COMISSÃO EPISCOPAL PARA A LITURGIA PARTICIPA DA MARATONA “SACROSANCTUM CONCILIUM 60 ANOS”
Há 60 anos promulgava-se a Constituição conciliar sobre a sagrada liturgia Sacrosanctum Concilium. Com a Constituição litúrgica, a celebração do Mistério Pascal voltou a ser a fonte da vida cristã. No Brasil, dedica-se o dia 4 de dezembro para comemorar este grande acontecimento que modificou irreversivelmente o caminhar da Igreja. A Maratona contou com a promoção e a participação da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Edições CNBB, da Associação dos Liturgistas do Brasil, do Centro de Liturgia Dom Clement Isnard e da Rede Celebra.
Para dom Hernaldo Pinto Farias, bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, a maratona revela a beleza e a profundidade da liturgia da Igreja:
“A necessidade de mostrar as diversas competências e especialidades dos três setores revela a possibilidade que o Brasil tem de se colocar no grande debate litúrgico. Além do mais, voltar a Sacrosanctum Concilium é perceber a riqueza da Igreja no campo litúrgico e o quanto ainda precisamos avançar. Precisamos continuar com tais iniciativas para que outros temas e comemorações possam ser feitas e atinjam os mais diversos públicos da Igreja no Brasil”.
Para padre Márcio Pimentel, membro da Equipe de Reflexão do Comissão Episcopal para a Liturgia e professor de liturgia, o encontro, além de ser uma oportunidade de revisar o caminho de acolhida e recepção da reforma litúrgica, pontuou alguns desafios que perduram após 60 anos da Constituição litúrgica. Dentre eles, a urgência de reapropriar-se do rito como condição para o ato de fé como algo genuíno.
“A fé para nós, cristãos, é encontro, vínculo de confiança. A ritualidade proporciona este dinamismo, orientando nossa sensibilidade, nossa percepção ao reconhecimento de uma presença que se dá simbólico-sacramentalmente. O desafio é ainda descobrir a Liturgia enquanto o “aparecer” do Mistério, a Revelação dando-se e envolvendo-nos corporalmente”, disse.
Da maratona participaram os assessores e os membros das equipes de reflexão dos três setores da Comissão. Frei Felipe, assessor da Comissão Episcopal para a Liturgia, afirma que a iniciativa e a comunhão das entidades foi muito positivo e histórico.
“Revisitar as páginas da Sacrosanctum Concilium, compreender a maneira de viver a ação litúrgica e envolver os seus atores responsáveis é um caminho sempre novo. A constituição litúrgica não é ponto de chegada e nem ponto de partida, mas uma passagem. A reforma litúrgica surte efeito quando chega na nossa realidade, toca a experiência de fé do Povo de Deus e dá vida à espiritualidade da Igreja”, finalizou.
Fonte: CNBB