Por que rezamos o Regina Coeli e não o Ângelus no tempo Pascal?

Durante o tempo pascal, a Igreja Universal se une em alegria por meio da oração do Regina Coeli ou Rainha do Céu, junto à Mãe de Deus, pela ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, acontecimento que marca o maior mistério da fé católica.

A oração da antífona do Regina Coeli foi estabelecida pelo Papa Bento XIV em 1742 e substitui durante o tempo pascal, da celebração da ressurreição até o dia de Pentecostes, a oração do Ângelus cuja meditação central é o mistério da Encarnação.

Assim como o Ângelus, o Regina Coeli é rezado três vezes ao dia: ao amanhecer, ao meio dia e ao entardecer como uma forma de consagrar o dia a Deus e à Virgem Maria.

Não se conhece o autor desta composição litúrgica que remonta ao século XII e era repetido pelos Frades Menores Franciscanos depois das completas na primeira metade do século seguinte popularizando-a e difundindo-a por todo mundo cristão.

A oração:

V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!

R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!

V. Ressuscitou como disse, Aleluia!

R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!

V. Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, Aleluia!

R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos:

Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre. Amém. (Três vezes).

 

Fonte: ACI Digital

O milagre em que Jesus se faz nosso alimento, literalmente

“Quero me unir a ti inseparavelmente e que me descubras em teu ser de modo que nada e ninguém nos possa mais desunir”

Via rede social, o pe. José Eduardo Oliveira compartilhou uma breve meditação sobre o dom da Eucaristia, em forma de palavras do próprio Jesus:

Já pensaste que a minha entrega por ti chegou ao ponto de eu me fazer realmente teu alimento? Haveria união mais profunda do que a que há entre o manjar e o comensal? Quando digerido, o pasto e o deglutidor se unem de tal modo que não há quem possa separá-los.

Este é o meu desejo de amor a teu respeito. Quero me unir a ti inseparavelmente e que me descubras em teu ser de modo que nada e ninguém nos possa mais desunir. Arranca todo pecado de tu’alma e avança rumo ao amor consumado.

O milagre da Eucaristia é o documento permanente de que eu, o teu Deus, amo-te de tal modo que me entreguei em tuas mãos, pus-me aos teus cuidados, a fim de que entendas, de uma vez para sempre, que o meu anseio por ti é real e tem a duração da eternidade.

Fonte: Aleteia

 

O que a Ressurreição nos ensina

A importância de nossa vida corpórea e seus sofrimentos não deveria ser exagerada nem subestimada. Temos um corpo por natureza, não por acidente. Sem o corpo, a alma não está completa. Os sofrimentos desta vida não serão esquecidos, mas redimidos.

A Ressurreição nos ensina que a importância de nossa vida corpórea e seus sofrimentos não deveria ser exagerada nem subestimada. Isso significa enxergar o meio-termo entre materialismo e platonismo. Em nossa época decadente e sensualista, a mensagem antimaterialista talvez seja a mais óbvia. O secularista não concebe destino pior do que ambições mundanas insatisfeitas, casamentos infelizes, contas não pagas, saúde precária e o próprio leito de morte. E não há para ele bem maior do que fugir dessas coisas. Woody Allen expressa bem essa mentalidade: “A vida é feita de penúria, solidão e sofrimento — e tudo acaba muito rápido”.

Isso é patético. Quer seu herói seja Sócrates, São Policarpo ou aquela gloriosa síntese dos dois, São Justino Mártir, você sabe que ninguém é tão cego quanto aquele que não consegue enxergar a eternidade que está além de algumas décadas de vida. A morte só interrompe o tempo que passamos na sala de espera. Algumas são terrivelmente aborrecidas e desconfortáveis. Outras têm tantas formas de divertimento, que nos deixam desapontados quando chega a hora de ir. Em ambos os casos, são apenas salas de espera, e assim é esta vida.

Mas isso ocorre não porque tenhamos uma alma imortal, nem porque as coisas terrenas sejam irrelevantes. Nós de fato temos uma alma imortal, e as coisas terrenas realmente não têm valor em si. Mas uma alma imortal não é uma pessoa. Ponto final. É o resquício de uma pessoa, e a perda de seu corpo é um terrível sofrimento, não uma libertação. A perpétua condição póstuma da alma é determinada pelo que fizemos e sofremos nesta vida.

Aqui entra a mensagem antiplatônica. Temos um corpo por natureza, não por acidente. Sem o corpo, a alma não está completa. Ela também não está destinada a ser purificada de todos os traços do indivíduo que viveu, respirou, sofreu e morreu, como o atma impessoal do hinduísmo. A Ressurreição não ensina que a morte não é o fim de sua alma, mas que a morte não é o seu fim como indivíduo dotado de corpo. Ela nos diz não que os sofrimentos desta vida serão esquecidos, mas que serão redimidos. Um bem eterno será tirado de um mal finito, como o vinho que foi tirado da água.

Santo Tomás nos diz que o Cristo ressuscitado carrega suas chagas perpetuamente como se fossem troféus. São como a cicatriz que um atleta não ousaria corrigir por meio de uma plástica, para não perder uma lembrança do que conquistou. Do mesmo modo, a Ressurreição nos ensina que o seu coração partido, a destruição de suas esperanças terrenas, a dor pela morte de um ente querido ou por seu corpo débil — a lembrança de todas essas coisas será como uma das chagas de Cristo após a morte. Ela assumirá uma característica totalmente diferente, e de fato será vista como aquilo que sempre foi: parte da purificação e do aperfeiçoamento de um atleta espiritual.

Para aqueles que amam a Deus, afinal. Pois existe um terrível lado negativo da Ressurreição, na medida em que os corpos dos perversos — assim como os dos justos — também lhes serão restituídos, e sua condição também será definida eternamente pelo que alimentaram em seus corações nesta vida. A memória de seus prazeres ilícitos, de sua fixação por Mamon, de seu desejo irrefreado por fama e poder, doerá como uma ressaca perpétua, uma lembrança sem fim de sua estupidez e miopia. “Com certeza terão sua recompensa”.

Essa recompensa deve ser mais temida do que a morte. Mas esta é, de fato, assustadora. Como todo filósofo deveria fazer, eu amo e venero Sócrates. Mas sua morte, por nobre que tenha sido, não foi a morte de um homem que sabia realmente o que era a morte. Não há dúvida de que sua verdade parcial está muito mais próxima da verdade integral que a verdade parcial do materialista. É muito melhor ser um pagão de tipo platonista do que aquela coisa triste e desprezível que Nietzsche chamou o Último Homem, o individualista da modernidade secular liberal que só pensa em buscar o próprio conforto.

Mesmo assim, a julgar pelo Fédon [um dos principais diálogos de Platão], você poderia pensar que em sua essência a morte significa adormecer durante uma conversa filosófica com amigos. Mas a realidade dela é refletida de modo mais adequado em outras imagens — a de Santo Inácio de Antioquia nos dentes de leões, ou a de São Policarpo no meio das chamas.

Contudo, surpreendentemente, eles enfrentaram esses fins sinistros com o mesmo otimismo de Sócrates. O Último Homem nos diz: “A morte é horrível, então tenha medo dela!” Sócrates nos diz: “A morte não é horrível, então não tenha medo dela!” O cristianismo nos diz: “A morte é horrível, mas não tenha medo dela!

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

O que é a Oitava de Páscoa na Liturgia?

Após o domingo de Páscoa, a Igreja vive o Tempo Pascal. São sete semanas em que a Liturgia celebra a presença de Jesus Cristo Ressuscitado entre os Apóstolos, dando-lhes as suas últimas instruções (At 1,2). Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus teve a Sua ascensão ao Céu e, ao final dos 49 dias, enviou o Espírito Santo sobre a Igreja reunida no Cenáculo com a Virgem Maria. É o coroamento da Páscoa. O Espírito Santo dado à Igreja é o grande dom do Cristo glorioso.
O Tempo Pascal compreende esses cinquenta dias (em grego = “pentecostes”) vividos e celebrados “como um só dia”. Dizem as “Normas Universais do Ano Litúrgico” que “os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, “como se fosse um único dia festivo”, como um grande domingo” (n. 22).

Vivamos a ressurreição de Jesus intensamente na Oitava de Páscoa

É importante não perder o caráter unitário dessas sete semanas. A primeira semana é a  “Oitava da Páscoa”. Ela termina com o domingo da oitava, chamado “in albis”, porque, neste dia, os recém-batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do batismo. Esse é o Tempo Litúrgico mais forte de todo o ano. É a Páscoa (passagem) de Cristo da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a Páscoa também da Igreja, seu Corpo. No dia de Pentecostes, a Igreja é introduzida na “vida nova” do Reino de Deus. Daí para frente, o Espírito Santo guiará e assistirá a Igreja em sua missão de salvar o mundo, até que o Senhor volte no Último Dia, a Parusia.

Nestes cinquenta dias de Tempo Pascal, e de modo especial na Oitava da Páscoa, o Círio Pascal é aceso em todas as celebrações, até o domingo de Pentecostes. Ele simboliza o Cristo ressuscitado no meio da Igreja. Ele deve nos lembrar que todo medo deve ser banido, porque o Senhor ressuscitado caminha conosco, mesmo no vale da morte (Sl 22). É tempo de renovar a confiança no Senhor, colocar em Suas mãos a nossa vida e o nosso destino, como diz o salmista: “Confia os teus cuidados ao Senhor e Ele certamente agirá” (Salmo 35,6).

A alegria e as bênçãos do Tempo Pascal

Este é, portanto, um tempo de grande alegria espiritual, onde devemos viver intensamente na presença do Cristo ressuscitado, que transborda sobre nós os méritos da Redenção. É um tempo especial de graças, onde a alma mais facilmente bebe nas fontes divinas. É o tempo de vencer os pecados, superar os vícios,  renovar a fé e assumir com Cristo a missão de todo batizado: levar o mundo para Deus através de Cristo. É tempo de anunciar o Cristo ressuscitado e dizer ao mundo que somente nele há salvação.

Então, a Igreja deseja que nos “oito dias de Páscoa” (Oitava de Páscoa) vivamos o mesmo espírito do Domingo da Ressurreição, colhendo as mesmas graças. Assim, a Igreja prolonga a Páscoa, com a intenção de que “o tempo especial de graças”, que significa a Páscoa, estenda-se por oito dias, e o povo de Deus possa beber mais copiosamente, e por mais tempo, as graças de Deus neste tempo favorável, onde o céu beija a terra e derrama sobre ela suas bênçãos copiosas.

Só pode beneficiar-se dessas graças abundantes e especiais aqueles que têm sede, que conhecem, acreditam e pedem. É uma lei de Deus, e quem não pede não recebe. E só recebe quem pede com , esperança, confiança e humildade.

Viva este tempo de graça

As mesmas graças e bênçãos da Páscoa se estendem até o final da Oitava. Não deixe passar esse tempo de graças em vão! Viva oito dias de Páscoa e colha todas as suas bênçãos. Não tenha pressa! Reclamamos tanto de nossas misérias, mas desprezamos tanto os salutares remédios que Deus coloca à nossa disposição tão frequentemente.

Muitas vezes, somos miseráveis sentados em cima de grandes tesouros, pois perdemos a chave que podia abri-los. É a chave da fé que, tão maternalmente, a Igreja coloca em nossas mãos todos os anos. Aproveitemos esse tempo de graça, para renovarmos nossa vida espiritual e crescer em santidade.

O significado do Círio Pascal

O Círio Pascal estará aceso por 40 dias, lembrando-nos que a grande vela acesa simboliza o Senhor Ressuscitado. É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra “círio” vem do latim  “cereus“, de cera. O produto das abelhas. O círio mais importante é o que é aceso na vigília Pascal, como símbolo de Cristo – Luz, e fica sobre uma elegante coluna ou candelabro enfeitado.

O Círio Pascal é já, desde os primeiros séculos, um dos símbolos mais expressivos da vigília, por isso, ele traz uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a  Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz.

O Círio Pascal ficará aceso na Oitava da Páscoa e em todas as celebrações durante as sete semanas do Tempo Pascal, ao lado do ambão da Palavra, até a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o Círio seja dignamente conservado no batistério. O Círio Pascal também é usado durante os batismos e as exéquias, ou seja, no princípio e o término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.

Viver intensamente a Oitava da Páscoa é uma grande graça que Deus nos dá através da Igreja. Cultive esse tempo, com oração, meditação e vida sacramental, agradecendo ao Senhor tantas bênçãos.

 

Fonte: Canção Nova

 

Inscrições abertas para novas turmas da Catequese Luz 2023

A Paróquia Nossa Senhora da Luz abre, nesta segunda-feira (10), as inscrições para novas turmas da Catequese Luz do ano de 2023 – formação para Primeira Eucaristia, Crisma de Jovens e de Adultos.

A catequese tem como finalidade de estudar o primeiro anúncio do Evangelho. Busca levar o catequizando a conhecer, acolher e vivenciar o mistério de Deus, manifestado em Jesus Cristo, que nos revela o Pai e nos envia o Espírito Santo, trilhando à comunhão com a igreja.

O prazo de inscrição vai até o dia 21 de abril, e acontece no Salão Paroquial (ao lado da Matriz), das 19h às 20h, de acordo com a idade abaixo:

  • Primeira Eucaristia: 8 anos completos ou completar até junho de 2023.
  • Crisma de Jovens: 13 anos completos.
  • Crisma de Adultos: a partir dos 15 anos.

“A Eucaristia está no coração da iniciação cristã, junto ao batismo e à crisma. É possível experimentar, já na terra, a comunhão com o Pai.” (Papa Francisco)

Para mais informações, entre em contato: (83) 3271-4828

O que aconteceu na primeira Sexta-feira Santa?

Em que horas exatas se deram os acontecimentos da Paixão de Cristo? O que dizer da escuridão que tomou a Terra enquanto Jesus pendia da Cruz? Confira a resposta a estas e outras questões, à luz do que dizem os Evangelhos.

Jesus foi preso na noite de quinta-feira. As Escrituras relatam: “Conduziram Jesus à casa do sumo sacerdote, onde se reuniram todos os sacerdotes, escribas e anciãos” (Mc 14, 53).

De acordo com a cronologia de Marcos, houve um julgamento simulado, baseado em evidências falsas e distorções dos ensinamentos de Jesus.

Conduziram Jesus à casa do sumo sacerdote, onde se reuniram todos os sacerdotes, escribas e anciãos. Pedro o foi seguindo de longe até dentro do pátio. Sentou-se junto do fogo com os servos e aquecia-se. Os sumos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para o condenar à morte, mas não o achavam. Muitos diziam falsos testemunhos contra ele, mas seus depoimentos não concordavam. Levantaram-se, então, alguns e deram este falso testemunho contra ele: “Ouvimo-lo dizer: Eu destruirei este templo, feito por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, que não será feito por mãos de homens”. Mas nem neste ponto eram coerentes os seus testemunhos.

O sumo sacerdote levantou-se no meio da assembleia e perguntou a Jesus: “Não respondes nada? O que é isto que dizem contra ti?”. Mas Jesus se calava e nada respondia. O sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe: “És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?”

Jesus respondeu: “Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu”.

O sumo sacerdote rasgou então as suas vestes. “Para que desejamos ainda testemunhas?!” — exclamou ele —. “Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece?” E unanimemente o julgaram merecedor da morte. Alguns começaram a cuspir nele, a tapar-lhe o rosto, a dar-lhe socos e a dizer-lhe: “Adivinha!” Os servos igualmente davam-lhe bofetadas (Mc 14, 53-65).

Segundo a tradição, Jesus passou o resto da noite sob a casa de Caifás, num calabouço que funcionava como uma cisterna para reter a água da chuva.

Os eventos da manhã de sexta-feira são bem agitados. Num espaço de três ou quatro horas, Jesus é enviado a Pilatos, depois a Herodes, depois de volta a Pilatos, interrogado, condenado à morte e levado para ser crucificado às 9h.

Os eventos começam por volta das 6h: “Logo pela manhã, se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos” (Mc 15, 1).

Pilatos não demonstra entusiasmo algum em sobrecarregar-se com tal interrogatório, mas, temendo uma rebelião, ele entra na briga. Sua atitude delata um espírito vacilante. De acordo com Lucas, ele tentou passar o caso para Herodes, que estava em Jerusalém (cf. Lc 23, 6-12). Mas Jesus não disse nenhuma palavra ao rei. Então, depois de zombar de Jesus, Herodes o manda de volta a Pilatos. Em outra tentativa de aplacar a multidão e evitar qualquer decisão, Pilatos apresenta-lhes o equivalente a um pseudo-messias, apropriadamente chamado Barrabás (que significa “filho do pai”). Barrabás pode salvar o dia? Não pode, pois não é o verdadeiro Filho do Pai. Aliás, somente Jesus pode libertar Pilatos, ou qualquer um de nós.

Não tratarei de todo o julgamento perante Pilatos. Ao cabo, ele reconhece que Jesus é inocente das acusações, e não obstante o entrega para ser crucificado. Com isso, é provável que busque salvar a própria carreira. Não toma partido por Jesus. Ao contrário, senta-se no tribunal, viola a própria consciência e condena Jesus à morte. Era por volta da hora terça (9h da manhã).

Há debates sobre a hora exata do dia [em que isso aconteceu] segundo os vários relatos bíblicos. Mc 15, 25 diz que Jesus foi crucificado à hora terça (9h). Em Jo 19, 14, a crucificação acontece à hora sexta (meio-dia). Tanto Mt 27, 45 quanto Lc 23, 44 sugerem um horário mais próximo do meio-dia pela referência a uma escuridão que tomou a Terra do meio-dia às 15h.

Ao considerarmos essas “questões”, devemos ter em mente que as pessoas da época não tinham relógios de pulso ou de bolso. Não falavam nem pensavam com a mesma precisão que nós, ocidentais modernos. O tempo era indicado de maneira geral; a menção à hora terça, à sexta ou ainda à nona poderia englobar um espaço de tempo mais amplo, relativamente próximo da hora declarada. É mais ou menos como nossas expressões “no meio da manhã” ou “no meio da tarde”, que podem abarcar um período de várias horas. Marcos não quis dizer precisamente às 9h da manhã, nem João quer dizer exatamente ao meio-dia.

Há no entanto muita coincidência nas referências ao horário, o que atenua o possível conflito entre os relatos. Seja como for, a necessidade de fixar em horas exatas os diferentes episódios [da Paixão] diz mais sobre as nossas obsessões modernas com o tempo do que sobre os relatos em si, que se aproximam, mesmo sem precisar todos os detalhes, a descrições dos eventos.

A comparação dos textos conduz a uma margem geral de tempo. Parece que Jesus foi submetido a juízo diante de Pilatos e de Herodes no início da manhã (entre 6h e 9h da manhã). Foi condenado por Pilatos à crucificação em algum momento no meio da manhã. Foi ridicularizado e levado para ser crucificado no final da manhã. Perto do meio-dia, foi despido e pregado à Cruz. Do meio-dia até o início da tarde, uma escuridão tomou a Terra, enquanto Jesus pendia da Cruz. Ele morreu no meio da tarde, por volta das 15h.

O que dizer desta escuridão de cerca de três horas? Em Lc 23, 44, lemos: “Era quase a hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona” (ou seja, do meio-dia às 15 horas).

Embora pareça descrever um eclipse solar, não é apropriado dizer que foi um (pelo menos como o definimos hoje). Mateus, Marcos e Lucas falam das trevas daquele dia por meio do grego σκότος (skótos), que significa simplesmente “escuridão”. Somente Lucas declara a causa dela: “Escureceu-se o sol” (Lc 23, 45), usando inclusive a palavra grega ἐκλιπόντος (eklipóntos), da qual “eclipse” deriva. Em grego, porém, eklipóntos significa simplesmente “escurecer”, enquanto “eclipse” designa um escurecimento resultante do bloqueio da luz solar pela da Lua. Mas não é isso necessariamente (ou mesmo provavelmente) o que Lucas quis dizer aqui.

Como regra geral, não convém aplicar explicações científicas a um texto quando essa pode não ter sido a intenção do autor. Que houve escuridão sobre a Terra desde o meio-dia até as 15h é fato certo e atestado no textos sagrados, mas a causa declarada da escuridão não foi, definitivamente, um eclipse, pelo menos não no sentido que se dá hoje à palavra. Talvez Deus tenha feito uso de outras causas naturais, como nuvens pesadas, para diminuir a luz do Sol. Também é possível que a escuridão fosse de origem sobrenatural e tenha sido vista por apenas alguns dos presentes.

Quem tenta explicar essa escuridão em termos de leis científicas corre o risco de prestar um desserviço ao texto, perdendo seu significado mais profundo: a escuridão do pecado chegou então ao ápice. Qualquer que seja o “mecanismo” físico da escuridão, sua causa mais profunda foi o mal e o pecado.

Jesus disse noutro lugar: “Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más” (Jo 3, 19). Referindo-se à Paixão, também disse: “Virá a noite, na qual já ninguém pode trabalhar” (Jo 9, 4). Quando Judas deixou o Cenáculo para trair Jesus, João observou com simplicidade mas profundidade: “E era noite” (Jo 13, 30). Sim, uma profunda escuridão pairava sobre o mundo.

Não é possível aqui comentar todos os detalhes da crucificação. Embora sejam acontecimentos históricos, também são de profundo significado espiritual. [Por exemplo:] Jesus falou sete vezes na Cruz: pediu ao Pai que nos perdoasse (cf. Lc 23, 34); concedeu misericórdia ao ladrão arrependido (cf. Lc 23, 43); deu-nos sua Mãe e pediu que a levássemos para a casa de nossos corações (cf. Jo 19, 26s); expressou sentimentos de abandono (cf. Mt 27, 46; Mc 15, 34); disse ter sede (cf. Jo 19, 28); anunciou a consumação de sua missão (cf. Jo 19, 30); entregou seu espírito ao Pai e então expirou (cf. Lc 23, 46).

A terra tremeu. Embora os terremotos fossem comuns na região, interpretar o terremoto apenas em termos científicos faz perder seu significado teológico. Cristo rasgou a terra e desceu ao sheol para pregar aos mortos (cf. Jo 5, 25). O véu do Templo rasgou-se de alto a baixo (cf. Mt 27, 51), dando-nos acesso ao Pai. Ele rasgou nossos corações e pôs a descoberto nossos pensamentos. Isso também prefigura o Juízo Final:

Mors stupebit et natura,
cum resurget creatura,
judicanti responsura.

Pasmarão a natureza e o morrer,
Quando a criatura enfim se reerguer,
Com o fim de a Deus, o Juiz, responder (do hino Dies Iræ [tradução ao português nossa]).

São três horas da tarde; um grande silêncio reina sobre a Terra. O Verbo de Deus morreu na carne. Ele foi até os mortos para despertá-los.

 

Fonte: Equipe Christo Nihil Præponere

Papa Francisco propõe 30 perguntas para um bom exame de consciência

Papa Francisco se confessando durante a Jornada “24 horas para o Senhor” em 2014/ Foto: Vatican Media

Na Quaresma de 2015, o papa Francisco deu aos fiéis presentes na Praça de São Pedro um pequeno livro especial intitulado “Guarde o Coração”, entregue por vários indigentes de Roma, o qual sugere uma série de recursos importantes para o caminho de conversão até a Semana Santa. Entre os diferentes recursos propostos pelo papa, há um exame de consciência de 30 perguntas para fazer uma boa confissão, assim como uma breve explicação das razões para receber este sacramento.

Este recurso tem um significado especial neste tempo de Quaresma, para que os católicos, especialmente os que estão mais afastados da Igreja, se reconciliem com Deus durante a preparação para a Páscoa.

Diante da pergunta “por que confessar-se?”, o livrinho responde: “Porque somos pecadores! Ou seja, pensamos e agimos de modo contrário ao Evangelho. Quem diz que não tem pecado, ou é mentiroso ou é cego. No Sacramento, Deus perdoa sempre os filhos que, tendo contradito a sua identidade, confessam as suas misérias e ao mesmo tempo a sua misericórdia”.

Para confessar-se, continua o texto, é necessário começar “escutando a voz de Deus” e prosseguir com o “exame de consciência, o arrependimento, a confissão dos pecados ao sacerdote, o propósito de satisfação, a invocação da misericórdia divina ministrada mediante a absolvição, o louvor pelo perdão recebido, a vida renovada”.

seguir, apresentamos as 30 perguntas propostas pelo papa Francisco para fazer uma boa confissão:

Em relação a Deus

Dirijo-me a Deus somente em caso de necessidade? Participo na Missa dominical e nos dias de preceito? Começo e termino o meu dia com a oração? Invoquei em vão o nome de Deus, de Maria e dos Santos? Envergonho-me de me apresentar como cristão? O que faço para crescer espiritualmente, como e quando o faço? Revolto-me diante dos desígnios de Deus? Pretendo que seja Ele a cumprir a minha vontade?

Em relação ao próximo

Sei perdoar, partilhar, ajudar o próximo? Julgo sem piedade, tanto em pensamento quando com palavras? Caluniei, roubei, desprezei os mais pequenos e indefesos? Sou invejoso, colérico, parcial? Tomo conta dos pobres e dos doentes? Envergonho-me da carne do meu irmão ou da minha irmã?

Sou honesto e justo com todos ou alimento a “cultura do descartável”? Instiguei os outros a fazer o mal? Observo a moral conjugal e familiar que o Evangelho ensina? Como vivo as responsabilidades educativas para com os meus filhos? Honro e respeito os meus pais? Rejeitei a vida após a concepção? Desperdicei o dom da vida? Ajudei a fazê-lo? Respeito o ambiente?

Em relação a mim mesmo

Sou um pouco mundano e pouco crente? Exagero em comer, beber, fumar e divertir-me? Preocupo-me em excesso com a saúde física, com os meus bens? Como uso o meu tempo? Sou preguiçoso? Procuro ser servido? Amo e cultivo a pureza de coração, de pensamentos e de ações? Nutro vinganças, alimento rancores? Sou manso, humilde, construtor de paz?

 

FONTE: ACI DIGITAL

Catedral da Luz divulga programação da Semana Santa 2023; confira

A Paróquia Nossa Senhora da Luz divulgou a programação completa da Catedral da Luz, em Guarabira, para a Semana Santa. A data marca o fim da Quaresma para os católicos e a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

A programação, que contará com missas e mutirão de confissões, tem início nesta sexta-feira (31), com a Procissão do Encontro, e vai até o domingo de Páscoa, que neste ano é celebrado em 9 de abril.

Os fiéis poderão acompanhar as celebrações presencialmente, e também assistir as principais atividades religiosas que serão transmitidas pelas redes sociais da Catedral da Luz.

Programação Semana Santa na Catedral da Luz:

Procissão do Encontro (31/03)

  • 19h30 – Nossa Senhora das Dores sairá da Matriz do Nordeste
  • 19h30 – Senhor dos Passos sairá da Matriz da Primavera
  • 20h30 – Encontro na Praça da Bandeira

Domingo de Ramos (02/04)

  • 8h30 – Procissão e Santa Missa na Catedral da Luz
  • 16h – Procissão saindo da Capela do Bairro Santa Terezinha para a Catedral da Luz, seguida de Santa Missa
  • 19h – Santa Missa

Segunda-feira Santa (03/04)

  • 6h – Ofício Divino
  • 8h30 – Confissões
  • 9h – Celebração Penitencial
  • 14h30 – Confissões
  • 15h – Celebração Penitencial
  • 19h – Santa Missa e confissões

Terça-feira Santa (04/04)

  • 6h – Ofício Divino
  • 8h30 – Confissões
  • 9h – Celebração Penitencial
  • 14h30 – Confissões
  • 15h – Celebração Penitencial
  • 19h – Santa Missa e confissões

Quarta-feira Santa (05/04)

  • 6h – Ofício Divino
  • 8h30 – Santa Missa dos enfermos
  • 8h30 – Confissões
  • 14h30 – Confissões
  • 19h – Santa Missa e confissões

Quinta-feira Santa (06/04)

  • 6h – Ofício Divino
  • 8h30 – Missa dos Santos Óleos
  • 17h – Santa Missa do Lava Pés
  • 19h – Hora Santa
  • 0h – Procissão do Silêncio
  • 0h30 – Via Sacra

Sexta-feira Santa (07/04)

  • 8h – Confissões
  • 8h30 – Tenda da Solidariedade
  • 12h – Ofício da Agonia
  • 15h – Celebração da Paixão
  • 17h – Procissão do Senhor Morto
  • 20h – Apresentação do Auto da Paixão (átrio da Catedral)

Sábado Santo (08/04)

  • 20h – Vigília Pascal

Domingo de Páscoa (09/04)

  • 8h30 – Santa Missa
  • 16h – Santa Missa
  • 19h – Santa Missa

A Virgem Maria poderia ter dito não ao plano de Deus?

Maria era realmente livre para aceitar o projeto de Deus para ela? Ela poderia ter dito não a Deus quando o anjo Gabriel foi visitá-la?

Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.”

(Lc 1, 38)

A resposta de Maria ao anjo Gabriel, que veio anunciar-lhe que dela nasceria o filho de Deus, foi definitiva. À vontade do Senhor, Maria responde com o “fiat”, o sim completo e irrevogável. Mas ela realmente tinha escolha?

“‘Deus enviou o seu Filho’ (GI 4, 4). Mas, para Lhe ‘formar um corpo’, quis a livre cooperação duma criatura. Para isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré, na Galileia, ‘virgem que era noiva de um homem da casa de David, chamado José. O nome da virgem era Maria’ (Lc 1, 26-27)”.

CIC, 488

Então Maria foi predestinada para se tornar a Mãe do Salvador. Essa predestinação, ou seja, o fato de ter sido, literalmente, “reservada antecipadamente”, por tudo isso a privou de sua liberdade?

Assim o esclarece o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX na sua bula IneffabilisDeus: “A Santíssima Virgem Maria foi, no primeiro momento de sua concepção, por uma graça e favor singular de Deus Todo-Poderoso, em vista dos méritos de Jesus Cristo Salvador da raça humana, preservada intacta de toda mancha de pecado original.”

Portanto, Maria, desde o ventre, esteve inteiramente voltada para o Senhor e entregue à Sua vontade. Assim, Maria consentiu livremente com a vontade de Deus durante a Anunciação.

“O Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para Mãe, precedesse a Encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida”.

CIC, 488

“Eis a serva do Senhor”

A atitude fundamental da Ancilla Domini (serva do Senhor) perpassa todos os momentos da sua relação com Jesus, desde a alegria até à cruz. É através da aceitação total e incomensurável da vontade divina que Maria abraça o projeto de Deus.

Isso é parcialmente justificado por Gertrud von Le Fort em Die ewige Frau [A Mulher Eterna] que examina o papel simbólico das mulheres: “Onde quer que haja auto-sacrifício, vê-se irradiar o mistério da mulher eterna”.

Além disso, “ao anunciar que daria à luz ‘o Filho do Altíssimo’ sem conhecer um homem, em virtude do Espírito Santo (cf. Lc 1, 28-37 ), Maria respondeu com ‘a obediência da fé’, certa de que “para Deus nada é impossível”.

Assim, dando o seu consentimento à palavra de Deus, Maria tornou-se Mãe de Jesus e, desposando de todo o coração, sem que nenhum pecado a contivesse, entregou-se inteiramente à pessoa e à obra do seu Filho.

O “fiat” mariano, um perfeito “sim” dirigido a Deus

O “fiat” de Maria não é outro senão o “sim” perfeito, que significa em hebraico [אמן] o Amém da verdade provada. É também a sutura onde a fraqueza do gênero humano adere total e misteriosamente à força divina.

Essa aceitação se desenvolve no silêncio da Virgem que “guarda tudo isso no coração” ( Lc 2, 51). Maria procede da Salvação divina, e é pelo seu “sim” que o Filho de Deus se faz carne. Liberta do pecado original que a escraviza e impede de se entregar totalmente a Deus, Maria pode entregar-se inteiramente ao convite do Senhor para participar, na sua carne, no mistério da Salvação. É precisamente essa liberdade, isto é, esta união perfeita com o Criador, que a torna livre, inteiramente livre, para aceitar ou recusar aderir à Sua Vontade.

E é precisamente porque Maria é livre que ela pode, consequentemente, pronunciar o seu “fiat ”, pois só é livre quem se entrega a Deus. Isso é o que justifica o fato de ela abraçar total e irrevogavelmente o desígnio do Senhor, mesmo ao pé da Cruz, oferecendo também o seu Filho pela Salvação do mundo.

                                                                         A Anunciação à Santíssima Virgem Maria.

Fonte: Aleteia

O que a Bíblia fala sobre a Semana Santa?

Podemos responder: Tudo! Sem a Sagrada Escritura, seria impossível compreender o significado real da Semana Santa.

Responder a essa pergunta: o que a Bíblia diz sobre a Semana Santa? É responder tudo!

A Semana Santa é celebrada anualmente pela Liturgia da Igreja e consiste na contemplação e atualização dos mistérios que precedem a “Festa das Festas” e a “Solenidade das Solenidades”: a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. No oriente, é chamada “a grande semana”, pois antecede o domingo pascal, no qual os fiéis celebram a Ressurreição de Cristo, verdade culminante da fé cristã: “Por que procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não está aqui; ressuscitou” (Lc 24,5-6).  

É na Sagrada Escritura que encontramos os relatos sobre esses dias: “A Ressurreição de Jesus é (…) transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada, juntamente com a Cruz, como parte essencial do Mistério Pascal” (CIC, §638).

Portanto, sem a Sagrada Escritura, seria impossível compreender o significado real da Semana Santa, que é o ápice do grande retiro quaresmal que iniciamos na Quarta-feira de Cinzas e que nos preparou para acolher e atualizar o sacrifício pascal de Jesus em nossas vidas. Assim, compreendemos que a Semana Santa nos remete a eventos tão fundamentais para espiritualidade cristã, que a Liturgia nos proporciona viver um período preparatório de quarenta dias para melhor aproveitarmos todas as graças provenientes desses dias. 

Além disso, o Novo Testamento possibilita a comprovação histórica da Ressurreição de Jesus: “O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: ‘Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze’ (1 Cor 15,3-4). O Apóstolo fala aqui da tradição viva da ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco” (CIC, §639).

Desde o Antigo Testamento, com os relatos sobre a Páscoa judaica, quando o povo saiu do Egito rumo à Terra Prometida, contemplamos a promessa do êxodo definitivo realizado por Cristo através de sua Paixão, morte e Ressurreição. Por isso, observar os acontecimentos do Antigo Testamento à luz do Novo Testamento e, ao mesmo tempo, complementar a leitura deste com as profecias e as tradições contidas naquele, é um dos segredos para que a Palavra de Deus penetre mais eficazmente no coração e produza os frutos de purificação e iluminação necessários para alimentar a fé, a esperança e a caridade cristãs.

Desse modo, acompanhar com atenção as leituras que a Liturgia Diária oferece durante os dias da Semana Santa, a partir do Domingo de Ramos até a celebração do Tríduo Pascal, torna-se fundamental para adentrar nesse mistério de Cruz e Ressurreição e acolher a vida nova que brota da oferta Pascal de Cristo.

Por isso, falar o que a bíblia diz sobre a Semana Santa é falar do gêneses ao apocalipse. Falar o que a bíblia diz sobre a Semana Santa é falar do Antigo ao Novo testamento.

 

Fonte: Comunidade Shalom

Por que todo católico deve dar esmolas?

Mesmo negligenciada, a esmola é um elemento essencial de nossa vida “no Espírito”. Assim como a oração e o jejum, ela faz parte de nosso abandono do pecado e conversão a Deus. Quando Jesus apresenta as obras quaresmais, a esmola vem primeiro, não por último.

No Sermão da Montanha, Jesus fala de três práticas que constituem a base de toda a vida espiritual: a oração, o jejum e a esmola. De fato, Ele não diz: “Se orardes… jejuardes… deres esmola”, mas, “Quando orardes… jejuardes… deres esmola” (Mt 6, 2.5.16). Nenhum dos três é apresentado como opcional. Todos são essenciais. Poderíamos considerar os três como uma espécie de tripé, e sabemos o que acontece se um dos pés faltar ou estiver fraco.
A oração, o jejum e a esmola nos ajudam a superar as coisas que sufocam nossa vida espiritual e nos impedem de produzir bons frutos. Na versão de São Lucas da parábola do semeador, há três coisas que sufocam a Palavra: as preocupações do mundo, as riquezas e os prazeres da vida (cf. Lc 8, 14). Oração, esmola e jejum são os três remédios específicos para isso. A oração faz-nos concentrar em Deus e não nas preocupações de nossas vidas. A esmola nos ajuda a não focar nas riquezas. E o jejum é o antídoto para não se corromper com os prazeres da vida. Juntos, eles nos livram de ser cristãos estéreis.
Aqui eu quero me concentrar na esmola, por quatro razões. Primeiro, porque acho que às vezes ela não é vista como parte da nossa vida espiritual, de nossa vida “no Espírito”. Segundo, porque ela é um elemento essencial de nossa vida espiritual. Terceiro, porque penso que, nos países de primeiro mundo, onde mais precisamos dessa prática, nós a estamos negligenciando muito. Quarto, porque a esmola, assim como o jejum, é uma forma de oração; e também de jejum.
Embora normalmente coloquemos os três nesta ordem: oração, jejum e esmola, a ordem em que Jesus os aborda em seu sermão é: esmola, oração e jejum. A esmola vem primeiro, não por último (cf. Mt 6, 1-18). Jesus se refere a todos os três como dikaiosynēn; em português, justiça (Mt 6, 1). Podemos pensar que Ele está ensinando algo de novo, mas não está. No livro de Tobias, o anjo Rafael diz a Tobit e Tobias: “A oração é boa quando acompanhada de jejum, esmola e justiça” (Tb 12, 8).
Jesus diz a seus ouvintes que a esmola deve ser feita em segredo e que Deus recompensará esse tipo de prática. E que tipo de recompensa receberemos? Ora, uma especificamente mencionada é a purificação de nossos pecados. Jesus diz aos fariseus:

Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas. Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar essas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas (Lc 11, 39-42).

Assim como a oração e o jejum, a esmola é parte integrante de nosso abandono do pecado e da nossa conversão a Deus. Quando se arrependeu e se converteu, Zaqueu deu metade dos seus bens aos pobres (cf. Lc 19, 8).
Novamente, este não é um ensinamento novo, pois lemos a mesma coisa em Tobias: “É melhor pouco com justiça, do que muito com iniquidade. Mais vale dar esmola do que acumular tesouros de ouro. A esmola liberta da morte e purifica de todo pecado. Os que praticam esmola terão vida longa; os que cometem pecado e iniquidade, são inimigos de si mesmos” (Tb 12, 8-10). A Sirácida [livro do Eclesiástico] diz: “A água apaga o fogo crepitante: assim a esmola expia os pecados” (3, 33). E em Provérbios lemos: “Quem se compadece do pobre empresta ao Senhor, e Ele o recompensará pelo que fez” (19, 17). Deus dá uma recompensa adequada para a esmola. Como o esmoleiro salva o pobre da morte física, assim Deus livra o esmoleiro da morte espiritual.
Mencionou-se o dízimo há pouco, então é este o momento de explicar como ele difere da esmola. O dízimo é o que damos à Igreja para sua manutenção e missão, o que “colocamos no cesto” na Missa dominical. A esmola é o que damos aos mais necessitados, como nas doações ao povo de Beirute após a terrível explosão de 2020. É importante entender a distinção entre dízimo e esmola, para que não pensemos estar dando esmola quando só devolvemos o dízimo.
Os fariseus eram defensores do dízimo, e Jesus não os condenou por isso. Pelo contrário, Ele lhes diz que devem dar o dízimo (cf. Lc 11, 42). O dízimo é necessário, mas não suficiente. Na parábola do fariseu e do publicano, o fariseu ora no Templo assim: “Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como esse publicado. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda” (Lc 18, 9-14). O fariseu reza. Ele jejua. Ele dá seus dízimos. No entanto, não menciona nenhuma esmola. Seu tripé espiritual parece estar sem uma perna, por isso ele cai. Nunca há menção nos Evangelhos de um fariseu dando esmola, embora esta fosse ordenada pela Lei (cf. Dt 15, 11). Ao contrário, diz-se que eles eram avarentos. Amavam o dinheiro (cf. Lc 16, 14).
Em primeiro lugar, a esmola é material: dinheiro, comida, roupas e outras coisas físicas que as pessoas precisam. No entanto, São João Crisóstomo nos diz que a esmola inclui qualquer coisa que possa ajudar os outros, “como o médico quando cura e o sábio quando dá conselhos” [i]. São Beda, o Venerável, diz que um doador de esmolas é não só o que “dá comida ao faminto e coisas desse tipo, mas também o que dá perdão ao pecador, e reza por ele, e o repreende, visitando-o com alguma punição para corrigi-lo” [ii]. Podemos dar aos que são espiritualmente pobres, bem como aos que são materialmente pobres. No entanto, não devemos usar uma desculpa do tipo: “Eu já tiro do meu tempo e do meu talento. Portanto, estou dispensado de dar do meu dinheiro”.
Como já dito, a esmola é uma forma de jejum e oração. A esmola é uma forma de jejum pois requer de nós que renunciemos a algo, que façamos um “sacrifício”. E porque é um sacrifício, é também uma forma de oração. Diz Tobit que, “para todos os que a praticam, a caridade é uma oferenda valiosa diante do Altíssimo” (4, 11), e o anjo que apareceu a Cornélio, o centurião, disse a ele que: “Tuas preces e tuas esmolas subiram para serem lembradas diante de Deus” (At 10, 4). A esmola é uma forma de adoração capaz de neutralizar a “idolatria” da avareza (cf. Ef 5, 5; Cl 3, 5).
Então, vamos dar esmola. As próximas perguntas são: quanto devemos dar de esmola e que nível de pobreza nos escusa de dá-la? Em nenhum lugar da Sagrada Escritura são dadas respostas exatas a essas perguntas, apenas algumas indicações gerais. Assim, Tobit aconselha seu filho Tobias da seguinte maneira: “Segundo o que tiveres, conforme a importância dos teus bens, dá a esmola. Se tiveres pouco, não receies dar a esmola desse pouco” (4, 8). São Paulo nos diz para sermos liberais em nossas contribuições (cf. Rm 12, 8), mas que “cada um dê conforme tiver decidido em seu coração” (2Cor 9, 7). O conselho essencial é: confie em Deus e não tenha medo de ser generoso.
Quando se é pobre demais para dar esmolas? Em Lucas, Jesus louva a viúva necessitada que pôs duas lepta, moedas de cobre, no tesouro do Templo (cf. Lc 21, 1-4). Na Vulgata latina, lepta traduz-se por minuta (de minutus), donde o português “miúdo”, “diminuto”. Naquela época, a doação da viúva valia um quadrans de um as (um quarto de um asse), um sessenta e quatro avos de um denário de prata, que era o salário diário de um trabalhador. E a viúva estava voluntariamente dando o dízimo, não esmola. O que entrava nos treze receptáculos do Pátio das Mulheres, que recebiam contribuições para o tesouro do Templo, era para a manutenção e serviço do Templo, não para os pobres. Não é interessante que a viúva necessitada tenha dado primeiro ao Senhor?
O próprio Jesus deu esmolas — embora as raposas tivessem tocas, e as aves do céu tivessem ninhos, mas o Filho do Homem não tivesse onde reclinar a cabeça (cf. Mt 8, 20). No Evangelho de João, quando Jesus disse a Judas que fizesse depressa o que iria fazer, alguns dos outros Apóstolos presumiram que Jesus estava lhe mandando comprar algo para a festa da Páscoa, ou dar algo aos pobres (cf. Jo 13, 29). Ora, se esta não fosse uma prática comum do Senhor, seria absurda a suposição dos discípulos. Provavelmente foi assim que Judas conseguiu pôr as mãos na bolsa [de dinheiro] sem ser apanhado (cf. Jo 12, 6). Ao invés de dar dinheiro aos pobres, ele poderia colocá-lo em seu próprio bolso.
A esmola também não é algo a ser feito só pelos leigos. Na parábola do bom samaritano, o sacerdote e o levita que passavam poderiam ter feito o que o samaritano fez. Bispos, padres, diáconos e religiosos podem e devem dar esmola. O bispo de Roma tem um esmoleiro. Talvez os outros bispos devessem ter um também.
Enfim, quando é que alguém é tão pobre ao ponto de ser escusado de dar esmolas? Para mim, creio não ser possível ficar abaixo do padrão estabelecido pelos varredores de rua paquistaneses. Quando comecei a estudar teologia, minha turma de grego recebeu a visita de um homem da Sociedade Bíblica, que deu a cada um de nós uma cópia gratuita do Novo Testamento em grego. Ele também nos contou uma história da qual não me esquecerei jamais (muito embora eu não consiga me lembrar por que ele a contou para nós).
Alguns varredores de rua se converteram a Cristo no Paquistão. Posteriormente, eles aprenderam na Bíblia que os cristãos deveriam dar esmolas aos pobres. Então, eles decidiram separar uma parte de seus magros rendimentos como fundo para doar dinheiro a pessoas mais pobres do que eles. Pois bem, eu não sei exatamente quanto ganhava um varredor de rua no Paquistão, mas duvido que fosse muito mais que o necessário para manter os corpos e as almas suas e de suas famílias — se é que eles podiam se dar ao luxo de criar uma família.
Na época, eu era um “pobre estudante de teologia” — pobre o suficiente para morar em um pequeno trailer na garagem de alguém. Mas, a partir de então, qualquer desculpa que eu pudesse dar por ser pobre demais para dar esmolas foi completamente demolida. Pois eu estava de barriga cheia, com roupas no corpo, um teto sobre a cabeça e dinheiro suficiente para todas as minhas outras necessidades essenciais. Eu podia dar “alguma coisa”.
Cada um de nós precisa começar com “alguma coisa”, por pouca que seja. As duas lepta da viúva necessitada não teriam comprado sequer um pardal (cf. Mt 10, 29). Mas, assim como na oração e no jejum, também devemos procurar crescer na esmola. Quem deseja, pois, crescer na doação de esmolas, assim como deve rezar e jejuar regularmente, deve se determinar a dar esmola regularmente. Determine o quanto você dará de seu rendimento periódico, e quem serão os beneficiados. Pague a Deus e aos pobres primeiro, depois pague as suas outras contas. Se receber uma bonificação ou lucro inesperado, doe uma parte dela. Foi esse o “descuido” do homem rico que teve uma boa colheita. Ele não era só um homem com uma boa colheita, mas um homem rico (cf. Lc 12, 13-21)!
Como professor universitário em um país de primeiro mundo, em termos globais eu deveria ser contado entre os ricos. Não vivo em uma mansão, mas Deus continua me dando mais dinheiro. Doar parte dele é uma forma de me tornar “rico aos olhos de Deus” (Lc 12, 21). Quando alguns amigos meus venderam suas casas, eles doaram para a caridade dez por cento do lucro sobre o que haviam pagado originalmente. Esteja pronto a dar mais quando surgirem necessidades pontuais e inesperadas.
Ainda mais do que a quantia que doamos, a “disposição” com que o fazemos é crucial para receber qualquer benefício espiritual. Como São Paulo celebremente escreveu, “Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9, 7). Nisso, ele está apenas ecoando Tobit, que disse a seu filho: “Não haja desgosto em teu olhar quando deres esmola” (Tb 4, 7) [iii].
A esmola é um ministério que fortalece em nós todas as virtudes teologais. Crescemos em fé na Providência de Deus, em esperança na sua recompensa eterna e em amor a Ele e ao próximo. Reze a respeito da quantidade que você deve dar. Talvez você se surpreenda com o quanto crescerá em fé ao dar esmola, em esperança na sua recompensa e em amor a Deus e aos pobres.
A esmola faz parte do nosso caminho rumo à santidade. Pode ser um passo crucial para uma conversão mais profunda ao Senhor. Assim foi para São Martinho de Tours quando ele era ainda catecúmeno, antes de se tornar monge e depois bispo. Todos nós devemos conhecer a famosa história de seu manto. Martinho era um cavaleiro romano. Um dia, ao se aproximar dos portões da cidade de Amiens no meio do inverno, ele encontrou um “pobre homem desprovido de roupas” e cortou sua capa militar ao meio para dividi-la com ele. Naquela noite, São Martinho sonhou com Jesus vestindo a mesma meia capa. Ele ouviu Jesus dizer aos anjos: “Martinho, que ainda é catecúmeno, vestiu-me com esse manto”. De acordo com seu biógrafo, Sulpício Severo, na época desse episódio Martinho tinha apenas 18 anos de idade [iv]!
Ademais, se não dermos esmola, podemos terminar no castigo eterno (cf. Mt 25, 31-46). São João Crisóstomo pregou com frequência e eloquência a esse respeito:
Queres honrar o Corpo do Salvador? Não o desprezes quando estiver nu. Não o honres na igreja com vestes de seda, enquanto do lado de fora ele está nu e entorpecido de frio. Aquele que disse: “Isto é o meu corpo”, e o fez com a sua palavra, é o mesmo que disse: “Vistes-me com fome e não me destes de comer”; e ainda: “Quando não fizestes isso a um destes mínimos, foi a mim que o deixastes de fazer” […]. Presta-lhe, pois, a honra que preceitua a Lei, dividindo com os pobres os teus bens. Pois o que Deus precisa não é de cálices de ouro, mas de almas de ouro [v].
Noutro lugar, comentando sobre Lázaro e o homem rico, ele diz: “Não dividir com os pobres as nossas riquezas é roubá-los e privá-los de seu sustento; o que possuímos não é só nosso, mas também deles” [vi].
Tornemo-nos, pois, esmoleiros de Deus e demos esmolas imitando sua generosidade para conosco. Façamo-lo com fé e sem ansiedade, porque “Deus é poderoso para tornar transbordante em vós toda a graça, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para empregar em alguma boa obra… Assim, vos tornareis ricos para toda generosidade” (2Cor 9, 8.11).

Fonte: Padre Paulo Ricardo

QUEM É SÃO JOSÉ?

O mais santo, o mais ilustre e o mais perfeito homem que já vira o mundo, a criatura mais perfeita saída das mãos de Deus, depois de Maria.

Quem foi São José?

O mundo o conhece e a história registra seus feitos heroicos? Não. O Evangelho, até mesmo o Evangelho, é parco em notícias, e fala pouco de São José.

E, no entanto, o mundo não vira maior nem mais perfeita criatura.
Acima dele só Jesus e Maria. Abaixo, todos os homens, ainda os maiores Patriarcas e profetas da Antiga Lei, os maiores santos da Nova Lei.

Criatura singular e privilegiada!

O Pai adotivo de Jesus Cristo, nosso Deus, e Esposo castíssimo de Maria, Mãe de Deus!
Não se pode acrescentar nada mais a isto.

O Santo Patriarca fora predestinado por Deus, estava no plano divino da Encarnação. Jesus havia de nascer de uma Virgem, Maria Imaculada, e esta Virgem Puríssima seria esposa do castíssimo e santíssimo José.
“Ad virginem desponsatam viro ciu nomen erat Joséph“.
O anjo Gabriel, diz São Lucas — (cap. I, 20) — fora enviado a uma virgem desposada com um varão que se chamava José.
Estas simples palavras do Evangelho definem São José, sua missão na terra e os singulares e sublimes privilégios que o adornaram.
O Anjo anuncia à Virgem o mistério adorável da Encarnação, e ligado a este mistério, o nome de São José.
Era o esposo virginal da Mãe do Verbo. Seria o Pai adotivo, o guarda, o sustentáculo do Salvador do mundo.
Seria chamado Pai do Pai de todas as criaturas.
Amparo de quem ampara o Universo. Senhor e Governador do Senhor
dos senhores, do Rei dos reis.
Este é São José.

O Evangelho o chama e define também: — O Justo.
Joseph cum esset justas… José como era justo…
Eis ai, pois, quem é São José:
Esposo de Maria.
Pai adotivo de Jesus
O maior dos Santos.
O justo.

– Monsenhor Ascânio Brandão

Fonte: Fiat Voluntas Tua