes seus filhos mais devotos, ricos na fé, carentes do manto sagrado que reveste a Mãe da Igreja, fruto do trabalho valoroso dos jesuítas enquanto desbravava por estas terras, sendo João Pessoa primordialmente designada de “Nossa Senhora das Neves” e, mais tarde, “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”, caracterizando o ponto cataclísmico desta história vitoriosa.
O Papa Francisco ensina: “um cristão sem a Virgem é órfão. Também um cristão sem a Igreja é um órfão. Um cristão necessita dessas duas mulheres, duas mães, duas mulheres virgens: A Igreja e a Mãe de Deus“.
Por Gabriel Di Corleone, Pascom Luz