São Lucas é espelho para o amor filial a Maria

É celebrado hoje, 18 de outubro, a memória litúrgica do Padroeiro dos Médicos


São Lucas, autor do terceiro Evangelho e dos Atos dos Apóstolos, era membro da primeira comunidade cristã e esteve muito próximo de todos os acontecimentos salvíficos, apesar de não os ter vivido diretamente.

Ele foi discípulo de São Paulo e, por isso, escreve o seu Evangelho bebendo profundamente de toda a teologia paulina, o que também ficara claramente explícito nos Atos dos Apóstolos, primeiro livro sobre a história da Igreja.

São Lucas, cujo nome significa “portador de luz”, foi introduzido na fé por volta do ano 40. Foi educado na literatura e na medicina. Ele foi médico e, por isso, se tornou também padroeiro destes profissionais. A Igreja celebra a memória litúrgica de São Lucas Evangelista no dia 18 de outubro.

Adam Jan Figel/ Shutterstock
Adam Jan Figel/ Shutterstock

 

Ele não conheceu pessoalmente a Jesus. Porém, por meio da partilha de amigos e principalmente da Virgem Maria, chegou a conhecê-Lo, especialmente porque deixou que Ele vivesse dentro da sua existência, segundo o conselho de São Paulo“Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim”.São Lucas é espelho para o amor filial a Maria

Um detalhe é que foi a Maria que Lucas dedicou o início do seu Evangelho, por meio da passagem do anúncio do AnjoSão Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus. Ele traz os segredos da Anunciação, da Visitação e do Natal, dando a entender que tenha conhecido Maria pessoalmente.

Papa Bento XVI, na Audiência Geral de 14 de março de 2012, disse algumas palavras sobre São Lucas, especialmente ressaltando a importância da oração:

“Nestes dois livros, um dos elementos recorrentes é precisamente a oração, de Jesus e de Maria, dos discípulos, das mulheres e da comunidade cristã. O caminho inicial da Igreja é ritmado, antes de tudo, pela obra do Espírito Santo, que transforma os Apóstolos em testemunhas do Ressuscitado até a efusão do Sangue, e pela rápida difusão da Palavra de Deus rumo ao Oriente e ao Ocidente. Todavia, antes que o anúncio do Evangelho se propague, Lucas cita o episódio da Ascensão do Ressuscitado”.

Renata Sedmakova/ Shutterstock
Renata Sedmakova/ Shutterstock

 

A tradição diz que ele morreu como um mártir, pendurado em uma árvore na Acaia. É representado com um livro ou como um touro alado, pois inicia o Evangelho falando do templo onde eram imolados os bois, e começa com o sacrifício do sacerdote Zacarias.

Para terminar, penso que, por meio da vida e obras de São Lucas, podemos nos espelhar principalmente no amor filial a Maria, e como podemos aprender com Ela a abertura à ação do Espírito Santo, para sermos homens e mulheres de oração.

Como nos diz o Papa Bento XVI, na mesma Audiência mencionada anteriormente:

“Se não há Igreja sem Pentecostes, também não há Pentecostes sem a Mãe de Jesus, porque Ela viveu de modo único aquilo que a Igreja experimenta todos os dias, sob a ação do Espírito Santo”.

Fonte: A12

Francisco: a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia morte e destruição

O Papa afirmou, ao final da Audiência Geral, que seus pensamentos estão voltados para a Palestina e Israel: “Peço aos fiéis que assumam apenas um lado nesse conflito: o da paz”. Diante deste cenário o Pontífice convoca um dia de jejum e oração pela paz: “na sexta-feira, 27 de outubro, convido os irmãos e irmãs das várias denominações cristãs, aqueles que pertencem a outras religiões e todos os que prezam a causa da paz no mundo a participarem”.


“Hoje também, queridos irmãos e irmãs, meus pensamentos estão voltados para a Palestina e Israel. As vítimas estão aumentando e a situação em Gaza é desesperadora. Por favor, façam todo o possível para evitar uma catástrofe humanitária”, com estas palavras, com um tom de consternação na voz, o Papa fez seu apelo, ao final da Audiência Geral, para que se estabeleça a paz em todo o mundo.

“É preocupante a possível ampliação do conflito enquanto tantas frentes de guerra já estão abertas no mundo. Silenciem as armas, ouçam o grito de paz dos pobres, das pessoas, das crianças.”

A guerra apaga o futuro

Francisco, ao exortar toda a comunidade internacional, ressaltou que “a guerra não resolve nenhum problema: apenas semeia morte e destruição, aumenta o ódio, multiplica a vingança”. O Pontífice, ao afirmar que “a guerra apaga o futuro”, pediu aos fiéis que “assumam apenas um lado nesse conflito: o da paz”, não apenas com palavras, mas com a oração e atitudes concretas.

Dia de oração e penitência pela Paz

“Decidi convocar um dia de jejum e oração na sexta-feira, 27 de outubro, um dia de penitência para o qual convido os irmãos e irmãs das várias denominações cristãs, aqueles que pertencem a outras religiões e todos os que prezam a causa da paz no mundo, a participarem como acharem adequado.”

O convite do Papa se estende a todas as Igrejas particulares, para que unidas à sua iniciativa, “preparem momentos semelhantes que envolvam todo o povo de Deus na súplica pela Paz”. “Também neste dia, 27/10, às 18h (horário de Roma), na Praça São Pedro”, afirmou Francisco, “viveremos em espírito de penitência, uma hora de oração para implorar a paz neste mundo”.

Os ataques continuam

Enquanto o apelo de Francisco ecoa ao mundo, a dura realidade dos conflitos entre Israel e Palestina continua. Um bombardeio no hospital batista Al-Ahli Arabi, na Cidade de Gaza, causou centenas de vítimas na tarde de 17 de outubro. Fala-se em um verdadeiro massacre. Um chefe da defesa civil de Gaza disse à televisão Al-Jazeera que mais de 300 pessoas foram mortas no complexo de saúde.

Os dados das agências internacionais informam que desde o dia 7 de outubro, quando os militantes do Hamas invadiram as cidades israelenses matando mais de 1.300 soldados e civis, pelo menos 3.000 pessoas foram mortas na Palestina devido ao intenso bombardeio israelense, que já dura 11 dias.

Fonte: Vatican News

Santo Inácio de Antioquia e a hierarquia dos amores

santo inacio

Hoje celebramos a Memória de Santo Inácio de Antioquia. Santo Inácio foi bispo de Antioquia, na Síria, que é a cidade onde os cristãos foram chamados de cristãos pela primeira vez; era uma cidade ligada a São Paulo (quando São Paulo recebeu a imposição das mãos e foi enviado) e a São Pedro, porque tradicionalmente Antioquia é uma das cátedras que foi diocese — digamos assim — de São Pedro.

Santo Inácio foi aprisionado e levado para ser executado em Roma. Estamos aqui mais ou menos no início do segundo século. Ele foi levado para Roma, debaixo do Imperador Trajano, e provavelmente foi executado nos circos que os romanos faziam nos seus jogos, entregando os cristãos às feras. Porém, antes de ser executado, ele escreveu sete cartas, que são testemunhos extraordinários de amor a Cristo.

Nelas, Santo Inácio nos apresenta aquilo que é o centro da fé cristã; e não somente: mostra a organização da Igreja, mostra como a Igreja não “ficou” Católica com Constantino, como dizem alguns protestantes; mas, muito pelo contrário, que a Igreja sempre foi Católica.

Nós estamos aí diante de um bispo que conheceu os Apóstolos: é sucessor direto dos Apóstolos. Ele mostra a organização da Igreja com bispos, presbíteros, diáconos; e não somente: fala da Igreja de Roma que “preside na caridade”, ou seja, já então, na época sub-apostólica, nós vemos Roma como o lugar do Apóstolo Pedro, o lugar que preside à Igreja na caridade.

Pois bem, na sua Carta aos Romanos, Inácio escreve para a comunidade que irá recebê-lo. Ele, que está prisioneiro, indo em direção ao martírio, pede aos cristãos de Roma que sejam bondosos para com ele e deixem-no verdadeiramente morrer por amor a Deus.

É interessante aqui ver a lição de Santo Inácio, que nos ensina onde está o verdadeiro amor. Se você ama uma pessoa com verdadeira caridade, o que você quer acima de tudo é que ela esteja unida a Cristo. Às vezes, amamos pessoas da nossa família, mas o que nós queremos antes de tudo é que elas estejam conosco ou que elas não sofram, e procuramos bens que não são o bem maior.

Na vida existem conflitos de bens. Nem sempre podemos ter todas as coisas que queremos; aliás, na maior parte das vezes nós não temos todas as coisas que queremos, e precisamos escolher. Nessa escolha tem de haver uma hierarquia de bens. Às vezes temos de escolher entre descansar e trabalhar; às vezes, entre rezar e estar com um amigo; às vezes, até mesmo ao tomar um medicamento ou remédio, eu tenho de escolher se o custo benefício que aquele remédio vai me dar vale a pena comparado aos efeitos colaterais do próprio remédio.

Pois bem, são escolhas da vida; mas existe uma escolha fundamental, que deveria brilhar acima de todas: é a nossa salvação eterna. Ou seja, se você ama uma pessoa, saiba que ela não pode ter tudo, mas tem uma coisa que é inegociável: é a salvação dela. Então queira, antes de tudo, que ela seja salva. Santo Inácio nos ensina isso de forma luminosa.

Ele diz aos romanos: “Deixem de ter para comigo um amor inoportuno. Vocês querem salvar a minha carne; mas eu sou bispo, já estou velho, estou sendo entregue às feras para ser um sacrifício, não somente um sacrifício de amor a Deus, mas de amor também pela salvação das almas. Não sejam inoportunos, querendo fazer artimanhas e articulações para me salvar. Deixem-me ir para Cristo”. Aqui ele nos ensina e nos ilumina como devemos querer bem às pessoas.

Fica o nosso exame de consciência: o amor que temos pelas pessoas a quem amamos (a nossa família etc.), é um amor que realmente busca “primeiro o Reino de Deus, e tudo o mais vai ser acrescentado”? Ou será que nós preferimos o bem-estar terreno e, com isso, colocamos em risco a salvação das almas daqueles a quem mais amamos?

 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

A oração do Papa Francisco a Santa Teresinha que todos deveriam rezar

A prece encerra a exortação apostólica de Francisco por ocasião dos 150 anos do nascimento de Santa Teresinha

theresinha e papa francisco

A Santa Sé publicou neste domingo, 15 de outubro de 2023, a Exortação Apostólica C’est la Confiance do Papa Francisco. O documento em homenagem aos 150 anos do nascimento de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face trata do amor misericordioso de Deus, tendo como base a história de vida da carmelita francesa.

“Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor” é a frase de Santa Teresinha que abre o documento papal. A partir daí, o Santo Padre elenca 53 tópicos que revelam como a confiança a conduziu no caminho da santidade e a fez se tornar Doutora da Igreja.

O Papa dá destaque à atualidade da mensagem de Santa Teresinha:

“Num tempo que nos convida a fechar-nos nos próprios interesses, Teresinha mostra a beleza de fazer da vida um dom.

Num período em que prevalecem as necessidades mais superficiais, ela é testemunha da radicalidade evangélica.

Numa época de individualismo, ela faz-nos descobrir o valor do amor que se torna intercessão.

Num momento em que o ser humano vive obcecado pela grandeza e por novas formas de poder, ela aponta a via da pequenez.

Num tempo em que se descartam tantos seres humanos, ela ensina-nos a beleza do cuidado, do ocupar-se do outro.

Num momento de complexidade, ela pode ajudar-nos a redescobrir a simplicidade, o primado absoluto do amor, da confiança e do abandono, superando uma lógica legalista e moralista que enche a vida cristã de obrigações e preceitos e congela a alegria do Evangelho.

Num tempo de entrincheiramento e reclusão, Teresinha convida-nos à saída missionária, conquistados pela atração de Jesus Cristo e do Evangelho.”

Oração

E, no fim da exortação apostólica, Francisco apresenta uma oração à Santa Teresinha, pedindo para que sua intercessão “nos sustente no percurso da vida”.

Reze com o Papa:

“Amada Santa Teresinha,
A Igreja precisa de fazer resplandecer
A cor, o perfume, a alegria do Evangelho.
Enviai-nos as vossas rosas!
Ajudai-nos a ter sempre confiança,
Como fizestes vós,
No grande amor que Deus tem por nós,
Para podermos imitar cada dia
O vosso caminhito de santidade.
Amém.”

A devoção do Papa Francisco a Santa Teresinha

O Papa Francisco já demonstrou ser um grande devoto de Santa Teresinha do Menino Jesus. Em 2025, durante uma viagem apostólica às Filipinas, o Pontífice argentino declarou que, quando tem uma preocupação, geralmente pede uma rosa à Santa Teresinha. Essa rosa, como sabemos, é sinônimo de graça.

Naquela ocasião, Francisco compartilhou com os jornalistas:

“Quando não sei como as coisas vão se resolver, tenho o hábito de pedir a Santa Teresinha do Menino Jesus, que carrega o problema em suas mãos, que me envie uma rosa”.

Fonte: Aleteia

CONFLITOS EM ISRAEL E NA PALESTINA: CNBB PEDE ORAÇÃO PELA PAZ

 

“Com a guerra todos perdem”, afirmou a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em nota divulgada nesta quarta-feira, 11 de outubro. Os bispos pedem união em prece pela paz no Oriente Médio e que nas dioceses, paróquias, comunidades e famílias “intensifiquemos nossas orações em sufrágio pelos falecidos e por todas as vítimas da violência e do ódio”.

A Presidência da CNBB observa que israelenses e palestinos sofrem “as consequências trágicas de um conflito armado e dos descasos históricos dos acordos assumidos”.

“Com a guerra todos perdem! Os chefes das Nações se empenhem na salvaguarda da paz e da justiça”, pedem os bispos.

Confira o texto na íntegra abaixo [baixe o arquivo aqui]:

REZEMOS PELA PAZ!

 

“Busquemos tudo o que contribui para a paz e a edificação de
uns pelos outros” (Rm 14,19)

Queridos irmãos e irmãs,

Neste momento unamo-nos em prece pela paz. Israelenses e palestinos estão sofrendo as consequências trágicas de um conflito armado e dos descasos históricos dos acordos assumidos. Abriram-se os caminhos para a violência, que gera morte e destruição.

Com a guerra todos perdem! Os chefes das Nações se empenhem na salvaguarda da paz e da justiça.

Inspire-nos a oração do Papa Francisco pela paz no Oriente Médio: “Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai- nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho” (2014).

Em nossas Dioceses, Paróquias, comunidades e famílias intensifiquemos nossas orações em sufrágio pelos falecidos e por todas as vítimas da violência e do ódio.

Que a Mãe Aparecida interceda em favor dos que padecem as consequências deste conflito, especialmente as crianças, idosos e as pessoas com deficiência. Que a Rainha da Paz, interceda junto ao seu Filho, para que esta paz tão desejada seja estabelecida.

Dom Jaime Spengler
Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros da Silva
Arcebispo de Goiânia – GO
1º Vice- Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

Compartilhe a nota em vídeo:

Fonte: CNBB

Papa telefona para comunidade católica de Gaza

A ligação de Francisco feita ao final de mais um dia dramático na Faixa de Gaza, com o número de mortos que ultrapassou 2600 e quase 10 mil feridos.


“O Papa nos garantiu que estamos em suas orações e que conhece o sofrimento que estamos vivendo”: assim, a Ir. Nabila Saleh, emocionada, contou o telefonema recebido este domingo, 15 de outubro, do Papa Francisco. Uma ligação feita ao final de mais um dia dramático na Faixa de Gaza, com o número de mortos que ultrapassou 2600 e quase 10 mil feridos.

Segundo o Exército israelense, pelo menos 600 mil palestinos abandonaram suas casas. Os cristãos optaram por permanecer na paróquia, onde rezam continuamente o Terço e fazem adoração eucarística, dando refúgio também a famílias muçulmanas.

“O Santo Padre quis saber quantas pessoas estão abrigadas dentro das estruturas paroquiais. Há cerca de 500, entre doentes, famílias, crianças, pessoas com deficiência e palestinos que perderam tudo. O Papa concedeu a sua bênção a todos na paróquia. Eu e o padre Yusuf lhe agradecemos em nome de toda a comunidade e dissemos que oferecemos os nossos sofrimentos pelo fim da guerra, pela paz, pela Igreja e também pelo Sínodo.”

O telefonema do Papa ocorreu depois de outro belo momento, como contou Ir. Nabila: “Batizamos uma criança, a quem foi dada o nome de Gabriel, o anjo das boas notícias, o mensageiro de Deus. Quase um anúncio da proximidade do Papa. Mas esperamos com fé também o anúncio do fim da violência e da guerra”. A religiosa disse ainda que receberam de uma associação do Kuwait alimentos para o almoço, tâmaras e pão. “A Providência nos assiste”, afirmou.

Fonte: Vatican News

Santa Teresa de Jesus e a busca pela santidade com determinada determinação

Neste dia 15 de outubro, a Igreja celebra a sua festa. No mundo inteiro, as ordens carmelitas se alegram com essa data especial.

Santa Teresa de Ávila, também chamada de Santa Teresa de Jesus, ficou conhecida por ser amiga muito próxima de Nosso Senhor. Foi ela, inclusive, que ensinou e continua ensinando muitos cristãos a trilhar um caminho de perfeição rumo ao céu. Neste dia 15 de outubro, a Igreja celebra a sua festa. No mundo inteiro, as ordens carmelitas se alegram com essa data especial.

Bom, mas falar de Santa Teresa de Jesus é falar de amizade com Deus, de adesão plena e radical à vontade dEle e também de contemplação na ação. Há relatos, dela mesma, inclusive, que dão conta de como era a sua relação com Nosso Senhor. Teresa conseguiu colocar nos livros alguns dos muitos ensinamentos que o próprio Jesus a ofereceu ao longo de sua vida.

Santa Teresa de Jesus e a presença na ausência

Teresa de Jesus viveu cerca de 20 anos sem ter gosto na vida de oração. Contudo, seguia cada dia de sua vida fiel à promessa que tinha professado. Mesmo em meio à sua enfermidade, Teresa resolveu permanecer. Por isso, a vida de Teresa é para todos aqueles, que têm a oportunidade de conhecer a sua história, uma semente fecunda de amor e adesão radical ao querer de Deus

Poderíamos citar poemas, trechos de seus livros ou fatos que aconteceram em sua, porém pouco seria para expressar a beleza e a potência da vida dessa mulher que, em tudo, buscou viver santamente. Entretanto, vale sublinhar que Teresa teve também seus desafios. Ela foi muito tentada pela imaginação, contudo na contemplação encontrou o remédio para lidar com a “louca da casa”, a imaginação.

Confira também | 50 fatos sobre Santa Teresa de Jesus

O ardor missionário e a reforma do Carmelo

Um dos momentos marcantes da vida de Teresa foi a experiência que a religiosa teve diante de um crucifixo. Ao contemplar as chagas de Jesus, Teresa foi profundamente tocada pela graça de Deus. E essa experiência transbordou em seu ardor missionário. Correspondendo a voz do Senhor, Teresa promoveu uma reforma na ordem que participava e, ainda, com a intercessão de São José, chegou a fundar carmelos.

Com seu testemunho fecundo, Teresa nos convida hoje a colaborar com a missão da Igreja contribuindo também para que novos espaços sagrados sejam erguidos. Agora, talvez, você esteja se perguntando: Como ela conseguiu fazer isso em sua época? A resposta é simples e pode ser aplicada ainda hoje: confiando inteiramente em Deus e abandonando-se em sua santa vontade.

Nesse sentido, os momentos da Comunidade Católica Shalom têm abraçado o chamado para construir a Igreja do Ressuscitado que passou pela Cruz. Vale ressaltar que esse chamado é a via pela qual Deus renova a fé de cada missionário e o faz avançar no caminho de santidade.

Oração de Santa Teresa de Jesus

“Ó Santa Teresa de Jesus, vós sois a mestra da genuína oração e nos ensinais a rezar conversando com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Ó Santa Teresa, ajudai-nos a rezar com fé e confiança, sem nunca duvidar da bondade divina. Ajudai-nos a rezar com inteira conformidade de nossa vontade com a vontade de Deus, com insistente perseverança até alcançarmos aquilo que necessitamos.”

Fonte: Comunidade Shalom

Os impactos da revolução digital na saúde mental das crianças: um alerta aos pais

Muitos estudos já estão demonstrando que o vício digital em crianças e adolescentes está relacionado a déficit de atenção, hiperatividade, ansiedade, irritabilidade e depressão. Entenda:

Após o lançamento da primeira geração de iPhone, pela Apple, em 2007, uma revolução digital foi observada e os aparelhos celulares e tablets passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, influenciando quase todos os aspectos da vida humana.

O termo “era digital” foi cunhado para designar este período histórico da sociedade, no qual a tecnologia e a comunicação digital desempenham um papel fundamental na sociedade.

À medida que os dispositivos digitais foram se tornando mais essenciais para as atividades diárias, alguns problemas também começaram a ser observados. Em muitos países, transtornos relacionados ao uso de dispositivos eletrônicos têm se tornado um problema sério para a saúde mental.

Vários estudos encontraram forte relação entre o uso de mídias digitais e outros transtornos como depressão e ansiedade, incluindo o vício digital. Este problema é tão importante que a Associação Americana de Psiquiatria incluiu o “distúrbio de jogos na Internet” (abarcando jogos on-line e off-line) no DSM-5 (um manual de transtornos mentais) e a OMS o reconheceu oficialmente como uma doença médica.

Sabendo dos riscos decorrentes do uso de aparelhos digitais, é importante dar atenção às crianças que, cada vez mais, estão utilizando celulares e tablets. Como as mentes dos jovens ainda estão imaturas, são mais vulneráveis e, portanto, com maior tendência ao vício digital.

Muitos estudos já estão demonstrando que o vício digital em crianças e adolescentes está relacionado a déficit de atenção, hiperatividade, ansiedade, irritabilidade e depressão.

Em 2018, Hermawati publicou um estudo no qual descobriu que crianças menores de 2 anos que usavam mais de 3 horas de tela por dia apresentavam sintomas semelhantes ao autismo, atraso na fala, falta de atenção e irritabilidade (Early electronic screen exposure and autistic-like symptoms. Intractable Rare Dis. Res. 2018).

O maior problema, neste caso, está no fato de que os transtornos decorrentes do uso de aparelhos eletrônicos e digitais são pouco divulgados e ainda é ignorado pela grande mídia. Esta falta de informações faz com que os próprios pais entreguem tablets e celulares às crianças sem saber dos riscos relacionados a este uso. Fato semelhante acontecia no passado quando, por falta de informação, muitos pais ofereciam cerveja ou ensinavam seus filhos a fumar.

A pandemia agravou muito a situação, os casos de dependência digital explodiram com o afastamento social. E muitos jovens que tinham pouco ou nenhum acesso às telas, foram obrigados a assistir aulas e a participar de reuniões de modo on-line.

Mas e agora? Como resolver este impasse, pois os tablets e os celulares são uma realidade cada vez mais presente? Como excluir os filhos deste meio onde todos os outros colegas da mesma idade estão de olho nas telas?

A primeira atitude a ser tomada é a busca de informações: os pais devem ler a respeito e, se possível, conversar com o pediatra sobre esta questão.

Para quem precisa de alguma orientação a respeito, vale a pena conhecer as recomendações sobre o uso de telas da American Academy of Child & Adolescent Psychiatry (Academia Americana de Psiquiatria em Crianças e Adolescentes):

• Menores de 18 meses: Evite outros momentos de tela além de bate-papo por vídeo chamadas.

• Idade de 18 a 24 meses: Encontre programação de alta qualidade (Educativos) e assista ou jogue junto.

• De 2 a 5 anos: Limite o uso da tela a uma hora por dia de programas de alta qualidade. Aos finais de semana, limite de 3 horas por dia.

Vale ressaltar que tão importante quanto o controle do tempo de uso, os pais e responsáveis também devem se atentar ao conteúdo, pois as consequências decorrentes da exposição infantil a conteúdo violento, criminoso, sexual, entre outros são graves.

É importante entender que existe um risco real e que os pais são responsáveis pela saúde e segurança dos filhos. Tal qual nenhum pai ou mãe permitiria que o filho fumasse ou usasse drogas só porque “todos os colegas estão usando”, esta não pode ser a justificativa para permitir o uso de telas pelas crianças sem nenhum controle de uso.

 

Fonte: Aleteia

DOM JAIME SPENGLER: “O SÍNODO É UMA OPORTUNIDADE PRIVILEGIADA PARA TODOS, UM VERDADEIRO KAIRÓS”

 

É hora de “ir além”, de  “ousar”, em direção a um futuro para o qual “somos convidados pelo próprio Senhor”. Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, participa do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade, inaugurado no Vaticano com uma dupla função: presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), que nos últimos anos se empenhou com renovado vigor no caminho da sinodalidade, e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o país com o maior número de católicos do mundo. Nós o entrevistamos no início dos trabalhos sinodais.

Com que espírito você vai participar do Sínodo sobre Sinodalidade?

Participo do Sínodo em espírito de comunhão, desejo de cooperar para que a Igreja possa ser sempre mais sinal do Reino na sociedade e abertura de coração para poder também aprender com outras realidades eclesiais.

Você considera este Sínodo um momento decisivo para a Igreja do futuro? Por quais motivos?

Vivemos uma mudança de época! Historicamente falando, sabemos, por exemplo, que Paulo soube levar o jovem cristianismo aos limites do judaísmo de seu tempo. O tempo presente está solicitando também um salto da modernidade marcada pela ideologia liberal que prometia bem estar para muitos – o que não se tornou realidade, haja visto, por exemplo os conflitos armados e os movimentos migratórios que atingem multidões mundo afora -, para uma presença eclesial na sociedade que traga as marcas de uma forte experiência pessoal de encontro com a pessoa do Crucificado-Ressuscitado capaz de promover e iluminar novas relações no tecido social. Não podemos esquecer que a fé em Cristo é graça; mas é também um salto (segundo Kierkegaard), uma jornada de confiança e coragem, amor e fidelidade, proximidade e solidariedade; é um movimento em direção e construção de um futuro já inaugurado e para o qual somos convidados pelo próprio Senhor!

O senhor é atualmente presidente do CELAM e da maior conferência episcopal nacional da América Latina, a CNBB. Está feliz com o progresso feito nos últimos anos no continente, a começar pela Assembleia da Cidade do México?

O caminho inaugurado em âmbito latino-americano e caribenho encontrou-se – ou foi encontrado! – pelo itinerário sinodal. Este movimento está pondo em destaque os níveis de participação na comunidade eclesial. Há no continente uma prática bem consolidada de participação de todos os batizados na vida eclesial ordinária. É verdade que tal nível de participação varia de país para país, de região para região. Contudo, há de se ressaltar que com as iniciativas destes últimos anos percebe-se em várias realidades uma promoção dos espaços de comunhão e participação no cotidiano das comunidades de fé.

Que contribuição específica pode vir da América Latina e do Caribe?

A riqueza da Igreja está também na sua diversidade. Todos temos algo a aprender com os demais. A América Latina e o Caribe possuem uma trajetória marcada por pequenas comunidades onde, não raramente por falta também de ministros Ordenados, se promove a Leitura da Palavra, a oração do terço, as práticas devocionais… Tal situação foi de auxílio na promoção de ministérios leigos que, de um modo ou de outro, cooperam para manter viva a fé de muitos. Embora a presença do ministro ordenado seja importante, os leigos foram descobrindo sua dignidade batismal e, ao mesmo tempo, seus carismas, suas capacidades. E isto é feito de forma generosa, gratuita, fraterna, autenticamente evangélica! Está poderia ser uma experiência a ser compartilhada com as Igrejas presentes em outros continentes! Certamente também nós temos muito a aprender com as demais Igrejas! Por isso, esse processo inaugurado por iniciativa do Papa Francisco pode ser uma oportunidade privilegiada para todos – diria um verdadeiro kairós, ou se quisemos, a oportunidade de uma novo Pentecostes, quando o Espírito pode fazer novas todas as coisas!

Considera-se que o cristianismo no Ocidente está em crise. Isso também se aplica à América Latina? Quais podem ser as respostas?

Parecer ter chegado um tempo no qual o cristianismo esteja necessitando transcender corajosamente os seus limites mentais e institucionais! Os dados são inocultáveis! Urge buscar meios, métodos e linguagem adequada para a transmissão da mensagem! A fé que nos orienta não é um mero fideísmo emocional, presente em não poucos ambientes; também não é um vago sentimento piedoso, também presente em não poucos espaços eclesiais. A fé implica uma abertura pela qual aquilo que os textos bíblicos apresentam, penetram e transformam a vida do ser humano. Fé é graça! Cada tempo da história traz seus desafios! Cada época da história tem suas exigências. Por isso, a crise está – ou deveria estar! – presente em todos os espaços onde a Igreja está presente! Crise é oportunidade! Oportunidade para avançar, para ir além, para ousar! Considerar a crise como mero perigo ou ameaça, é “suicidio”… São os momentos de crise oportunidades privilegiadas para buscar o novo – não novidade! – que só o Evangelho pode conceder! São oportunidades para achar “água cristalina, fresca” capaz de saciar a sede dos caminhantes e peregrinos de esperança.

Uma sinodalidade vivida e exercida também pode ser uma resposta ao avanço de novas realidades religiosas? Estou pensando particularmente no Brasil e nos neo-evangélicos…

Isto que estamos denominando sinodalidade indica a característica primordial da Igreja! Os primeiros séculos da história cristã o demonstram! A realidade plurirreligiosa que marca a vida do povo brasileiro é fruto de variados e múltiplos fatores. Não podemos aqui entrar em detalhes, pois se trata de um fenômeno complexo! No entanto, ousaria dizer que o clericalismo muito cooperou para o multiplicar-se de denominações ditas religiosas e cristãs. Fato é que as pessoas tem necessidade de alimentar e promover tempos e lugares de possíveis experiência de transcendência. Se trata de uma necessidade para com a qual é necessário cuidado e respeito. Não se pode querer promover “negociar” com o divino, ou o transcende. Por isso, creio que o que o Espírito está solicitando à Igreja pode ser uma oportunidade privilegiada para repropor a mensagem de uma forma ainda mais incisiva. Creio também que os processos de Iniciação à Vida Cristã, a prática da Leitura Orante da Palavra e a promoção de pequenas comunidades podem cooperar vigorosamente na promoção da obra da evangelização. As comunidades precisam promover espaços de acolhida, de escuta, de solidariedade e de prece! Isto tem haver com aquilo que o Documento de Aparecida denominou “conversão pastoral”, mas que no cotidiano das atividades pastorais não é algo simples! Passar de um grupo de adeptos para uma comunidade de discípulos e discípulas, requer abertura de coração, coragem, ousadia, caridade…

Você também espera reformas visíveis deste e do próximo Sínodo? Em que esfera?

Há tempos se ouvia falar da necessidade de um sínodo sobre a Igreja. Quais caminhos serão inaugurados? O que virá pela frente? Que indicações serão oferecidas ao Santo Padre a partir dos debates, diálogos, estudos e oração a partir das duas sessões ou etapas do Sínodo, não sabemos! É o Espírito que guia os trabalhos! Importância fundamental é cultivar a abertura de mente e coração para verdadeiramente colher o que o Espirito está sugerindo para a Igreja de hoje e de amanhã! O caminho realizado até o momento já está produzindo frutos! Há quem manifeste medo! Outros, talvez, indiferença! Outros ainda, talvez, sintam saudades de um tempo que já passou! Mas há muitos atentos aos sinais dos tempos, dispostos a colaborar para que a vida de muitos possa continuar tendo sabor de Evangelho; desejosos de responder à altura dos desafios da cultura atual. Não podemos esquecer que se a cultura é o meio de busca de sentido, então ela pode ser considerada matéria de legítima pesquisa teológica e espiritual. Neste caminho sinodal muito se tem falado da necessidade de silenciar, de escutar! Fazer silêncio, escutar, tentar entender e compreender, perseverar na busca de respostas autênticas às inquietações do ser humano atual. A verdade que buscamos, para nós cristãos não é um conceito, é uma pessoa! É uma pessoa viva! Neste sentido, a verdade viva necessita sempre e de novo, isto é, sempre é de forma nova ser buscada, desejada, amada! Você me pergunta sobre reformas visíveis depois do sínodo. Bem, o próprio processo sinodal já expressa algo novo. Para dizer mais: creio que a linguagem utilizada para a transmissão da mensagem esteja também em crise. Encontrar uma linguagem que vá de encontro, por exemplo, aos adolescentes e jovens atuais representa uma necessidade premente. Eles são nativos digitais, estão sendo marcados por aquilo que se está denominando inteligência artificial, o que requer abordagem característica. Imagino que se chegue a aprofundar as instâncias de participação na vida eclesial ordinária; me refiro aos diversos conselhos já previstos, à questão ministerialidade no seio das comunidades e, num sentido mais amplo, a identidade, missão, competência dos Conselhos Eclesiais, Conferências Episcopais, Províncias Eclesiásticas.

Fonte: CNBB

O Papa: parem as armas, o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução

Nas palavras de Francisco após o Angelus deste domingo, a sua dor pelo que está ocorrendo em Israel. A sua oração é pelas famílias das vítimas e por aqueles que vivem horas de terror e angústia. “Haja paz em Israel e na Palestina!”, o seu apelo, porque “toda guerra é uma derrota”. Dirigindo o seu pensamento a todos os países em conflito, recorda a “martirizada” Ucrânia “que todos os dias sofre tanto”.


“A guerra é uma derrota: toda guerra é uma derrota! Rezemos pela paz em Israel e na Palestina!”

Após a oração mariana deste primeiro domingo de outubro, o Papa Francisco expressou a sua apreensão e a dor com que acompanha o que está ocorrendo em Israel onde, afirma, “a violência explodiu ainda mais ferozmente, causando centenas de mortos e feridos”.

“Expresso a minha proximidade às famílias das vítimas, rezo por elas e por todos aqueles que vivem horas de terror e angústia. Por favor, parem com os ataques e as armas! e se compreenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, mas apenas à morte e ao sofrimento de muitas pessoas inocentes”.

Invoquemos a paz sobre os muitos países marcados por conflitos

Depois do Angelus, o Pontífice recorda também que este mês de outubro é dedicado, além das missões, à oração do Terço. Precisamente a Maria o Papa pede para nos dirigirmos a ela, sem parar:

“Não nos cansemos de invocar, por intercessão de Maria, o dom da paz sobre os numerosos países do mundo marcados por guerras e conflitos; e continuemos a recordar a querida Ucrânia, que todos os dias sofre tanto, tão martirizada”.

O apelo do Patriarcado de Jerusalém à comunidade internacional

Numa nota publicada no site do Patriarcado Latino de Jerusalém lemos que a improvisa explosão de violência “é muito preocupante pela sua extensão e intensidade. A operação lançada a partir de Gaza e a reação do exército israelense estão a levar-nos de volta aos piores períodos da nossa história recente. As demasiadas vítimas e demasiadas tragédias que as famílias palestinas e israelenses têm de enfrentar criarão ainda mais ódio e divisão e destruirão cada vez mais qualquer perspectiva de estabilidade”. Daí o apelo à comunidade internacional, aos líderes religiosos da região e do mundo, para “fazerem todos os esforços para ajudar a acalmar a situação, restaurar a calma e trabalhar para garantir os direitos fundamentais das pessoas na região”. Acrescenta-se também que “as declarações unilaterais relativas ao status dos locais religiosos e dos locais de culto fazem vacilar o sentimento religioso e alimentam ainda mais o ódio e o extremismo. É, portanto, importante preservar o Status Quo em todos os Lugares Santos na Terra Santa e em Jerusalém em particular”. A nota conclui: “o contínuo derramamento de sangue e as declarações de guerra lembram-nos mais uma vez da necessidade urgente de encontrar uma solução duradoura e abrangente para o conflito palestino-israelense nesta terra, que é chamada a ser uma terra de justiça, paz e reconciliação entre os povos. Pedimos a Deus que inspire os líderes mundiais na sua intervenção para a implementação da paz e da concórdia, para que Jerusalém seja uma casa de oração para todos os povos”.

Depois do longo dia de ontem, 7 de Outubro, que encerrou as festividades judaicas de Sucot – quando, às primeiras luzes da madrugada, milhares de foguetes começaram a cair de Gaza sobre Israel, apanhados completamente de surpresa – os lançamentos de mísseis e os ataques terrestres continuam a se verificarem a partir da fronteira sul de Israel. Tel Aviv e Jerusalém foram atingidas. As vítimas israelenses seriam mais de 500, 1.400 os feridos. O Ministério da Saúde de Gaza relata 250 palestinos mortos e 1.700 feridos.

Fonte: Vatican News

Rotas de devoção: Por que peregrinar?

 

Vindo de diversas partes do Brasil, inúmeros peregrinos, devotos de Nossa Senhora Aparecida percorrem frequentemente um percurso a pé ou de bicicleta até Aparecida (SP), por meio das Rotas de Devoção.

Mas com a proximidade da Festa da Padroeira, no próximo dia 12 de outubro cresce o número de pessoas que decidem peregrinar.

Ao todo há sete caminhos que são opções para quem decide peregrinar: o Caminho da Fé, o Caminho de Aparecida, o Caminho de Nossa Senhora, o Caminho Religioso da Rota Real, a Rota da Luz, o Caminho da Padroeira e o Caminho da Graça. Eles têm início nos estados de São Paulo, Minas Gerais ou Rio de Janeiro.

Esses trajetos permitem que cada pessoa vivencie momentos de oração, contemplação, silêncio, desprendimento de si mesmo, ou seja, uma experiência profunda de fé.

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

 

A importância de peregrinar

palavra peregrino diz respeito aqueles que se colocam numa grande jornada, fazem viagem a um lugar santo ou de devoção.

Nesse sentido, não podemos esquecer de que o próprio Jesus nos convida a caminhar com Ele, por isso peregrinar é também um encontro o centro da fé.

“E vós conheceis o caminho do lugar para onde vou. ‘Senhor’ – disse-lhe Tomé – ‘não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?’. Jesus respondeu-lhe: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém chega ao Pai senão por mim’.” (São João 14,6)

Como peregrinos que somos, rumo ao céu junto à Igreja, podemos dar testemunhos ao caminharmos para a Casa da Mãe de que Cristo Jesus está conosco e é Ele quem motiva a nossa fé e o desejo de prosseguir.

Fonte: A12

Papa: se deixarmos espaço para o Espírito Santo, o Sínodo correrá bem

Na abertura dos trabalhos da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo sobre a Sinodalidade, que começou hoje (04) no Vaticano, o Papa Francisco recordou que “se o Espírito Santo estiver no comando, será um bom sínodo, e se Ele não estiver, não será”.


Na tarde desta quarta-feira, 04 de outubro, na Sala Paulo VI, no Vaticano, teve inicio a primeira Congregação Geral da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, com a presença do Papa, que de forma espontânea discursou aos participantes.

Francisco iniciou recordando “que foi São Paulo VI quem disse que a Igreja no Ocidente tinha perdido esta ideia de sinodalidade, e por isso criou o secretariado do Sínodo dos Bispos, que realizou muitos encontros, muitos sínodos sobre temas diferentes”.

Ao discorrer sobre o conceito de sinodalidade, o Santo Padre observou que este ainda não atingiu pleno amadurecimento e não é amplamente compreendido dentro da Igreja. No entanto, ele destacou que ao longo de quase seis décadas, a Igreja tem gradualmente trilhado esse caminho, “e hoje podemos chegar a este Sínodo com este tema”. De acordo com o Pontífice, esse enfoque surgiu através dos bispos de todo o mundo. Após o Sínodo da Amazônia, um questionário foi enviado às dioceses, e a questão da sinodalidade emergiu como um tema amplamente evidenciado e apoiado pela grande maioria dos bispos.

Não somos um parlamento

“O Sínodo não é um parlamento, é outra coisa; o Sínodo não é uma reunião de amigos para resolver algumas questões atuais ou dar opiniões, é outra coisa. Não esqueçamos, irmãos e irmãs, que o protagonista do Sínodo não somos nós: é o Espírito Santo”, enfatizou Francisco.

O Papa então sublinhou a importância da presença do Espírito Santo, que traz harmonia a comunidade eclesial, e que deve guiar o Sínodo. E em seguida fez um alerta aos participantes: “se entre nós houver outras formas de avançar pelos interesses humanos, pessoais, ideológicos, não será um Sínodo, será uma reunião parlamentar”.

A harmonia do Espirito Santo

“Se neste Sínodo chegarmos a uma declaração que é tudo igual, sem nuances , o Espírito não está aqui, ficou do lado de fora” destacou o Santo Padre ao afirmar que  a Igreja é composta de uma única harmonia de vozes que são conduzidas pelo Espírito Santo: “é assim que devemos conceber a Igreja, cada comunidade cristã, cada pessoa tem a sua peculiaridade, mas estas particularidades devem ser incluídas na sinfonia da Igreja, e esta sinfonia é criada somente pelo Espírito”.

Francisco destacou ainda que o Espírito Santo nos conduz pela mão e nos consola: “a presença do Espírito é assim – permitam-me a palavra – quase materna, como uma mãe nos conduz, nos dá esta consolação. Devemos aprender a ouvir as vozes do Espírito: são todas diferentes. Aprendamos a discernir”.

Atenção às palavras

Outro alerta do Papa foi sobre as palavras vazias e mundanas: “a tagarelice é contrária ao Espírito Santo e é uma doença muito comum entre nós. Palavras vazias entristecem o Espírito Santo, e se não permitirmos que Ele nos cure dessa enfermidade, será difícil seguir um caminho sinodal adequado. Pelo menos aqui: se você discorda do que um bispo, uma freira ou um leigo estão dizendo, seja franco com eles. Isso é o que significa um Sínodo: falar a verdade, não ter conversas por baixo da mesa.”

“Cuidado com isso: não devemos ocupar o lugar do Espírito Santo com coisas mundanas, mesmo que sejam boas, como o bom senso. Isso é útil, mas o Espírito Santo vai além. Devemos aprender a viver em nossa Igreja com a orientação do Espírito Santo.”

Mensagem aos jornalistas

Francisco relembrou como a controvérsia e a pressão da mídia se sobrepuseram às discussões em Sínodos anteriores. “Quando ocorreu o Sínodo sobre a família, houve uma opinião pública de que a comunhão deveria ser concedida aos divorciados, e isso influenciou o Sínodo. Quando aconteceu o Sínodo para a Amazônia, havia pressão e opiniões públicas sobre a ordenação de homens casados.”

Agora”, disse o Papa, “existem algumas suposições sobre este Sínodo: ‘O que eles vão fazer? Talvez permitir o sacerdócio para as mulheres.’ Eu não sei, essas são as coisas que estão sendo ditas lá fora. E essas coisas são ditas com tanta frequência que os bispos às vezes têm medo de comunicar o que está acontecendo.” Por isso, o Pontífice se dirigiu diretamente aos “comunicadores”, pedindo que desempenhem bem o seu papel, com integridade e imparcialidade.

“Portanto, peço a vocês, comunicadores, que cumpram bem o seu papel, com integridade, para que a Igreja e as pessoas de boa vontade, compreendam que também na Igreja a prioridade é a escuta. Transmitam essa mensagem, pois é de extrema importância.”

Francisco encerrou seu discurso expressando profunda gratidão a todos que contribuem para este momento de pausa e reflexão, onde a Igreja se dedica à escuta durante o Sínodo, enfatizando que, em sua perspectiva, isso representa o aspecto mais significativo e essencial do processo sinodal.

 

Fonte: Vatican News