A Igreja celebra os 10 anos do pontificado do Papa Francisco

Em 13 de março de 2013, há 10 anos, o cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio foi eleito à Cátedra de Pedro: primeiro Papa jesuíta e latino-americano, e eleito após a renúncia do seu antecessor.

Foi o primeiro Papa a escolher o nome de Francisco. Ele mesmo explicou o motivo: “Na eleição, eu tinha ao meu lado o arcebispo emérito de São Paulo, um grande amigo (era Dom Cláudio Hummes, que receberam o cardinalato na mesma data, em 21 de fevereiro de 2001). Quando a coisa começou a ficar um pouco perigosa, ele começou a me tranquilizar. E quando os votos chegaram a 2/3, aconteceu o aplauso esperado, pois, afinal, havia sido eleito o Papa. Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis.”

A perspectiva do seu pontificado partiu de baixo, com uma maior atenção às “periferias” existenciais e geográficas do mundo, como ponto de partida do seu modo de ser e agir. Ao convidar os fiéis a retomar o frescor original do Evangelho, pediu-lhes um maior fervor e dinamismo, para que o amor de Jesus pudesse chegar realmente a todos. A Igreja que Bergoglio queria era uma Igreja “em saída”, de portas abertas, um hospital de campanha, sem temer a “revolução da ternura e o milagre da delicadeza”.

Missas diárias na Casa Santa Marta

Papa Francisco começou o seu pontificado marcado pela novidade. A mais importante foi a de celebrar missas diárias na Casa Santa Marta, onde decidiu morar, ao invés da Residência Apostólica. Esta foi mais uma novidade! Em suas breves homilias, pronunciadas com rigor e estilo de pároco, buscou estabelecer um diálogo direto com os fiéis, exortando-os a um confronto imediato com a Palavra de Deus.

“Evangelii gaudium”, um texto programático do pontificado

No mesmo ano da sua eleição, Francisco surpreendeu a todos com a publicação de uma Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”: um verdadeiro “texto programático” do seu primeiro pontificado. No documento, o Santo Padre exorta a uma “nova evangelização”, caracterizada pela alegria, bem como à reforma das estruturas eclesiais e à conversão do Papado, para que sejam mais missionárias e próximas do sentido desejado por Jesus.

Migração

A primeira viagem como pontífice deu-se em 8 de julho de 2013, na ilha italiana de Lampedusa, porto de desembarques desesperados, onde acendeu os refletores globais sobre o drama da migração, tema importante do seu pontificado.

Em abril de 2016, ao voltar de uma visita ao campo de refugiados em Lesvos, na Grécia, o Papa trouxe consigo, no voo de retorno, 12 refugiados sírios, para que recebessem assistência e acolhida em Roma.

Conselho de cardeais

Ainda em 2013, o Papa instituiu um “Conselho de cardeais” para estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica “Pastor bonus”, sobre a Cúria Romana, que remonta ao ano de 1988.

A família

A família foi o foco central da pastoral do Papa Francisco, em 2014, à qual dedicou um Sínodo extraordinário. Para o Pontífice, a sociedade individualista contemporânea agride duramente a família, colocando em risco os direitos dos filhos e dos pais, sobretudo no âmbito da educação moral e religiosa. O tema da família teve seu ápice na Exortação Apostólica “Amoris Laetitia“, em 8 de abril de 2016, na qual Francisco destacou a importância e a beleza da família, com base no matrimônio indissolúvel entre o homem e a mulher; o documento trata, com realismo, das fragilidades de algumas pessoas, que se divorciam e casam de novo, incentivando os pastores ao discernimento.

Comissão para a Tutela dos Menores

Do ponto de vista das reformas, em 2014, foi muito significativa a instituição da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, que tem o objetivo de propor iniciativas ao Pontífice sobre “a promoção e a responsabilidade das Igrejas particulares em relação à proteção de todos os menores e adultos vulneráveis”.

Diplomacia

Sobre a ação diplomática, o ano de 2014 foi caracterizado por duas grandes iniciativas do Papa Francisco: primeiro, a “Invocação pela Paz” na Terra Santa, em 8 de junho, nos Jardins do Vaticano, junto com os presidentes de Israel, Shimon Peres, e o da Palestina, Mahmoud Abbas; segundo, o restabelecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba.

Salvaguarda da Criação

O ano 2015 foi dedicado à “salvaguarda da criação”: em 24 de maio, Francisco assinou a Encíclica “Laudato sì” sobre o cuidado da nossa Casa Comum, cujo ponto central foi a ecologia integral, em que a preocupação com a natureza, a equidade com os pobres e o compromisso da sociedade são inseparáveis. Por isso, o Pontífice instituiu o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, de cunho ecumênico, que se celebra todos os anos no dia 1° de setembro.

Jubileu Extraordinário da Misericórdia

O fio condutor do pontificado de Francisco, em 2016, foi, sem dúvida, a “misericórdia”, com proclamação do “Jubileu extraordinário da Misericórdia”, que se concretizou com as preocupações com os últimos, os mais pobres. “Decidi convocar um jubileu extraordinário que tenha seu centro na misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia”, disse.

Foi um Jubileu de ampla extensão, que deu a possibilidade de abrir uma “Porta Santa” em todas as igrejas do mundo e antes de abrir a Porta da Basílica Vaticana, o Papa Francisco abriu outra, muito simbólica: a Porta da Catedral de Bangui, na República Centro-Africana, durante a sua viagem apostólica, em novembro de 2015.

Declaração conjunta

Em 2016, aconteceu um evento inédito: em 12 de fevereiro, o Pontífice encontrou-se em Cuba com o Patriarca de Moscou e de toda a Rússia, Kirill. Ambos os líderes religiosos assinaram uma declaração conjunta, com a qual se comprometeram em responder aos desafios do mundo contemporâneo, inclusive o fim da perseguição aos cristãos e das guerras, promover o diálogo inter-religioso, ajudar os migrantes e refugiados e proteger a vida e a família.

Dia Mundial dos Pobres

O ano 2017 foi caracterizado pela celebração do primeiro Dia Mundial dos Pobres: um acontecimento que deveria ser – segundo o Papa – uma advertência de que “a presença de Jesus se manifesta” sobretudo nos pobres: “eles abrem o caminho para o céu e são o nosso passaporte para o céu”.

Sínodo sobre os Jovens

Em 2018, o Papa realizou o Sínodo sobre os Jovens que pediu aos jovens para “escutar, serem próximos e testemunhar”, porque “a fé é uma questão de encontro, não uma teoria”. Este apelo tornou-se bem mais forte com a Exortação apostólica pós-sinodal “Christus vivit“, em 2019.

Acordo com a China

Em 2018, no campo diplomático, deu-se o Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, assinado em Pequim, em 22 de setembro, sobre a nomeação dos bispos. Em 2020, o acordo foi renovado por dois anos.

Luta contra os abusos

A luta contra os abusos teve seu ápice em 2019, com um Encontro de Cúpula, no Vaticano, sobre a tutela dos menores, do qual nasceu o Motu próprio “Vos estis lux mundi“, que obrigava os clérigos e religiosos a denunciar os abusos.

Fraternidade, paz e unidade dos cristãos

Em 2019, aconteceram três grandes eventos: primeiro, a assinatura do documento “Fraternidade humana pela paz mundial e a convivência comum”, assinado pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al-Azhar, Ahamad al-Tayyeb, em Abu Dhabi, em 4 de fevereiro.

O segundo evento foi a realização de um retiro espiritual, no Vaticano, para os líderes civis e eclesiásticos do Sul do Sudão. O encontro espiritual deu-se em abril e concluiu-se com um ato impressionante: Francisco ajoelhou-se e beijou os pés do presidente e vice-presidente da República do Sudão do Sul para “implorar o fim definitivo da guerra” no jovem país africano.

O terceiro foi em vista da relação da unidade dos cristãos: no dia 29 de junho, Francisco doou alguns fragmentos das relíquias de São Pedro a uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

Reformas econômicas e financeiras

Em agosto de 2019, no âmbito das reformas, o Pontífice renovou, com um quirógrafo, o Estatuto do IOR (Banco do Vaticano), na qual deu origem, em 2020, ao Estatuto da Autoridade de Informação Financeira.

Economia de Francisco

Também em 2019, o Papa Francisco convidou os jovens do mundo inteiro para juntos discutirem uma proposta de economia sustentável para o planeta, o que ficou denominado de “Economia de Francisco”. A pandemia atrasou os planos, mas o evento em âmbito global foi realizado em Assis, no mês de setembro 2022, com a presença do Papa e cerca de mil jovens economistas e empresários de mais de 120 países de todo o mundo.

Oração em plena pandemia

Em 2020, o ano e a fase mais crítica da pandemia da Covid-19, o Papa Francisco permaneceu ao lado dos fiéis mediante o poder da oração constante. No dia 27 de março, diante da Basílica Vaticana, em uma Praça São Pedro deserta e chuvosa, o Pontífice presidiu sozinho a “Statio Orbis” para o mundo inteiro.

Querida Amazônia

Em fevereiro de 2020, foi publicada a quinta Exortação Apostólica intitulada “Querida Amazônia”, que reúne os frutos do Sínodo Especial para a Região Pan-Amazônica, realizado no Vaticano, em 2019.

Pacto Educativo Global

Para marcar os cinco anos da encíclica Laudato si’, o Papa Francisco lançou a iniciativa de um pacto global na área da educação, que seria realizado no dia 14 de maio de 2020, no Vaticano.

A pandemia da Covid-19 fez adiar, mas o Santo Padre relançou o projeto em outubro do mesmo ano: “Queremos empenhar-nos corajosamente a dar vida a um projeto educativo, investindo as nossas melhores energias e iniciando também processos criativos e transformadores em colaboração com a sociedade civil”.

Encíclica “Todos Irmãos”

Em outubro de 2020, foi a vez da terceira Encíclica, “Todos Irmãos”, que, mas pegadas salientes deste pontificado, apela à fraternidade e à amizade social e reitera o “não” decisivo às guerras, para a construção de um mundo melhor, com o esforço de todos.

Viagens apostólicas

Em 2021, mesmo com as restrições da pandemia, o Papa Francisco esteve no Iraque, de 5 a 8 de março, a Mesopotâmia e a terra abraâmica, realizando o sonho de muitos pontífices. A viagem apostólica teve como fruto o respeito ao diálogo inter-religioso com a maioria xiita e o encorajamento na fé dos cristãos locais.

Em setembro, o Papa também esteve em Budapeste, por ocasião da conclusão do 52° Congresso Eucarístico Internacional, e na Eslováquia. No início de dezembro, esteve em Chipre e na Grécia.

Ministério de Catequista

Com a publicação da Carta Apostólica “Antiquum ministerium” sob forma de “Motu Proprio”, de 10 de maio do ano de 2021, o Pontífice institui o Ministério de Catequista.

Liturgia Romana

Na publicação da Carta Apostólica “Traditionis custodes” também sob forma de Motu Proprio, em 16 de julho de 2021, na qual redefiniu o uso da Liturgia Romana anterior à Reforma de 1970.

Sínodo da Sinodalidade

No dia 10 de outubro de 2021, o Pontífice presidiu na Basílica Vaticana a missa de inauguração dos caminhos do Sínodo sobre a Sinodalidade, que acontecerá em várias fases e culminará no Vaticano em 2023 (prolongado até 2024).

Consagração da Humanidade

Por ocasião da guerra na Ucrânia, O Santo Padre realizou na Basílica de São Pedro, no dia 25 de março de 2022 – que foi estendido a todas as dioceses do mundo –, a celebração de penitência e o ato solene de Consagração da Humanidade, particularmente da Rússia e da Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria.

Reforma da Cúria

O Papa Francisco emanou no dia 19 de março de 2022 a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, que contém o plano para uma reforma orgânica da Cúria Romana, ou seja, de todas as estruturas administrativas da Igreja católica, com o objetivo de apoiar e renovar a sua dimensão espiritual.

Encontro das Famílias

O Papa Francisco encerrou no dia 25 de junho de 2022 o 10º Encontro Mundial das Famílias, na Praça São Pedro, com missa presidida pelo prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrel. Com fortes dores nos joelhos, o Santo Padre acompanhou e fez a homilia sentado à direita do altar.

Perdão Celestino

Na cidade italiana de L’Aquila, no dia 28 agosto de 2022, o Papa Francisco participou do Perdão Celestino, uma tradição secular, conhecida como Perdonanza Celestiniana. Francisco foi o primeiro Papa em 728 anos a abrir, na celebração anual instituída pelo Papa Celestino V, em 1294, a Porta Santa da Basílica de Santa Maria di Collemaggio.

Antecessores

No dia 4 de setembro de 2022, o Papa Francisco presidiu na Basílica de São Pedro a beatificação do Papa João Paulo I, falecido em 1978. Pouco tempo depois, no dia 5 de janeiro de 2023, presidiu as exéquias de seu antecessor, o Papa emérito Bento XVI, falecido no dia 31 de dezembro de 2022, aos 95 anos.

******

Papa Francisco em números:

427 audiências gerais

552 orações do Ângelus ou Regina Coeli

790 homilias na Casa Santa Marta

76 cartas apostólicas, das quais 56 sob forma de Motu Proprio

39 constituições apostólicas

Viagens apostólicas: 40 internacionais e 28 na Itália

A primeira viagem apostólica de seu pontificado foi no Rio de Janeiro, de 22 a 29 de julho de 2013 por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. A próxima, a de número 41, será na Hungria, de 28 a 30 de abril, com o lema: “Cristo é nosso futuro”.

Santos e santas – Proclamou mais de 900 (incluindo os 800 mártires italianos de Otranto). Do Brasil, proclamou São José de Anchieta, em 3 de abril de 2014; os 30 santos mártires de Cunhaú e Uruaçu (protomártires do Brasil), martirizados no Rio Grande do Norte, em 15 de outubro de 2017; e Santa Dulce dos Pobres, em 13 de outubro de 2019.

Encíclicas – 3:
Fratelli tuti (Todos irmãos), sobre a fraternidade a amizade social, em 3 de outubro de 2020
Laudato si’ (Louvado sejas), sobre o Cuidado da Casa Comum, em 24 de maio 2015
Lumen fidei (A luz da fé), sobre a fé cristã, de 29 de junho de 2013.

Exortações Apostólicas – 5:

Querida Amazônia, sobre a Amazônia, em 2 de fevereiro de 2020

Christus vivit (Ser para os outros), sobre o tema dos jovens, da fé e do discernimento vocacional, em 25 de março de 2019

Gaudete et exsultate (Alegrai-vos e exultai), sobre como viver a santidade, de 19 de março de 2018

Amoris laetitia (Alegria do amor), sobre o amor em família, em 19 de março de 2016

Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, em 24 de novembro de 2013

 

Consistórios para a criação de novos cardeais

(Convocou oito Consistórios e criou 121 cardeais, sendo 95 eleitores e 26 acima de 80 anos)

1º – 22/2/2014: criação de 19 cardeais, sendo três acima de 80 anos (do Brasil, Dom Orani João Tempesta)

2º – 14/2/2015: criação de 20 cardeais, sendo cinco acima de 80 anos

3º – 19/11/2016: criação de 17 cardeais, sendo quatro acima de 80 anos (do Brasil, Dom Sérgio da Rocha)

4º – 28/06/2017: criação de cinco cardeais

5º – 29/06/2018: criação de 14 cardeais, sendo três acima de 80 anos

6º – 05/10/2019: criação de 13 cardeais, sendo três acima de 80 anos

7º – 28/11/2020: criação de 13 cardeais, sendo quatro acima de 80 anos

8º – 27/08/2022: criação de 20 cardeais, sendo quatro acima de 80 anos (do Brasil, Dom Leonardo Ulrich Steiner e Dom Paulo Cezar Costa)

 

Jubileus

Extraordinário – Jubileu da Misericórdia: proclamado pela Bula Misericordiae vultus (face da misericórdia), de 11 de abril de 2015, e realizado de 8 de dezembro de 2015, Festa da Imaculada Conceição, a 20 de novembro de 2016, Festa de Cristo Rei.

Ordinário –  Jubileu de 2025 – será o 27º jubileu ordinário da história da Igreja. O primeiro foi proclamado pelo Papa Bonifácio VIII, em 1300.

 

Convocação de Anos Especiais

Vida Consagrada (2015-2016) – com o objetivo de fazer memória, com gratidão; viver o presente, com paixão; e abraçar o futuro, com esperança
Ano de São José (2020-2021) – proclamado no dia 8 de dezembro de 2020 com a publicação da carta apostólica “Patris corde” (coração de pai), no aniversário de 150 do pai putativo de Jesus como padroeiro da Igreja.

Ano da Família “Amoris Laetitia” (2021-2022) – em comemoração aos dois Sínodos sobre a Família

 

Dias ou eventos especiais

2014 – “24 horas para o Senhor” – a ser realizado na sexta-feira e no sábado que antecede o quarto domingo da Quaresma, para facilitar que os fiéis participem do Sacramento da Reconciliação

2015 – Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação – de cunho ecumênico, que se celebra, todos os anos, no dia 1° de setembro, instituído com o lançamento da Encíclica “Laudato si’, no dia 24 de maio de 2015.

2016 – Dia Mundial dos Pobres – como sinal concreto do Ano Santo da Misericórdia, a ser celebrado no 33º Domingo do Tempo Comum

2019 – Domingo da Palavra de Deus – no 3º Domingo do Tempo Comum. A celebração foi estabelecida pelo Motu Proprio “Aperuit illis”, de 30 de setembro de 2019, por ocasião dos 1.600 anos da morte de São Jerônimo, tradutor da Bíblia, que afirmou: “A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo”.

2021 – Dia Mundial dos Avós e dos Idosos – a ser comemorado no quarto domingo de julho, próximo à festa de Sant’Ana e São Joaquim (26 de julho), avós de Jesus e protetores de todos os avós

Ministérios

Com a publicação da Carta Apostólica “Antiquum ministerium” sob forma de “Motu Proprio”, de 10 de maio do ano de 2021, institui o Ministério de Catequista

Projetos especiais

Economia de Francisco – Convite do Papa aos jovens economistas, empreendedores e agentes de mudança do mundo para lançar as bases de uma nova economia, mais justa, equa e fraterna.

Pacto Educativo Global – promoção de um caminho educativo de amadurecimento de uma solidariedade universal e uma sociedade mais acolhedora


Festas litúrgicas

Festa litúrgica de Santa Maria Madalena – testemunha da ressurreição e primeira apóstola -, a ser celebrada no dia 22 de julho –, foi instituída no dia 3 de junho de 2016, durante o Jubileu da Misericórdia.

Memória da Virgem Maria Mãe da Igreja – a ser celebrada na primeira segunda-feira após Pentecostes. Foi inserido no Calendário Litúrgico no dia 21 de maio de 2018 (cf. Decreto “Ecclesia Mater”, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, de 11 de fevereiro de 2018 e publicado no dia 3 de março de 2018)

Jornada Mundial da Juventude

Papa Francisco foi protagonista de 3 edições da Jornada Mundial da Juventude, e participará da próxima, em Portugal.

2013 – 22 a 29 de julho – Rio de Janeiro, no Brasil, com o tema: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19)

2016 – 26 a 31 de julho – Cracóvia, na Polônia, com o tema: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançaram a misericórdia” (Mt 5,7)

2019 – 22 a 27 de janeiro – Cidade do Panamá, no Panamá, com o tema: “Eis a serva do Senhor; Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra” (Lc 1,38)

2023 – 1 a 6 de agosto – Lisboa, em Portugal, com o tema “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39)

 

Sínodos dos Bispos

1 – Família – de 5 a 19 de outubro de 2014 – III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”

2 – Família – de 4 a 25 de outubro de 2015 – XIV Assembleia Geral Ordinária: “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”

3 – Jovens – de 3 a 28 de outubro de 2018 – XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”

4 – Amazônia – de 6 a 27 outubro 2019 – Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica: “Amazônia, novos caminhos para a Igreja e para uma nova ecologia integral”

5 – Sinodalidade – de 10 de outubro de 2021 a outubro de 2023 (foi prolongado para 2023) – XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos: “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”

 

Fonte: Vatican News

Padre Osvaldo de Oliveira é apresentado como novo Vigário Paroquial

O pároco e cura da Catedral da Luz, Padre Kleber Rodrigues, leu neste domingo (12) o rito de apresentação do novo Vigário da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Padre Osvaldo de Oliveira. Ele se junta também ao Monsenhor Luís Pescarmona no serviço de evangelização na Igreja Matriz.

Padre Osvaldo é religioso dos Pobres Servos da Divina Providência (Calabrianos) e retorna a Catedral da Luz para colaborar no trabalho e nas necessidades pastorais da paróquia.

“Quero agradecer a todos vocês guarabirenses pela acolhida, já desde 2019/2020 que estive aqui, fui transferido para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e retornei nesse finalzinho de fevereiro para Guarabira. É uma alegria estar de volta, estou feliz em estar com vocês, espero contribuir com a evangelização. Nós nos encontramos nas celebrações, nos encontros, nos eventos de nossa Diocese, e certamente vamos poder nos abraçar pessoalmente. Um grande abraço, Deus vos abençoe”, falou Padre Osvaldo em mensagem aos paroquianos.

Quaresma, um deserto fértil

O deserto, neste sentido, é o lugar aonde o próprio Deus atrai seus filhos, em que Ele conduz o povo de Israel ao deserto, para lhe falar ao coração.

A Quaresma, tempo riquíssimo para toda Igreja, é um grande chamado para aprofundar a preparação para  a Páscoa do Senhor. Convite libertador a todos os cristãos, que favorece um fecundo retorno ao coração de  Deus, por meio do arrependimento perfeito. Assim como consta no Livro do Profeta Ezequiel: “Arrependei vos, convertei-vos de vossos delitos, e não caireis em pecado. Lançai fora os delitos que cometestes, e  formai-vos um coração novo, e um espírito novo” (Ez 18,30-31)[1].

Quando vivemos a verdadeira conversão, deparamo-nos com as nossas indiferenças para com Deus.  Sabemos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas é submetido a uma luta contra o  pecado que insiste em roubar tal semelhança, ao tentar destruir os aspectos, as características, o genuíno  sentido da vida e, sobretudo, a santidade original que recebemos de Deus.

Lugar do eterno

É tempo de ser inserido no caminho esponsal, que percorre a Via Crucis: caminho de Cruz e Ressurreição,  caminho de e para a felicidade, caminho de conformidade ao Cordeiro Imolado, caminho de oração, jejum  e penitência. É tempo de retomar o mistério de Cristo e se configurar a Ele, trilhando seus passos. Passos  que inauguram a vida pública no deserto, vindo a se consumar na paixão, cruz, morte e ressurreição. O  deserto é o lugar do eterno combate com o próprio demônio e, no entanto, também, o lugar da intimidade  com o divino, pois o deserto é o local do encontro com Deus, onde o homem se vê à luz da Verdade,  enxergando realidades interiores e exteriores, e onde ainda precisa se converter.

Lugar da batalha espiritual

O deserto, neste sentido, é o lugar aonde o próprio Deus atrai seus filhos, como aponta Deuteronômio 8,  em que Ele conduz o povo de Israel ao deserto, para lhe falar ao coração. Para mergulhar, então, no mistério  do deserto, é preciso uma postura de súplica e docilidade, em vista da purificação, do esvaziamento, do  despojamento e do escondimento de cada homem.

Para muitos, deserto significa batalha espiritual a ser  travada, principalmente para os que estão mais distantes de Deus. Estes, encontram-se no seu vazio  existencial, ou seja, imersos na frustração da ausência de sentido da vida, como enfatizava Viktor Frankl,  o fundador da Logoterapia [2]. Para São Tomás de Aquino, esta ausência de sentido significa “quanto mais  o homem se afasta de Deus, mais se aproxima do nada” [3], reconhecendo a necessidade de estar sempre  diante de Deus. Do mesmo modo, São Paulo afirma: “a Graça de Deus é tudo”!

Lugar do silêncio interior

No deserto espiritual, o homem é impulsionado ao silêncio interior, à intimidade com Deus. Este lugar que  convida à oração, favorece a escuta da voz do Mestre, que ecoa reconduzindo-o da escravidão de seus  pecados para a liberdade do homem novo para um tempo novo. Como aconteceu com o Beato Charles de  Foucauld, ao dizer: “Tudo mudou para sempre em minha vida; assim que compreendi que Deus existe,  entendi que não podia fazer outra coisa senão viver para Ele [4]. “Deus é tão grande e existe uma grande  diferença entre Deus e tudo o que não é Deus…”[4]. Foi justamente num deserto que este grande Beato  fez a singular experiência de sua vida. Experiência que o levou a decidir deixar tudo para trás. Neste caso,  o deserto também é lugar de decisão!

Outro exemplo expressivo, que nos leva à meditação, é o de Oscar Wilde, um grande escritor, que também  fez essa experiência do deserto. Após tocar em sua humanidade, arrependeu-se e recorreu ao Sacramento  da Reconciliação dizendo: “O momento supremo de um homem – não poderei jamais duvidar – é aquele no qual se ajoelha na poeira, bate no peito e confessa todos os pecados da sua existência”[5].  Não tem  preço a paz que vem dessas palavras: “Eu te absolvo dos teus pecados… Vai em paz”!

Tamanha a magnitude do deserto, que leva o homem ao encontro com Deus e consigo mesmo. Somente o  amor insondável de Deus pelo homem é capaz de introduzi-lo neste contexto, no intuito de recriá-lo. Pois,  no deserto, Deus Se revela ao homem e o revela a si mesmo: rasga o véu, mostrando a este homem quem  ele é, de fato, e do que ele é formado. Neste momento, podemos proclamar como o salmista, dizendo ao  Senhor: “Ele guiou seu povo ao deserto, porque o seu amor é para sempre” (Salmo 136,16) [6].

Descortinar da nossa debilidade

Sabendo disso, o deserto é como um puro descortinar dos pecados. Pecados que o tornam impiedoso, preso,  vazio e impedido de corresponder ao caminho de fidelidade à santidade. Quanto a isso, Santa Tereza  D’Ávila apregoa “A alma não se lembra da penalidade que há de sofrer para expiar seus pecados” [3].  Nisto, a alma, ao sentir um vazio, uma acídia, um torpor, uma desesperança maltratante, encontra-se numa  perda pelo gosto da contemplação, do desejo ardoroso pela santidade, sendo invadida por uma tristeza, uma  solidão, como fosse uma ausência de Deus, como se Ele mesmo Se retirasse, temporariamente, da vida do  homem, ao ponto do homem suplicar por sua presença. Visto que este não mais sente os consolos de Deus, e, sim, apenas as tentações do demônio, para alguns apresenta-se uma secura espiritual, a outros, uma  perturbação espiritual.

Ao adentrar o mistério do deserto, o homem é alcançado pela Graça Divina, que o introduz no caminho  para tocar na verdade mais cristalina do amor de Deus: as marcas gloriosas da Paixão. Santo Ambrósio diz  que “nenhuma coisa é mais consoladora e gloriosa do que trazer consigo os sinais de Jesus Crucificado”  [3]. Da mesma forma, enfatiza Santo Afonso Maria de Ligório, ao declarar que “O trono da graça é a cruz,  onde Jesus se assenta para distribuir graças e misericórdia a quem recorre a Ele” [3]. Nisto, o homem é  alcançado pela Paixão de Cristo, e lança suas misérias na misericórdia do Crucificado, voltando a ser filho  no Filho. Como escreve São João de Ávila, que, alcançado por esta mesma Paixão, proclamou: “Senhor,  quando Vos vejo na cruz, tudo me convida a amar: o madeiro…e a não me esquecer mais de Vós” [3].  Viver o deserto impulsiona o homem a sentir o extremo amor de Cristo: a Via Crucis.

Lugar das luzes

Estar no deserto, embora possa provocar repúdio, devido à aridez e às verdades descobertas, é o que faz  com que a luz seja lançada sobre o homem. É como se o homem utilizasse uma “lupa divina”, que lhe  permite enxergar toda a sua condição humana. Sendo alcançado pela graça, o homem passa para esta batalha  interior, que constitui o constante combate das tentações do deserto. Ao mesmo tempo, o homem é  despertado para a realidade mais límpida: Deus combate por ele! Cabe ao homem colaborar com a graça,  rezando, vigiando, jejuando, lutando; em outras palavras, Deus aguarda a ação humana.

No deserto, o homem é formado, potencializado, liberto de seus pecados, no propósito de ser ordenado  para seu fim último, o céu, a eternidade. Com bem, dizia São Felipe Néri “Eu prefiro o paraíso”. Deixa-se  recriar pela Paixão de Cristo, mediante o processo de cruz, morte e ressurreição diárias. Como bem  enfatizou São Boaventura, “nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo”  [3].

Lugar de amadurecimento

Nesta experiência, o homem é amadurecido e lapidado na via da união com Deus. Durante este percurso, o  homem toma consciência de suas desordens mais escondidas, suas fragilidades e suas inclinações mais  perversas. Como Santo Agostinho exclamava “o pecador não suporta a si mesmo; os pecados são a tristeza,  e a santidade a verdadeira alegria” [3]. Este despertar gera o arrependimento, a contrição perfeita, o desejo  da mudança interior e a alegria de retornar ao Essencial.

Este homem vive a libertação de seus grilhões:  escravidão, dor, morte, arrefecimento, aridez, pois o pecado o havia deformado, ele, a mais bela criatura de  Deus. Pelo sangue redentor, que é o selo da absolvição dos pecados, agora, o homem se torna digno de  acolher o Sumo Bem, que o torna capaz de recomeçar sempre, pois a luta no deserto é diária e por toda a  vida. Longe de nos desestimular, essa verdade nos impulsiona a viver de combate em combate, e, com  Deus, de vitória em vitória. Isso mostra o quanto o deserto é fértil, pois lá habita o Sagrado: não estamos  sós.

Fonte: Comunidade Shalom

Nove mulheres que foram exemplares para a Igreja e o mundo

Há quem diga que a mulher não tem papéis importantes na Igreja. Entretanto, desde o início do cristianismo até a atualidade, Deus suscitou mulheres que orientaram o povo de Deus, influenciando também no curso do papado. Conheça nove mulheres que foram exemplares para a Igreja.

1. A Virgem Maria

“Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (Jo 2,4), disse Jesus à sua Mãe nas Bodas de Caná, em um casamento ao qual ambos tinham sido convidados. Cristo escutou sua mãe, a primeira mulher que acolhe o Senhor e motiva o primeiro milagre conhecido da vida pública de Jesus.

Os primeiros séculos do cristianismo estão cheios de mulheres corajosas que não duvidaram em dar sua vida por Cristo, incentivando os demais cristãos a não fraquejar quando lhes chega o momento.

2. Santa Hildegarda de Bingen

Mais tarde, durante a Idade Média, a Igreja já não era perseguida, mas vivia-se uma cultura machista, própria da época. Isto não foi impedimento para santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), religiosa beneditina de origem alemã, que chegou a ter uma séria de visões místicas.

Escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade e foi declarada doutora da Igreja por Bento XVI no ano 2012, junto com são João d’Ávila. Sua popularidade fez com que muitas pessoas, entre bispos e abades, lhe pedissem conselhos.

“Quando o imperador Federico Barbarroja provocou um cisma eclesial, opondo 3 antipapas ao papa legítimo, Alexandre III, Hildegarda, inspirada em suas visões, não hesitou em recordar-lhe que também ele, o imperador, estava submetido ao juízo de Deus”, contou o papa Bento XVI em sua audiência geral sobre esta santa em 2010.

3. Santa Catarina de Sena

Posteriormente, apareceria outra mística e doutora da Igreja, santa Catarina de Sena (1347-1380), que vestiu o hábito da ordem terceira de santo Domingo. Nesta época, os papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de ter sido abandonados por seus bispos, ameaçando com o cisma.

Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e ao consultar santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o papa cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.

Mais tarde, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico pontífice.

A santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do papa, que seguiu suas instruções. A aanta também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma. Toma uma mostra de defesa do papado.

4. Santa Teresa de Jesus

Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita.

Apesar de ter sido incompreendida, perseguida e até acusada na Inquisição, seu amor a Deus a impulsionou a fundar novos conventos e a optar por uma vida mais austera, sem vaidades, nem luxos. Submersa muitas vezes em êxtases, nunca deixou de ser realista.

Sendo santa Teresa D’Ávila relativamente inculta, dialogava com membros da realeza, pessoas ilustres, membros eclesiásticos e santos de sua época para lhes dar conselhos, receber ajuda e levar adiante o que havia se proposto. Tornou-se escritora mística e é também doutora da Igreja.

5. Santa Rosa de Lima

Do outro lado do mundo, na América, mais precisamente no Peru, santa Rosa de Lima (1586-1617) tomou santa Catarina de Sena como modelo e se omitiu àqueles que a pretendiam por sua grande beleza, para poder viver em virgindade, servindo aos pobres e doentes.

“Provavelmente, não houve na América um missionário que com suas pregações tenha conquistado mais conversões do que as que Rosa de Lima obteve com sua oração e suas mortificações”, disse o papa Inocêncio IX ao se referir à primeira santa da América.

São João Paulo II disse sobre a santa que sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.

6. Santa Teresa de Lisieux

Do amor dos santos esposos franceses Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015, nasceu santa Teresa de Lisieux (1873-1897), doutora da Igreja e padroeira universal das missões.

Santa Teresa viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.

“Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse são João Paulo II sobre esta santa.

O papa Francisco também comentou em diversas ocasiões a profunda devoção que o une a esta santa e compartilhou em uma de suas viagens que antes de cada viagem ou diante de uma preocupação, costuma pedir “uma rosa”.

7. Santa Edith Stein

Durante a perseguição nazista no século XX, surgiu na Europa outra grande mulher, convertida do judaísmo, religiosa carmelita descalça e mártir, santa Edith Stein, também conhecida como santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942).

Junto com outros judeus conversos, foi levada ao campo de concentração de Westerbork em vingança das autoridades pelo comunicado de protesto dos bispos católicos dos Países Baixos contra as deportações de judeus.

Santa Edith foi transferida para Auschwitz, onde morreu nas câmaras de gás, junto com sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo, e muitos outros de seu povo.

São João Paulo II diria sobre ela: “Uma filha de Israel, que durante a perseguição dos nazistas permaneceu, como católica, unida com fé e amor ao Senhor Crucificado, Jesus Cristo, e, como judia, ao seu povo”.

8. Santa Teresa de Calcutá

O testemunho de santa Teresa de Calcutá (1910-1997) de servir a Cristo nos “mais pobres entre os pobres” ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.

“Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”, dizia a também ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979.

Em sua canonização em outubro de 2016, o papa Francisco disse que “Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que ‘quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável’”.

9. Santa Gianna Beretta Molla

Para encerrar esta lista de grandes mulheres que mudaram o mundo e a história, recordamos santa Gianna Beretta Molla (1922-1962). Esta santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.

Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.

Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.

Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.

 

Fonte: ACI Digital

Dez sugestões de oração para você viver bem a Quaresma

 

Se queremos viver uma Quaresma frutuosa e morrer para nossas próprias paixões, a chave da vitória é mergulhar na oração profunda, intensa, fervorosa e constante. Neste texto, confira dez práticas de oração que você pode adotar neste “tempo forte”.

Deus, sempre tão bom, derrama sobre nós a todo o tempo as mais abundantes graças. Sua Igreja, que é chamada seu Corpo místico, faz chover incessantemente sobre nós uma torrente de graças. Isso se manifesta de uma maneira muito especial no ciclo litúrgico da Igreja, mais especificamente nos tempos fortes — tanto o Advento, que leva ao Natal, quanto a Quaresma, culminando na Semana Santa e na solenidade de todas as solenidades, a Páscoa!

Certamente já aconteceu com todos nós de estarmos absorvidos e imersos em tantas atividades — família, sociedade e trabalho — que esses grandes tempos de graça passam por nós como um raio e descobrimos que mal entramos nas profundezas do oceano, do abismo de graças que bate à porta de nossos corações. O livro do Apocalipse nos adverte: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo” (3, 20). O grande Santo Agostinho comenta sobre esta passagem que Jesus é o peregrino que bate e, se não abrirmos a porta, Ele seguirá em frente e nunca mais entrará para nos visitar. Deus não permita que seja assim para nós!

Por isso, apresentamos dez orações específicas que podemos oferecer ao Senhor ao celebrar seu maior ato de amor por todos nós — sua Paixão, Morte e Ressurreição. Para ser franco e direto: se queremos viver uma Quaresma frutuosa e morrer para nossas próprias paixões, a chave da vitória é mergulhar na oração profunda, intensa, fervorosa e constante.

Que esta seja a melhor Quaresma de nossas vidas!

1. Contemple a Jesus na Cruz

Uma forma de oração altamente recomendada por Santo Inácio de Loyola em seus Exercícios Espirituais é a contemplação. Portanto, durante a Quaresma, é bom passar pelo menos algum tempo diante de uma imagem, pintura ou qualquer outra representação de Jesus pendente na Cruz por amor a você e a mim.

Tenha em mente as palavras de Santo Inácio: Jesus morreu por toda a humanidade. No entanto, Ele também morreu por você. Ainda que você fosse a única pessoa no mundo, Jesus teria sofrido as dores mais amargas e agonizantes de sua Paixão e Morte por amor a você e pela salvação de sua alma. Quão precioso você é aos olhos de Deus e quão valiosa é sua alma imortal!

2. Reze a Via-Sacra

Outra oração devocional salutar e eficaz, especialmente propícia no tempo da Quaresma, é rezar a Via Crucis. Em sua paróquia, provavelmente há uma no interior da própria igreja. Basta mover-se devagar, em oração e com o olhar contemplativo, de cada uma das 14 estações para a próxima.

Essa prática pode ser feita de várias maneiras: em um ambiente de grupo conduzido por alguém; individualmente, usando um bom livro (uma das melhores Vias-Sacras foi escrita por Santo Afonso de Ligório); ou simplesmente olhando e contemplando com amor e devoção cada estação e formulando sua própria oração espontânea.

Não é uma má ideia trazer seus pequeninos para participar dessa devoção e ensiná-los a amar Jesus, que nos amou tanto, sofreu e suportou todos esses sofrimentos por amor a nós.

3. Medite sobre as Sete Dores de Maria

Em todos os tempos e lugares, a meditação e contemplação das Sete Dores de Maria podem mover nossos corações a amar Jesus com maior fervor e devoção. Se você não está familiarizado com esta prática, as sete dores de Maria são: 1) a profecia de Simeão; 2) a fuga para o Egito; 3) a perda de Jesus por três dias no Templo; 4) o encontro de Jesus e Maria no caminho do Calvário; 5) a crucificação e morte de Jesus; 6) o corpo de Jesus retirado da Cruz e colocado nos braços de Maria (Pietà); 7) o sepultamento de Jesus.

4. Medite sobre as Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz

Outra meditação poderosa seria sobre as sete últimas palavras de Jesus na Cruz. O Venerável Arcebispo Fulton Sheen escreveu e pregou inúmeras vezes sobre essas palavras, especialmente na Semana Santa. Suas sete últimas palavras são as seguintes: 1) “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34); 2) “Tenho sede” (Jo 19, 28); 3) “Mulher, eis aí teu filho… Filho, eis aí tua mãe” (Jo 19, 26s); 4) “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43); 5) “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27, 46); 6) “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23, 46); e 7) “Tudo está consumado” (Jo 19, 30).

5. Leia e medite os relatos da Paixão nos quatro Evangelhos

Mergulhe nas fontes mais autênticas da Paixão e Morte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, isto é, a Bíblia, os quatro Evangelhos. Eles podem ser encontrados em Mateus 26-27, Marcos 14-15, Lucas 22-23 e João 18-19.

Você pode ler todos os relatos e rezar sobre eles, observando os diferentes detalhes e pequenas nuances em cada Evangelho.

6. Reze o Salmo 22

É realmente fascinante a leitura e meditação do Salmo 22, do Antigo Testamento. Sem sombra de dúvida, este salmo profético destaca muitos dos detalhes da Paixão de Jesus e seus sofrimentos, centenas de anos antes de Jesus nascer. Outra razão para crer na realidade de Jesus ser verdadeiramente o Filho do Pai eterno. Leia este salmo com atenção e você sentirá como se estivesse sendo transportado até os pés da Cruz com Maria, João e Madalena na Sexta-feira Santa.

7. Participe do santo sacrifício da Missa

De longe, a oração mais poderosa, eficaz e agradável que podemos oferecer a Deus é o santo sacrifício da Missa. De fato, o que é a Missa, senão o sacrifício do Calvário, no qual Jesus se oferece ao Pai, pelo poder do Espírito Santo, para a salvação de toda a humanidade? Se possível, assista diariamente à Missa na Quaresma e receba a Eucaristia dignamente e com muito amor e devoção.

8. Assista a bons filmes

Outra forte exortação, no domínio da oração contemplativa, seria ver a um destes filmes, se não todos: “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson; “Marcelino Pão e Vinho” (1955); e “Os Mistérios do Rosário”, de Patrick Peyton (III e III). No entanto, coloque suas lentes contemplativas e se esforce para vê-los não tanto como produções de Hollywood, mas como uma oração contemplativa. As imagens, especialmente de “A Paixão de Cristo”, ficarão gravadas em sua memória e poderão ser evocadas na oração quando você for à sua Hora Santa. 

O que nos leva à próxima sugestão de viver a mais fecunda Quaresma de nossas vidas…

9. Faça a Hora Santa

Seja generoso com o Senhor Jesus, que deu cada gota de seu Preciosíssimo Sangue por você. Esforce-se, se possível, por fazer uma Hora Santa diária. Fulton Sheen a chamava de “hora do poder”. Idealmente, é melhor fazê-la diante do Santíssimo Sacramento, onde Jesus está real e substancialmente presente em seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Se isso não for viável, então você pode encontrar um lugar tranquilo em sua casa — seu recanto de oração ou santuário doméstico. Essa prática vai transformar sua vida!

10. Recite os Mistérios Dolorosos do Santo Rosário

O Papa São João Paulo II, em sua obra-prima mariana Rosarium Virginis Mariae, sugere que contemplemos o rosto de Jesus através dos olhos de Maria. Que melhor método pode haver para contemplar Jesus, o homem das dores pendente na Cruz, do que através dos olhos de Maria?

Para refrescar a memória, os Mistérios Dolorosos do Rosário são: 1) a agonia no horto das oliveiras; 2) a flagelação na coluna; 3) a coroação de espinhos; 4) o carregamento da cruz; 5) a crucificação e morte de Jesus.

Enfim, é nossa oração e desejo mais ardente que todos os nossos leitores tenham o seu mais fecundo tempo quaresmal, esforçando-se por implementar essas práticas de oração quaresmal, culminando na mais imensa alegria da Páscoa e do Senhor Jesus ressuscitado. Que todos nós morramos para o pecado e ressuscitemos com Jesus e Maria!

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

Saiba como fazer um bom exame de consciência

Devemos ir à confissão com toda a confiança no perdão de Deus. Ele deseja a nossa felicidade plena!

Precisamente por sermos pecadores, ficamos cegos diante de nossos pecados. Satanás quer nos fazer ver que não há mal no que fazemos, por isso é necessário sempre estarmos dispostos a fazermos um bom exame de consciência. Então o coração se endurece e torna-se insensível às exigências do amor.

“Se escutardes hoje a minha voz, não endureceis o vosso coração”. (Hb 3)

Deus é um Pai amoroso que nos faz ver o nosso pecado para dar a graça do arrependimento sincero e assim nos perdoar. Ele nos quer livres. O demônio, em contrapartida, não quer que vejamos o nosso pecado.

Se procurarmos o caminho de Deus, Ele tratará com misericórdia dos nossos pecados para que não desanimemos e nem voltemos atrás. Assim, podemos discernir então a diferença. Deus mostra o pecado para libertar e perdoar; o demônio o esconde, mas quando o mostra é para gerar desespero e agonia.

Devemos rejeitar energicamente estes pensamentos e ir à confissão com toda a confiança no perdão de Deus. Ele SEMPRE perdoa quando há arrependimento. Por isso é tão proveitoso um exame de consciência diário.

“Se examinássemos a nós mesmos, não seríamos condenados”. (1 Cor. 11, 31)

O exame se faz diante de Deus, escutando Sua voz que fala à nossa consciência.

Preparar para se confessar é fazer o exame de consciência

Vá a um lugar tranquilo, preferivelmente diante do sacrário, para orar. Só Deus pode iluminar a sua realidade e lhe dar os meios para corresponder à graça.

Diante dEle, reflita:

  • Como correspondi a tanto amor, a tantas graças?

Faça um exame escrito, se puder. Recordamos aqui que Deus nos deu mandamentos. Quebrá-los é quebrar a nossa aliança com Ele e cair em pecado. Não se trata somente de enumerar pecados, mas de se arrepender com dor por nossos pecados, fazendo o firme propósito de não voltar a cometê-los. 

Depois disso, dirija-se à confissão, que só pode ser feita diante de um sacerdote.

As 4 rupturas

Examine-se — ajudado por estas perguntas — quais pecados você cometeu desde sua última confissão.

Ruptura com Deus:

  1. Amo na verdade a Deus com todo meu coração ou vivo mais apegado às coisas materiais?
  2. Preocupei-me por renovar minha fé cristã através da oração, a participação ativa e atenta da missa dominical, à leitura da Palavra de Deus? Guardo os domingos e dias de festa da Igreja? Cumpri com o preceito anual da confissão e com a comunhão pascal?
  3. Tenho uma relação de confiança e amizade com Deus, ou cumpro somente ritos externos?
  4. Professei sempre, com vigor e sem temores minha fé em Deus? manifestei minha condição de cristão na vida pública e privada?
  5. Ofereço ao Senhor meus trabalhos e alegrias? Recorro a Ele constantemente, ou só o busco quando o necessito?
  6. Tenho reverência e amor para o nome de Deus ou lhe ofendo com blasfêmias, falsos juramentos ou usando o Seu nome em vão?

Ruptura comigo mesmo:

  1. Sou soberbo e vaidoso? Considero-me superior a outros?
  2. Procuro aparentar algo que não sou para ser valorizado por outros? Aceito a mim mesmo, ou vivo na mentira e no engano? Sou escravo de meus complexos?
  3. Que uso tenho feito do tempo e dos talentos que Deus me deu? Me esforço por superar os vícios e as inclinações más, como a preguiça, a avareza, a gula, a bebida, a droga?
  4. Caí na luxúria com palavras ou pensamentos impuros, com desejos ou ações impuras?
    Realizei leituras ou assisti a espetáculos que reduzem a sexualidade a um mero objeto de prazer?
  5. Caí na masturbação ou a fornicação? Cometi adultério?
  6. Recorri a métodos artificiais para o controle da natalidade?

Ruptura com os irmãos e com a criação:

  1. Amo de coração o meu próximo como a mim mesmo e como o Senhor Jesus me pede que o ame?
  2. Em minha família, colaboro em criar um clima de reconciliação com paciência e espírito de serviço?
  3. Foram os filhos obedientes a seus pais, prestando-lhes respeito e ajuda em todo momento?
  4. Preocupam-se os pais em educar na vida cristã seus filhos?
  5. Abusei de meus irmãos mais fracos, usando-os para meus fins?
  6. Insultei meu próximo? Escandalizei-o gravemente com palavras ou com ações?
  7. Se me ofenderam, sei perdoar, ou guardo rancor e desejo de vingança?
  8. Compartilho meus bens e meu tempo com os mais pobres, ou sou egoísta e indiferente à dor dos outros? Participo das obras de evangelização e promoção humana da Igreja?
  9. Me Preocupo com o bem e a prosperidade da comunidade humana em que vivo ou passo a vida preocupado tão somente comigo mesmo? Cumpri com meus deveres cívicos? Paguei meus tributos?
  10. Sou invejoso? Sou fofoqueiro e enganador? Difamei ou caluniei alguém? Violei segredos? Fiz julgamentos temerários sobre outros?
  11. Sou mentiroso?
  12. Causei algum dano físico ou moral a outros? Inimizei-me com ódios, ofensas ou brigas com ao meu próximo? Fui violento?
  13. Procurei ou induzi o aborto?
  14. Fui honesto em meu trabalho? Usei corretamente a criação ou abusei dela para fins egoístas? Roubei? Fui justo na relação com meus subordinados tratando-os como eu gostaria de ser tratado por eles? Participei do negócio ou consumo de droga? Caí na fraude ou no estelionato?
  15. Recebi dinheiro ilícito?

Os 10 Mandamentos. Eu tenho ferido algum deles?

1º Mandamento: Amará a Deus sobre todas as coisas;

2º Mandamento: Não tomará o nome de Deus em vão;

3º Mandamento: Santificarás o dia do Senhor;

4º Mandamento: Honrará a teu pai e tua mãe;

5º Mandamento: Não matarás ;

6º Mandamento: Não cometerás atos impuros;

7º Mandamento: Não roubarás ;

8º Mandamento: Não levantarás falso testemunho;

9º mandamento: Não consentirás com pensamentos nem desejos impuros;

10º Mandamento: Não cobiçarás os bens alheios.

Exame de consciência com base nos pecados capitais e nas virtudes contrárias

1 – Soberba / Humildade

  • Fui humilde ao pensar, comparei-me com outros, tratei de chamar a atenção com minha sabedoria, meu físico, etc.?
  • Reconheço-me pequeno? Desprezo os outros em meu coração?
  • Me ressenti pelo trato ou posto recebido? Qual é a motivação das minhas aspirações?
  • Distingo entre o que é doutrina e o que é minha opinião? Sou prudente ao dar minha opinião? Acredito que é a única? Acredito que sem minha presença as coisas não vão bem?
  • Sei distinguir o que é minha missão ou me intrometo no que não me corresponde?
  • Reconheço que não tenho razão de me glorificar, mas sim em Cristo? De que forma minhas ações estão misturadas com orgulho, vaidade e egoísmo?
  • Reconheço os meus enganos e peço perdão?
  • Posso ajudar sem mandar?

2 – Avareza / Generosidade

  • Estou apegado às coisas?
  • Sacrifico tempo, dinheiro, para servir segundo o plano de Deus?
  • Jogo com o dinheiro com a ambição de ganhar mais?

3 – Luxúria / Castidade

  • Tenho consumido conteúdo pornográfico pela internet ou por outros meios?
  • Tenho buscado prazer pessoal com a masturbação?
  • Tenho tido pensamentos impuros em relação às outras pessoas?
  • Uso roupas provocativas/sensuais?
  • Faço o uso de substâncias que tiram o meu autodomínio e o meu pudor?

4 – Ira / Paciência

  • Sei lidar com as cruzes, doenças, com problemas nas relações, no trabalho, etc?
  • Perco a paz ou manifesto mau humor quando as coisas não estão como eu espero?
  • Jogo a culpa nas minhas circunstâncias e nunca assumo os meus próprios erros?

5 – Gula / Moderação

  • Como mais do que o necessário? Faço jejum?
  • Estou viciado em álcool ou drogas?

6 – Inveja / Caridade

  • Sinto ciúmes por talentos ou conquistas dos outros, ou me alegro quando eles melhoram?
  • Busco ajudar os outros em suas necessidades ou me fecho em meu egoísmo?

7 – Preguiça / Diligência

    • Sou atento a cumprir meus deveres?
    • O que faço para edificar a minha família/comunidade?
    • Sou rápido em servir mesmo que não tenho vontade?
    • “Descanso” mais do que necessário?
    • Deixo sempre as coisas para mais tarde?

Fonte: Comunidade Shalom

CNBB ABRE A CF 2023 COM APELO DE COMUNHÃO E SOLIDARIEDADE NO ENFRENTAMENTO À FOME

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu oficialmente, nesta quarta-feira de Cinzas (22), a Campanha da Fraternidade 2023 sobre a Fome no Brasil. Na cerimônia de lançamento, realizada no auditório dom Helder Câmara e conduzida pelo assessor do Setor de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, foi apresentada a mensagem que o Papa Francisco, mantendo a tradição dos papas, enviou ao Brasil por ocasião da Campanha da Fraternidade 2023. Seu desejo expresso no texto é que a reflexão sobre o tema da fome, proposto pela CNBB aos católicos brasileiros no Tempo da Quaresma, seja “uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”.

Papa: a Quaresma lembra quem é o Criador e quem é a criatura

Na homilia desta Quarta-feira de Cinzas, Francisco convidou os fiéis a percorrerem as sendas da oração, do jejum e da esmola não como ritos exteriores, mas como comportamentos que renovam o coração.

Papa Francisco na Basílica de Santa Sabina na Celebração Eucarística com o rito da imposição das cinzas


Bianca Fraccalvieri – Vatican News

“Queridos irmãos e irmãs, inclinemos a cabeça, recebamos as cinzas, tornemos leve o coração”: palavras do Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Basílica de Santa Sabina, nesta Quarta-feira de Cinzas.

Como é tradição, a cerimônia teve início com a procissão penitencial que partiu da Igreja de Santo Anselmo, com a participação de cardeais, bispos, monges beneditinos, padres dominicanos e fiéis.

Ao final da procissão, teve lugar a Celebração Eucarística com o rito da bênção e imposição das cinzas.

Regressar à verdade de nós mesmos

Em sua homilia, o Pontífice recordou que a Quaresma é o tempo favorável para regressar ao essencial e neste caminho de regresso, fez um convite aos fiéis: regressar à verdade de nós mesmos e regressar a Deus e aos irmãos.

Antes de mais nada, as cinzas nos recordam quem somos e de onde viemos: só o Senhor é Deus e nós somos obra das suas mãos. Mas muitas vezes nos esquecemos que viemos da terra e precisamos do Céu e que sem Ele, somos só pó:

“Por isso a Quaresma é o tempo para nos lembrarmos quem é o Criador e quem é a criatura, para proclamar que só Deus é o Senhor, para nos despojarmos da pretensão de nos bastarmos a nós mesmos e da mania de nos colocar no centro, ser o primeiro da turma, pensar que podemos, meramente com as nossas capacidades, ser protagonistas da vida e transformar o mundo que nos rodeia.”

Quantas desatenções e superficialidades nos distraem daquilo que conta, acrescentou Francisco, lembrando que a Quaresma é “um tempo de verdade”, para fazer cair as máscaras que pomos todos os dias a fim de aparecer perfeitos aos olhos do mundo; para lutar – como nos disse Jesus no Evangelho – contra as falsidades e a hipocrisia: não as dos outros, mas as nossas.

Regressar a Deus e aos irmãos

Voltando à verdade de nós mesmos, podemos dar o segundo passo, que é regressar a Deus e aos irmãos.

“Existimos apenas graças às relações: a relação primordial com o Senhor e as relações da vida com os outros. Assim, a cinza que recebemos sobre a cabeça, nesta tarde, diz-nos que toda a presunção de autossuficiência é falsa e que idolatrar o eu é opção destrutiva, fecha-nos na jaula da solidão.”

Para Francisco, a Quaresma é o tempo propício para reavivar as nossas relações com Deus e com os outros e isso pode ser feito através da esmola, da oração e do jejum. Todavia, Jesus adverte que não se trata de ritos exteriores, mas de comportamentos que devem expressar uma renovação do coração.

“A esmola não é um gesto, cumprido rapidamente, para deixar a consciência limpa, mas tocar, com as próprias mãos e as próprias lágrimas, os sofrimentos dos pobres; a oração não é mero ritual, mas diálogo de verdade e amor com o Pai; o jejum não é um simples sacrifício, mas uma atitude forte para lembrar ao nosso coração aquilo que conta e, ao contrário, o que passa.”

Aos gestos exteriores, disse ainda o Papa, deve corresponder sempre a sinceridade da alma e a coerência das obras. Na vida pessoal, como aliás na vida da Igreja, não contam a exterioridade, os juízos humanos e a aprovação do mundo; conta apenas o olhar de Deus. Assim, a esmola, a oração e o jejum nos permitem expressar quem realmente somos: filhos de Deus e irmãos entre nós.

Jesus, o único que nos faz ressurgir das cinzas

“Queridos irmãos e irmãs, inclinemos a cabeça, recebamos as cinzas, tornemos leve o coração”, concluiu o Pontífice.

“Não desperdicemos a graça deste tempo sagrado: fixemos o olhar em Jesus crucificado e caminhemos respondendo generosamente aos fortes apelos da Quaresma. No final do percurso, encontraremos com maior alegria o Senhor da vida, o único que nos fará ressurgir das nossas cinzas.”

Catedral da Luz inicia Quaresma com missas na Quarta-feira de Cinzas

Data marca o início da quaresma para a Igreja católica, tempo de preparação para a Páscoa do Senhor.


A Igreja Católica inicia nesta quarta-feira (22) o tempo litúrgico da Quaresma, com a imposição das cinzas sobre os fiéis nas missas da Quarta-feira de Cinzas. A data marca o início da preparação para a Páscoa do Senhor, que será no dia 9 de abril, neste período é recomendado a reflexão, conversão, prática de penitência e jejum.

A missa da Quarta de Cinzas é preceito para os fiéis. Na Paróquia Nossa Senhora da Luz serão celebradas duas missas com o rito de imposição das Cinzas, uma às 8h30 e outra às 19h.

Imposição das Cinzas

O rito da missa de imposição das Cinzas relembra os cristãos sobre a origem e fim da vida humana. Durante a Celebração Eucarística, após a homilia, é realizada a imposição das cinzas na fronte, em formato de cruz, com o pronunciamento das palavras bíblicas: “Lembra-te és pó, e ao pó tu voltarás” (cf. Gn 3,19), ou “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc. 1,15). As cinzas usadas são feitas a partir dos ramos, do Domingo de Ramos do ano anterior.

Campanha da Fraternidade

Na Quarta de Cinzas também se inicia a Campanha da Fraternidade, que em 2023 tem como tema “Fraternidade e Fome” e lema “Dai-lhes vós mesmos de comer!”

A Campanha desperta o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum, educa para a vida em fraternidade e renova a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em busca de uma sociedade justa e solidária.

8 anos da ordenação sacerdotal de Padre Kleber Rodrigues

“Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do Rei Melquisedeque” (Sl 109, 4).


Neste sábado, dia 11 de fevereiro, a Paróquia Nossa Senhora da Luz, reunida com toda a comunidade diocesana, rejubila de alegria pelo aniversário de 8 anos de ordenação sacerdotal do Padre Kleber Rodrigues. Sua vocação é sinal visível do amor infinito e misericordioso de Deus.

Compreende-se que o sacerdócio é vocação, é ouvir o chamado de Deus, é renúncia, é doação, pois é preciso abrir mão de muitas coisas essenciais na vida, como a família, o conforto, os amigos… É um verdadeiro despojar-se de si mesmo para que no fim, se obtenha o tudo ofertado por Deus. É ser firme, ser grato, estar disposto, é ser forte e corajoso.

Como Pároco e Cura da Catedral da Luz, Padre Kleber tem contribuído com muitas bençãos e trabalho, ofertado à comunidade com zelo, carinho e cheio de muita sabedoria em suas homilias, sem qualquer tipo de distinção entre uns e outros. Além das realizações e projetos em benefício dos fiéis, na intenção de propósitos Divinos.

Os paroquianos louvam a Deus pela sua vocação, e suplicam ao Pai que o conduza sempre, para continuar sendo o Pastor e guia, o amigo de sempre. Que Maria, Mãe da Igreja, plena no Espírito Santo, lhe impulsione, cada vez mais, a assumir com alegria a sua vida sacerdotal.

Os sacerdotes são anjos colocados na Terra por Deus para fortalecer, cada vez mais, a crença.

Imagem de Nossa Senhora fica intacta após incêndio de igreja no Chile

Em meio aos incêndios florestais que afetam gravemente as áreas do centro e sul do Chile, o arcebispo de Concepción, dom Fernando Chomali, publicou um tuíte com uma fotografia que mostra uma imagem de Nossa Senhora que ficou intacta após o incêndio de uma capela.

“O que restou de uma das capelas queimadas em Santa Juana. Com a ajuda da Virgem Maria vamos levantá-las. Viva o Chile!”, escreveu o arcebispo junto com a fotografia tirada no terreno da capela de Santo Inácio de Loyola, devastada pelo fogo.

Além desta capela, mais dois templos foram destruídos pelo fogo na região, as capelas São Francisco de Assis e Sagrado Coração de Jesus, disse o arcebispo à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

A situação na região é crítica devido a mais de 50 fontes de fogo que destroem tudo em seu caminho. Já são 24 mortos pelo incêndio, 11 deles na região de Santa Juana, além de centenas de feridos.

O Governo Nacional informou que dez pessoas foram presas por suposto envolvimento nos incêndios.

Bombeiros, policiais chilenos, voluntários de organizações civis, paróquias e indivíduos se mobilizam para combater o incêndio e prestar assistência às vítimas.

Neste contexto, dom Chomali publicou uma reflexão intitulada “Solidariedade que move”, na qual lista as dezenas de mortos, centenas de feridos e perdas materiais, “o trabalho de uma vida transformado em cinzas, muitos sonhos destruídos e centenas de milhares de empregos a menos” causados ​​pelos incêndios.

O arcebispo pediu que os responsáveis ​​”sejam identificados e julgados em conformidade”. Também alertou para a necessidade de “nos prepararmos mais e melhor” para enfrentar o verão e prevenir este dano causado por “pessoas inescrupulosas”.

Dom Chomali elogiou as centenas de voluntários que “do nascer ao pôr do sol se colocam a serviço das autoridades para ajudar no que for necessário”.

“Além disso, a sociedade se organiza para que as pessoas que queiram colaborar possam dar a sua contribuição”, disse.

O arcebispo falou do trabalho dos jovens “que vão a campo com pás e picaretas para fazer corta-fogos”, e dos bombeiros que “com pouquíssimos meios demonstram o seu compromisso e profissionalismo minuto a minuto, e sem dar trégua”.

Por fim, elogiou o trabalho das paróquias para atender às necessidades mais urgentes, assim como dos clubes desportivos e outras instituições, e até das famílias.

“O Chile é um país solidário e dá para perceber isso cada vez que a desgraça se aproxima”, disse.

“Ainda há humanidade e, portanto, esperança!”, concluiu.

Fonte: ACI

SOB A ÉGIDE DA VIRGEM DA LUZ: o trabalho valoroso dos filhos da Soberana

A importância da união em nome de uma festa secular e grandiosa.


A preparação à Festa da Luz demanda tempo e dedicação de inúmeras organizações, dentre os quais se destacam seus voluntários, efetivamente dispostos, fiéis funcionários, seminaristas e padres, que, divididos em frentes amplas de trabalho, formam o seleto grupo de pessoas que visam enaltecer a festa da sua padroeira, Nossa Senhora da Luz.

Firmes, constroem a imagem belíssima do evento, caracterizada pela competência, responsabilidade e zelo; cabe ressaltar que, em todos os anos, tal evento inovou em algumas áreas, se destacando a comunicação, materializada através da Pastoral da Comunicação (PASCOM). Através de programas, transmissões ao vivo ou gravadas, vídeos e fotos, foram alcançados consideráveis números de fiéis de diversas cidades, dioceses e Estados.

Contudo, cabe salientar que a incomparável decoração que compõem todo o complexo da Catedral foi pensada, organizada, trabalhada e finalizada pela equipe da Sacristia, que com muito carinho, respeito e devoção, brindou os olhares dos fiéis com arranjos ornados com rosas, jasmins, crisântemos e gipsófilas. Em conjunto, a equipe da acolhida, oferecendo sempre um sorriso estampado no rosto, fecunda nos corações dos romeiros e visitantes um conforto fraterno, fundado no afeto e no caloroso abraço de boas-vindas.

Tendo que, por diversas vezes, chegar cedinho, a equipe das cadeiras se mostrou primordial, sendo seu objetivo oferecer a melhor experiência possível aos visitantes através do conforto e segurança. A Quermesse Luz, após cada celebração, regou com comidas, doces e bebidas as atrações que se apresentaram e encantaram os corações, tendo como repertório o forró, o xote e o MPB, e ao final, bingos e leilões propuseram aos presentes a harmonia, a alegria e a descontração.

Assim preceitua o Papa Francisco: “Somos portadores de uma grande riqueza, que depende daquilo que somos: da vida recebida, do bem que há em nós, da beleza intangível com que Deus nos dotou, porque fomos feitos à Sua imagem, cada um de nós é precioso a seus olhos, único e insubstituível na história.”; a cada voluntário, fiel e sociedade em geral, fica os agradecimentos e o grandioso obrigado. De fato, os corações arderam e os pés continuam a caminho da harmonia e fé.

Por Gabriel Araújo, Pascom Luz