REZAR O PAI-NOSSO, COMO JESUS NOS ENSINOU

“Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome Ele vos dará” (Jo 15, 16-17). A oração e a vida cristã são inseparáveis, por isso somos chamados a ‘orar sem cessar, sempre e em tudo dando graças a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo’ conforme 1Ts 5, 17. A oração exige um esforço e uma luta constante entre nós mesmos e as artimanhas do inimigo, que quer a todo custo nos afastar do amor do Pai, provocando em nós a falta de vontade de orarmos, colocando obstáculos vários para que posterguemos o momento da nossa oração e acabemos por não fazê-la. É preciso rezar, mesmo sem ter vontade de fazê-lo, isso se chama perseverança. Criar o hábito saudável de nos colocarmos diante de Jesus e com Ele, através Dele, nos dirigirmos ao Pai, que Ele mesmo nos apresentou! Um coração vazio de oração se afasta de Deus e, onde Deus não está, o Espírito Santo não age. Sem a ação do Espírito Santo, nada podemos fazer.

Em preparação ao Ano Jubilar 2025, fomos convidados pelo Papa Francisco a rezarmos intensa e incessantemente a oração que Jesus mesmo nos ensinou: o Pai-Nosso. Assim, chegaremos ao Ano Jubilar mais conscientes da nossa origem divina: fomos criados por Deus, desejados por Ele, pertencemos a Ele, nosso Pai. Os discípulos de Jesus pediram a Ele que os ensinassem a orar e Ele os ensinou (Mt 6, 9-13). Também somos seus discípulos, portanto a oração ensinada por Cristo chega a nós, não como uma fórmula mágica ou como palavras que apenas se repetem, mas como uma perfeita orientação de como devemos nos dirigir ao Pai, que é Deus. Jesus nos ensina, carinhosamente, a chamar Deus de “Pai”. Podendo ter usado qualquer outro título, como ‘senhor’, ou ‘rei’, Jesus usou “Pai”, o que significa que não há pai sem filhos, podendo um senhor ou um rei não ter filhos, não é mesmo? Sendo Deus, o Pai Criador de todas as coisas e eternamente Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, é Pai de todos os seres criados. Fomos acolhidos por Ele como filhos. Amados como filhos. O desejo de Deus é ter um íntimo relacionamento conosco! Dizemos: “Pai Nosso”, não Pai meu, ou seja, Deus é Pai de todos nós, assim nos ensinou Jesus, significando que somos uma grande família, uma comunidade de irmãos. E, como irmãos de fé, devemos rezar uns pelos outros em unidade com Cristo e sua Igreja.

Em nossas orações mais solitárias, súplicas individuais podemos sim usar ‘meu Pai’, ‘Paizinho’, numa intimidade mais afetiva ainda; porém não podemos nos esquecer que Deus não é um Pai exclusivo ou particular. Toda humanidade goza dessa filiação divina, pois formamos uma só família, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo. Rezemos o Pai-Nosso em unidade com a Virgem Senhora de Lourdes, para que Ela nos ajude a vivermos o Jubileu de 2025 mais próximos do Pai de todos nós!

Fonte: CNBB

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