Papa: paz, por favor! Quem fabrica armas ganha com a morte das pessoas

Ao final da Audiência Geral desta quarta (29), Francisco retoma a palavra depois que um funcionário da Secretaria de Estado lê a catequese e as saudações aos fiéis, devido à dificuldade em falar do Pontífice por causa de uma inflamação nos pulmões e lança um apelo pelo drama no Oriente Médio: “que a trégua em Gaza continue, que todos os reféns sejam libertados e que o acesso à ajuda seja permitido”. O convite para não esquecer da Ucrânia “que sofre tanto, ainda em guerra”.


“Paz, por favor, paz… A guerra é sempre uma derrota, todos perdem. Todos, não. Há um grupo que ganha muito: os fabricantes de armas. Esses ganham bem, com a morte dos outros.”

A voz é fraca, mas é forte a preocupação do Papa pelo horror que está ocorrendo na Terra Santa e na Ucrânia por causa da guerra. No final da Audiência Geral desta quarta-feira (29), realizada na Sala Paulo VI e não na Praça de São Pedro, devido à queda da temperatura, Francisco tomou a palavra depois que a catequese e as saudações nos vários idiomas foram lidas por monsenhor Filippo Ciampanelli da Secretaria de Estado. Isso – explicou o próprio Pontífice no início da audiência – se deve à dificuldade de falar causada pela inflamação nos pulmões, da qual está se recuperando, e pela qual, nesta terça-feira (28), o obrigou a cancelar, a pedido dos médicos, a viagem programada para Dubai, de 1º a 3 de dezembro, para a COP28.

Libertação de reféns e entrada de ajuda

O Papa, no entanto, quis tomar a palavra e pronunciar ele mesmo o apelo por uma solução para o drama que se vive no Oriente Médio, pedindo a extensão do cessar-fogo, agora em seu quarto dia, a libertação de todos os reféns israelenses nas mãos do Hamas (nesta terça foi libertado um quinto grupo de 12 homens e mulheres sequestrados em 7 de outubro nos kibutzim de Nir Oz, Nirim e Nir Yitzhak) e a entrada de ajuda na Faixa de Gaza, onde a situação humanitária piora de hora em hora. Mas, acima de tudo, o Papa pediu orações:

“Continuemos a rezar pela grave situação em Israel e na Palestina. Paz, por favor, paz… Espero que a trégua em curso em Gaza continue, para que todos os reféns sejam libertados e ainda seja permitido o acesso à necessária ajuda humanitária.”

Em contato com a paróquia de Gaza

Francisco confirmou que está em contato com a paróquia latina da Sagrada Família, na Faixa de Gaza, com o pároco, o padre argentino, Gabriel Romanelli, e o vice-pároco, Youssef Asaad. O Pontífice recebe atualizações deles, por telefone, quase diariamente.

“Eu conversei com eles da paróquia de lá, falta água, falta pão. As pessoas sofrem… As pessoas simples, as pessoas do povo sofrem, não sofrem aqueles que fazem a guerra. Peçamos a paz.”

Apelos internacionais

O apelo do Papa se junta ao coro de apelos internacionais para a continuação da trégua, estendida por dois dias em relação aos acordos iniciais. Não menos importante, a União Europeia, por meio do Alto Representante Josep Borrell, que de Barcelona para a reunião da União do Mediterrâneo comentou sobre o cessar-fogo: “é necessário fazer muito mais para aliviar a terrível situação em Gaza e encontrar uma saída para a crise atual”.

Os ministros das Relações Exteriores dos estados-membros do G7 também informaram que “receberam com satisfação” a libertação de alguns dos reféns sequestrados em 7 de outubro em Israel e “a recente pausa nas hostilidades que permitiu o aumento da ajuda humanitária” em Gaza. Ao mesmo tempo, eles pediram ao Hamas “a libertação imediata e incondicional de todos” os outros sequestrados.

Um pensamento para a Ucrânia que sofre

Um apelo que foi reiterado nesta quarta (29) pelo Papa que, desde o início da violência, pediu em cada Angelus e Audiência Geral a libertação de homens, mulheres, idosos e até crianças que foram sequestrados. Da mesma forma, Francisco pediu que a atenção não fosse desviada da tragédia que vem ocorrendo há quase dois anos na Ucrânia, onde os ataques do exército russo continuam e o número de vítimas está aumentando. Cerca de 1.780 crianças foram mortas desde fevereiro de 2022, anunciou o Unicef em uma nota emitida nesta terça-feira (28).

“Não esqueçamos, falando de paz, do querido povo ucraniano, que sofre tanto, ainda em guerra.”

Fonte: Vatican News

Vem aí, a Corrida Luz

CORRIDA LUZ

SOBRE O EVENTO:

A Novena de Nossa Senhora da Luz é uma manifestação de origem católica realizada em nossa cidade e em todas as cidades que tem como santa padroeira, a Virgem da Luz. Esta devoção que surgiu em Portugal e chegou em Guarabira por meio do português José Gonçalves da Costa. Datada de 1760 a Festa da Luz é a mais conhecida e populosa festa de padroeiro do interior paraibano, com um público médio diário de mais de 1.000 fiéis que lotam o interior da Catedral e acompanham através de um telão instalado no largo Dom Marcelo Pinto Cavalheira, chegando em seu encerramento a um público superior a 5.000 pessoas enchem as ruas de nossa cidade, com muito amor e devoção.

Nesse sentido, considerando a necessidade de anunciar e fazer conhecer os nossos valores cristãos, sem resumir a fé ao culto ou à oração, mas envolvendo-nos no compromisso com uma nova sociedade, mais humana e solidária, observa-se que a Igreja tem interesse em tudo o que é humano e que diz respeito ao homem. E o esporte, o jogo, é uma dimensão central na vida diária das pessoas, tanto que pode ser visto como um “sacramental da beleza”. (Papa Francisco, via Vatican News, 2023)

Assim, surgiu o interesse de realizar durante a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Luz, um evento denominado CORRIDA LUZ, que tem por objetivo através da promoção de uma corrida de rua, atrair mais pessoas a conhecerem melhor os propósitos evangelizadores da Festa de nossa Padroeira e promover nossa Igreja Catedral como ponto turístico de nossa Cidade, além de incentivar a prática esportiva, unindo fé, qualidade de vida e saúde.

As inscrições serão abertas durante o evento de lançamento, a Caminhada Luz, que ocorrerá na próxima quarta-feira (29/11), participe conosco desse momento de fraternidade e integração por meio do esporte.

Acompanhe nossas redes sociais para mais informações.

 

Pascom Luz

ADVENTO DA LUZ

A verdadeira luz do mundo é Cristo, esperado com alegria no Natal. É luz divina brilhando nas trevas escuras do mal. Deus adentra a história humana através de seu Filho, honrado e festejado no fim do ano. No Advento as comunidades cristãs se preparam para celebrar o evento do nascimento do Menino Jesus. É a dinâmica de Deus que se faz homem para que o humano se torne divino. 

A percepção dos sinais sensíveis é como luz da presença divina na história humana e das comunidades cristãs, depende muito da vigilância das pessoas. A natureza criada revela Deus presente nos fatos da vida. É uma presença, muitas vezes ferida, quando agimos irresponsavelmente em relação à preservação das riquezas naturais. Entendo que o calor de então é fruto dessas atitudes irracionais. 

Diante das trágicas guerras, que destroem vidas e bens da natureza, o sintoma é de impotência total e desespero daqueles que são atingidos e de insegurança para o mundo todo. Pelo que se vê, a Luz do Natal não está sendo levada em conta, reinando escuridão total, provocando destruição com dimensões incomensuráveis. Só uma conversão total será possível para surtir um caminho de paz. 

Diante de tantas situações trágicas no mundo, podemos dizer que houve um esquecimento de Deus. Para aqueles que têm fé num Deus providente, estamos num momento de urgente súplica, mas também de lamentação, até com o pedido de que Deus desça do céu para acudir a terra. Toda destruição é obra da infidelidade das forças contrárias aos ensinamentos do Senhor. 

Advento denota revelação da Luz, a chegada daquele que é capaz de resgatar a dignidade das pessoas e construir esperança para os fracos e espoliados da sociedade. Ele é a sabedoria divina, que consegue cumular as pessoas de fecundos dons para construir a sociedade sadia dos humanos. Sem a Luz, que é Cristo, o mundo fica deficiente como ambiente que proporciona felicidade. 

Celebrar Natal é celebrar a esperança, é estar de prontidão e ser capaz de tomar decisões importantes diante dos males que estão incomodando no mundo. Não é momento de medo, de ficar escondido, mas de vigilância, andando pelos caminhos apontados pelo Evangelho. Deus nasce para salvar o povo, para reconstruir e firmar suas opções na prática do amor e da fraternidade. 

Fonte: CNBB

Matteo Bruni responde a jornalistas sobre a saúde do Papa

Em resposta aos jornalistas o diretor da Sala de Imprensa vaticana disse que as condições do Papa são boas e estacionárias, não tem febre e a sua situação respiratória é em evidente melhoramento.


Respondendo às perguntas dos jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, afirmou:

Confirmo que a tomografia computadorizada descartou pneumonia, mas mostrou uma inflamação pulmonar que estava causando algumas dificuldades respiratórias. Para maior eficácia da terapia, foi posicionada uma agulha com cânula para infusão de terapia antibiótica por via endovenosa.

As condições do Papa são boas e estacionárias, não tem febre e a sua situação respiratória é em evidente melhoramento.

Para facilitar a recuperação do Papa, alguns compromissos importantes programados para estes dias foram adiados para que ele possa dedicar-lhes o tempo e a energia desejados. Outros, de natureza institucional ou mais fáceis de realizar devido às atuais condições de saúde, foram mantidos.

Francisco: é urgente formar homens capazes de relacionamentos saudáveis

papa
https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-11/papa-francisco-audiencia-midia-catolica-violencia-mulheres.html

Francisco, ao receber jornalistas católicos, fala sobre as últimas notícias dramáticas de violência contra as mulheres para reiterar a necessidade de “educar para o respeito e o cuidado”. “Comunicar é formar o homem. Comunicar é formar a sociedade. Não abandonem o caminho da formação: ele os levará longe”

Formação, proteção e testemunho são os “três caminhos” que os trabalhadores da comunicação devem seguir para “renovar seu compromisso com a promoção da dignidade das pessoas, com a justiça e a verdade, com a legalidade e a corresponsabilidade educativa”, também como resposta às “terríveis notícias de violência contra as mulheres”. Foi o que disse o Papa ao receber as delegações da Federação Italiana de Semanários Católicos, da União Italiana de Imprensa Periódica, das Associações “Corallo” e “Aiart – Cittadini mediali”, às quais também convidou a confiar a São Francisco de Sales e ao beato Carlo Acutis seus “passos nos caminhos da formação, da proteção e do testemunho”. O radicamento capilar de tais realidades midiáticas representa, como explica Francisco, a “geografia humana que anima o território italiano”. A comunicação, acrescenta, é precisamente “colocar em comum, tecer fios de comunhão, criar pontes sem levantar muros”. Daí, a importância de seguir três caminhos. O primeiro é o da formação, uma “questão vital”, disse Francisco, com a qual se entende “o modo de conectar as gerações, de promover o diálogo entre jovens e idosos, aquela aliança intergeracional que, hoje mais do que nunca, é fundamental”.

Prudência e simplicidade são dois ingredientes educacionais básicos para navegar na complexidade atual, especialmente na web, onde é necessário não ser ingênuo e, ao mesmo tempo, não ceder à tentação de semear a raiva e o ódio. A prudência, vivida com simplicidade de espírito, é aquela virtude que ajuda a enxergar longe, que nos leva a agir com “previsão”, com perspicácia. E não há cursos para ter prudência, não se estuda para ter prudência. A prudência é praticada, é vivida, é uma atitude que nasce do coração e da mente e depois é desenvolvida. A prudência, vivida com simplicidade de espírito, sempre nos ajuda a ter visão.

Violência contra as mulheres

Os semanários católicos dão testemunho disso sem se limitarem a dar “apenas as notícias do momento, que são facilmente consumidas”, mas transmitindo “uma visão humana e uma visão cristã destinada a formar mentes e corações, para que não se deixem deformar por palavras gritadas ou por crônicas que, passando com curiosidade mórbida do preto ao rosa, negligenciam a limpidez do branco”. O convite de Francisco é para promover uma “ecologia da comunicação” que vá além dos furos de reportagem e das notícias para lembrar que sempre há “sentimentos, histórias, pessoas de carne e osso que devem ser respeitadas como se fossem seus próprios parentes”.

E vemos pelas tristes notícias destes dias, pelos terríveis relatos de violência contra as mulheres, como é urgente educar para o respeito e o cuidado: formar homens capazes de relacionamentos saudáveis. Comunicar-se é formar o homem. Comunicar-se é formar a sociedade. Não abandonem o caminho da formação: ele os levará longe!

Proteção da dignidade das pessoas

Depois da formação, há o caminho da proteção, ou seja, a necessidade de “promover instrumentos que protejam todos, sobretudo os grupos mais fracos, os menores, os idosos e as pessoas com deficiências, e os protejam da intromissão do digital e das seduções da comunicação provocativa e polêmica”. A realidade da mídia católica pode “fazer crescer uma cidadania midiática protegida, pode apoiar as guarnições da liberdade informativa e promover a consciência cívica, de modo que os direitos e os deveres sejam reconhecidos também nesse campo”.

É uma questão de democracia comunicativa. E isso, por favor, façam sem medo, como Davi contra Golias: com um pequeno estilingue ele derrubou o gigante. Não joguem apenas na defensiva, mas, permanecendo “pequenos por dentro”, pensem grande, porque vocês são chamados para uma grande tarefa: proteger, por meio de palavras e imagens, a dignidade das pessoas, especialmente a dignidade dos pequenos e dos pobres, os preferidos de Deus.

O testemunho é profético

Por fim, há o caminho do testemunho, com o exemplo do beato Carlo Acutis, um jovem que “não caiu em uma armadilha, mas se tornou uma testemunha da comunicação”.

O testemunho é profecia, é criatividade, que libera e impulsiona a pessoa a arregaçar as mangas, a sair de sua zona de conforto para assumir riscos. Sim, a fidelidade ao Evangelho postula a capacidade de arriscar pelo bem. E ir contra a maré: falar de fraternidade em um mundo individualista; de paz em um mundo em guerra; de atenção aos pobres em um mundo intolerante e indiferente. Mas isso só pode ser feito com credibilidade se primeiro dermos testemunho do que estamos falando.

 

Fonte: Vatican News

Por que boas amizades ajudam a ser santo?

Conheça amigos que juntos caminharam em direção ao Céu e hoje são santos da Igreja.

A amizade cuja fonte é Deus nunca se esgota, disse Santa Catarina de Sena.

Frases como essa, bem como passagens bíblicas como “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, encontrou um tesouro” (Ecle, 6,14) relatam o valor de uma amizade, e nos inspiram a criar verdadeiros laços capazes de vencer o tempo, a distância, as dificuldades e as diferenças de personalidade deixando que os laços que nasceram em Deus sejam canais de uma vida mais virtuosa.

Muitos escritos além da Bíblia e dos relatos dos Santos falam sobre a amizade.

C.S Lewis, por exemplo, escreveu o livro “Os quatro amores” em que explica o amor por quatro perspectivas, sendo uma delas a amizade (philia). O autor enaltece a liberdade dos amigos como escreve em seu livro:

Em um círculo de Amigos genuínos, cada homem é simplesmente o que ele é: permanece como nada senão ele mesmo.

Reunimo-nos como príncipes soberanos de Estados independentes, num país estrangeiro, em campo neutro, libertados de nossos contextos. Este amor ignora (essencialmente) não somente nossos corpos físicos, mas essa inteira personificação que se consiste de nossa família, nosso trabalho, nosso passado e nossas conexões.”

Se a nível humano necessitamos de vínculos que nos unem pela admiração, lealdade, carinho, gostos e interesses comuns e pelo reconhecimento de que a vida do outro agrega ao nosso ser como pessoa, quanto mais o são esses laços quando encontram além da base humana um laço a nível espiritual, que transcende o mundo natural e foca o olhar das suas vivências nas experiências e frutos que não passam.

Reflexões de uma amizade que aponta o céu

Como eu e meu amigo podemos servir a Deus? O que podemos juntos colocar a serviço de um bem maior? Como posso buscar o céu do meu amigo? Reflexões como essas podem nos ajudar a viver uma verdadeira amizade com o olhar ancorado no céu.

A força da amizade – um caminho com Padre Pio*, filme distribuído pela Kolbe Arte, retrata a amizade de dois jovens cujo objetivo é escrever um livro sobre o Santo. Um exemplo de amizade que se põe a caminho e volta o olhar para o Sagrado. Esta inspiração é uma forma concreta de nos guiar para amizades consistentes, capazes de fomentar o conhecimento das coisas santas e dos homens de Deus.

>> Clique para assistir ao Trailler. *Em cartaz a partir de 23 de Novembro de 2023.

Conheça alguns amigos que contaram um com o outro e chegaram a Santidade:

Santo Agostinho e Santo Ambrósio

Agostinho ao partir para Milão como professor de Retórica foi recebido pelo Bispo Ambrósio, por quem logo se simpatizou pela sua bondade para com ele. Ao ouvir suas pregações, Agostinho estimava sua retórica e trazia em si a motivação de averiguar se a eloquência do Bispo era real como diziam.

Esse processo sem que Agostinho o soubesse, o aproximava da Verdade que ele buscava e de seu processo de conversão, que ia se construindo ao contemplar a forma como o Bispo silenciosamente fazia suas leituras e os frutos das pregações que ouvia, embora não o fizesse inicialmente por gosto pela Verdade anunciada. Em Confissões Agostinho relata no livro VI se alegrar ao ouvir as pregações do Bispo sobre a interpretação da lei e a comunicação do Espírito e sua presença nas pregações de domingo, trazendo em si o desejo de partilhar com aquele homem cheio de compromissos e a quem admirava, suas dores e dúvidas.

Santa Teresa e São João da Cruz

A amizade entre eles tem seu início quando Teresa de Ávila, enquanto fundava o segundo mosteiro, reconhece no recém sacerdote traços de grandeza espiritual e amor a Jesus que a levaram a contar com ele para a reforma do mosteiro masculino, evitando que ele deixasse a ordem para seguir os Cartuxos. Ambos grandes mestres espirituais, dotados de habilidades comuns foram exímios escritores, deixaram lindos poemas e juntos empreenderam reformas nos Carmelos que foram frutuosas para a Igreja Católica.

São João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá

Ambos se encontraram pela primeira vez num Congresso Eucarístico em Melbourne, Austrália no ano de 1973, quando Karol Wojtyla era Bispo da Cracóvia. Novamente se encontraram no Congresso Eucarístico da Filadélfia. Encontros futuros ocorreram quando João Paulo II, visitou a terra natal de sua amiga. Madre Teresa pode em várias ocasiões visitar o Papa no Vaticano. Várias fotos disponíveis na internet mostram a marca da alegria no rosto de ambos ao se encontrarem.

Por certo podemos afirmar como Santo Tomás de Aquino:

“Não há nada neste mundo para ser mais valorizado do que a verdadeira amizade.”

Fonte: Comunidade Shalom

SOLENIDADE DE CRISTO REI

Estamos celebrando, o último Domingo do Tempo Comum, e a Igreja contempla, adora e proclama o seu Senhor, Jesus Cristo, como Rei e Senhor do universo! Depois de termos percorrido todo o Ano Litúrgico, começando com o Advento que nos prepara para o Natal; depois de termos atravessado a penitência quaresmal e o júbilo pascal, depois das trinta e três semanas do longo Tempo Comum, eis-nos agora, ao final do ano da Igreja, proclamando que o Senhor do universo, o Rei do tempo e da eternidade é o Cristo nosso Deus! 

A solenidade de hoje foi instituída no Ano Jubilar de 1925 pelo Papa Pio XI com a Carta Encíclica “Quas Primas” (QP), com o qual coincidiu o 16º centenário do Concílio de Nicéia, que proclamara a divindade do Filho de Deus; este Concílio inseriu também em sua fórmula de fé as palavras: “cujo reino não terá fim”, afirmando assim a dignidade real de Cristo (cf. QP 2). 

Quando nós cristãos confessamos que Cristo é Rei, de que reinado estamos falando? A que Reino estamos nos referindo? Nós realmente acreditamos com todo o coração e confessamos com toda convicção que Jesus Cristo – e só ele! – é Rei: Rei do universo, Rei da história, Rei da humanidade, Rei da vida de cada pessoa humana, cristã ou não-cristã. Ele é Rei porque é Deus feito homem, é, como diz a Escritura, aquele “através de quem e para quem todas as coisas foram criadas, no céu e na terra… Tudo foi criado através dele e para ele… Ele é o Primogênito dentre os mortos” (Cl 1,1518). 

Cristo Rei anuncia a Verdade e essa Verdade é a luz que ilumina o caminho amoroso que Ele traçou com sua Via Sacra, para o Reino de Deus. “Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta minha voz.” (Jo 18, 37). Jesus nos revela sua missão reconciliadora de anunciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como o demônio tentou Eva com enganos e mentiras, agora Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao Reino, quando qual Cordeiro se sacrifica amorosamente na cruz. 

Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa, pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial. O Papa Pio XI instituiu essa festa para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado no que diz o Apocalipse: “Eu sou o Alfa e o Ômega, Principio e Fim de todas as coisas.” (Ap1, 8). 

Na primeira leitura – Ez 34, 11-12.15-17 – o Povo de Israel, por negligência de seus pastores, afastou-se da Palavra de Deus, e terminou no Exílio na Babilônia. Ezequiel é o Profeta que acompanhou o Povo no exílio, onde anunciou o perdão e a libertação. Deus é bom! 

Na segunda leitura – 1Cor 15,20-26.28 – pelo pecado de Adão e Eva, todos estamos no exílio, longe de Deus; mas pela virtude de Jesus Ressuscitado, todos fomos perdoados e alegrados com a promessa de nossa ressurreição, igualmente, gloriosa como a Ressurreição de Jesus! 

No Evangelho – Mt 25,31-46 – Jesus no Evangelho, descreve a seguinte cena. O ator principal é o “Filho do Homem”, aquele ser humano que recebe de Deus plenos poderes sobre o mundo, conforme a visão de Dn 7,13-14. É o próprio Jesus. Ele vem com a glória de Deus e reúne diante de si todos os povos. Como um rei- tendo a última palavra em seu reino – ele vai julgar “todos os povos”. Ora, qual vai ser o critério para julgar esses povos? Certamente não a Lei de Moisés, pois, a maioria desses povos não conhece a Lei de Moisés (do Judaísmo). 

Assim como um pastor, ao anoitecer, separa os cordeiros dos bodes, para que passem a noite em ambientes diferentes, o rei-juiz separa os bons dos maus. Os dons, ele os faz entrar na sua alegria, porque lhe deram comida, bebida, hospedagem, roupa, assistência na prisão… E eles perguntaram: “Senhor, não sabemos nada disso!”. Então responde: “O que fizestes ao mais pequeno desses meus irmãos (os famintos, sedentos etc.), foi a mim que o fizestes”. E os maus, ele os condena, porque não fizeram essas boas ações. Tampouco estes têm consciência de quando foi que não trataram bem o rei. E ele responde: “O que fizestes de fazer a um desses mais pequenos irmãos, foi a mim que não fizestes”.  

É na caridade gratuita, sem discriminar a pessoa, que se encontra o critério pelo qual Jesus julga “todos os povos”. Na perspectiva dos israelitas, o julgamento se pauta segundo a observância da Lei de Moisés. Mas Jesus veio mostrar que o anúncio ao Reino é para além dos limites do Judaísmo. O que mais agrada a Deus é o amor efetivo que demonstramos para com seus filhos, especialmente os mais insignificantes, os mais pequenos. Que Jesus Cristo seja o Rei de nossas vidas e que nós o anunciemos a todos os povos pelo testemunho de nossa coerente vida cristã! 

Fonte: CNBB

Francisco: palestinos e israelenses têm direito à paz, rezemos pela Terra Santa

Em uma mensagem de vídeo divulgada pela Rede Mundial de Oração, Francisco pede aos fiéis que rezem pela Ucrânia e especialmente pela Terra Santa, para que “as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado”.


Toda guerra é uma derrota. Não se resolve nada com a guerra. Nada. Tudo é conquistado por meio da paz e do diálogo. Francisco repete isso incessantemente, para todos os conflitos no mundo. Nos últimos tempos o Pontífice tem voltado seu olhar particularmente para a Ucrânia e a Terra Santa, lugares para os quais os apelos são cotidianos, como o de hoje, através da mensagem de vídeo realizada pela Rede Mundial de Oração do Papa, à qual ele mesmo pediu para organizar uma campanha especial de oração pela paz no mundo e na Terra Santa.

Todos sentimos a dor das guerras. Sabeis que, desde que terminou a segunda guerra mundial até hoje, as guerras continuaram em diferentes regiões do mundo. Quando ficam longe, não as sentimos muito. Há duas muito perto de nós que nos levam a reagir: na Ucrânia e na Terra Santa.

Dois povos irmãos

O que está acontecendo na Terra Santa, segundo as palavras do Papa, “é muito duro”.

O povo Palestino e o povo de Israel têm direito à paz, têm direito a viver em paz dois povos irmãos.

Diálogo e negociações pela paz

O pedido é, mais uma vez, de rezar pela paz na Terra Santa:

Rezemos pela paz na Terra Santa. Rezemos para que as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado. Por favor, rezemos pela paz na Terra Santa.

Fonte: Vatican News

Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Origens 

A Festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo recorda, segundo os Evangelhos apócrifos, o dia em que Maria, ainda criança, vai ao templo de Jerusalém para se consagrar a Deus.

Ciclo Mariano

Depois de ter celebrado a Natividade de Maria Santíssima no dia 8 de setembro e quatro dias depois, dia 12, a Festa do Seu Santíssimo Nome, que lhe foi imposto logo após o seu nascimento. O Ciclo Mariano celebra, neste dia, a Apresentação no templo desta jovem, filha da bênção.

A Memória
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado protoevangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

O Dom de Maria

A Igreja não pretende dar realce apenas ao acontecimento histórico, que não existe nos Evangelhos, mas ao dom total da jovem de Nazaré, que, ao ouvir a frase “Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”, se preparou para ser “templo do Filho”.

Apresentação de Nossa Senhora no Templo: um ato de amor e consagração

Os Manuscritos
Os manuscritos não canônicos contam que Joaquim e Ana, por muito tempo, não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou total e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica. Por isso, essa festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar Jesus através daquela que muito bem soube fazer isso com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:

“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação, criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isso mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.

Um ato de Amor
A vida de Maria no Templo foi um profundo ato de amor e consagração de si mesma aos planos do Senhor. A festa da Apresentação de Maria nos leva a pensar em nossa consagração a Deus. A refletir sobre a graça que recebemos por meio de nosso batismo. Amar a Deus e servi-Lo é um compromisso ao qual nenhum cristão pode abrir mão.

Devoção da Beata Maria do Divino Coração
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

O Mundo Consagrado ao Coração de Maria

Concílio Vaticano II
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

A Festa
Neste dia de festa, o “dom” que Maria faz de si a Deus se entrelaça com seu compromisso de viver a vida, animada pela fé, na certeza de que o próprio Deus providenciará tudo (cf. Gn 22). Quando, para o homem, tudo parece impossível, tudo se torna possível para quem acredita em Deus. É preciso, com fé, confiar na intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.

Nossa Senhora da  Saúde 

Neste mesmo dia 21 de novembro celebra-se a festa mais famosa de Maria, Nossa Senhora da Saúde. A festa foi instituída na então República do Vêneto, em 1630, que, depois, se espalhou por toda parte. Esta recorrência e tradição tiveram origem depois da epidemia, que atingiu todo o norte da Itália, entre 1630 e 1631, que também citada por Alessandro Manzoni em “Os Noivos”. Além disso, por desejo de Pio XII, a Igreja também celebra, desde 1953, o “Dia das Monjas de Clausura”.

Minha oração

“Ó Maria, assim como foste consagrada a Deus, faça de nós homens e mulheres consagrados da mesma forma. Não queremos nos consagrar só a Deus, mas também a ti porque reconhecemos que tu és um caminho perfeito para Cristo Jesus. Amém.”

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

 

Fonte: Canção Nova

LÍDERES DA IGREJA CATÓLICA SE REÚNEM, EM BRASÍLIA, PARA AGENDA DE INCIDÊNCIA EM DEFESA DA AMAZÔNIA E DO EQUILÍBRIO CLIMÁTICO

Bispos da Igreja Católica na Amazônia, entre eles o presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), Dom Evaristo Pascoal Spengler, iniciam nesta segunda-feira, 20 de novembro, uma intensa agenda de diálogos para apresentar as demandas dos povos amazônidas sobre direitos territoriais, impactos de grandes projetos econômicos e a crise climática.

A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e representantes de outros ministérios, como Povos Indígenas, Direitos Humanos, Justiça, Desenvolvimento Agrário, Assistência Social e Combate à Fome e Minas e Energia, estão entre as participações confirmadas na programação, que segue até o sexta-feira (24).

A ação tem como objetivo dialogar e aprofundar a reflexão sobre temas chave como direitos dos povos e comunidades tradicionais, crise e mudanças climáticas, impactos de grandes projetos, direitos fundiários e conflitos agrários, bem como estabelecer uma pauta de incidência junto aos órgãos do governo federal.

Para o secretario da REPAM-Brasil, Dom José Ionilton Lisboa, esse é um passo importante na busca pela efetivação dos direitos dos povos amazônidas. O bispo da Prelazia do Marajó (PA) conta que os encontros vão pautar diversas questões enfrentadas pelos povos na Amazônia, como a seca, as queimadas, os conflitos em territórios indígenas e quilombos, a proteção de defensores de direitos humanos e entre outros, e que espera um compromisso do governo com os povos que vivem na nossa Querida Amazônia.

Fonte: CNBB

O Papa: “Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”

Postagem de Francisco no X no Dia Mundial dos Direitos da Criança, instituído no dia da aprovação, em 1989, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Infância da Adolescência: “Quantas crianças privadas do direito fundamental à vida e à integridade física e mental, por causa dos conflitos?”, pergunta o Pontífice, “quantas crianças são forçadas a participar ou testemunhar combates?”


“Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”

As imagens divulgadas pela mídia em Gaza nestas horas mostram fotogramas no limite da suportação. Crianças, mesmo as muito pequenas, cujas lágrimas sulcam seus rostos acizentados pela fumaça ou sujos pela poeira dos prédios que desabaram sob as bombas. Crianças nos braços de pais e parentes com a boca aberta, gritando de dor por uma perda. De um familiar ou de um membro. Além dessas, fotografias de menores desesperados em frente aos caixões de seus pais na Ucrânia ou de meninos na África com menos de 10 anos de idade segurando um Kalashnikov, sentados em um tanque, já treinados para os conflitos. Crianças mortas (como os sete bebês prematuros que morreram em incubadoras no hospital de Gaza), crianças feridas, crianças migrantes, crianças-soldados, crianças exploradas: é tolerável tudo isso? Quanto tempo mais deve durar o sofrimento dos pequeninos? Aquele sofrimento diante do qual o Papa disse mais de uma vez que não há resposta, apenas lágrimas.

O apelo do Papa

E é justamente o Papa que mais uma vez chama a atenção para os menores nesta ocasião que relembra seus direitos inalienáveis, o Dia Mundial dos Direitos da Criança, instituído no dia em que se comemora o aniversário da aprovação, em 1989, pela Assembleia das Nações Unidas, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Infância e do Adolescente. Talvez o tratado sobre os direitos humanos mais ratificado do mundo.

Enquanto ocorrem as iniciativas da campanha Crianças em meio a guerras e emergências esquecidas, do Unicef, que quer lembrar as muitas crianças no mundo que vivem em contextos de emergência, com foco especial em seis países afetados pela violência, Francisco marca presença no X (antigo Twitter) e, por meio da conta em nove idiomas e com milhões de seguidores @Pontifex, divulga sua mensagem que tem o propósito de um alerta e a forma de uma pergunta – ou melhor, duas – como pontos para a reflexão.

“Quantas crianças são privadas do direito fundamental à vida e à integridade física e mental por causa de conflitos? Quantas crianças são forçadas a participar ou testemunhar combates e a ter que carregar suas cicatrizes? Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”.

A dor do Papa pelas mães

Uma frase que, idealmente, dá continuidade ao apelo lançado há exatamente dez dias, em 10 de novembro, pelo próprio Pontífice na mensagem enviada aos participantes do VI Fórum de Paris sobre a Paz. “Nenhuma guerra vale as lágrimas de uma mãe que vê seu filho mutilado ou morto”, denunciou Francisco. E acrescentou: “Nenhuma guerra vale a perda da vida de sequer uma pessoa humana, que é um ser sagrado, criado à imagem e semelhança do Criador; nenhuma guerra vale o envenenamento de nossa casa comum; nenhuma guerra vale o desespero daqueles que são forçados a deixar sua pátria e são privados, de um momento para o outro, de seus lares e de todos os laços familiares, de amizade, sociais e culturais que construíram, às vezes por gerações”.

Nenhuma guerra – “sempre, sempre uma derrota para a humanidade”, como o Papa reiterou no Angelus deste domingo – vale a pena ver essas imagens. Um soco no estômago; um pecado pelo qual, como já disse o Papa durante as celebrações na Casa Santa Marta nos primeiros anos de seu pontificado, “Deus nos pedirá contas”.

Fonte: Vatican News

5º CONGRESSO MISSIONÁRIO NACIONAL APONTA PISTAS PARA AMPLIAR AÇÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA NO BRASIL

 

O 5º Congresso Missionário Nacional foi concluído nesta quarta-feira, 15 de novembro. O evento, realizado em Manaus (AM), desde o dia 10, reuniu cerca de 800 participantes, com representações de todas as regiões do Brasil. Inspirados pelo tema “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo” e pelo lema bíblico partilhado com o 3º Ano Vocacional, “Corações ardentes, pés a caminho”, os missionários divulgaram ao final do evento uma carta compromisso. No texto, apontam pistas para ampliar e dinamizar as prioridades do Programa Missionário Nacional.

“Queremos, como os discípulos de Emaús, continuar tecendo caminhos de busca, de escuta e de transformação para que o Ressuscitado abra os nossos olhos, converta os nossos corações e nos impulsione para a missão permanente. Somos inspirados a reconhecê-Lo no cotidiano dos povos, em suas sabedorias, suas culturas, seus ritos, seus territórios e suas histórias”, escreveram.

Também na carta, os participantes refletiram sobre a identidade missionária da Igreja, que é nutrida e sustentada pela missão. “Uma missão fundamentada no diálogo recíproco, que possibilita incluir o estranho, as periferias, entrar na casa dos pobres, escutar seus clamores, sem preconceito, crítica, arrogância ou rejeição, desde a lógica diferente de Deus. Uma missão que inclui a todos, e que gera espaços de escuta e comunhão”.

Programa Missionário Nacional

O Congresso foi oportunidade para refletir e aprofundar o conteúdo do Programa Missionário Nacional (PMN). Na carta, os participantes reafirmam a relevância e a atualidade do documento cujo processo de construção iniciou no 4º Congresso Missionário Nacional, em Recife, no ano de 2017.

O PMN definiu quatro prioridades para a ação missionária da Igreja no Brasil: formação missionária, animação missionária, missão Ad Gentes e compromisso profético-social. Para cada uma dessas prioridades, foram indicadas na carta pistas para ampliação e dinamização.

Leia a carta compromisso na íntegra. 

Frutos

É na perspectiva das prioridades do PMN que devem surgir os frutos deste 5º Congresso Missionário Nacional. A diretora das Pontifícias Obras Missionárias, irmã Regina da Costa Pedro, quer que o Congresso “contribua na revitalização do Programa Missionário Nacional, ajudando a gerar diretrizes missionárias para a Igreja no Brasil. Que ele ofereça pistas para que as POM possam realizar seu serviço de ajudar cada Igreja local a ser missão a partir do seu território e até os confins da terra”.

Em sua conferência, a religiosa confiou estes sonhos “à ação criadora e recriadora do Espírito e à intercessão de Maria, Mãe Missionária, para que se tornem realidade na caminhada de conversão missionária da Igreja peregrina em terras brasileiras”.

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Congresso

Participaram do Congresso 800 pessoas, das quais: 40 bispos, 150 consagrados e consagradas, 110 presbíteros, 10 diáconos, 30 seminaristas, 300 leigos e leigas, representantes de povos originários e 200 voluntários e voluntárias das equipes de Manaus.

A cada dia, foi foram desenvolvidas conferências e painéis temáticos. Também foram realizadas oficinas e promovidos momentos de reflexão e debates em grupos. Os participantes ainda vivenciaram a realidade local, com recepções e atividades nas comunidades paroquiais da arquidiocese de Manaus. No último domingo, a Romaria dos Mártires foi momento marcante na programação do congresso.

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Fonte: CNBB